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Almoxarifado Estoquista[1]

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Governo do Estado de São Paulo 
UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
 
 
ALMOXARIFE E ESTOQUISTA 
 
 
 
VIA RÁPIDA EMPREGO 
 
UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação: 
Clara Maria de Souza Magalhães 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 3 
 
Sumário 
O que é almoxarifado? ................................................................................. 6 
Objetivo primordial do almoxarifado ............................................................ 6 
Eficiência do almoxarifado ........................................................................... 6 
As principais atribuições do almoxarifado .................................................... 7 
Terminologias utilizadas no almoxarifado e na administração de materiais .. 7 
Perfil do almoxarife ...................................................................................... 9 
O espaço e o layout do almoxarifado ............................................................ 9 
O layout ................................................................................................. 11 
Corredores de acesso às pilhas ou prateleiras ......................................... 12 
Espaço no Almoxarifado .......................................................................... 13 
Movimentação de Cargas e transportes internos ........................................ 14 
Manuseio de Materiais ............................................................................... 15 
Empilhamento ........................................................................................... 16 
O que é um palete? ................................................................................. 17 
Tipos de paletes ................................................................................... 17 
O que é um contêiner? ............................................................................ 18 
Equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC) ........................ 18 
Equipamentos de proteção individual (EPI) ............................................. 18 
Equipamentos de proteção coletiva (EPC) ................................................ 20 
Sistema de armazenamento em prateleiras ................................................ 20 
Armazenagem em sua área externa ............................................................ 21 
Simplificação do trabalho ........................................................................ 21 
Equipamentos para manuseio de materiais ................................................ 22 
Estrutura funcional do Almoxarifado ......................................................... 23 
Controle ................................................................................................. 23 
Reconhecimento ..................................................................................... 23 
Documentação evolvida na Regularização .................................................. 27 
Devolução ao fornecedor ............................................................................ 28 
Armazenagem ............................................................................................ 28 
Cuidados na armazenagem ..................................................................... 28 
Cuidados especiais ................................................................................. 29 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 4 
 
Itens de estoque ........................................................................................ 30 
Corredores de acesso ................................................................................. 30 
Portas de acesso ........................................................................................ 30 
Prateleiras e estruturas ........................................................................... 30 
Critérios de armazenagem ......................................................................... 31 
Métodos de armazenagem .......................................................................... 31 
Distribuição ............................................................................................... 32 
Natureza dos produtos a transportar ...................................................... 32 
Classificação da distribuição ................................................................... 33 
Documentos utilizados num Almoxarifado ................................................. 33 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE ..................................................... 34 
FICHA DE ASSINATURA CREDENCIADA ................................................ 34 
DEVOLUÇÃO DE MATERIAL ................................................................... 36 
CONTROLE DE MATERIAIS ....................................................................... 40 
Política de Estoque .................................................................................... 40 
Métodos de manejo de estoque ................................................................... 42 
Localização de materiais ............................................................................ 42 
Ponto de pedido de compra ........................................................................ 43 
O método ABC de materiais e estoques ...................................................... 44 
Controle de Qualidade ............................................................................... 45 
Uma política inteligente nos estoques ........................................................ 46 
Preparação e Planejamento para o inventário ............................................. 49 
Convocação ............................................................................................... 49 
Arrumação física ....................................................................................... 50 
Registro do inventário ................................................................................ 50 
CUT-OFF ................................................................................................... 50 
Reconciliações e ajustes ............................................................................. 52 
Segurança no Almoxarifado ....................................................................... 52 
Uso de cores como fator de segurança nos almoxarifados ........................ 53 
Prevenção de Incêndios ........................................................................... 55 
Proteção contra incêndio ......................................................................... 55 
Objetivos da Prevenção de Incêndios no Almoxarifado .......................... 56 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 5 
 
Fogo e incêndio ....................................................................................... 57 
Definição do Fogo................................................................................. 57 
Classe do Fogo ..................................................................................... 58 
Incêndio ................................................................................................. 60 
Causas de Incêndios ............................................................................ 60 
Saídas de Emergência ............................................................................. 60 
Acesso às viaturas do corpo de bombeiros ...............................................60 
Meios de aviso e alerta ............................................................................ 61 
Sinalização .......................................................................................... 61 
Extintores de Incêndio ............................................................................ 61 
Tipos de extintores .................................................................................. 62 
Validade de “carga” dos extintores ........................................................ 64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 6 
 
O que é almoxarifado? 
 
É o local devidamente destinado apropriado para armazenagem e proteção 
dos materiais de uma empresa. 
É ainda o local destinado à fiel guarda e conservação de matérias, em recinto 
coberto ou não, adequado à sua natureza. Tem a função de destinar espaços 
onde permanecerá cada item aguardando a necessidade de seu uso, ficando 
sua localização, equipamentos e disposição interna condicionados à política 
geral de estoques da empresa. 
 
Objetivo primordial do almoxarifado 
 
É impedir divergências de inventario e perdas de qualquer natureza. O 
almoxarifado deve assegurar que o material adequado, na quantidade 
devida, estará no local certo quando necessário, de acordo com as normas 
adequadas, objetivando resguardar, além da preservação da qualidade, as 
exatas quantidades. 
Para cumprir sua finalidade, o almoxarifado deve possuir instalações 
adequadas, bem como recursos de movimentação e distribuição suficiente a 
um atendimento rápido e eficiente. 
 
Eficiência do almoxarifado 
 
A eficiência de um almoxarifado depende fundamentalmente: 
 Da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do 
consequentemente aumento das viagens de ida e volta; 
 Do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas; 
 Da melhor utilização de sua capacidade volumétrica. 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 7 
 
As principais atribuições do almoxarifado 
 
1. Receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela empresa; 
2. Entregar os materiais mediante requisições autorizadas aos usuários 
da empresa; 
3. Manter atualizados os registros necessários. 
 
Terminologias utilizadas no almoxarifado e na administração de 
materiais 
 
1. Artigo ou item: designa qualquer material, matéria-prima ou produto 
acabado que faça parte do estoque; 
2. Unidade: identifica a medida, tipo de acondicionamento, característica 
de apresentação física (caixa, bloco, rolo, folha, litro, galão, resma, 
vidro, peça, quilograma, metro); 
3. Pontos de estocagem: locais aonde os itens em estoque são 
armazenados e sujeitos ao controle da administração. 
4. Estoque: conjunto de mercadorias, materiais ou artigos existentes 
fisicamente no almoxarifado à espera de utilização futura e que 
permite suprir regularmente os usuários, sem causar interrupções às 
unidades funcionais da organização; 
5. Estoque ativo ou normal: é o estoque que sofre flutuações quanto a 
quantidade, volume, peso e custo em consequência de entradas e 
saídas; 
6. Estoque morto ou inativo: não sofre flutuações, é estático; 
7. Estoque empenhado ou reservado: quantidade de determinado item, 
com utilizações certas, comprometidas previamente e que por alguma 
razão permanece temporariamente em almoxarifado. Está disponível 
somente para uma aplicação ou unidade funcional específica; 
8. Estoque de recuperação: quantidade de itens constituídas por sobras 
de retiradas de estoque, salvados (retirados de uso através de 
desmontagens) etc, sem condições de uso, mas passíveis de 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 8 
 
aproveitamento após recuperação, podendo vir a integrar o estoque 
normal ou estoque de materiais recuperados. Após a obtenção de suas 
condições normais. 
9. Estoque de excedentes, obsoletos ou inservíveis: constitui as 
quantidades de itens em estoque, novos ou recuperados, obsoletos ou 
inúteis que devem ser eliminados. Constitui um estoque morto; 
10. Estoque disponível: é a quantidade de um determinado item 
existente em estoque, livre para uso; 
11. Estoque teórico: é o resultado da soma do disponível com a 
quantidade pedida, aguardando o fornecimento; 
12. Estoque mínimo: é a menor quantidade de um artigo ou item 
que deverá existir em estoque para prevenir qualquer eventualidade ou 
emergência (falta) provocada por consumo anormal ou atraso de 
entrega; 
13. Estoques médios, operacionais: é considerado como sendo a 
metade da quantidade necessária para um determinado período mais 
o Estoque de Segurança; 
14. Estoque máximo: é a quantidade necessária de um item para 
suprir a organização em um período estabelecido mais o Estoque de 
Segurança; 
15. Ponto de pedido, limite de chamada ou ponto de 
ressuprimento: é a quantidade de item de estoque que ao ser atingida 
requer a análise para ressuprimento do item; 
16. Ponto de chamada de emergência: é a quantidade que quando 
atingida requer medida especiais para que não ocorra ruptura no 
estoque. Normalmente é igual a metade do Estoque mínimo; 
17. Ruptura de estoque: ocorre quando o estoque de determinado 
item zera (E=0). A continuação das solicitações e o não atendimento a 
caracteriza. 
 
