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2o BIMESTRE – DIREITO SOCIETÁRIO AULA – 3/maio e 10/maio TEMA 1 ESTABELECIMENTO [fundo de comércio / fundo de empresa / azienda] è Conceito: complexo de bens [materiais e imateriais] organizado para o exercício da empresa, pelo empresário ou pela sociedade empresária. o Instrumento utilizado pelo comerciante para a exploração da atividade mercantil o Filiais e agências são unidades do estabelecimento, este possui seu principal ponto na sede è Não é sujeito, é objeto de direito. o Art. 1143 “Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza” o Não decorre de lei (universalidade de direito) e sim da vontade da empresa/empresário: universalidade de fato è Art. 1142 o Bens corpóreos/materiais: móveis, utensílio, maquinário, equipamentos, imóvel (integra o estabelecimento mas não o caracteriza), veículos, mercadorias o Bens incorpóreos/imateriais: ponto comercial, marca, patente e domínio (em. 7 JF) è AVIAMENTO: é o atributo/status do potencial de lucratividade do estabelecimento. o Quem vende o estabelecimento não vende apenas bens, mas sim um conjunto de bens que possa trazer lucro, o chamado “good will of trade” o Não tem como dissociar estabelecimento do aviamento (como a fertilidade/solo e velocidade/carro, analogicamente) TRESPASSE = operação de compra e venda do estabelecimento empresarial è Trespasse é o nome que se dá para o CONTRATO DE COMPRA E VENDA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL, precisando ser instrumentalizado. o Contrato pode ser de alienação, usufruto ou arrendamento do estabelecimento • Transferência de titularidade do estabelecimento o Titularidade de Y passa para X • Difere de cessão de cotas, pois se um sócio vender suas cotas, a titularidade do estabelecimento continua sendo do dono anterior, possuindo, logo, efeitos jurídicos distintos. o Art. 10/CLT – Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados • E os empregados? o Art. 448 – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados è Concorrência o Contrato de trespasse define a possibilidade OU NÃO da concorrência. Caso omisso, aplica- se o artigo: o Art. 1147 – Sem autorização expressa, o ALIENANTE do estabelecimento NÃO pode fazer concorrência ao adquirente, nos CINCO ANOS subsequentes á transferência. P único. No caso do arrendamento ou usufruto od estabelecimento, a proibição deste artigo persistirá durante o prazo do contrato. è Sub-rogação nos contratos de exploração o Art. 1148 – Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados pela exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante. o Particularidade do estabelecimento para situações/contratos que fazem o favorecimento do negócio. o O legislador afirma que quem compra, recebe transferência automática dos contratos. o Exemplo: a empresa fica em um local alugado, só passando o ponto. O contrato de locação é automaticamente transferido para o locatário? § STJ: contrato de locação tem regra específica pela lei 8245/91, art. 13: para transferir o contrato de locação é necessária autorização expressa por escrito do locador § Em. 1o Jornada de Direito Comercial: “A sub-rogação do adquirente nos contratos de exploração, desde que não possua caráter pessoa, inclui o contrato de locação” Pois, de que adiantaria comprar o estabelecimento se não adianta ficar com o ponto, perdendo o investimento. Formalidades do trepasse: averbação na junta + publicação na imprensa è Alienante: quem vende. Adquirente: quem compra. O contrato entre as partes precisa de formalidade, mesmo que o contrato em si já produza efeitos entre ambos o Art. 1146 - ADQUIRENTE RESPONDE POR DÍVIDAS ANTERIORES, desde que a dívida esteja devidamente contabilizada § Não se aplica para dívidas trabalhistas ou tributárias (art. 10 e 448/CLT e art. 133/CT) o ALIENTANTE responde de forma SOLIDÁRIA por um prazo (1 ano) § A dívida vencida será contada um ano a partir da publicação na imprensa oficial. A dívida vincenda conta a partir da data de vencimento. è Formalidade do CC para produzir efeitos perante terceiros. 