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AULA 04 Cruzamentos e critérios de seleção genética

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01/06/2017
1
Cruzamentos e Critérios de 
Seleção em Bovinos
Universidade Federal da Bahia
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Curso: Medicina Veterinária
Disciplina: Bovinocultura – MEV 138
Rebeca Ribeiro
Salvador, 2017.1
Introdução
• Objetivos:
• Produtividade
• Competitividade
• Sustentabilidade
• Redução de custos
Introdução
• Cruzamento:
• Sistema de acasalamento em que animais de
raças diferentes são utilizados para se obter
uma maior produtividade na habilidade de
produzir-se características de interesse (carne,
leite...)
Introdução
Cruzamento
Produção de heterose 
ou vigor híbrido
Combinação de 
méritos genéticos
Rápida incorporação 
de material genético 
desejável
Escolha do sistema de 
cruzamento
Escolha do sistema de cruzamento
• Existem diversas formas de se proceder em relação a
cruzamentos
• Nenhum sistema é capaz de atender adequadamente as
necessidades de todos os rebanhos
• Escolha depende: ambiente, exigência de mercado, mão
de obra disponível, nível gerencial, sistema de produção,
nível tecnológico e OBJETIVO do empreendimento
01/06/2017
2
• Objetivos:
• Utilização da heterose em benefício ao objetivo;
• Uso das diferenças entre raças quanto ao mérito
genético  sincronizar desempenho produtivo e
capacidade de adaptação ao clima, manejo, etc...
• Aproveitar a complementariedade;
• Formação de novas raças ou grupos.
Escolha do sistema de cruzamento
Base genética da heterose
Escolha do sistema de cruzamento
• Diferença entre a média do parâmetro avaliado
(fenótipo) nos indivíduos oriundos do cruzamento ou
mestiços e a média deste mesmo parâmetro medido
nos pais.
Base genética da heterose
Escolha do sistema de cruzamento
• Só haverá heterose quando:
• Houver diferença em frequência gênica entre as
raças envolvidas;
• O efeito de dominância entre alelos não for zero.
Base genética da heterose
Escolha do sistema de cruzamento
Para entender melhor...
Isolamento geográfico
Pressão de seleção
Processo de formação de uma raça
Base genética da heterose
Escolha do sistema de cruzamento
• Dificilmente, diferentes raças terão os mesmos alelos
indesejáveis fixados sob forma homozigótica;
• Isso será mais verdadeiro quanto mais distantes na
origem forem as raças.
Base genética da heterose
Escolha do sistema de cruzamento
• Desta maneira: cruzamento de raças diferentes 
progênie terá efeitos deletérios dos genes recessivos
“encobertos” por genes dominantes e maior taxa de
heterozigose.
• Atenção: níveis de existência de heterose variam muito
de acordo com a característica avaliada!
01/06/2017
3
Base genética da heterose
Escolha do sistema de cruzamento
Em linhas gerais... Quando se realiza cruzamento...
Benefícios da 
heterose
Complementariedade
das raças envolvidas nos 
produtos desejados
Por isso: Bos taurus taurus X Bos taurus indicus
Características Gerais das 
Raças Bovinas
Características Gerais
Raças Taurinas
Raças Zebuínas
Britânicas
Continentais
Italianas
Suíças
Francesas
Adaptadas
Raças Sintéticas
Características Gerais
Raças Britânicas
• Em ambiente propício:
• Características reprodutivas satisfatórias
• Carcaças de ótima qualidade
• Ocorrência de partos distócicos
• Alta proporção de gordura, quando acima do peso
• Menor taxa de crescimento, menor peso adulto
(comparadas às continentais)
• Machos adultos: 800 a 900 kg / Fêmeas: 500 a 600 kg
Características Gerais
Raças Continentais
• Em ambiente propício:
• Alto potencial de crescimento;
• Alto peso ao abate;
• Carcaça com gordura moderada;
• Partos distócicos;
• Grande exigência de energia para mantença
• Machos adultos: 1K a 1.2K kg/ Fêmeas: 700 a 800 kg
Características Gerais
Raças Adaptadas
• Associam características comuns a raças europeias e,
outras, de raças zebuínas;
• Adaptabilidade ao clima tropical (seleção);
• Machos adultos: 600 a 700 kg / Fêmeas: 350 a 450 kg.