No almoxarifado trabalham o Almoxarife e seus auxiliares. Também podem 
atuar profissionais como Estoquista, Apontador e outros. 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 9 
 
Perfil do almoxarife 
 
 Seja honesto; 
 Qualificado; 
 Comprometido; 
 Leal; 
 Disciplinado; 
 Que possa confiar. 
 
O espaço e o layout do almoxarifado 
 
Um dos pontos mais importantes em um almoxarifado é seu espaço, pois é 
ele que determina, na verdade, toda a estratégia de compra, de estocagem e 
de distribuição. 
O espaço de um Almoxarifado deve ser planejado e estabelecido para que se 
possa tirar o máximo proveito de sua área total. 
1. Frequência – é o número de vezes que um item é solicitado ou 
comprado em um determinado período; 
2. Quantidade a Pedir – é a quantidade de um item que deverá ser 
fornecida ou comprada; 
3. Tempo de tramitação Interna – é o tempo que um documento leva, 
desde o momento em que é emitido até o momento em que a compra é 
formalizada; 
4. Prazo de Entrega – tempo decorrido da data da formalização do 
contrato bilateral de compra até a data de recebimento da mercadoria; 
5. Tempo de Reposição, Ressuprimento – tempo decorrido desde a 
emissão do documento de compra (requisição) até o recebimento da 
mercadoria; 
6. Requisição ou Pedido de Compra – o documento interno que 
desencadeia o processo de compra; 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 10 
 
7. Coleta ou Cotação de Preços – documento emitido pela unidade de 
compras, solicitando ao fornecedor proposta de fornecimento. Esta 
coleta deverá conter as especificações que identifiquem 
individualmente cada item; 
8. Proposta de Fornecimento – Documento no qual o fornecedor 
explicita as condições nas quais se propõe a atender (preço, prazo de 
entrega, condições de pagamento etc); 
9. Mapa Comparativo de Preços – documento que serve para confrontar 
condições de fornecimento e decidir sobre a mais viável; 
10. Contato, Ordem ou Autorização de Fornecimento – 
documento formal, firmado entre comprador e fornecedor, que 
juridicamente deve garantir a ambos (fornecimentox pagamento); 
11. Custo Fixo – é o custo que independente das quantidades 
estocadas ou compradas (mão-de-obra, despesas administrativas, de 
manutenção etc); 
12. Custo Variável – existe em função das variações de quantidade 
e de despesas operacionais; 
13. Custo de Manutenção de Estoque, Posse ou Armazenagem – 
São os custos decorrentes da existência do item ou artigo no estoque. 
Varia em função do número de vezes ou da quantidade comprada; 
14. Custo de Obtenção de Estoques, Pedido ou Aquisição – é 
constituído pela somatória de todas as despesas efetivas realizadas no 
processamento de uma compra. Varia em função do número de 
pedidos emitidos ou das quantidades compradas. 
15. Custo Total – é o resultado da soma do Custo Fixo com Custo 
de Posse e o Custo de Aquisição; 
16. Custo Ideal – é aquele obtido no ponto de encontro ou 
interseção das curvas dos Custos de Posse e de Aquisição. Representa 
o menor valor do Custo total. 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 11 
 
O espaço vertical deve ser utilizado ao máximo, fazendo-se uso de prateleiras 
ou através do empilhamento dos materiais. No entando, alguns pontos 
básicos devem ser considerados: 
1. A resistência dos Materiais que sofrerão empilhamento. 
2. O equipamento disponível para a execução de um empilhamento 
seguro. 
3. A resistência dos pisos e do pavimento. 
Usar espaço vertical sem critério pode ocasionar muitos transtornos, 
deixando de ser uma solução para torna-se um problema. 
 
O layout 
 
Almoxarifado é um local de grande circulação de pessoas e dos mais vaiados 
tipos de produtos. Assim, ao programar o Layout de um almoxarifado não se 
deve esquecer: 
1. Carga e a descarga de materiais devem ser sempre feitas de forma 
segura e ágil, por i necessário que os veículos transportadores 
(empilhadeiras, guindastes, carregadores, etc.) e os responsáveis pelo 
armazenamento estejam sempre disponíveis. 
2. As entradas e as saídas dos materiais não devem possuir bloqueios e 
devem ser suficientemente compatíveis com a dimensão dos produtos 
em circulação. 
3. A altura do almoxarifado deve ser compatível com o tipo de produto a 
ser estocado, assim como as portas de entrada e saída. 
4. Os pavimentos devem ser projetados de maneira a suportar 
empilhamentos e/ ou o peso dos materiais estocados. 
5. A largura, o comprimento, a altura, o volume etec. Dos materiais que 
são transportados em veículos são importantes fatores que deverão 
compor o planejamento do LAYOUT do Almoxarifado. 
6. Estruturar o trânsito interno dos veículos dentro do Almoxarifado, 
levando-se em conta suas dimensões, tamanho dos produtos e 
circulação interna. 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 12 
 
Corredores de acesso às pilhas ou prateleiras 
 
As passagens dos corredores devem ser retas e não devem conter obstruções 
causadas por empilhamento de matérias ou colunas, de forma a permitir a 
direta comunicação entre as portas e todos os setores do Almoxarifado, que 
devem estar devidamente identificados e divididos por critérios de 
conveniência (cores, números etec). 
Outro aspecto importante é o da largura dos corredores que devem ser no 
mínimo de 3 metros para facilitar o tráfego pesado, como empilhadeiras de 
1.000 a 2.000 quilos. No caso das passagens transversais, as larguras 
devem ser de 2.80 a 3 metros, sendo que a altura das pilhas depende do tipo 
de material do almoxarifado. 
É importante salientar que os materiais devem ser armazenados de acordo 
com a sua frequência de saída. Por exemplo: Os materiais de saída frequente 
devem ter suas pilhas ou prateleiras próximas às portas de SAÍDA, enquanto 
os de rara saída devem ser armazenados próximos a ENTRADA. 
É evidente que a maioria dos Almoxarifados encontra-se construídos e 
muitas vezes temos uma área já delimitada para organizarmos o material 
que chega e que será distribuído. No entanto, é possível se reorganizar, 
reestruturar as formas de armazenamento, observando as sugestões acima e 
levando em conta os seguintes pontos: 
- O número de materiais que serão mantidos armazenados; 
- Dimensões do Almoxarifado (área e volume); 
- Necessidades para o armazenamento (prateleiras, estantes e divisões); 
- Treinamento da mão de obra; 
- O tipo de trabalho a ser realizado para funcionamento do almoxarifado; 
- O máximo de operações realizadas num dia (entrada e saída de 
materiais); 
- Reformas nas estruturas físicas do almoxarifado (cobertura, material de 
segurança, infraestrutura); 
- Material específico de transporte (carrinhos, empilhadeiras, etc); 
- Aquisição do material de segurança. 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 13 
 
Com essas e outras sugestões você poderá perceber que , à medida que 
estiver desenvolvendo seu Almoxarifado, será possível criar um LAYOUT 
capaz de atender às suas necessidades. 
 
