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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CAMPUS UFRJ – MACAÉ CURSO DE NUTRIÇÃO ÁREA: ALIMENTAÇÃO COLETIVA II IMPORTÂNCIA DO MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO Profa. Mariana Fernandes Sustentabilidade “desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem as suas próprias necessidades”. Comissão Mundial da ONU sobre Meio ambiente e Desenvolvimento(1987) (Veiros & Proença, 2010) Os rótulos ambientais são selos que visam a informar ao consumidor algumas características sobre o produto. Os rótulos ambientais costumam ser conhecidos também como “selo verde”, “selo ambiental” ou “rótulo ecológico” (Biazin e Godoy, 2000). Rotulagem ambiental Extração de matéria prima Produção, embalagem e distribuição Uso pelo consumidor Fim da vida OBJETIVO Estímulo à harmonização com a natureza Tornar o processo produtivo verde e reduzir impactos ambientais Redução dos impactos decorrentes do consumo Reciclagem • Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; (Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981). • Política Estadual de Resíduos Sólidos e Gestão de limpeza - Rio de Janeiro Lei nº 4.191/2003 e Lei nº 3.273/2001 • Infrações e sanções penais – atividades lesivas ao meio ambiente Lei nº 9.605/ 1998 e Decreto nº 6.514/2008 • Diretrizes para o Saneamento básico - · Lei nº 11.445/2007 • Licenciamento ambiental/RJ - · Decreto n° 42.159/2009 • Disposição final dos resíduos dos serviços de saúde Resolução CONAMA nº 358/ 2005 • Classificação de Resíduos Sólidos - NBR 10.004/2004 • Agenda 21 Global, Capítulo 20, dispõe sobre o manejo ambientalmente saudável dos resíduos perigosos, incluindo a prevenção do tráfico Internacional ilícito de resíduos perigosos. Legislação Resíduos sólidos Resíduos sólidos Diferentes atividades humanas Estados sólido ou semissólido; gases contidos em recipientes e líquidos Lodos provenientes de sistemas de tratamento de água (Brasil, 2010; ABNT, 2004 ) • Resíduos Sólidos Urbanos: - Domiciliares: atividades domésticas em residências; - Limpeza Urbana: varrição, logradouros e vias públicas • Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de serviços: - Pequeno gerador: até 120 litros por dia - Grande gerador: volume superior a 120 litros ou 60Kg por dia (coleta tarifada) (Serviço de Alimentação) • Resíduos Industriais • Serviços de saúde • Construção Civil • Serviços Públicos de Saneamento Básico • Atividades Agrícolas • Transporte: portos, aeroportos, rodoviários, ferroviários, etc. • Mineração Lei Nº 12.305 (Brasil, 2010); Lei 3.273 (Rio de Janeiro,2001) Classificação dos Resíduos Sólidos Quanto à natureza ou origem Classificação dos Resíduos Sólidos Quanto à periculosidade Brasil, 2010; ABNT, 2004 Perigosos ou tóxicos •Inflamabilidade • Corrosividade • Reatividade • Toxicidade • Patogenicidade • Carcinogenicidade • Teratogenicidade • Mutagenicidade Não Perigosos Não Inertes Inertes • Constituintes não solúveis em água destilada ou deionizada à temperatura ambiente •Biodegradabilidade • Combustibilidade • Solubilidade em água Classificação dos Resíduos Sólidos Quanto ao grau de degradabilidade Serviço de Alimentação Resíduos de UAN = Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) LIXO DOMICILIAR EXTRAORDINÁRIO – Resíduos classificados como lixo domiciliar, conforme definido na Lei 3.273, de 06/09/2001-RJ, cuja quantidade gerada por dia e por contribuinte (gerador), exceda o volume de 120 (cento e vinte) litros ou 60 (sessenta) quilogramas. Resíduos de Restaurante/Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) Geração Gerenciamento adequado Disposição temporária Disposição inadequada: poluição das águas e contaminação do solo. Afeta diretamente a saúde humana e o meio ambiente. Ações Preventivas Qualquer atividade do ser humano Cenário Atual Geração de Resíduos Sólidos em 2011 Hábitos de consumo de países desenvolvidos Sisinno e Oliveira, 2006 • Crescimento de resíduos sólidos no período de 2010 para 2011 foi duas vezes maior do que o crescimento da população Cenário Atual Destinação final -Rio de Janeiro: 42% do lixo acabam em local inadequado - Macaé: 200 toneladas de lixo/dia Coleta Seletiva em 2 bairros * Iniciativas sustentáveis ABRELPE 2011 Número de municípios por região no Brasil com iniciativas de coleta seletiva Pesquisa ABRELPE 2011 Necessidade de maiores investimentos em Coleta Seletiva Aumento na geração de resíduos sólidos PRINCIPAIS FATORES: Aumento da população e da expectativa de vida; Industrialização; Diversificação de embalagens; Melhoria do poder aquisitivo da população; Desperdício de alimentos; Mudança no padrão alimentar; Alimentação fora do lar. Consequências - Contribui para mobilidade do indivíduo - Flexibilidade de sua vida social - Gera emprego e renda Positivas Negativas Aumento na geração de resíduos sólidos Pinheiro, 2004; Lustosa, 2006. Desperdício de alimentos no Brasil Média