Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MA33 - Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear Unidade 20 - Polinoˆmio caracter´ıstico A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa PROFMAT - SBM 10 de agosto de 2013 Polinoˆmio caracter´ıstico Se λ e´ um autovalor do operador linear T : V → V , enta˜o vale V (λ) = Ker (T − λIV ). Agora, se α e´ uma base qualquer de V considere a matriz [λIV −T ] α α do operador λIV −T : V → V . Segue que Ker (λIV − T ) 6= 0 ⇔ D([λIV − T ]αα) = 0. Esta relac¸a˜o acima nos da´ uma ide´ia de como poderemos achar os autovalores de um dado operador T : V → V . Veja que D([tIV − T ] α α) e´ um polinoˆmio, na varia´vel t, moˆnico de grau n e que λ e´ autovalor de T se, somente se, e´ uma raiz de D([tIV − T ] α α). PROFMAT - SBM MA33 - Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear slide 2/9 Polinoˆmio caracter´ıstico Mostra-se que D([tIV −T ] α α) e´ um invariante de T , ou seja, na˜o de- pende base escolhida (verifique !). Isto justifica a seguinte definic¸a˜o. Definic¸a˜o: Sejam T : V → V um operador linear e α uma base de V . Chamamos o polinoˆmio pT (t) = D([tIV − T ] α α) de polinoˆmio caracter´ıstico de T . Segue da discussa˜o anterior que os autovalores de T , caso existam, sera˜o as ra´ızes de seu polinoˆmio caracter´ıstico. PROFMAT - SBM MA33 - Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear slide 3/9 Polinoˆmio caracter´ıstico Exemplo: Determine os autovalores e os autovetores do operador T cuja matriz na base canoˆnica e´ dada por A = [ 4 2 3 −1 ] . Soluc¸a˜o: O polinoˆmio caracter´ıstico de T e´ pT (t) = (t−4)(t+1)−6, ou seja, pT (t) = t 2 − 3t − 10. Assim, os autovalores de T sa˜o −2 e 5. E´ fa´cil ver que V (−2) = {(−y , 3y) : y ∈ R} e V (5) = {(2y , y) : y ∈ R}. PROFMAT - SBM MA33 - Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear slide 4/9 Polinoˆmio caracter´ıstico Seja A uma matriz quadrada de ordem n. O determinante da matriz tIn − A, onde t e´ uma indeterminada, e´ chamado polinoˆmio carac- ter´ıstico da matriz A e e´ denotado por pA(t). Dados um polinoˆmio p(t) = ar t r + ar−1t r−1 + · · ·+ a1t + a0 e uma matriz quadrada A de ordem n, define-se p(A) = arA r + ar−1A r−1 + · · ·+ a1A+ a0In que e´ uma matriz quadrada de ordem n. PROFMAT - SBM MA33 - Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear slide 5/9 Polinoˆmio caracter´ıstico Exemplo: Consideremos a matriz A = [ 1 3 −1 0 ] . O polinoˆmio caracter´ıstico de A e´ pA(t) = t 2 − t + 3. Verifica-se facilmente que pA(A) = A 2 − A+ 3I2 = 0. A seguir, apresentamos um dos importantes Teoremas ba´sicos da A´lgebra Linear, o chamado Teorema de Cayley-Hamilton que genera- liza o resultado do exemplo acima. Teorema de Cayley-Hamilton: Sejam A ∈ M(n) e seja pA(t) o polinoˆmio caracter´ıstico de A. Enta˜o, pA(A) = 0, onde 0 e´ a matriz nula de M(n). PROFMAT - SBM MA33 - Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear slide 6/9 Polinoˆmio caracter´ıstico Uma consequeˆncia imediata do Teorema de Cayley-Hamilton e´ que se grau(pA(t)) = r a poteˆncia A r , de uma matriz A ∈ M(n), pode ser escrita como uma combinac¸a˜o linear das poteˆncias de A com expoentes menores do que r , pois se Ar + ar−1A r−1 + · · ·+ a1A+ a0In = 0 enta˜o Ar = −ar−1A r−1 − · · ·− a1A− a0In. O Teorema de Cayley-Hamilton nos da´ uma forma de calcular poteˆncias de uma dada matriz. Veremos, na pro´xima unidade, que o ca´lculo de tais poteˆncias fica bastante simplificado se a matriz tiver a propriedade de ser diagonaliza´vel. PROFMAT - SBM MA33 - Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear slide 7/9 Polinoˆmio caracter´ıstico Se pA(t) e´ o polinoˆmio caracter´ıstico de uma matriz A ∈ M(n), o teorema de Cayley-Hamilton nos diz que pA(A) = 0. No entanto, pA(t) pode na˜o ser o polinoˆmio de menor grau que se anula em A. Veja exemplo abaixo: Exemplo: Se A = 3 0 00 2 0 0 0 2 , enta˜o pA(t) = (t − 3)(t − 2) 2. Pelo teorema de Cayley-Hamilton, temos pA(A) = 0. Agora considere o polinoˆmio mA(t) = (t−3)(t−2), e´ claro que mA(t) divide pA(t) e mA(A) = 0. PROFMAT - SBM MA33 - Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear slide 8/9 Polinoˆmio caracter´ıstico A discussa˜o justifica a seguinte definic¸a˜o. Definic¸a˜o: O polinoˆmio minimal de uma matriz A ∈ M(n) e´ o po- linoˆmio moˆnico mA(t) de menor grau tal que mA(A) = 0. Voltando ao exemplo anterior, temos que pA(t) = (t − 3)(t − 2) 2 e mA(t) = (t − 3)(t − 2). PROFMAT - SBM MA33 - Introduc¸a˜o a` A´lgebra Linear slide 9/9
Compartilhar