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Silagem Porque utilizar silagem? Para se evitar o efeito boi sanfona, onde na época de seca por conter pouca quantidade de forragem ele perde muito peso, para diminuir esse efeito se utiliza a silagem que é uma alternativa de alimentação pra os animais na época de seca. Princípio da ensilagem: fermentação de açúcares por bactérias, com produção de ácidos orgânicos e consequente redução do pH da massa ensilada. Vantagem da ensilagem: Aproveitamento do período favorável; Aproveitamento do excedente de forragem; Fonte segura de volumosos; Praticidade de utilização; Atenua falhas do manejo das pastagens. Maximizar a preservação dos nutrientes encontrados na forragem fresca com mínimas perdas de matéria seca e energia (Não há tecnologia de conservação que impeça mudanças na qualidade dos alimentos, mas o manejo adequado pode minimizá-las); Conservar a forragem produzida durante o período favorável do ano para utilização na entressafra. Fermentação: A melhor conservação de forragens na silagem depende diretamente da rápida estabilização do pH. Para a rápida estabilização do pH é necessário que o material tenha quantidade de açúcares prontamente fermentáveis presentes. Se a concentração de carboidratos solúveis é adequada, as condições são mais favoráveis para o estabelecimento e crescimento de bactérias do gênero Lactobacilo, as quais produzem o ácido lático, que é o desejado. Quando o material é ensilado, ocorre inicialmente uma fermentação aeróbica que se caracteriza pela presença de oxigênio junto ao material ensilado. Neste momento, a respiração celular, utiliza o oxigênio do ar e substratos presentes no material picado, produzindo CO2, calor e H2O. Fase aeróbica: A fase aeróbica é indesejável, entretanto ela é obrigatória, cabe ao produtor a responsabilidade de reduzi-la ao máximo. Quando esta é prolongada, ocorre excessiva perda de matéria seca na forma de carboidratos ricos em energia e estes vão fazer falta às bactérias produtoras de acido lático ou pelos animais como fonte de energia. Ocorre também excessiva produção de calor que pode comprometer a integridade e disponibilidade das proteínas da forragem. Fase anaeróbica: Quando esgotado o oxigênio, os microorganismos anaeróbicos começam a crescer em quantidade, principalmente as enterobactérias (indesejáveis). Durante esta fase, que varia de 24 a 72 horas, haverá formação de ACIDO ACÉTICO + ETANO + ACIDO LÁTICO + CO2. Com acúmulo de ácido, principalmente acético, o pH do ambiente começa a cair. Com a queda do pH ocorre uma mudança na população de bactérias, surgindo as mais eficientes na produção de ácido lático, fazendo com que o pH diminua com mais rapidez. É normal a ocorrência de outros tipos de ácidos graxos voláteis, entretanto, o ácido que deve estar em maior proporção é o lático, devido à sua maior acidez, eficiência em baixar o pH rapidamente, e capacidade para manter a estabilidade da silagem. Fase de estabilização: Nesta fase o pH ideal deve estar em torno de 3,8 a 4,2 fazendo com que ocorra inibição da população de bactérias, interrupção dos processo de fermentação, iniciando a fase de estabilidade, que se prolonga até que o silo seja aberto e a silagem volte a ter contato com o oxigênio. Quanto mais rápido se completar o processo fermentativo, mais nutrientes serão preservados, melhorando o valor nutritivo da silagem. Nas silagens de boa qualidade, o acido lático é o que aparece em maior proporção e é praticamente inodoro. O cheiro de vinagre em algumas silagens é devido à presença do acido acético. Quanto mais intenso esse cheiro, mais tempo a silagem demorou em baixar o pH. Minimizar erros: o aumento ou o baixo valor nutritivo se deve ao manejo da silagem, quanto menos a partícula melhor porque é mais fácil perder o oxigênio durante a compactação (que deve ser bem feita para melhor perda do oxigênio), e vedar bem. Fermentação láctica: Nesse processo, o substrato (açúcar) será fermentado a ácido lático por microrganismos anaeróbicos. Etapas da ensilagem: Produção da forragem a ser conservada: escolha da cultura adequada, tratos culturais adequados, reposição dos nutrientes e correção do solo, possibilidade de rotação de culturas; Colheita: pode ser manual ou mecânica; Fragmentação: Equipamento estacionário (no galpão) Equipamento