01/06/2017
4
Características Gerais
Raças Zebuínas
• Reduzida taxa de crescimento (quando comparado às
raças europeias);
• Carcaça de baixa aceitabilidade* (pouca gordura,
carne com textura menos macia);
• Excelente habilidade materna;
• Adaptabilidade ao clima tropical (resist. a parasitos)
• Machos adultos: 600 a 700kg / Fêmeas: 350 a 450 kg
Sistemas de Cruzamento
Sistemas de Cruzamento
Cruzamento simples
Cruzamento Contínuo
Cruzamento Rotacionado
ou Alternado Contínuo
Não existe o 
sistema 
perfeito!
Sistemas de Cruzamento
Cruzamento simples
• Envolve apenas DUAS raças com produção de F1;
• Neste sistema, não há continuidade: machos e fêmeas
F1 são abatidos;
• Preservação de fêmeas puras para reposição ou
aquisição de outros criadores
Sistemas de Cruzamento
Cálculo do grau de sague
Multiplica-se o grau de 
sangue dos pais por ½ 
e, posteriormente, 
procede-se ao 
somatório das 
frações...
EX.: Pai Holandês x Mãe Gir
F1 = ½ (1H) + ½ (1G)
F1 = ½ H ½ G
Sistemas de Cruzamento
Cálculo do grau de sague
½ H ½ G X 1G
= ½ ( ½ H + ½ G) + ½ G
= ¼ H + ¼ G + ½ G = ¼ H + ¾ G
Acasalando-se F1 com Gir
01/06/2017
5
Sistemas de Cruzamento
Cálculo do grau de sague
Acasalando-se F2 com Holandês:
¼ H + ¾ G X 1H
½ (¼ H + ¾ G) + ½ H
1/8 H + 3/8 G + ½ H 
1/8 H + 3/8 G + 4/8 H 
5/8 H + 3/8 G
Sistemas de Cruzamento
Cruzamento simples
Sistemas de Cruzamento
Cruzamento contínuo
• Também chamado de “cruzamento absorvente”;
• Finalidade: substituir uma raça ou grau de sangue por
outra;
• Uso contínuo desse sistema produz animais Puros por
Cruza ou “PC”
Sistemas de Cruzamento
Cruzamento contínuo
Sistemas de Cruzamento
Cruzamento rotacionado ou alternado contínuo
• Raça paterna é alternada em cada geração;
• Pode ser feito com duas ou mais raças;
• É importante que as raças possuam algumas
semelhanças como: tamanho corporal, produção de
leite...
Sistemas de Cruzamento
Cruzamento rotacionado ou alternado contínuo
01/06/2017
6
Cruzamento rotacionado ou alternado contínuo
Sistemas de Cruzamento Sistemas de Cruzamento
Cruzamento rotacionado ou alternado contínuo
• Neste tipo de cruzamento, pode-se utilizar:
• A) Inseminação artificial;
• B) Uso de touros F1  Avaliação correta dos
reprodutores!
• C) Uso de touros puros de raças europeias
(dificuldades), alternando-se a raça do reprodutor a
cada 2 ou 3 anos;
Sistemas de Cruzamento
Cruzamento rotacionado ou alternado contínuo
• D) Formação de populações compostas:
• Pode envolver duas ou mais raças;
• A partir de determinado grau de sangue
(normalmente 3/8 Zebu + 5/8 Taurina), estabelecia
o cruzamento “inter se”, acasalando F e M de
mesmo grau de sangue.
• Ex.: Raça Sta. Gertrudis, Canchim, Pitangueiras....
Cruzamento rotacionado ou alternado contínuo Cruzamento rotacionado ou alternado contínuo
01/06/2017
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Sistemas de Cruzamento: 
Vantagens e Desvantagens
Sistemas de Cruzamento
Uso de Touros F1
• Nível de heterozigose inferior ao obtido com
reprodutores puros;
• Recomendado para propriedades nas quais é
inviável IA e manutenção de touros PO.