Espaço no Almoxarifado 
 
Um dos maiores problemas de quem cuida de um Almoxarifado é como 
melhor aproveitar seu espaço para manter a organização e os níveis de 
segurança. 
Uma correta distribuição do espaço dentro do Almoxarifado consiste em 
verificar e determinar: 
- As quantidades dos materiais A, B, C, D, etc; 
- O espaço (em metros quadrados), que os metais irão ocupar no 
Almoxarifado; 
- A metragem dos suportes, prateleiras, estrados, etc, onde os materiais 
serão armazenados; 
- A área de entrada e recebimento dos materiais; 
- A área de expedição dos materiais; 
- Os corredores internos; 
- A área ocupada pelos sistemas de manutenção interna; 
- A área necessária para os serviços de manutenção interna; 
- Áreas para possível expansão. 
 
Em relação ao espaço total disponível do almoxarifado, é possível se 
determinar o espaço necessário para cada grupo de materiais, através do 
cálculo da área ocupada para cada um dos itens acima. Por exemplo: se um 
Almoxarifado possuir 500 metros quadrados os espaços deverão ser 
subdivididos de tal forma que dentro dessa área caibam pelo menos os itens 
acima relacionados. 
 
 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 14 
 
Movimentação de Cargas e transportes internos 
 
Em alguns almoxarifados acontecem coisas como estas: 
- Os corredores e as ruas do Almoxarifado estão sempre abarrotados de 
material e pessoal caminhando desordenadamente na intenção de 
solucionar problemas; 
- Equipamentos quebrados e pessoal incapacitado de realizar suas 
atribuições; 
- Produtos que são constantemente deslocados de um lugar para o outro; 
- Grandes distâncias entre os pontos de estocagem e os de saída; 
- Desvio de função, ou seja, gente especializada executando outro serviço; 
- Os operadores de empilhadeiras e carrinhos despedem tempo além do 
necessário para realizarem seu trabalho; 
- Cargas excessivamente pesadas sendo transportadas manualmente, o 
que gera gastos elevados de energia e problemas de pessoal; 
- Almoxarifado sem o estabelecimento de um sistema de movimentação 
(por exemplo, cruzamento excessivo de carrinhos e empilhadeiras numa 
mesma via). 
 
Para solucionar tais problemas torna-se necessário uma reorganização dos 
fluxos e de todo sistema do movimento de cargas e transportes internos. 
Assim, antes de toda a equipe se movimentar, leve em consideração alguns 
pontos básicos: 
- O que deve ser removido; 
- Peso e volume do material; 
- Em que direção será removido; 
- A distância a ser percorrida; 
- Quantas vezes a operação será repetida. 
 
Sempre quepossível, opte pelo transporte mecânico, já que o transporte 
manual exige esforço físico e diminui a produtividade. 
 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 15 
 
Manuseio de Materiais 
 
Uma das questões mais significativas dentro do Almoxarifado é o manuseio 
correto dos materiais que serão, ou estão estocados. Com isto se evita 
problemas de quebra ou dano de um produto pela forma incorreta de seu 
manuseio ou estocagem. 
É fundamental importância que não só a mão-de-obra que lida diretamente 
com os materiais tenha treinamento mínimo, mas que também sejam 
seguidas algumas normas básicas capazes de garantir o bom estado do 
produto dentro do Almoxarifado. 
Eis algumas dicas que podem ajudar: 
- Os produtos deverão ser transportados sempre sobre um só veículo. As 
mudanças podem ocasionar quedas que danificarão o material; 
- Os produtos devem ser manuseados prevendo-se a ocorrência seguinte 
que aquele produto terá Isso ajuda a evitar retrocesso ou voltas 
desnecessárias e o congestionamento dos corredores; 
- Sempre devem ser utilizados veículos adequados; 
- Os transportadores internos devem ser carregados até o limite máximo 
de segurança, evitando viagens desnecessárias que sobrecarregariam o 
trânsito interno; 
- A segurança no transporte é imprescindível. Os manipuladores devem 
estar aparelhados com capacetes, óculos, luvas, etc. Os veículos devem 
sofrer manutenção preventiva. 
- As questões de recebimento e entrega devem ser sincronizadas, evitando 
contratempos para quem retira e para quem estoca. 
 
É evidente que serão necessários ajustes à realidade de cada Almoxarifado. 
No entanto, com essas dicas, quem administra o Almoxarifado terá 
capacidade de racionalizar o trabalho e agilizar o fluxo dos materiais a serem 
guardados e posteriormente distribuídos. 
 
 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 16 
 
Empilhamento 
 
Empilhar materiais não é colocar um sobre o outro de qualquer maneira. O 
empilhamento deve ser coerente para facilitara distribuição. A disposição 
que se dá ao empilhamento possibilita maior segurança e contagem mais 
rápida dos materiais. Algumas regras básicas podem ser seguidas. Vamos a 
elas: 
- Respeite o limite máximo de altura do teto, que não deve ultrapassar 
um metro, isso garante a ventilação e a facilidade nas retiradas; 
- Utilize o recurso de caixas de madeiras sobrepostas, quando for o caso; 
- Utilize paletes (estrado de madeira que trabalha harmoniosamente com 
a empilhadeira de garfo); 
- Verifique sempre a resistência das embalagens. Respeite as indicações 
do fabricante; 
- As pilhas devem estar sempre firmes, ou seja, a movimentação de 
unidades superiores não deve atuar sobre aquelas unidades que 
permanecerão empilhadas; 
- Programar as diferentes operações de movimento dos materiais como 
um todo, evitando, sempre que possível, a movimentação em separado, 
isto evita riscos e manipulações desnecessárias, além de exigir mais 
tempo para a carga, descarga e controle, oriundos desse tipo de atividade. 
 
Experiências em grandes empresas demonstram que o uso de paletes (ou 
pallets) reduz em 50% o números de funcionários necessários á 
movimentação e ao empilhamento dos materiais. O tempo de carga de 
descarga reduz-se em cerca de um terço, com a vantagem dos produtos, já 
classificados como seguros e com inspeção atenuada, saírem do caminhão 
diretamente para o local de estocagem. 
 
 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 17 
 
O que é um palete? 
 
Um ou uma palete (do inglês pallet) é um estrado de madeira. Metal plástico 
que é utilizado para movimentação de cargas. A forma aportuguesada não 
leva acento. A função do palete é a otimização do transporte de cargas, que é 
conseguido através da empilhadeira e a paleteria, obtendo com isso 
vantagens como: 
- Redução de custo homem/hora; 
- Menores custos de manutenção do inventário bem como melhor controle 
do mesmo; 
- Rapidez na estocagem e movimentação das cargas. 
- Racionalização do espaço de armazenagem, com melhor aproveitamento 
vertical da área de estocagem; 
- Diminuição das operações de movimentação; 
- Redução de acidentes pessoais; 
- Diminuição de danos aos produtos; 
- Melhor aproveitamento dos equipamentos de movimentação; 
- Uniformização do local de estocagem. 
Entre as vantagens, temos: 
- Espaços perdidos dento da unidade de carga; 
- Investimentos na aquisição de páletes, acessórios para fixação da 
mercadoria à plataforma e equipamentos para a movimentação das 
unidades de carga; 
- O peso do pálete e o seu volume podem aumentar o valor do frete. 
 