1. Registro Público de Empresas Mercantis – deve ser averbado á margem da inscrição do empresário/sociedade 2. Publicidade – imprensa oficial o É cumulativa: registro na junta e no jornal o Credor, concorrente, o MERCADO deve saber da transferência o É necessário a concordância [expressa ou tácita] dos credores, quando: § Bens do alienante não são capazes de salvas as dívidas do estabelecimento § Credores não são pagos antes da transferência Créditos • Art. 1149 – A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente AULA – 17/maio TEMA 2 NOME EMPRESARIAL 1. Empresário individual – pessoa física a. Firma individual 2. Sociedades – pessoa jurídica a. Firma social / razão social b. Denominação • Nome que o empresário adquire para suas relações de negócios [com terceiros] è Proibição da alienação do nome empresarial o Art. 1164 – O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. P. único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor. o Alienar = transferir o O nome identifica a pessoa, nome não integra o patrimônio o Princípio da UNICIDADE o Trespasse: transferência do estabelecimento de um empresário para outro PRINCÍPIOS para a formação desse nome 1. Princípio da VERACIDADE è O nome empresarial deve sempre corresponder á realidade (verdade) do empresário 2. Princípio da UNICIDADE è Cada empresário possui um único nome empresarial 3. Princípio da NOVIDADE ou ORIGINALIDADE è Não se admite dois nomes com a mesma grafia ou sonoridade (homônimos ou homófonos) è Proteção ao nome empresarial è Visa evitar confusão, prejudicar a marca AULA – 24/maio NOME EMPRESARIAL ESPÉCIES 1. FIRMA INDIVIDUAL (pessoa física) è Firma no sentido de assinatura, reconhecimento è Art. 1156/CC – O empresário opera sob firma constituída por ser nome [completo/abreviado], aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. è Regras o Princípios (veracidade, unicidade, originalidade) 2. Nome das SOCIEDADES (pessoa jurídica) a. FIRMA SOCIAL [razão social] o Nome empresarial de pessoa jurídica, formado pelo nome de um, de alguns ou de todos os sócios, seguidos da expressão “e companhia”, por extenso, ou “& CIA” § Ex.: “João da Silva & CIA” o Formado pelo nome de um ou de todos os sócios com o & cia o Nome instável no tempo (nome formado pelos sócios, “quando” e não “se”, vai ocorrer alteração do grupo societário) o Razão social é espécie do gênero nome o Art. 1157 – A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ILIMITADA operará sob FIRMA, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para forma- la aditar ao nome de um deles a expressão “e companhia” ou sua abreviação. P único. Ficam SOLIDÁRIA e ILIMITADAMENTE responsáveis pelas obrigações contraídassob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo. o Art. 1158 – Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final “limitada” ou a sua abreviatura. § 1o – A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social. o Art. 1165 – O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social. (se o nome é formado pelo nome dos sócios, logo...) è Falecimento de sócios e a firma social o Art. 1165 – O nome do sócio que vier a falecer / ser excluído / se retirar, não pode ser conservado na firma social b. DENOMINAÇÃO o Nome empresarial de pessoa jurídica formadas por dois núcleos básicos § “Expressão de fantasia” § “Objeto Social” • Atividade econômica preponderante que a sociedade realiza o Art. 1158, § 2o – A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. § Não é preciso indicar a relação social o As SOCIEDADES ANÔNIMAS (SA) operam apenas com denominação S/A ou CIA § Art. 1160 – A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões “sociedade anônima” ou “ companhia”, por extenso ou abreviadamente. P único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa. Sociedade de responsabilidade • Ilimitada o Sócios respondem pelas dívidas, caso os lucros não paguem o Credor pode ir atrás dos sócios o Deve ser firma social § Exceção: sociedade simples (usa responsabilidade ilimitada, mas é denominação) • Limitada o Limite para a responsabilização dos sócios o Até certo ponto, não pode se cobrar mais o Mais comum o Art. 1158 – Pode a sociedade limitada adotar FIRMA ou DENOMINAÇÃO, integradas pela palavra final “limitada” ou a sua abreviatura “LTDA” • Mista o Na mesma sociedade, aplica-se ambas as regras o Alguns sócios respondem ilimitadamente, enquanto outros respondem limitadamente AULA – 7/maio PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL è DREI, art. 11 – A proteção ao nome empresarial decorre, automaticamente, do ATO DE INSCRIÇÃO do empresário individual ou do ARQUIVAMENTO do ato constitutivo da empresa individual de responsabilidade Ltda, da sociedade empresária ou cooperativa, bem como de sua alteração nesse sentido, e circunscreve-se á unidade federativa de jurisdição da junta comercia que o tiver procedido. § 1o – A proteção ao NE na jurisdição de OUTRA JUNTA comercial decorre, automaticamente, da abertura de filial nela registrada ou do arquivamento de pedido específico, instruído com certidão da junta comercial da unidade federativa onde se localiza a sede da sociedade interessada. § 2o – Arquivado o pedido de proteção ao nome empresarial, deverá ser expedida comunicação do fato á Junta Comercial da unidade federativa onde estiver localizada a sede da empresa. è Efetividade ao princípio da novidade o Art. 6o, DREI (Departamento de Registro Empresarial e Interação) n. 15 – Observado o princípio da novidade, não poderão COEXISTIR, na mesma unidade federativa, dois nomes empresariais idênticos ou semelhantes. § 1o – Se a firma ou denominação for idêntica/semelhantes a de outra empresa já registrada, deverá ser modificada ou acrescida de designação que a distinga. § 2o – Será admitido o uso da expressão da fantasia incomum, desde que expressamente autorizada pelos sócios da sociedade anteriormente registrada. Proteção administrativa o Art. 33 da lei 8934/94 – A proteção ao nome empresarial decorre AUTOMATICAMENTE do arquivamento dos atos constitutivos da firma individual e das sociedades, ou de suas alterações. o Art. 61 do decreto n. 1800/96 – A proteção ao nome, cargo das juntas comerciais, decorre, automaticamente, do arquivamento da declaração de firma mercantil individual, do ato constitutivo de sociedade mercantil ou de alterações desses atos que impliquem mudança de nome. § 1o – A proteção ao NE circunscreve-se á UNIDADE FEDERATIVA DE JURISDIÇÃO DA JUNTA comercial que procedeu ao arquivamento de que trata o caput. § 2o – A proteção ao NE poderá ser estendida a outras unidades federativas, a partir do requerimento da empresa interessada, observada instrução normativa do Departamento Nacional de Registro do Comércio – DNRC. è DREI, art. 8o – Ficam estabelecidos os seguintes critérios para a análise de identidade e semelhança dos nomes empresariais, pelos órgãos integrantes do SINREM (Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis) - entre firmas, consideram-se os nomes por INTEIRO, havendo identidade se homógrafos e semelhança se homófonos; - entre denominações: a) consideram-se os nomes por inteiro, quando compostos por expressões comuns, de fantasia, de uso generalizado ou vulgar, ocorrendo identidade se homógrafos e semelhança se homófonos; b) quando contiverem expressões de fantasia incomuns, serão elas analisadas isoladamente, ocorrendo identidade se homógrafas e semelhança se homófonas; § Homógrafa: mesma grafia, escrita – sons diferentes § Homófona: mesmo som, pronúncia – grafias diferentes è Certidão Simplificada: instrumento hábil para a prática dos seguintes atos nas juntas: a) Proteção ao nome empresarial em outra unidade da federação (...) è Convenção da União de Paris – decreto n. 75.572 /75: 173 signatários o Art. 8o – O nome comercial será protegido em todos os países da União sem obrigação de depósito ou de registro, quer faça ou não parte de uma marca de fábrica ou de comércio. è Art. 1163 / CC – O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. P único. Se o empresário tiver nome idêntico a outros, deverá acrescentar designação que o distinga. è Art. 1166 – A inscrição do empresário / atos constitutivos das pessoas jurídicas / averbações (constar á margem de um registro um fato que altere ou cancele o mesmo) no registro próprio asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. P único. O uso previsto se estenderá a todo o território nacional se registrado na forma da lei especial. AULA – 14/junho TEMA 3 SOCIEDADES è Art. 981 – Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica e a partilha dos resultados entre si. è Art. 1008 – É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas. o Ideia da sociedade LEONINA è Art. 985 – A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos. o Art. 45 CC – Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização do Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. o Art. 1150 – O empresário e a sociedade empresária vinculam-se: a) Sociedade empresária: junta comercial – Registro Público de Empresas Mercantis b) Sociedade simples: Registro Civil das Pessoas Jurídicas (caso adote um dos tipos da sociedade empresária, deve obedecer as regras da junta) Diferenciações a) Associação: união de pessoas com fins NÃO econômicos. CC art. 53. b) Fundação: dotação especial de bens livres, criada por escritura pública ou testamento, aonde se especifica seu fim e a maneira da administrá-la. CC art. 62. c) Sociedade: união de pessoas com finseconômicos e a partilha dos resultados. CC art. 981. d) Companhia: sinônimo, isoladamente, de sociedade anônima. Lei 6404/76 – Lei das S/As. e) Empresa: atividade econômica organizada para a produção de bens ou serviços. CC art. 966. CLASSIFICAÇÃO 1. Quanto á responsabilidade dos sócios [caso a sociedade assuma obrigações perante terceiros, mas não tenha patrimônio para responder os débitos, possuem os sócios a responsabilidade de paga- los?] a. LIMITADA = até um determinado ponto; limita-se a responsabilidade. Quando o contrato social restringe a responsabilidade dos sócios ao valor de suas contribuições ou á soma do capital social. i. Todos respondem solidariamente pelo capital envolvido 1. Investimentos b. ILIMITADA = quando todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. c. MISTAS = quando em uma mesma sociedade, o contrato social conjuga a responsabilidade ilimitada e solidária de alguns sócios com a responsabilidade limitada de outros. - alguns respondem limitadamente; alguns respondem ilimitadamente 2. Quanto á ESTRUTURA econômica [todos tem ambos, mas a sociedade é em função do que? Sócios ou os investimentos?] a. Sociedade de PESSOAS o Constituídas em função, preponderantemente, da qualidade pessoal dos sócios. o Preservar os atuais sócios. Importância de quem entra e sai. b. Sociedade de CAPITAL o Constituídas em atenção, preponderantemente, o capital investido. o Sociedades anônimas o Petrobras c. Sociedade mista ou indeterminada? o Deve-se sopesar capital e pessoas – ênfase no liberalismo capitalista ou na proteção de uma sociedade mais fechada 3. Quanto á ATIVIDADE econômica a. Empresária: quando se enquadrar no conceito de empresário, salvo exceção expressa. Tem como objetivo a atividade econômica organizada para a produção/circulação de bens ou serviços. A atividade está diretamente relacionada aos meios de produção de produtos ou serviços. i. Registro nas Juntas comerciais ii. Sociedade Anônima é sempre empresária iii. Sociedade em nome coletivo iv. Sociedade em comandita simples v. Sociedade limitada vi. Sociedade anônima vii. Sociedade em comandita por ações b. SIMPLES: quando não se enquadrar no conceito de empresário, salvo exceção expressa. É uma sociedade duas ou mais pessoas com o objetivo de prestação de serviços por meio de seus sócios. Neste tipo de parceria, os sócios exercem as suas profissões ou prestam serviços de NATUREZA PESSOAL. A atividade desenvolvida pelos sócios deve estar diretamente ligada com a atividade desenvolvida pela sociedade. Exemplo: sociedade de médicos, dentistas, advogados, escritores... Geralmente abrange atividades intelectuais. i. Registro Civil das Pessoas Jurídicas ii. Sociedade simples iii. Sociedade em nome coletivo iv. Sociedade em comandita simples v. Sociedade limitada vi. Cooperativa – fins sociais e culturais vii. Associações 4. Quanto á PERSONIFICAÇÃO a. Personificadas § Apenas essas são pessoa jurídica i. Sociedade SIMPLES ii. Sociedade em NOME COLETIVO iii. Sociedade em Comandita Simples iv. Sociedade LIMITADA v. Sociedade ANÔNIMA vi. Sociedade em Comandita por Ações vii. COOPERATIVA b. NÃO PERSONIFICADAS § Sociedade não possui personalidade, são