• Flexibilidade: troca da raça europeia para
adaptação ao mercado.
Sistemas de Cruzamento
Formação de populações compostas
• Foi muito utilizado há 5 ou 6 décadas atrás;
• Vem sendo retomado em função de novas evidências;
• É uma alternativa aos complexos sistemas de cruzamento
rotacionados  a partir de determinado grau de sangue,
tratamento igual ao do rebanho puro
• Atenção: para manter heterozigose, é necessária ampla
base genética das raças envolvidas!
Sistemasde Cruzamento
Cruzamento terminal ou industrial
• Possibilita uso máximo da heterose e complementaridade;
• Flexibilidade da escolha da raça terminal, que deve se
adaptar à demanda do mercado;
• Favorável para produção de animais a serem terminados
em condições favoráveis (principalmente relativas à
alimentação), pois gera animais com alta taxa de ganho
de peso e alto peso de abate;
Sistemas de Cruzamento
Cruzamento terminal ou industrial
• Fêmeas podem ser abatidas – e comumente o são. No
entanto, caso haja opção pelo uso destas em
acasalamentos posteriores, deve-se ainda, manter parte do
rebanho total de fêmeas como rebanho puro, para que
haja fonte de reposição de fêmeas F1 e substituição de
fêmeas puras.
Sistemas de Cruzamento
Cruzamento rotacionado terminal
• 45 a 50% das fêmeas são acasaladas em sistema
rotacionado para produzir fêmeas de reposição;
• As fêmeas mais velhas são acasaladas com touro terminal.
• Combina vantagens de altos níveis de heterose advindo do
sistema rotacionado à complementaridade da raça
terminal do touro utilizado;
• É um sistema complexo e exige alto nível gerencial
(tecnologia) + mão de obra qualificada.
01/06/2017
8
Uso de Cruzamento não elimina 
necessidade de SELEÇÃO!
Atenção ao Ambiente!!!
Demanda/Ambiente 
X 
Escolha do Sistema de Cruzamento
Condições Brasileiras
Pastagens gramíneas tropicais
Altas temperaturas
Alta radiação
Solos pobres
Sazonalidade de 
produção forrageira
Parasitos internos e 
externos
Como proceder, então?
Buscar por biótipos adequados ao AMBIENTE e ao 
MERCADO!
01/06/2017
9
Vamos praticar...
SITUAÇÃO 1)
Mercado: Demanda por animal desmamado para 
ser terminado em confinamento e abatido com 14-
15 meses.
Ambiente: Solo e clima de Cerrado, pastagens de 
B. decumbens, período seco de 5 meses e 
suplementação só com mistura mineral
Vamos praticar...
SITUAÇÃO 1)
Análise: O mercado quer um animal com alta taxa 
de ganho de peso, boa conversão alimentar e alto 
peso à desmama. Ambiente criatório não muito 
favorável.
Vamos praticar...
SITUAÇÃO 1)
Exemplo:
1ª Opção: uso de raças continentais no cruzamento.
Tipo de cruzamento: rotacionado contínuo.
Vamos praticar...
SITUAÇÃO 1)
Fêmeas de 
grande porte:
- Maior exigência 
mantença
Baixa eficiência 
reprodutiva:
- Maior idade ao 1º 
parto
- Maior intervalo 
entre partos
Menor número 
de animais 
nascidos
Alto peso de 
abate, altos 
ganhos.
Baixa 
produção/ha/
ano
SITUAÇÃO 1)
Exemplo:
2ª Opção: que tal usar fêmeas F1 (Zebu x Britânica)
em cruzamento terminal com raça continental?
Vamos praticar... Vamos praticar...
SITUAÇÃO 1)
Fêmeas F1 de 
menor porte:
- Menor 
exigência 
mantença
Maior eficiência 
reprodutiva:
- Menor idade ao 1º 
parto
- Menor intervalo 
entre partos
Maior número 
de animais 
nascidos
Alto peso de 
abate, altos 
ganhos.
Alta 
produção/ha/
ano
01/06/2017
10
Dúvidas?
rebecaribeiro@veterinaria.med.br

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