Tipos de paletes 
 
- Palete de face simples – com duas ou quatro entradas; 
- Palete de face dupla – com duas ou quatro entradas, podem ser de 
madeira, metal ou plástico. 
 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 18 
 
O que é um contêiner? 
 
É um recipiente fechado ou semifechado para transporte e armazenagem de 
mercadorias. Normalmente é fabricado em aço mas podemos encontrar 
conteiners em madeira ou plástico. 
 
Equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC) 
 
Equipamentos de proteção individual (EPI) 
 
É qualquer dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo 
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a 
segurança e a saúde no trabalho. 
Só pode ser posto á venda ou utilizado se possuir o CA – Certificado de 
Aprovação – expedito pelo ministério do Trabalho e Emprego. 
São obrigações do empregador: 
- Adquirir e fornecer gratuitamente o EPI adequado ao risco de cada 
atividade 
- Exigir uso dos EPI’s; 
- Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e 
conservação; 
- Substituir imediatamente quando danificados ou extraviados; 
- Higienização e manutenção periódicas; 
- Comunicar o MTE sobre irregularidades. 
 
Em contrapartida, são deveres do empregado: 
- Usar o EPI, somente para finalidade para qual se destina; 
- Responsabilizar-se pela guarda e conservação do equipamento; 
- Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio 
para uso; 
- Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
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Os principais EPIS utilizados no Almoxarifado são: 
 
Capacete de segurança – dispositivo básico de segurança em qualquer obra. 
O casco é feito de material plástico rígido, de alta resistência à penetração e 
impacto. É desenhado para rebater o material em queda para o lado, 
evitando lesões no pescoço do trabalhador. É utilizado com suspensão, que 
permite o ajuste mais exato à cabeça e amortece os impactos. Possui um 
dispositivo denominado jugular, que deverá sempre ser ajustado. 
Botina – as botas, na versão com biqueira de aço protege de materiais 
pesados que podem cair nos pés do usuário. 
Luvas – é o equipamento com maior diversidade de especificações. São nove 
tipos básicos de luvas existentes no mercado atualmente. No almoxarifado, 
as mais usuais são as raspa de outo. 
Óculos de proteção – são especificados de acordo com o tipo de risco, desde 
materiais sólidos perfurantes até poeiras em suspensão, passando por 
materiais químicos, radiação e serviços de solda ou corte a quente com 
maçarico. Nesse último caso, devem ser usadas lentes especiais. Cada 
almoxarifado em especificado um tipo de óculos de proteção, dependendo do 
materialmanuseado. 
Respiradores – asseguram o funcionamento do aparelho respiratório contra 
gases, poeiras e vapores. Contra poeiras incômodas é usada a máscara 
descartável. Os respiradores podem ser semi-faciais (abrangem nariz e boca) 
ou faciais (nariz, boca e olhos). A especificação dos filtros depende do tipo de 
substância ao qual o trabalhador do Almoxarifado está exposto. 
Protetores auriculares – protegem os ouvidos em ambientes onde o ruído 
está acima dos limites de tolerância, ou seja, 85 db para oito horas de 
exposição. 
Aventais – Protegem o tórax, o abdômen e parte dos membros inferiores do 
trabalhador. Os aventais podem ser de raspa de couro (para soldagem ou 
corte a quente) ou PVC (contra produtos químicos e derivados de petróleo). 
Sistema de armazenamento em prateleiras. 
 
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Equipamentos de proteção coletiva (EPC) 
 
Equipamento destinado à proteção coletiva, como risco de queda ou projeção 
de materiais. Devem ser construídos com materiais de qualidade e 
instalados nos locais necessários tão logo se detecte o risco. 
Num Almoxarifado temos alguns de EPC’s, dependendo do tipo de material 
envolvido. Podemos citar os dois mais importantes, utilizados em todos os 
tipos de Almoxarifado. 
São eles: 
a) Os de combate à incêndio, que estudaremos com mais detalhadamente 
em outra etapa do curso; 
b) Os de sinalizações de segurança, tais como cones, bandeirolas, placas, 
sirenes, luzes, etc. 
 
Sistema de armazenamento em prateleiras 
 
Muitas empresas no mundo todo usam o sistema de armazenamento em 
prateleiras. Essa é uma das formas mais organizadas de armazenar os 
materiais e estabelecer sobre eles, junto com as fichas de prateleiras, um 
controle de seu estoque. 
Hoje existe no mercado brasileiro uma grande variedade de “armários” de 
aço que na verdade funcionam como um conjunto de prateleiras arranjadas 
e servem para estocagem do material. Há até armários para Almoxarifado, 
devidamente adaptados às condições de cada usuário. As prateleiras deverão 
ser arranjadas de tal maneira que qualquer pessoa que esteja habituada á 
rotina do Almoxarifado possa, sempre que necessitar, encontra os materiais 
solicitados o mais rápido possível. 
Uma das formas mais simples e funcionais para a distribuição dos materiais 
dentro do Almoxarifado é numerara as prateleiras no sentido horário a partir 
da entrada, de modo que a prateleira número 01 fique à esquerda de quem 
entre. Com esse critério prossegue-se enumerando todas as prateleiras até 
que a última prateleira esteja à direita da entrada. 
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Armazenagem em sua área externa 
 
Devido a sua natureza, muitos materiais podem ser armazenados em áreas 
externas, contíguas ao Almoxarifado, o que diminui os custos e em paralelo, 
amplia o espaço interno para materiais que necessitam de proteção em área 
coberta. 
Exemplo: Materiais a granel, tambores e contêineres (Fechados), pecas 
fundidas, chapa de metal, etc. 
 
Simplificação do trabalho 
 
Simplificar o trabalho é sonho de quem administra. Mais ainda, é claro, de 
quem administra em Almoxarifado. Simplificar o trabalho não é torna-lo 
primitivo, é torna-lo racional, preciso e rápido como o mínimo dispêndio de 
energia. 
A principio isso pode parecer uma tarefa extremamente árdua e complicada, 
mas não é tão absolutamente complexa a ponto de exigir uma reengenharia 
administrativa. 
Há alguns caminhos que podem ser seguidos para auxiliar quem pretende 
simplificar o trabalho dentro do Almoxarifado. Basta examinar alguns 
aspectos relacionados com as atividades internas. São eles: 
- O esboço e a disposição do trabalho; 
- Os diversos tipos de materiais, suas dimensões e a forma mais coerente 
de transporte e armazenamento; 
- Possibilidade de usar transporte mecânico, reduzindo ao mínimo 
necessário os transportes manuais; 
- Determinar os trabalhos mais pesados ou desagradáveis; 
- Problemas com segurança. 
Finalizando, antes de se implantar os métodos simplificados de trabalho, há 
a necessidade de um estudo minucioso, que deverá ser acompanhado de um 
sistema de planejamento, para que o método tenha sucesso e possa 
realmente trazer vantagens para quem opta por ele. 
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Equipamentos para manuseio de materiais 
 
O manuseio de diversos tipos de materiais de um almoxarifado pode ser 
efetuado: 
 
- Manualmente - Trata-se do manuseio mais simples e comum, efetuado 
diretamente pelo esforço físico dos funcionários; 
 
- Por meio de carrinhos manuais – tratas –se de manuseio efetuado 
também através de esforço físico, mais utilizado esse esforço para 
impulsionar carrinhos; 
 
- Por meio de empilhadeiras – Trata-se de um dos equipamentos mais 
versáteis para o manuseio de materiais. Não possui limitação de direção, 
movimentando-se horizontalmente e verticalmente, podendo ser de 
motores elétrico, a gás, a diesel o a gasolina; 
 
- Por meio de paleteiras – Trata-se de um tipo de empilhadeira manual, 
que pode ser mecânica, hidráulica ou elétrica, estando, por conseguinte, 
limitada a manuseios horizontais; 
 
- Por meios de pontes rolantes – Trata-se de equipamento constituído 
de estrutura metálica, sustentada por duas vigas ao longo das quais a 
ponte rolante se movimenta. Entre as duas vigas, sustentado pela 
estrutura, corre um carrinho com um gancho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estrutura funcional do Almoxarifado 
 
 
 
 
Controle 
 
O controle dos estoque depende de um sistema eficiente, o qual deve 
fornecer, a qualquer momento, as quantidades que se encontram à 
disposição e onde estão localizadas as compras em processo de recebimento, 
as devoluções ao fornecedor e as compras recebidas e aceitas. 
 
