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Corynebacterium 2018

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Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciências da Saúde
Departamento de Ciências da Biointeração
Disciplina: Microbiologia Veterinária
Professora Tonya Duarte
Corynebacterium spp.
TAXONOMIA
• Reino: Monera
• Filo: Actinobacteria
• Classe: Actinobacteria
• Ordem: Actinomycetales
• Família: Corynebacteriaceae
• Gênero: Corynebacterium
112 espécies e 11 subespécies
ESPÉCIES DE INTERESSE MÉDICO
Espécies Doença
Hospedeiro
primário
C. auriscanis Otite Externa Cães
C. bovis Mastite Bovinos
C. renale
C. cystitidis
C. pilosum
Cistite/Pielonefrite Bovinos
C. pseudotuberculosis
Linfadenite caseosa (LC) ou 
mal do caroço ou falsa tuberculose
Ovinos e Caprinos
C. camporealensis
C. mastiditis
Mastite Ovinos
C. suicordis Pericardite Suínos
C. xerosis Artrite/Abscessos Suínos
C. matruchotii Cistite Equinos
C. kutscheri Pneumonia, pseudotuberculose Roedores de laboratório
C. diphteriae Difiteria Homem
ASPECTOS DESCRITIVOS
• Células pleomórficas (cocoides a filamentosas)
• Gram positivo, imóvel, não encapsulado, não esporulado
• Anaeróbio facultativo, microaerófilo (5% CO2)
• Intracelular facultativo
 Streptomyces (G+ clássico)
 PM. Membrana plasmática
 PIM. Manosídeos de fosfatidilniositol
 PG. Peptideoglicano
 Corynebacterium
 PM – PIM – PG
 AG. Arabinogalactano
 OM. Membrana externa
 Ácidos corinomicólicos
TMM. Monomicolato de trealose
TDM. Dimicolato de trealose 
PAREDE CELULAR
EPIDEMIOLOGIA E ECOLOGIA
• Cosmopolita
• Ubíquas
• Solo, água, pele e mucosa de mamíferos
Corynebacterium bovis
• C. bovis é colonizador primário da teta da vaca
• Mastite
• Transmissão
• Fômites
• Divergência – patógeno ou defesa natural (comensal no úbere)???
GRUPO Corynebacterium renale
(C. renale, C. cystitidis e C. pilosum)
• C. renale
• Cistites, uretrites e pielonefrites em bovinos
• Preferencialmente acomete fêmeas, produzindo inflamação na bexiga e tecido renal
• Transmissão: gotículas de urina contaminada na área vulvar de um animal suscetível
Corynebacterium renale
FATORES DE VIRULÊNCIA
• Adesinas (Pili)
• Adere na célula epitelial da vulva e promove a colonização.
• Antigênica e causa inflamação.
• Inibe a fagocitose
Corynebacterium renale
FATORES DE VIRULÊNCIA
• Renalina
• Exotoxina citolítica
• CAMP positivo com Staphylococcus aureus
• Reage com as ceramidas de eritrócitos, expostas pela ação da esfingomielinase C 
(toxina b _ S. aureus)
GRUPO Corynebacterium renale
C. cystitidis e C. pilosum
• C. cystitidis
• Comensal do prepúcio de 90% de reprodutores bovinos
• No trato genital feminino, causam doença grave (pielonefrite, seguida de cistite), 
após a transmissão venérea.
• C. pilosum
• Isolado na urina de aproximadamente 4% de vacas saudáveis e, só raramente, 
causam cistites e pielonefrites.
PATOGENIA
• Pielonefrite ascendente
• Fatores de risco: tensões de parto, pico de lactação e uma dieta rica em proteínas (que 
aumenta o pH da urina e, portanto, são propícias à colonização do trato urinário por 
Corynebacterium spp) 
• O cateterismo rotineiro da bexiga com cateter não esterilizado pode facilitar a 
transmissão de Corynebacterium spp de vaca a vaca.
Adesão epitélio vulvar
Envolvimento dos 
ureteres, pós trauma
Colonização do 
revestimento mucoso 
da bexiga
Acometimento dos rins
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Amostras
• Urina
• Isolamento
• AS e MacConkey
• 37º C por 24-48 horas
• Identificação
• Colônias não hemolíticas e pequenas
• Teste sensibilidade
• Sensíveis à penicilina, estreptomicina, canamicina, eritromicina e polimixina B
Corynebacterium pseudotuberculosis
• Linfadenite caseosa em caprinos e ovinos (LC)
• Linfadenite ulcerativa em equinos
• Linfadenite subaguda à crônica em seres humanos
• Apresenta três biotipos
• Biovar Ovis
• Biovar Equi
• Biovar 3
FATORES DE VIRULÊNCIA
• Exotoxina hemolítica
• Fosfolipase D (PLD)
• Converte esfingomielina (fosfolipídio de células endoteliais) em N-acetil-esfingosil
• Lisa eritrócitos e células endoteliais
• Lipídios de superfície
• Permite sobrevivência dentro de fagócitos
PATOGENIA
• Entrada no hospedeiro susceptível por via percutânea
• Manejo inadequado do animal
• ferimentos de tosquia, corte de cauda e marcação
PATOGENIA
• Invasão de fagócitos
• Fagossomo funde-se com o lisossomo e as bactérias multiplicam-se dentro do 
fagolisossomo.
• Morte da célula hospedeira e liberação de inúmeras novas bactérias.
• Colonização local - tecido subcutâneo (formação de microabscessos)
• Disseminação pela corrente linfática
• Formação de abscessos nos linfonodos regionais
(pus caseoso, denso, branco e amarelado) 
• Em lesões crônicas - exsudato espesso, contido por cápsula (1-2 cm)
Necrose
L. B
L. T
M
Colágeno
PATOGENIA
• Sítios primários: linfonodos superficiais 
pré escapulares
• mandíbula, abaixo da orelha, escápula, 
crural e região mamária
• Sítios secundários: linfonodos viscerais
• mediastinais, bronquiais e sublombares
• Infecção generalizada
• pulmões, fígado, rins
• em menor escala, no baço, na medula e 
no sistema reprodutivo.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Amostras
• Secreção de abcessos
• Isolamento
• AS e MacConkey
• 37º C por 24-48 horas
• Identificação
• AS – 48-72 horas colônias hemolíticas, pequenas
• MacConkey – 24 horas colônias cremes; 48 horas colônias rosas metacromáticas
• Loeffler
• Teste sensibilidade
• Sensíveis à penicilina, estreptomicina, canamicina, eritromicina e polimixina B
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Reverse CAMP

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