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10/11/2011 1 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini 11 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini CROMATOGRAFIA Histórico M. TSWEET (1903): Separação de misturas de pigmentos vegetais em colunas recheadas com adsorventes sólidos e solventes variados.éter de petróleo CaCO3 mistura de pigmentos pigmentos separados Cromatografia = kroma [cor] + graph [escrever] (grego) Figura 1 – Esquema de cromatografia em coluna 10/11/2011 2 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini INTRODUÇÃO: A cromatografia envolve uma série de processos de separação de misturas, acontece pela passagem de uma mistura através de duas fases: uma estacionária (fixa) e outra móvel. A interação dos componentes da mistura com estas duas fases é influenciado por diferentes forças intermoleculares, incluindo iônica, bipolar, apolar, e específicos efeitos de afinidade e solubilidade. Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini CROMATOGRAFIA Princípio Básico Separação de misturas por interação diferencial dos seus componentes entre uma FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido ou gás). Figura 2 – Esquema de eluição na cromatografia planar 10/11/2011 3 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini 2. Classificação pela fase móvel empregada São de 3 tipos: �a cromatografia gasosa �a cromatografia líquida e a cromatografia supercrítica (CSC). A cromatografia líquida apresenta uma importante subdivisão: � cromatografia líquida clássica (CLC) � cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). No caso de fases móveis gasosas, separações podem ser obtidas por cromatografia gasosa (CG) e por cromatografia gasosa de alta resolução (CGAR). Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini 3. Classificação pela fase estacionária utilizada Quanto à fase estacionária, distingue- se entre fases estacionárias sólidas, líquidas e quimicamente ligadas. No caso da fase estacionária ser constituída por um líquido, este pode estar simplesmente adsorvido sobre um suporte sólido ou imobilizado sobre ele. Suportes modificados são considerados separadamente, como fases quimicamente ligadas, por normalmente diferirem dos outros dois em seus mecanismos de separação. 10/11/2011 4 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini 4. Classificação pelo modo de separação Separações cromatográficas se devem à adsorção, partição, troca iônica, exclusão ou misturas desses mecanismos. • CCD - Cromatografia de Camada Delgada, também conhecida por Cromatografia de Capa Fina • PLC –Planar Chromatography (Cromatografia Planar) • TLC - Thin Layer Chromatography: Usada para descrever uma técnica “clássica”, não sofisticada que era/é feita manualmente e avaliada por meio visual. • HPTLC – High Performance Thin Layer Chromatography 4. Conceitos Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini CROMATOGRAFIACROMATOGRAFIA PLANAR COLUNA CENTRÍFUGA CCD CP CSC GASOSA LÍQUIDA CLÁSSICA CLAE CG CGAR Figura 3 – Organograma com os métodos cromatográficos 6. Esquema Geral das Técnicas Cromatográficas 10/11/2011 5 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini http://www.rpi.edu/dept/chem-eng/Biotech-Environ/CHROMO/be_types.htm Mecanismos de separação Soluto é adsorvido na superfície da fase estacionaria Soluto é dissolvido na fase líquida, revestindo a superfície do suporte sólido Ânions movem- se ao redor dos cátions, estando covalentemente ligados a fase estacionária Resinas de extração aniônica; somente ânions são atraídos. Macromoléculas são excluídas Pequenas moléculas penetram nos poros. Um tipo de molécula da complexa mistura será atraída pelas moléculas que estão covalentemente ligadas a fase estacionária. As outras moléculas são carreadas pelo solvente. Cromatografia de Adsorção Cromatografia de Partição Cromatografia de Exclusão iônica Cromatografia de Exclusão molecular Cromatografia de Afinidade 10/11/2011 6 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Exercícios de Fixação Qual o tipo de mecanismo de separação envolvido na cromatografia em camada delgada e em coluna de sílica? Explique o mecanismo de separação da cromatografia em papel, por exclusão e de troca iônica. Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Cromatografia planar A cromatografia em papel (CP) é uma técnica de partição líquido–líquido. Baseia-se na diferença de solubilidade das substâncias em questão entre duas fases imiscíveis, sendo geralmente a água um dos líquidos. Este método é muito útil para a separação de compostos polares, sendo largamente usado em bioquímica. Figura 4 – a) esquema cromatografia em papel b) Foto de cromatografia em papel de alguns corantes A cromatografia em papel (CP) é uma técnica de partição líquido–líquido. Baseia-se na diferença de solubilidade das substâncias em questão entre duas fases imiscíveis, sendo geralmente a água um dos líquidos. Este método é muito útil para a separação de compostos polares, sendo largamente usado em bioquímica. Figura 4 – a) esquema cromatografia em papel b) Foto de cromatografia em papel de alguns corantes 10/11/2011 7 Análise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Cromatografia em papelCromatografia em papel • Compostos hidrossolúveis, ácidos orgânicos e íons metálicos • Princípio: partição (solubilidade) • Quantidade de amostra necessária 10-3 a 10-6 g • Tipos: ascendente, descendente, bidimensional, circular • F.M. - Sistema de solventes • F.E. - Água retida na celulose (papel Whatman) • Métodos de detecção: físico-químicos • Análise qualitativa: Rf (fator de retenção) - problema : reprodutibilidade • Análise quantitativa: densitômetro, extração dos solutos Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini A cromatografia em camada delgada ou fina (CCD) é uma técnica de adsorção líquido–sólido. Nesse caso, a separação se dá pela diferença de afinidade dos componentes de uma mistura pela fase estacionária. Cromatografia em Camada Delgada Figura 5 – Placa cromatográfica CCD 10/11/2011 8 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini � Separação de misturas de compostos moleculares através da migração diferencial dos mesmos entre duas fases: uma fixa e outra móvel. � Pode ser expresso como um procedimento de separação microanalítico no qual os componentes de uma mistura são transportados para diferentes distâncias em uma placa recoberta com uma fina camada de material poroso. A espessura da camada pode variar de 100mm a 250mm. Cromatografia de Camada DelgadaCromatografia de Camada Delgada Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini �A placa que serve de suporte em geral é de vidro, mas pode ser de plástico ou de alumínio. A camada que recobre a placa recebe o nome de fase estacionária e em geral é constituída de sílica gel. �O mecanismo de transporte é um solvente e é conhecido como fase móvel. Primeiro a amostra é dissolvida em umsolvente adequado, então, uma certa alíquota desta solução é aplicada na região de partida e o conjunto é seco. �A placa de TLC/HLTPC é então colocada em uma câmara de desenvolvimento ou cuba, o qual contém o solvente. Cromatografia de Camada Delgada Cromatografia de Camada Delgada -- Materiais da placaMateriais da placa 10/11/2011 9 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Cromatografia de Camada Delgada Cromatografia de Camada Delgada –– desenvolvimento da placadesenvolvimento da placa � Inicia-se o que chamamos de desenvolvimento cromatográfico onde os componentes da amostra são influenciados pela ação de duas forças, opostas entre si: � Capilaridade: é a responsável pelo avanço do solvente ou fase móvel sobre a fase estacionária que contém a amostra. � Interação: tão logo se inicia a migração da fase móvel, a amostra é dissolvida e começa a ser arrastada pela fase móvel. � Neste momento aparecem forças de interação entre os componentes da amostra e a fase estacionária. �Estas forças de interação se opõem à força de arraste da fase móvel (capilaridade) retardando o avanço dos componentes da amostra. Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Tipos de adsorventes: G- aglutinantes (gesso, amido ou talco) H- sem aglutinante (p/ CL) P- camada preparativa F- contém fluorescência R- adsorvente sem aditivo Critérios para escolha da fase móvel: analitos devem ser solúveis diferentemente não deve haver reação entre analitos/FM e FM/FE Adsorção depende: natureza química do adsorvente área de superfície/ tamanho da partícula porosidade da partícula -atividade --> sítios ativos 10/11/2011 10 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Em função de todas estas interações entre amostra/fase Em função de todas estas interações entre amostra/fase móvel/fase estacionária, o sistema TLC/HPTLC deve ser móvel/fase estacionária, o sistema TLC/HPTLC deve ser otimizado para cada amostraotimizado para cada amostra Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Medida e Identificação de Solutos Fator de relação (Rf) • Isto é calculado através do Rf (fator de relação) • Rf é a relação entre as distâncias percorridas pelo composto e pela frente do solvente. • Rf =distância do centro da mancha à linha de partida distância da frente do eluente à linha de partida Ou Rf = a/b 10/11/2011 11 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Fator de relação (Rf) Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Determine os Rf de uma amostra de aminonoácidos, formada de cadeias carbônicas lineares ou ramificada, apresentando de 3 a 15 átomos de carbono por cadeia foi levada para separação por CCD com fase estacionária normal. Sendo utilizando uma mistura de éter/diclorometano 1:1 como eluente para a separação, (utilize os dados da placa de CCD ao lado)? Exercício de Fixação 10/11/2011 12 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Aplicação da amostraAplicação da amostra Forma incorreta de aplicação Forma correta de aplicação Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Aplicação em spots, bandas ou Aplicação em spots, bandas ou retângulos ?retângulos ? Vídeo da Merck 10/11/2011 13 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Para este caso, o solvente Hexano mostrou-se como o melhor, pois o ponto de aplicação ficou o menor possível. O ideal é evitar o efeito de anel, como ocorreu com a água. Influência do SolventeInfluência do Solvente 10/11/2011 14 Análise Instrumental – Prof. Cezar Manzini CCD CCD -- exemplosexemplos Requerimento da amostra:: detectável no cromatograma solúvel na FM estável à luz, oxigênio, solvente, não ser volátil Figura 3 – Fotos de placas cromatográficas de CCD utilizadas para separação de espécies químicas Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Parâmetros para a placaParâmetros para a placa Temperatura: O desenvolvimento do cromatograma deve ocorrer em temperatura ambiente. Temperaturas entre 20°C e 25°C não são críticas para este procedimento. Ë importante evitar flutuações de temperatura durante o processo. Umidade: Durante a fabricação e logo após, as placas são secas à temperatura de 120°C, de modo a ativar a sílica gel. Ao ser retirada da embalagem a placa adsorve rapidamente umidade, se equilibrando em alguns minutos. Entre HR de 50 a 60% este equilíbrio ocorrerá na placa com cerca de 13% de conteúdo de água. 10/11/2011 15 Análise Instrumental – Prof. Cezar ManziniAnálise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Posição da cubaPosição da cuba • A cuba deve ser colocada de modo a não receber luz solar direta, em local com temperatura estável e bancada a mais nivelada possível. • Quando o trabalho estiver sendo feito com substâncias fotossensíveis, o cromatograma deve ser corrido no escuro. Análise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Princípios Básicos do detector Figura 5 - Representação esquemática mostrando a separação de uma mistura de componentes A e B através de uma coluna cromatográfica, por eluição. (b) Curva do sinal de saída do detetor (cromatograma). Fatores Interferentes: - Diluição dos analitos - Velocidade de Migração - Alargamento de Zonas 10/11/2011 16 Análise Instrumental – Prof. Cezar Manzini Uma amostra monoácidos, formada de cadeias carbônicas lineares ou ramificada, apresentando de 3 a 15 átomos de carbono por cadeia foi levada para separação por CCD com fase estacionária reversa. Sendo utilizando uma mistura de etanol/metanol 1:1 como eluente para a separação, responda: a) Qual a quantidade de componentes separados e seu Rf (utilize os dados da placa de CCD ao lado)? b) Quais as espécies mais polares e apolares? c) Como você esboçaria um cromatograma a partir da placa ao lado? d) O que você faria para melhorar a resolução das separações de alguns componentes da amostra? Exercício de Fixação
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