Recebimento 
 
As atividades do recebimento abrangem desde a recepção do material na 
entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques e compreendem os 
materiais com política de ressuprimento e os de aplicação imediata, sofrendo 
critérios de conferência quantitativa e qualitativa. 
O reconhecimento compreende quatro fases: 
1ª FASE: Entrada de materiais; 
2ª FASE: Conferência quantitativa; 
3ª FASE: Conferência qualitativa; 
4ª FASE: Regularização; 
 
 
 
• Controle 
• Recebimento 
• Armazenagem 
• Distribuição 
Estrutura funcional 
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1ª FASE: Entrada de materiais 
 
Tem como objetivo efetuar a recepção dos veículos transportadores, proceder 
á triagem da documentação do recebimento (nota fiscais), encaminhá-los 
para descarga e efetuar o cadastramento dos dados pertinentes para o 
sistema. 
 
Na portaria da empresa 
 
A entrada de materiais sofre critérios de conferência primária de 
documentação (notas fiscais, garantias, manuais, etc). Que objetiva 
identificar, constatar e providenciar, conforme cada caso: 
- Se a compra, objeto da nota fiscal em análise está autorizada pela 
empresa; 
- Se a compra devidamente autorizada tem programação prevista, 
estando no prazo de entrega contratual. 
- Se o número do documento e compra conste na nota fiscal. 
Após a consulta ao órgão de compras, deve-se recusar o recebimento para os 
casos referentes às compras não autorizadas ou em desacordo com a 
programação de entrega,transcrevendo os motivos no verso da nota fiscal. 
 
No Almoxarifado 
 
No Almoxarifado a conferência está voltada pra volumes, confrontando-se 
nota fiscal do fornecedor com os respectivos registros e controles de compra, 
posicionamento do veículo no local exato da descarga, providências de 
equipamentos e material de descarga necessários. 
 
 
 
Exame de avarias 
 
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O exame das avarias é necessário para o apontamento de responsabilidades. 
A existência de avarias é constatada por meio de análise de disposição de 
carga, observando-se as embalagens ou proteções estão intactas e invioláveis 
ou contenham sinais evidentes de quebra, umidade, amassamento, etc. 
 
Recusa do recebimento 
 
As divergências contatas devem ser apontadas no conhecimento de 
transporte e também no canhoto da nota fiscal. Essas providências servirão 
para o processamento de ressarcimento de danos, se for o caso e 
dependendo do exame preliminar resultar a constatação de irregularidades 
insanáveis em relação às condições contratuais, deve-se recusar o 
recebimento, anotando-se, também nestes casos, no verso da 1ª via da nota 
fiscal as circunstâncias que motivaram a recusa, bem como nos documentos 
transportados. 
 
Liberação do transportador 
 
O transportador será liberado mediante os procedimentos anteriormente 
visto e que contemplam a recusa do recebimento, com também para os 
materiais referentes às notas fiscais devidamente chegadas, assinando-se 
canhoto da nota fiscal e o conhecimento do transporte. 
Os materiais referentes às notas fiscais aprovadas durante essa etapa terão 
sua descarga autorizada. 
 
Descarga 
 
Para a descarga pode ser necessária à utilização de equipamentos, dentre os 
quais se destacam paleteiras, talhas, empilhadeiras e pontes rolantes, além 
do próprio esforço físico humano, sendo necessário envolver o fator 
segurança, não só com relação ao material em si como também e 
principalmente, ao pessoal envolvido na descarga. 
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2ª FASE: Conferência quantitativa 
 
É a atividade que verifica se a quantidade declara pelo fornecedor na nota 
fiscal corresponde à efetivamente recebida. É a típica “contagem”, devendo-
se optar por um modelo de acusação, no qual o conferente aponta a 
quantidade recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor, 
também conhecido por princípio de contagem de cega. A confrontação do 
recebido versus faturado é efetuada posteriormente, por meio do 
regularizador, que analisa as possíveis distorções detectadas e providencia a 
recontagem, a fim de dirimir as dúvidas contatadas. 
Dependendo da natureza dos materiais envolvidos, estes podem ser contados 
utilizando-se um dos seguintes métodos: 
1. Manual: Em casos de pequenas quantidades; 
2. Por meio de cálculos: Para que os casos que envolvam embalagens 
padronizadas com grandes quantidades; 
3. Por meio de balanças contadoras pesadoras: Para casos que 
envolvam grande quantidade de peças, como parafusos, porcas, 
arruelas, etc; 
4. Pesagem: Para materiais de maior peso e volume, a pesagem pode ser 
feita com veículo transportador sobre balanças rodoviárias ou 
ferroviárias, casos em que o peso líquido será obtido por meio da 
diferença entre o peso bruto e tara do veículo. A tara do veículo é seu 
peso vazio, sem mercadoria. 
5. Medição: Em geral, as medições são efetuadas por meio do 
comprimento e volume. 
 
 
 
3ª FASE: Conferência qualitativa 
 
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É atividade também conhecida como inspeção técnica. É da mais alta 
importância no contexto de recebimento de materiais, uma vez que visa 
garantir a adequação do material ao fim a que se destina. 
A conferência qualitativa visa garantir o recebimento adequado do material 
contratado através do exame das características dimensionais, específicas e 
das restrições de especificação. 
 
4ª FASE: Regularização 
 
Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela confirmação 
da conferência qualitativa e quantitativa, por meio de laudo de inspeção 
técnica e da confrontação das quantidades versus faturadas, 
respectivamente, para decisão de aceitar ou recusar e finalmente, pelo 
encerramento do processo. 
 
Documentação envolvida na Regularização 
 
- Nota fiscal 
- Conhecimento de transporte 
- Documento da contagem efetuada 
- Parecer da inspeção, contido no relatório técnico de inspeção. 
- Especificação da compra 
- Catálogo técnico 
- Desenhos 
O processamento dará origem a uma das seguintes situações: 
- Liberação de pagamento ao fornecedor, em se tratando de material 
recebido sem ressalvas. 
- Liberação parcial de pagamento ao fornecedor 
- Devolução de material ao fornecedor 
- Reclamação de falta ao fornecedor 
- Entrada de material no estoque 
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Devolução ao fornecedor 
 
Quando constata irregularidade insanável, providencia-se a devolução das 
mercadorias com defeito e / ou em excesso ao fornecedor, acompanhados de 
nota fiscal de devolução, emitida pela empresa compradora. 
Deve-se atentar para o prazo decadencial das devoluções, que é de 10 dias, a 
contar do recebimento. Expirado esse prazo e não devolvida a mercadoria, o 
fornecedor poderá executar a duplicata caso não seja para em seu 
vencimento. 
A devolução pode ocorrer também quando é detectada alguma falha por 
deficiência da matéria-prima, como o não cumprimento à especificação 
metalúrgica. O fornecedor será acionado para, em primeiro plano, repor o 
material em questão e em seguida, se for o caso, ressarcir os prejuízos 
causados. 
 
Armazenagem 
 
O objeto primordial da armazenagem é utilizar o espaço nas três dimensões 
(comprimento, largura e altura), da maneira mais eficiente possível. As 
instalações do Almoxarifado devem proporcionar a movimentação rápida e 
fácil de suprimentos desde o recebimento até a expedição. 
 
