Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal da Bahia Instituto de Ciências da Saúde Departamento de Ciências da Biointeração Disciplina: Microbiologia Veterinária Professora Tonya Duarte Corynebacterium spp. TAXONOMIA • Reino: Monera • Filo: Actinobacteria • Classe: Actinobacteria • Ordem: Actinomycetales • Família: Corynebacteriaceae • Gênero: Corynebacterium 112 espécies e 11 subespécies ESPÉCIES DE INTERESSE MÉDICO Espécies Doença Hospedeiro primário C. auriscanis Otite Externa Cães C. bovis Mastite Bovinos C. renale C. cystitidis C. pilosum Cistite/Pielonefrite Bovinos C. pseudotuberculosis Linfadenite caseosa (LC) ou mal do caroço ou falsa tuberculose Ovinos e Caprinos C. camporealensis C. mastiditis Mastite Ovinos C. suicordis Pericardite Suínos C. xerosis Artrite/Abscessos Suínos C. matruchotii Cistite Equinos C. kutscheri Pneumonia, pseudotuberculose Roedores de laboratório C. diphteriae Difiteria Homem ASPECTOS DESCRITIVOS • Células pleomórficas (cocoides a filamentosas) • Gram positivo, imóvel, não encapsulado, não esporulado • Anaeróbio facultativo, microaerófilo (5% CO2) • Intracelular facultativo Streptomyces (G+ clássico) PM. Membrana plasmática PIM. Manosídeos de fosfatidilniositol PG. Peptideoglicano Corynebacterium PM – PIM – PG AG. Arabinogalactano OM. Membrana externa Ácidos corinomicólicos TMM. Monomicolato de trealose TDM. Dimicolato de trealose PAREDE CELULAR EPIDEMIOLOGIA E ECOLOGIA • Cosmopolita • Ubíquas • Solo, água, pele e mucosa de mamíferos Corynebacterium bovis • C. bovis é colonizador primário da teta da vaca • Mastite • Transmissão • Fômites • Divergência – patógeno ou defesa natural (comensal no úbere)??? GRUPO Corynebacterium renale (C. renale, C. cystitidis e C. pilosum) • C. renale • Cistites, uretrites e pielonefrites em bovinos • Preferencialmente acomete fêmeas, produzindo inflamação na bexiga e tecido renal • Transmissão: gotículas de urina contaminada na área vulvar de um animal suscetível Corynebacterium renale FATORES DE VIRULÊNCIA • Adesinas (Pili) • Adere na célula epitelial da vulva e promove a colonização. • Antigênica e causa inflamação. • Inibe a fagocitose Corynebacterium renale FATORES DE VIRULÊNCIA • Renalina • Exotoxina citolítica • CAMP positivo com Staphylococcus aureus • Reage com as ceramidas de eritrócitos, expostas pela ação da esfingomielinase C (toxina b _ S. aureus) GRUPO Corynebacterium renale C. cystitidis e C. pilosum • C. cystitidis • Comensal do prepúcio de 90% de reprodutores bovinos • No trato genital feminino, causam doença grave (pielonefrite, seguida de cistite), após a transmissão venérea. • C. pilosum • Isolado na urina de aproximadamente 4% de vacas saudáveis e, só raramente, causam cistites e pielonefrites. PATOGENIA • Pielonefrite ascendente • Fatores de risco: tensões de parto, pico de lactação e uma dieta rica em proteínas (que aumenta o pH da urina e, portanto, são propícias à colonização do trato urinário por Corynebacterium spp) • O cateterismo rotineiro da bexiga com cateter não esterilizado pode facilitar a transmissão de Corynebacterium spp de vaca a vaca. Adesão epitélio vulvar Envolvimento dos ureteres, pós trauma Colonização do revestimento mucoso da bexiga Acometimento dos rins DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Amostras • Urina • Isolamento • AS e MacConkey • 37º C por 24-48 horas • Identificação • Colônias não hemolíticas e pequenas • Teste sensibilidade • Sensíveis à penicilina, estreptomicina, canamicina, eritromicina e polimixina B Corynebacterium pseudotuberculosis • Linfadenite caseosa em caprinos e ovinos (LC) • Linfadenite ulcerativa em equinos • Linfadenite subaguda à crônica em seres humanos • Apresenta três biotipos • Biovar Ovis • Biovar Equi • Biovar 3 FATORES DE VIRULÊNCIA • Exotoxina hemolítica • Fosfolipase D (PLD) • Converte esfingomielina (fosfolipídio de células endoteliais) em N-acetil-esfingosil • Lisa eritrócitos e células endoteliais • Lipídios de superfície • Permite sobrevivência dentro de fagócitos PATOGENIA • Entrada no hospedeiro susceptível por via percutânea • Manejo inadequado do animal • ferimentos de tosquia, corte de cauda e marcação PATOGENIA • Invasão de fagócitos • Fagossomo funde-se com o lisossomo e as bactérias multiplicam-se dentro do fagolisossomo. • Morte da célula hospedeira e liberação de inúmeras novas bactérias. • Colonização local - tecido subcutâneo (formação de microabscessos) • Disseminação pela corrente linfática • Formação de abscessos nos linfonodos regionais (pus caseoso, denso, branco e amarelado) • Em lesões crônicas - exsudato espesso, contido por cápsula (1-2 cm) Necrose L. B L. T M Colágeno PATOGENIA • Sítios primários: linfonodos superficiais pré escapulares • mandíbula, abaixo da orelha, escápula, crural e região mamária • Sítios secundários: linfonodos viscerais • mediastinais, bronquiais e sublombares • Infecção generalizada • pulmões, fígado, rins • em menor escala, no baço, na medula e no sistema reprodutivo. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Amostras • Secreção de abcessos • Isolamento • AS e MacConkey • 37º C por 24-48 horas • Identificação • AS – 48-72 horas colônias hemolíticas, pequenas • MacConkey – 24 horas colônias cremes; 48 horas colônias rosas metacromáticas • Loeffler • Teste sensibilidade • Sensíveis à penicilina, estreptomicina, canamicina, eritromicina e polimixina B DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Reverse CAMP
Compartilhar