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Trabalho do navio Q-Max Mozah

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A gigante ExxonMobil possui em sua frota o maior navio transportador de GNL (gás natural liquefeito) do mundo. A embarcação Q-Max, batizada de "Mozah" e desenvolvida pela multinacional de petróleo em parceria com o Qatar Petroleum, acionistas na joint-venture Qatar gás, promete levar até 80% a mais de carga que os navios convencionais.
De acordo com a ExxonMobil, o "Mozah" é a primeira embarcação transportadora de GNL Q-Max do mundo. Para a companhia, o navio marca um avanço no embarque de gás natural liquefeito, com redução dos custos de transporte, melhoria da eficiência energética e redução demissões.
Além de levar até 80% mais carga, segundo a ExxonMobil, o inovador navio Q-Max requer 40% menos energia por unidade de carga do que os transportadores de GNL convencionais – por conta da economia de escala e pela eficiência dos motores – e proporcionam uma redução de 20% a 30% nos custos de transporte. Entre os avanços revolucionários da nova embarcação para o setor, as parceiras destacam o aumento do tamanho dos navios, as unidades de liquefação a bordo, os motores diesel de baixa velocidade, além das hélices e lemes duplos, dos maiores tanques GNL de navio já construídos e dos mais recentes e melhores sistemas de anti-impurezas do casco e de proteção contra incêndio.
Para se ter uma ideia, o navio desenvolvido pela ExxonMobil com a Qatar Petroleum tem comprimento superior a três campos de futebol e torre de vinte andares - da quilha ao topo do mastro. Equipado com os maiores tanques de contenção por membrana já construída e com capacidade total de até 266 mil metros cúbicos, ele carrega gás natural em quantidade suficiente para atender às necessidades energéticas de 70 mil lares norte-americanos durante um ano.
Por mais de trinta anos, o tamanho dos navios GNL permaneceu inalterado, com capacidade de 140 mil metros cúbicos. Pensando nisso, operadores de navios, especialistas em hidrodinâmica, arquitetos navais e engenheiros estruturais da Qatar Petroleum e da ExxonMobil trabalharam em conjunto para desenvolver e testar rigorosamente projetos de tanques de carga Q-Max maiores. Para tanto, foi feita uma avaliação abrangente do deslocamento de carga para comprovar que os sistemas de maior porte são viáveis e confiáveis.
Outra inovação do navio fica por conta da unidade de liquefação a bordo. Ela reliquefaz o gás natural vaporizado durante o transporte, reinventando-o na forma de líquido nos tanques de carga, em vez de usá-lo como gás vaporizado no fornecimento de energia para o próprio navio-tanque. Resultado: permite a entrega de quase 100% da carga, além de especialmente benéfico em viagens de longa distância, como do Qatar para a Europa ou América.
A ExxonMobil destaca ainda que as instalações de liquefação a bordo criaram a oportunidade de substituir as caldeiras de vapor e turbinas usadas para propulsão dos navios de GNL convencionais por motores a diesel de baixa velocidade altamente eficiente. A nova embarcação é equipada com dois motores diesel que impulsionam hélices e lemes duplos, proporcionando maior eficiência energética, com redução do consumo de combustível em até um terço, além de confiabilidade e facilidade nas manobras.
Para o presidente da ExxonMobil Development Company, Neil Duffin, os navios transportadores Q-Max modifica o modelo de embarque de GNL em quase todos os aspectos. “A mesma capacidade tecnológica que nos levou a desenvolver uma nova classe de navios transportadores de GNL está conduzindo a inovação em todos os aspectos da cadeia de valor do GNL”, ressalta. No Qatar, as duas parceiras estão utilizando uma nova tecnologia para construir quatro das maiores instalações de produção de gás natural liquefeito do mundo. Também participam de projetos de gaseificação de terminais de GNL na Itália, no Reino Unido e nos Estados Unidos.
O diretor executivo da Qatar gás, Faisal Al Suwaidi, destaca o importante esforço técnico das duas companhias para permitir essa revolucionária melhoria no segmento de transporte de GNL. “O transporte é uma conexão crítica na cadeia de valor do GNL, que se estende desde o Campo Norte do Qatar, o maior campo de gás não associado do mundo, com recursos recuperáveis de mais de 25 trilhões de metros cúbicos, até lares da Ásia, Europa e Américas. Com nossa tecnologia inovadora, transformamos efetivamente os negócios de GNL e abrimos ainda mais o mundo para o Qatar GNL”, avalia. A Qatargas vai fretar o Mozah e cinco outros transportadores Q-Max para fornecer GNL a partir de novos trens de liquefação no Qatar.
Segue algumas fotos do navio:
1ª) Geração de energia em navios do tipo FPGP (Floating Power Generation Plant). Esses navios ficariam ancorados próximos às principais plataformas e a energia gerada seria transportada por meio de cabos submarinos até o continente, onde seriam conectados às linhas de transmissão;
2ª) Transportar o energético já na condição de GNL (gás natural liquefeito) para uma base de regaseificação ou, em último caso, para um navio do tipo FSRU (Floating Storage and Regasification Unit). O grande desafio neste caso seria como transformar o gás natural em GNL em alto-mar, já que o gás necessita ser comprimido em 600 vezes, numa temperatura inferior a 160º C para que se consiga sua liquefação.
No entanto, mais cedo do esperávamos apareceu a solução. O texto “ExxonMobil inova e lança navios de alta tecnologia” (22/12, pág. C-4), publicado pela Gazeta Mercantil trata da nova geração de navios transportadores de GNL, os chamados “Q-Max” (“Q” de Qatar e “Max”, tamanho máximo do navio que pode utilizar o terminal de GNL do Qatar), desenvolvidos pela ExxonMobil em parceria com a Qatar Petroleum e que transportam até 80% mais carga com a vantagem de necessitarem 40% menos de energia. Enquanto os navios atuais transportam não mais de 140 mil metros cúbicos de GNL, os moderníssimos Q-Max pode transportar até 266 metros mil cúbicos.
Se já não bastasse esse aumento na capacidade de carga, já que o transporte representa quase um terço do preço final do GNL, o recém-lançado (17/12) mega navio “Mozah”, com 345 metros de comprimento – o equivalente a três campos de futebol -, 53,8 metros de largura e 34,7 metros de altura, além de várias inovações tecnológicas, tem um inédito sistema de reliquefação a bordo. Como bem definiu Tony Urbanelli, gerente sênior do projeto de GNL da ExxonMobil: “É difícil imaginar outro projeto que pudesse fazer uma mudança tão substancial na indústria naval”.
Aí está uma das opções para o aproveitamento do gás natural do pré-sal. É sabido que durante o transporte, em torno de cinco por cento do GNL transforma-se em gás natural, que na atualidade é utilizado como combustível dos próprios navios. Com a reliquefação a bordo, esse gás em vez de ser queimado, voltará novamente ao estado de GNL e assim, praticamente não haverá perda.
Com essa solução de reliquefação a bordo, o gás natural do pré-sal pode sair do poço e ser levado diretamente para um “Q-Max”, que ficará ancorado junto à plataforma, onde passará para o estado de GNL e daí serem transportado para um terminal. Assim sendo, é hora da Petrobras e seus parceiros começarem a dar atenção a este tipo de navio, pois os já contratados para o transporte do GNL, o Golar Spirit e Golar Winter, inéditos no processo de regaseificação a bordo, não foram fabricados para reliquefação.

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