Cuidados na armazenagem 
 
Os principais cuidados na armazenagem de material/mercadoria são: 
 
 Determinação do local, em recinto coberto ou não; 
 Definição adequada do layout; 
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 Definição de uma política de preservação, com embalagens 
plenamente convenientes aos materiais; 
 Ordem, arrumação e limpeza de forma constante; 
 Segurança patrimonial, contra furtos, incêndios, etc. 
 
Cuidados especiais 
 
Devem ser tomados no tocante à disposição dos materiais no Almoxarifado, o 
qual pode conter produtos perecíveis, inflamáveis, tóxicos e outros, que 
somados à variedade total, definirão os meios de armazenagem. 
Ao se otimizar a armazenagem, obtém-se: 
 Máxima utilização do espaço; 
 Efetiva utilização dos recursos disponíveis (mão-de-obra e 
equipamentos); 
 Pronto acesso a todos os itens (seletividade); 
 Boa organização; 
 Satisfação das necessidades dos clientes. 
 
A armazenagem compreende em seis fases: 
1. Verificação das condições pelas quais o material foi recebido, no 
tocante à proteção e embalagem; 
2. Identificação dos materiais; 
3. Guarda na localização adequada; 
4. Guarda na localização física de guarda ao controle; 
5. Verificação das condições pelas quais o material foi recebido, no 
tocante à proteção e embalagem; 
6. Separação para distribuição.joao.freitas
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Itens de estoque 
 
As mercadorias de maior saída do Almoxarifado devem ser armazenadas nas 
imediações da saída ou expedição, a fim de facilitar o manuseio. O mesmo 
deve ser feito com os itens de grande peso e volume. 
 
Corredores de acesso 
 
Os corredores de acesso dentro do Almoxarifado deverão facilitar o acesso às 
mercadorias em estoque: 
A largura dos corredores é determinada pelo equipamento de manuseio e 
movimentação dos materiais. 
A localização dos corredores é determinada em função das portas de acesso 
e da arrumação das mercadorias. 
Entre as mercadorias e as paredes do edifício devem existir passagens 
mínimas de 60 cm, para acesso às instalações de combate a incêndio. 
 
Portas de acesso 
 
Devem permitir a passagem dos equipamentos de manuseio e movimentação 
de materiais. Tanto sua altura como largura devem ser devidamente 
dimensionadas. 
 
Prateleiras e estruturas 
 
Quando houver prateleiras e estruturas no Almoxarifado a altura máxima 
deverá considerar o peso dos materiais. O topo das pilhas de mercadorias 
deve ser distanciar no mínimo de um metro das luminárias do teto ou do 
sprinklers (equipamento fixo de combate a incêndio). 
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As mercadorias leves devem permanecer na parte superior das estruturas e 
as mais pesadas devem ser armazenadas nas barras inferiores da estrutura. 
O piso deve ser suficientemente resistente para suportar o peso das 
mercadorias estocadas e o trânsito dos equipamentos de movimentação. 
 
Critérios de armazenagem 
 
Para o estoque de mercadorias adotamos alguns critérios. As mercadorias 
podem ser classificadas quanto a: 
 
 Fragilidade; 
 Combustividade; 
 Volatização; 
 Oxidação; 
 Explosividade; 
 Intoxicação; 
 Radiação; 
 Corrosão; 
 Inflamabilidade; 
 Volume; 
 Peso; 
 Forma. 
 
Métodos de armazenagem 
 
- Armazenagem por agrupamento – esse critério facilita as tarefas de 
arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do 
espaço. 
- Armazenamento por tamanho (acomodação) – esse critério permite 
bom aproveitamento de espaço; 
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- Armazenagem por frequência – implicam armazenar tão próximo 
quanto possível da saída os materiais que tenham maior frequência de 
movimento; 
- Armazenagem especial – por meio desse critério, destacam-se: 
- Ambiente climatizado: Destinam-se a materiais cujas propriedades 
físicas exigem tratamento espacial; 
- Inflamáveis: Os produtos devem ser armazenados em ambientes 
próprios e isolados, projetados sobre rígidas normas de segurança; 
- Perecíveis: Os produtos perecíveis devem ser armazenados segundo 
sua temperatura indicada pelo fornecedor. 
 
Distribuição 
 
A distribuição é a atividade por meio da qual a empresa efetua as entregas 
de seus produtos, estando, por consequência, intimamente ligada à 
movimentação e ao transporte. 
 
Natureza dos produtos a transportar 
- Carga geral – A carga geral deve ser consolidada para materiais com 
peso individual de até 4 toneladas; 
- Carga a granel, líquida e sólida; 
- Carga semiespecializada – trata-se de materiais com dimensões e 
peso que exigem licença, porém no gabarito que permite tráfego em qualquer 
estrada; 
- Carga especial – Trata-se de uma variável de definição anterior, com 
ressalva de que seu tráfego exige estudo de rota, para avaliar a largura das 
obras e a capacidade das pontes e viadutos; 
- Carga perigosa – Os produtos classificados como perigosos englobam 
mais de 3.000 itens, estando codificados em 9 classes, de acordo com a 
norma internacional. 
 
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Classificação da distribuição 
 
Distribuição interna – Trata-se da distribuição de matérias-primas, 
componentes ou sobressalentes para manutenção, do Almoxarifado ao 
requisitante, para continuidade das atividades da empresa; 
Distribuição externa – trata-se da entrega dos produtos da empresa a seus 
clientes, tarefa que envolve o fluxo dos produtos/serviços para o consumidor 
final, motivo pela qual se adota a denominação de distribuição física. 
 
Documentos utilizados num Almoxarifado 
 
- Ficha de Controle de Estoque (para empresas ainda não 
informatizadas) – destinada a controlar manualmente o estoque, por meio de 
apontamentos de quantidades correspondentes às entradas e saídas, como 
também propiciar o Input para reposição, quando o nível atingir o ponto de 
repor suprimentos; 
- Ficha de localização (também para empresas ainda não 
informatizadas) – Utilizada para indicar as localizações onde o material está 
guardado, sendo ordenadas por ordem de código, em arquivos próprios; 
- Ficha de assinatura credenciada – Documento utilizado para 
identificar os funcionários autorizados a movimentar o estoque, constando, 
além da assinatura do credenciado, sua qualificação na empresa; 
- Requisição de material – Documento utilizado para retirada de 
material do Almoxarifado; 
- Comunicação de Irregularidades – Documento utilizado para 
esclarecer ao fornecedor os motivos da devolução quer no aspecto 
quantitativo, quer no qualitativo; 
- Relatório Técnico de Inspeção – Documento utilizado para definir, 
sob o aspecto qualitativo, o aceite ou a recusa do material comprado do 
fornecedor; 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 34 
 
- Devolução de Material – Documento utilizado para devolver ao 
estoque do Almoxarifado as quantidades de materiais, que porventura foram 
requisitadas além do necessário. 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
 
Confecções Veste Bem 
Estoque de Material 
Material Unidade Código 
 
Data Histórico Entrada Saída Saldo 
 
 
 
 
FICHA DE ASSINATURA CREDENCIADA 
 
Confecções Veste Bem 
ASSINATURAS CREDENCIADAS PARA REQUISIÇÃO DE MATERIAIS 
Funcionário Matrícula Departamento Assinatura 
 
 
 
 
 
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Carimbo
 
UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 35 
 
 
Rotinas rigorosas para a retirada dos produtos preservam os materiais 
armazenados, protegendo-os contra furtos e desperdícios. 
A autoridade para retirada do estoque deve estar definida com clareza e 
somente pessoas autorizadas poderão exercer essa atribuição, mediante a 
apresentação de requisição. 
Requisição é uma solicitação para que seja entregue ao portador o material 
constante da mesma. Deve como foi dito acima, ser clara, precisa e conter o 
nome e assinatura da pessoa autorizada a solicitar a entrega do 
material/produto. Veja a seguir um exemplo de reposição. 
 