acoplado ao eixo do trator (colhe e fragmenta) Regulagem: para 0,5 a 2,0 cm (para romper o tecido e liberar substâncias, facilita a homogeneização com outros alimentos, facilita o transporte e a compactação do silo); Transporte (trator, caminhão, carro de boi); Enchimento e compactação: deve ser planejada para no máximo 3 a 4 dias; compactação: por meio animais ou com trator; Fatores que influenciam: teor de MS, tamanho da partícula, altura da camada, altura da camada, peso do veículo, tempo de compactação, altura do silo; Vedação: por meio do uso de lona e pneus, terra proteger contra animais (cercar). Ela é importante para evitar a entrada de O2; Características da cultura ensilada: Alto teor de carboidratos solúveis (Eles são os substratos a serem fermentados pelas bactérias de acido lático). Baixo poder tampão (provocado por compostos que resistem a queda de pH. Forragens com alto teor de cinzas e proteína tem alto poder tampão.) Teor de umidade adequado (afeta a taxa e a extensão da fermentação. Menor umidade possui alta concentração de soluto e alto potencial osmótico, que reduz o crescimento microbiano e aumenta o pH crítico para inibição da flora e a quantidade de açúcares necessários para atingir a estabilidade anaeróbica. Culturas ensiladas com muita umidade podem produzir grandes quantidades de efluentes e culturas com baixo teor de umidade podem produzir calor). Boa produtividade e valor nutritivo. Culturas: Milho, cana de açúcar (Por sua grande quantidade de carboidratos solúveis é altamente susceptível à ação de leveduras. No ambiente anaeróbio do silo, as leveduras são capazes de gerar perdas significativas de matéria seca em razão da fermentação alcoólica, o acúmulo de etanol pode não somente representar perdas do material ensilado, mas também perdas decorrentes da recusa dos animais), forrageiras e girassol. Tipos de silo: Cisterna ou poço: Vantagem: Facilidade de carregamento (não há subida); Possibilidade de posicionamento mais próximo ao estábulo;Facilidade de compactação (à favor da gravidade). Desvantagem: Descarregamento dificultado (necessidade de homens dentro e fora do silo e um sistema com balaios e roldanas); Custo de construção; Produção de gases tóxicos (acúmulo em seu interior). Meia encosta: Vantagem: Construído junto a encostas, carregamento facilitado; Menores perdas/melhor conservação. Desvantagem: Alto custo de construção; Dependendo da encosta, o acesso a parte superior pode ser prejudicado; Descarregamento trabalhoso (o uso de janelas melhora o descarregamento e as condições de trabalho dentro do silo). Trincheira: Vantagem: Fácil construção (é o mais utilizado); Menor custo de construção; Facilidade de carregamento, compactação e descarregamento. Sujeito a maiores perdas que os silos cilíndricos; Menor compactação que os silos cilíndricos (400 a 500 kg/m³). Superfície: Vantagem: Mais barato, pois não exige estruturas de alvenaria; Facilidade de instalação a locais próximos ao estábulo ou confinamento; É boa opção para o armazenamento de excessos esporádicos. Desvantagem:Proporciona menor compactação; Mais sujeito a perdas; Não tem secção bem definida, mas é semelhante a do silo trincheira (trapezoidal). Fenação Vantagem: Ser armazenado por longos períodos com pequenas alterações no valor nutritivo; Grande número de forrageiras podem ser utilizadas; Ser produzido e utilizado em grande e pequena escala ( mecanizado ou manualmente); Ser colhido, armazenado e fornecido aos animais manualmente ou num processo inteiramente mecanizado; Atender o requerimento nutricional de diferentes categorias de animais. Desvantagem: Necessidade de rapidez na desidratação – afeta a qualidade – Produção coincide com período chuvoso, Maior dependência e investimento em maquinários. Objetivo da fenação: Conservação do valor nutritivo da forrageira através da desidratação rápida, uma vez que a atividade respiratória das plantas, bem como a dos microrganismos é paralisada. Perdas de água da forrageira após o corte: O processo de fenação consiste, na remoção da umidade da forrageira após o corte, de valores próximos a 80%, para teores na faixa de 15 a 20%, permitindo assim a obtenção e armazenamento do feno com baixos níveis de perdas. Fases da perda: Fase I: ocorre perda de 20 a 30% do total de água, perda de água mais rápida, devido ao