de desperdício de alimentos: 35% a 40% (da colheita ao consumo) - (20%) (15%) Nas dez maiores capitais: o cidadão consome no ano, 35 Kg de vegetais e joga no lixo 37Kg. Consequências do desperdício • Geração de mais lixo • Poluição de rios • Morte de animais • Proliferação de doenças • Enchentes • Desabamentos • Escassez de água • Escassez energia elétrica • Comprometimento da qualidade da vida Panorama da Alimentação Fora do Lar - 2011 Estimativa para 2012 Número de refeições produzidas/dia 11,2 Mão de obra empregada no setor 190 mil colaboradores (ABERC, 2012) Serviço de Alimentação Produção de refeições Insumos Resíduos e emissões Primeiro artigo Geração de Resíduos Sólidos em UAN Diagnóstico Qualitativo Padrão de cardápio Utensílios utilizados (Colares, 2012) Geração de Resíduos Sólidos em UAN Diagnóstico Quantitativo Pesagem: -Pré-preparo; -Preparo; - Avaliação de Sobras e restos Fatores que Influenciam a Geração de Resíduos na Produção de Refeições (Colares, 2012) Fatores que Influenciam a Geração de Resíduos na Produção de Refeições (Colares, 2012) Características dos resíduos gerados na UAN (Colares, 2012) Medidas de Gestão de Resíduos Sólidos em UAN ? Plano de gerenciamento de Resíduos sólidos 1ª ETAPA: Medidas com vistas a aplicação dos 4Rs Educação Ambiental (Colares, 2012) Plano de gerenciamento de Resíduos sólidos 1ª ETAPA: Medidas com vistas a aplicação dos 4Rs Redução de Resíduos Sólidos na fonte geradora (Colares, 2012) Plano de gerenciamento de Resíduos sólidos 1ª ETAPA: Medidas com vistas a aplicação dos 4Rs Reutilização dos resíduos sólidos gerados - Aproveitamento de alimentos processados, não temperados e não coccionados. (armazenar sob refrigeração à temperatura de até 4º C e consumir em 72 horas) (Colares, 2012) Plano de gerenciamentode Resíduos sólidos 1ª ETAPA: Medidas com vistas a aplicação dos 4Rs Reciclagem - Venda ou encaminhamento do material para tratamento/reciclagem. Possibilita retorno financeiro, diminuição de custo e a minimização de RS que seriam encaminhados para os aterros sanitários. (Colares, 2012) Plano de gerenciamento de Resíduos sólidos 2ª ETAPA: Manejo dos Resíduos Sólidos Gerados na Produção de Refeições Segundo artigo Resultados Resultados Terceiro artigo Resultados Resultados Resultados Resultados • Neste estudo observou-se que a Unidade apresentou três fatores de desperdício predominantes: o fator de correção, representado pela remoção das partes não comestíveis dos alimentos; as sobras ou excedentes de alimentos, representadas pelos alimentos que foram produzidos e não foram distribuídos aos clientes; os restos, representados pelos alimentos distribuídos e não consumidos pelos clientes, sendo os dois últimos considerados os mais significantes e modificáveis. Melhoria Contínua Referências Bibliográficas -Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. São Paulo: Abrelpe, 2011. -Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR 10004/2004. Resíduos sólidos – Classificação. Associação Brasileira de Empresas de Refeições Coletivas. -Lei Nº 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de1998 e dá outras providências. Diário oficial [da União]. Brasília, DF, 03 de agosto de 2010. -Campos, ACA; Vaz, LMS; Moura, LS; Silva, MB; Paranhos, SCF. MEIO AMBIENTE E RESÍDUOS SÓLIDOS: Uma Abordagem do Restaurante Universitário da Universidade Estadual de Feira de Santana. I Seminário Nacional de Meio Ambiente e Extensão Universitária. 19 a 21 de maio de 2010. UNIOESTE – Marechal Cândido Rondon – PR, 2012. -Colares, LGT; Figueiredo VO. Gestão de Resíduos Sólidos gerados na produção de refeições. Revista Nutrição em Pauta (ed . 114 -maio/junho/2012). Rio de Janeiro. -Lei 3.273 de 6 de setembro de 2001. Dispõe sobre a Gestão dos Serviços de Limpeza Urbana e dá outras providências. Rio de Janeiro, 19 de abril de 2002. -Sales, GLP. Diagnóstico da geração de resíduos sólidos em restaurantes públicos populares do município do Rio de Janeiro: contribuição para minimização de desperdícios. Rio de Janeiro, 2009. Dissertação (Mestrado em Nutrição). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. -Sisinno, CLS; Oliveira, RM. Resíduos Sólidos, Ambiente e Saúde: uma visão multidisciplinar. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. 142p. - Soares, JP e Soares Neto, JL. caracterização e gerenciamento de resíduos orgânicos em restaurantes: estudo de caso em três restaurantes de Palmas -TO, 2009. -Veiros, MB; Proença, RPC. Princípios de Sustentabilidade na Produção de Refeições. Rev. Nutrição em Pauta. São Paulo. Mai, Jun, 2010. - Zotesso, JP; Cossich, ES; Tavares, CRG; Clemente, CP; Perecim, P; Colares, LGT. Diagnóstico da geração dos resíduos sólidos no restaurante universitário da Universidade Estadual de Maringá e avaliação do desperdício de alimentos. XIX Congresso Brasileiro de Engenharia Química. COBEQ. Buzios-RJ, 2012. OBRIGADA!
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