Confecções Veste Bem 
REQUISIÇÃO INTERNA DE MATERIAL Nº 0220 DATA 
___/___/____ 
Quantidade Unidade Especificação Código do 
produto 
 
 
 
 Departamento 
 Responsável pela 
Solicitação: 
Nome 
Matrícula 
Assinatura Funcionário 
Responsável pela Retirada 
DESPACHO DO ALMOXARIFADO 
Despachado por Observações Data 
___/___/_____ 
 
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Carimbo
 
UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 36 
 
DEVOLUÇÃO DE MATERIAL 
 
Confecções Veste Bem 
DEVOLUÇÃO DE MATERIAIS 
Data Material Unidade Código Motivo da 
Devolução 
Quantidade 
 
 
 
 
 
 
Um funcionário do setor de produção,Sr. Adolfo, necessita de retirar do 
Almoxarifado os seguintes materiais: 
 3 bobinas de linha para costura preta; 
 4 bobinas de linha para costura azul; 
 1 tesoura de pesponte; 
 3 agulhas médias para máquina Overloque e 
 26 metros lineares de tecido brim azul marinho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 37 
 
Após solicitação ao encarregado do setor, Sr. Márcio. O funcionário Adolfo 
recebe o seguinte documento interno, preenchido pelo próprio encarregado: 
 
 
CONFECÇÕES VESTE BEM 
REQUISIÇÃO INTERNA DE MATERIAL Nº 
10.256 
DATA 
_05__/__01_/__2009___ 
QUANTIDADE UNIDADE ESPECIFICAÇÃO CÓDIGO DO PRODUTO 
03 bobina Linha corrente nº 
07 costura preta 
100259 
04 bobina Linha corrente nº 
07 costura azul 
100264 
01 peça Tesoura média 
p/pesponte 
100055 
03 peça Agulha média 
p/Oveloque 
100022 
26 m.I. Brim Santista 
azul marinho 
100354 
 
 DEPARTAMENTO Produção III 
 RESPONSÁVEL 
PELA 
SOLICITAÇÃO 
NOME: Márcio 
 MATRÍCULA: 0622 
ASSINATURA: Márcio 
Silva 
FUNC. RESP. 
PELA RETIRADA 
NOME: 
Adolfo 
MATR.: 
2365 
 
DESPACHO DO ALMOXARIFADO 
DESPACHADO POR OBSERVAÇÕES DATA 
 ____/____/_____ 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 38 
 
De posse da Requisição de Material, Adolfo vai até o Almoxarifado e entrega 
a Requisição para o Almoxarife, Roberto. Após analisar o documento, pega 
uma ficha. Essa é a já descrita Ficha de Assinaturas Credenciadas. Veja a 
ficha que Roberto pegou: 
 
CONFECÇÕES VESTE BEM 
ASSINATURAS CREDENCIADAS PARA REQUISIÇÃO DE MATERIAIS 
FUNCIONÁRIO MATRÍCULA DEPARTAMENTO ASSINATURA 
ADELMO FONSECA 0156 CONTABILIDADE ADELMO 
FONSECA 
INÁCIO PINTO 
SENA 
0287 DPT. PESSOAL INÁCIO P. SE 
MÁRCIO SILVA 0622 PRODUÇÃO III MÁRCIO SILVA 
MARIA 
BERNADETE RISO 
0701 SERV. GERAIS MARIA B. RISO 
ICARO BELOUBE 1209 TESOURARIA ICARO 
BELOUBE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
joao.freitas
Carimbo
 
UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 39 
 
Roberto comparou a assinatura do Sr. Márcio da requisição com a Ficha de 
Assinaturas Credenciadas e constatou que se trata realmente do Sr. Márcio. 
Também verificou o número da matrícula. 
Depois da confirmação, Roberto separou todos os materiais e os entregou a 
Adolfo. Em seguida, deu seu despacho no campo d’rodapé da Requisição. 
Com a entrega, Roberto anotou na Ficha de estoque de cada produto 
entregue a respectiva saída da quantidade. Veja como ficou uma delas: 
 
 Confecções Veste Bem 
ESTOQUE DE MATERIAL 
MATERIAL UNIDADE CÓDIGO 
Linha corrente nº 07 costura preta bobina 100259 
 
DATA HISTORICO ENTRADA SAÍDA SALDO 
12/09/2008 Saldo Atual ----- ----- 06 
15/09/2008 Requisição 
09.123 
----- 03 03 
03/10/2008 N.F. 22.251 50 ----- 53 
22/11/2008 Requisição 
09.566 
----- 06 47 
18/11/2008 Requisição 
10.091 
----- 05 42 
05/01/2009 Requisição 
10.256 
----- 03 39 
 
 
Roberto fez semelhante com todas as Fichas de Estoque do restante do 
material entregue. 
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CONTROLE DE MATERIAIS 
 
O controle de materiais consiste em ordená-los segundo um plano 
sistemático capaz de classificar cada produto, ou grupo deles, de maneira 
que possam ser facilmente localizados. 
Dentre os vários tipos de codificação, demonstraremos os três mais usados: 
 
1. Numérica: feita apenas com números arábicos. Exemplo: grampo para 
grampeador – 26/6 – nº 6006 
2. Alfanumérica: combinação entre letras e números. Exemplo: grampo 
para grampeador – 26/6 – GG – 60 
3. Decimal: o mais utilizado se compõe de três grupos: 
 Aglutinante: é aquele que corresponde ao agrupamento de 
materiais. 
Exemplo: material de escritório, produto de limpeza, produto de 
segurança etc. 
 Individualizados: informa cada um dos materiais que constam do 
primeiro grupo. Exemplo: pano de chão, água sanitária, lã de aço 
Etec. 
 Descritivo: descreve os materiais pertencentes ao segundo grupo. 
Exemplo: pano de chão de 40X72 cm, água sanitária – bomba 5 
litros, água sanitária – 1 litro. 
 
Política de Estoque 
 
As empresas geralmente estão envolvidas em um dilema: quando a empresa 
deverá estocar? O departamento de vendas deseja um estoque elevado para 
atender melhor o cliente e a área de produção prefere também trabalhar com 
uma maior margem de segurança de estoque. Em contrapartida, o 
departamento financeiro quer estoques reduzidos para diminuir o capital 
investido e melhorar seu fluxo de caixa. 
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A melhor saída para isso é criar uma boa política de estoques, para que os 
interesses da empresa sejam atendidos e os clientes também fiquem 
satisfeitos. 
O planejamento é um dos principais instrumentos para o estabelecimento de 
uma política de estoque do eficiente. Para isso, a empresa deverá 
acompanhar sistematicamente: 
a) Os itens em estoque, verificando lucratividade e posicionamento da 
empresa no mercado; 
b) O recebimento e a correta armazenagem das mercadorias; 
c) Inventários periódicos para avaliação das quantidades e do estado dos 
materiais estocados. 
d) O tempo de reposição de cada mercadoria. 
Dimensionar o estoque significa definir as quantidades corretas de cada 
mercadoria que deve estar no estoque em um determinado período de tempo, 
para que a empresa não sofra nenhum prejuízo. Para fazer esse 
dimensionamento do estoque existem três instruções básicas: 
1) Os produtos devem ser estocados no menor tempo possível, fato que 
reduz custo de 
Manutenção e indica que o investimento feito pela empresa na compra 
destes produtos rapidamente. 
2) O estoque precisa garantir os objetivos principais da empresa, sejam 
eles a produção de 1.000 peças, R$ 10.000,00 em vendas ou a entrega 
de mercadorias no máximo em 48 horas. 
3) O custo de manutenção dos estoques aumenta na proporção de sua 
dimensão. Isso quer dizer que quanto maior a quantidade de 
mercadoria estocada, maior será o espaço físico necessário para 
guardá-la, maior o número de funcionários necessários e maiores os 
gastos para controle. 
Sem um adequado planejamento e uma eficiente política de estoques, a 
empresa fica a mercê da sorte, podendo sofrer grandes prejuízos. 
 