os sócios que arcam com tudo i. Sociedade EM COMUM ii. Sociedade em Conta de Participação a. Personificada SOCIEDADE è Art. 45 – Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no rs3pectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. P único – Decai em 3 anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de dirieto privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro o Ser jurídico abstrato só nasce com o REGISTRO o Prazo – 3 anos – DECADENCIAL è Mantém-se até a extinção, pessoa jurídica desaparece. o São 3 fases § Dissolução – ruptura dos vínculos sociais § Liquidação – apura o ativo para pagar o passivo e dividir o saldo § Extinção 4 Tipos societários de acordo com a classificação quanto á atividade econômica è Art. 1150 – O empresário e a sociedade EMPRESÁRIA vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade SIMPLES ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer ás normas fixadas para aquele registro simples o EMPRESÁRIA = salvo exceção expressa, quando se enquadrar no conceito de empresário § Sujeita-se ás JUNTAS COMERCIAIS – Registro Público de Empresas Mercantis § S/A é sempre empresária – junta comercial o SIMPLES = salvo exceção expressa, quando NÃO se enquadrar no conceito de empresário PESSOA JURÍDICA A B C § Art. 966 § Sujeita-se ao REGISTRO CIVIL das pessoas jurídicas § Cooperativa é sempre simples, mas registrada na junta comercial § Não usa o título societário de personificação simples è Art. 982 – Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art 967); e, simples, as demais P único – Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações, e, simples, a cooperativa è Art. 983 – A sociedade EMPRESÁRIA deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1039 a 1092; a sociedade SIMPLES pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se ás normas que lhe são próprias. P único – Ressalvam-se as disposições concernentes á sociedade em conta de participação e á cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, impunham a constituição da sociedade segundo determinado tipo. è EMPRESÁRIO RURAL o Art. 984 – A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará EQUIPARADA, PARA TODOS OS EFEITOS, á sociedade empresária. P único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, ás normas que regem a transformação. Teorias quanto á NATUREZA JURÍDICA do ato constitutivo das sociedades 1) Teorias ANTICONTRATUALISTAS a. Ato Coletivo = a sociedade resultaria de um ato coletivo no qual as várias vontades dos declarantes se unem, mas ficam distintas e visíveis no âmago interno do ato. b. Ato Complexo = todas as vontades individuais dos declarantes se fundem em uma só, perdendo sua individualidade, formando uma única vontade unitária. c. Teoria do Ato Corporativo / Ato de Fundação / União = as diferenças declarações dos sócios não tem existência e valor jurídico autônomos, antes se unificam em uma única declaração de vontade – o ato corporativo – de que são elementos Não são olhadas como procedentes da esfera individual onde realmente foram concebidas, mas como uma espécie de manifestação antecipada de autonomia e personalidade do novo ente: a vontade da nascente corporação, afirmando-se pela primeira vez no ato de se dar vida” Ferrer Correia. § Primeiro ato volitivo da sociedade é o seu ato constitutivo 2) TEORIA DA INSTITUIÇÃO è Instituição é “uma organizaçãosocial, estável em relação á ordem geral das coisas, cuja permanência é assegurada por um equilíbrio de forças ou por uma separação de poderes, e que constitui, por si mesma, um estado de direito” Harriou è Esta teoria influencia a Lei das Sociedades Anônimas – Lei 6404 3) Teoria CONTRATUALISTA è Contrato plurilateral è Adotada pelo nosso código è Teoria do contrato plurilateral: contrato com MAIS DE DUAS PARTES, cuja prestação de cada uma é dirigida á consecução de um fim comum – Tullio Ascarelli 4) Teoria do contrato organização = “o núcleo dos contratos associativos está na organização criada” Calixto Salomão è Interesse social identifica-se com a melhor organização possível do feixe de relações envolvidas pela sociedade è Uma pessoa sozinha pode criar um centro de interesses