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DIREITO COLETIVO conceito e princípios

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Direito do Trabalho II
Professora Clarisse Goulart Nunes
Bacharel em Direito
Especialista em Direito Penal e Processual Penal
Especialista em Psicologia
Mestra em Filosofia
Curso de Direito – IESA
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Direito Individual
Trata da regulação do contrato de emprego, fixando direitos, obrigações e deveres das partes. Trata também de outras relações laborativas especificamente determinadas em lei.
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Direito Coletivo
Regula as relações inerentes à chamada autonomia privada coletiva, isto é, relações entre organizações coletivas de empregados e empregadores e/ou entre organizações obreiras e empregadores diretamente, a par das demais relações surgidas na dinâmica de representação e atuação coletiva.
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Princípios Especiais do Direito Coletivo
Princípios assecuratórios da existência do ser coletivo obreiro
1. Princípio da Liberdade Associativa e Sindical
2. Princípio da Autonomia Sindical
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1. Princípio da Liberdade Associativa e Sindical
Assegura o direito de agregação estável e pacífica entre pessoas, independentemente de seu segmento social ou dos temas causadores da aproximação.
Reunião: agregação episódica de pessoas face de problemas e objetivos comuns
Associação: agregação permanente de pessoas em face de problemas e objetivos comuns.
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Princípio da Liberdade Associativa e Sindical – previsão legal
Direito de reunião pacífica e de associação sem caráter paramilitar está assegurado no art. 5º, XVI e XVII da CF.
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Princípio da Liberdade Associativa e Sindical
A Liberdade de associação está prevista no art. 5º, XX da CF, dimensão positiva: possui uma prerrogativa de livre criação e/ou vinculação a uma entidade associativa:
“Ninguém será obrigado a filiar-se ou a mater-se filiado a um sindicato”
Prerrogativa de livre vinculação e de livre desfiliação a um sindicato – art. 8º, V da CF
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2. Princípio da Autonomia Sindical
Tal princípio sustenta a garantia de autogestão ás organizações associativas e sindicais dos trabalhadores, sem interferências empresariais ou do Estado. Trata ele, portanto, da livre estruturação interna do sindicato, sua livre atuação externa, sua sustentação econômico-financeira e sua desvinculação de controles administrativos. 
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Princípio da Autonomia Sindical
A CF de 1988 eliminou o controle político-administrativo do Estado sobre os sindicatos, tanto no diz respeito sobre a sua criação, quanto no que se refere a sua gestão.
Art. 8, I, III e IV da CF 
Atuação nas esferas administrativa e judicial
Negociação coletiva
Greve
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Princípios Especiais do Direito Coletivo
Princípios regentes das relações entre os seres coletivos trabalhistas
1. Princípio da Interveniência Sindical na Normatização Coletiva
2. Princípio da Equivalência dos Contratantes Coletivos
3. Princípio da Lealdade e Transparência na Negociação Coletiva
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1. Princípio da Interveniência Sindical na Normatização Coletiva
Refere a necessidade de intervenção sindical nos processos de negociação coletiva. Busca, com isso, assegurar que a validade do processo de negociação deverá ocorrer com a presença do ser coletivo institucionalizado, assegurando a existência de efetiva equivalência entre os sujeitos contrapostos.
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2. Princípio da Equivalência dos Contratantes Coletivos
Postula pelo reconhecimento de um estatuto sóciojurídico semelhante a ambos os contratantes coletivos – por parte do empregado e por parte do empregador.
São dois sujeitos coletivos
São dois sujeitos contrapostos, com poderes de negociação.
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3. Princípio da Lealdade e Transparência na Negociação Coletiva
Visa a assegurar condições efetivas de concretização prática da equivalência teoricamente assumida entre sujeitos do Direito Coletivo do Trabalho.
Deriva do princípio da lealdade e boa-fé na negociação coletiva.
Não se trata aqui de singela pactuação entre indivíduos, mas sim entre entes coletivos.
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Princípios Especiais do Direito Coletivo
Princípios regentes das relações entre normas coletivas negociadas e normas estatais
1. Princípio da Criatividade Jurídica da Negociação Coletiva
2. Princípio da Adequação Setorial Negociada
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1. Princípio da Criatividade Jurídica da Negociação Coletiva
Traduz a noção de que os processos negociais coletivos e seus instrumentos (contrato coletivo, acordo coletivo e convenção coletiva de trabalho) possuem real poder de criar norma jurídica.
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2. Princípio da Adequação Setorial Negociada
Trata das possibilidades e limites jurídicos da negociação coletiva, ou seja, de critérios de harmonização entre as normas jurídicas oriundas da negociação coletiva (consumação do princípio da criatividade) e as normas jurídicas provenientes da legislação heterônoma estatal.

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