não fechamento dos estômatos. Ao final desta fase as plantas apresentam de 70 a 65% de umidade.Fase II: ocorre perda de água via evaporação cuticular e a estrutura da planta afetam a duração desta fase de secagem. Nesta fase os teores de umidade decrescem para valores próximos a 40-45%. Fase III: devido a plasmólise e rompimento celular a membrana das células perdem sua permeabilidade seletiva e ocorre rápida perda de água. É uma fase que tem menos influência do manejo e mais sensíveis as condições climáticas. Os teores de umidade chegam a valores entre 15 e 12%. Fatores que interferem na desidratação: Fatores climáticos: Radiação solar; Temperatura; Umidade do ar; Velocidade do vento; Potencial de evapotranspiração. Fatores inerentes a planta: Conteúdo de umidade inicial; Espécie forrageira: Características físicas da forrageira; Relação folha/colmo; Comprimento e espessura do colmo; Espessura da cutícula; Densidade de estômatos; Características físicas da forrageira: arquitetura da planta; gramíneas , leguminosas. Fatores de manejo: Viragem; Revolvimento; Produtos químicos. Processo de fenação: 1. Corte ou Ceifa da forrageira: Limpeza da área antes do corte: Retirada de pedras, tocos, galhos, cupinzeiros, retirada de plantas invasoras; Condições do clima: Hora de corte, Evaporação do Orvalho; Sem chuvas, Melhor período: outono–inverno. (porém < produção de MS); Ponto de corte: Produção de massa e valor nutritivo; Teor de umidade da forragem 70-85%. 2. Desidratação ou cura: Espalhamento: 3 fases (duração; taxa de perda de água; desidratação) Primeira fase: Evapotranspiração (2 horas) – Segunda fase: Evaporação cuticular (65% UR) – Terceira fase: Aumento de perda de umidade devido plasmólise e perda da permeabilidade seletiva da membrana plasmática (30% UR). Enleiramento: Evita a desidratação muito rápida da forragem cortada, com redução da qualidade; Reduz a exposição direta da forragem ao sol e chuva. Viragem e enleiramento: Quanto maior o número de revolvimentos mais rápido e uniforme será a desidratação (em média 30 % mais rápido ou duas a oito horas). Ponto de feno 12-18 % de umidade na forragem (vários métodos para determinar o teor de umidade). Não atingindo ponto de feno ao final da tarde, enleirar a forragem continuando a desidratação no dia seguinte. 3) Acondicionamento em Fardos ou Medas: Fardos: Recolhem o feno das leiras comprimindo, amarrando e formando fardos. (Fardos: Vantagens: facilita controle de disponibilidade; facilita o transporte; melhor conservação; Ocupa menor espaço. Desvantagens: Mais trabalhoso; Mais caro). (Medas: Vantagens: Menor custo, Não necessita abrigos e reduz o transporte; Fácil acesso para os animais. Desvantagens: Perdas por drenagem e fermentação; redução no valor nutritivo; Desperdícios pelos animais no momento da utilização. 4. Armazenamento: Local aberto e ventilado, Granel em galpões, No campo sobre estrado e cobertos por lona, Fardos grandes deixados no campo (depende das condições climáticas). Cuidados: Construir cercas ao redor das medas (evitar acesso dos animais). Capineira Capineira é uma área cultivada com gramíneas que apresentam elevada produtividade, que são cortadas e picadas para fornecimento de alimento verde aos animais. Quando bem utilizada minimiza a escassez de forragem no período seco, refletindo positivamente sobre o desempenho do rebanho. Estabelecimento: Local que não apresente problema com drenagem, perto do cocho. Dimensionamento: Quantos animais, dias serão alimentados. Consumo de 3% do peso. corporal Preparo o solo: A área deve ser bem preparada, através da aração, 1 ou 2 gradagens. Correção e Adubação o solo: A calagem de acordo com os resultados de análise do solo, cerca de 60 dias antes do plantio. A adubação química: no fundo do sulco. Plantio: Inicio da estação das chuvas. Retirar as mudas inteiras de uma capineira bem formada, cortar as pontas, pouca disponibilidade, o plantio deve ser feito através de estacas de 3 a 4 gemas, caso contrário plantar o colmo inteiro, intercalando-se a ponta e o pé. Seccionar as mudas com facão, em toletes menores contendo pelo menos três gemas, cobrir as mudas com terra, fazer limpeza contra plantas invasoras quando necessário. 90 dias após o plantio, pode-se realizar o primeiro corte. Manejo
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