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LEMBRE-SE: Estocar mercadorias por muito tempo é um fator de 
diminuição da lucratividade da empresa. 
 
Métodos de manejo de estoque 
 
Existem basicamente dois métodos de manejo do estoque e eles têm 
aplicações diferentes. 
 
1º método – PEPS = Primeiro a entrar, primeiro a sair. Ou seja, o material 
recebido em estoque é guardado de forma seriada. 
Por exemplo, suponha que um item tenha entrado no estoque em 3 ocasiões 
no mês (três entradas) e que a primeira tenha sido no dia 02, a segunda no 
dia 10 e a terceira no dia 18. 
No método PEPS, ao ser solicitada por algum setor a mercadoria desse item, 
deverá ser entregue aquela que entrou no dia 02, ou seja, a entrada “mais 
velha”. Assim, trabalhamos com mercadorias mais “recentes”. Esse método é 
utilizado quase em sua totalidade em empresas que tenham gêneros 
alimentícios em estoque. 
2º método– UEPS = Último a entrar, primeiro a sair. Nesse método o custo 
do item é “empilhado” de modo que o último fica no “topo” da pilha e, 
portanto, é o primeiro a sair. É muito utilizado quando se trata de materiais 
não-perecíveis, como depósitos de materiais de construção em que a areia, 
por exemplo, que entra hoje, é despejada sobre a que já estava no local. 
Como a areia não “estraga”, esta será a primeira a sair. 
Localização de materiais 
 
Localizar materiais dentro do Almoxarifado pode parecer uma tarefa fácil, 
contudo, pode tornar-se uma verdadeira “caça ao tesouro” se não houver, ao 
menos, um processo de sistematização, principalmente se esse Almoxarifado 
contiver uma grande variedade de itens. 
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Há algumas formas de se organizar um Almoxarifado, uma delas já vimos 
anteriormente, quando dividimos as prateleiras através de códigos 
numéricos. Outra forma é o arranjo por setores, quando os produtos não 
puderem ser colocados em prateleiras. 
Podem-se dividir cada setor do Almoxarifado em cores, por exemplo: setor 
azul – material de higiene; setor verde- material de escritório e assim por 
diante. 
Lembre-se de que a combinação de todas as variáveis possíveis para 
identificação irão facilitar a localização das prateleiras. 
Evite adotar critérios muito complexos ou inconvenientes, pois isso 
dificultará a memorização. 
 
Ponto de pedido de compra 
 
É importante que o administrador do Almoxarifado saiba qual o momento 
em que deve repor seu estoque. É muito desagradável não poder atender a 
uma requisição em razão da inexistência do material no Almoxarifado. Mais 
desagradável ainda é quando a ausência do produto é decorrente de uma 
falha de previsão. 
Para minimizar tal problema, uma vez que é muito difícil evita-lo, 
principalmente em Almoxarifados de elevada rotatividade de materiais, deve-
se conhecer o ponto de pedido de cada material e, periodicamente, realizar 
um controle capaz de determinar o ponto de pedido em função de seus 
estoques. 
Como há inúmeras variáveis que influem no estabelecimento do ponto de 
pedido de um determinado item, as mais representativas são: 
 A quantidade máxima do item que deverá ser mantido em estoque; 
 O tempo, em média, que esse material permanece estocado; 
 O tempo que esse material leva para ser consumido nas unidades 
requisitantes; 
 Condições de mercado (sazonalidade, escassez, greves Etec.) 
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Levando-se em conta as variáveis acima, pode-se então estabelecer um ponto 
de pedido de compra de um determinado item em função do estoque mínimo 
e máximo. 
 
O método ABC de materiais e estoques 
 
Esse método consiste em separar os materiais, em três grupos: A, B, C, 
classificando-os de acordo com os seus valores, e dando mais importância 
aos materiais de maior valor monetário. 
Em todos os Almoxarifados existe um pequeno número de itens que 
possuem elevado teor financeiro e um grande número de outros de menor 
valor, assim como uma quantidade intermediária de itens que têm custos 
médios. 
Fazendo-se uma comparação entre os valores dos materiais adquiridos e sua 
correlação de necessidades, poderíamos dividir os itens numa escala de 
100%, da seguinte maneira: 
MATERIAIS ITENS VALOR 
FINANCEIRO 
A 5% 75% 
B 20% 20% 
C 75% 5% 
TOTAL 100% 100% 
Os diversos fatores que devem ser considerados para classificar os materiais 
dentro desse método são: 
 Tempo de fornecimento; 
 Volume do material; 
 Perecebilidade; 
 Condições de mercado; 
 Características particulares. 
 
 
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Materiais A 
 
Por serem os mais caros e em menor número, em geral, devem permanecer 
em estoque por pouco tempo. 
 
Materiais B 
 
São os materiais de quantidades e valores intermediários e podem ficar 
estocados por um período de tempo médio (em torno de 60 dias). 
 
Materiais C 
 
São os materiais de pouco valor e de grandes quantidades; portanto, podem 
ficar estocados por mais tempo. 
 
Os critérios acima servem como regra, mas cabe ao administrador perceber 
que cada material, de acordo com as características de seu Almoxarifado. 
Tem armazenamento próprio e poderá sair de um nível de classificação para 
outro. 
Por exemplo: materiais perecíveis, mesmo que custem pouco em razão de 
sua pouca durabilidade, deverão transpor o item C e rumar para o item A. 
Portanto, cabe ao administrador do Almoxarifado classificar os produtos de 
acordo com as próprias características de cada item, levando em conta sua 
própria experiência e as notas fiscais com os respectivos valores. 
 
Controle de Qualidade 
 
Embora pareça irrelevante, o Controle de Qualidade tem função primordial 
no controle de materiais, e esse conceito ultrapassa seus limites vocabulares 
alcançando a ideia, aparentemente absurda, de assegurar que o dinheiro, 
investido em materiais, esteja sendo corretamente aplicado. 
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O controle de qualidade, através de processos estatísticos, tem condições de 
informar ao setor responsável pelas especificações os resultados obtidos nos 
testes de desempenho de um dado produto, que até então eram 
desconhecidas, melhorando assim a sua qualidade. 
Não raro, ocorrem fatos descabidos como a entrega de produtos como o 
prazo de validade vencido, sem identificações legais de embalagem e rótulo e, 
por incrível que possa parecer, um produto completamente diferente daquele 
que foi ofertado. 
O controle de qualidade deve também exercer uma espécie de averiguação 
periódica nos estoques, de forma assegurar a qualidade do material 
estocado. 
Com esse controle, novas formas de estocagem e armazenamento de vários 
produtos poderão ser sugeridas, assegurando maior durabilidade e 
diminuindo sensivelmente as perdas. 
 
Uma política inteligente nos estoques 
 
A ausência de padronização nos matérias adquiridos ocasiona um aumento 
considerável de itens com a mesma finalidade. 
Produtos, cujos fins e metodologia de ação estão ultrapassados, são 
adquiridos muitas vezes a preços absurdos, para satisfazer necessidades 
pouco significativas. Esse procedimento “incha” o Almoxarifado ocasionando 
um desgaste desnecessário de pessoal e de maquinário. 
Quando se fala de uma política inteligente de estoques, não estamos 
apontando apenas para as formas de estocagem, mas na maneira de compra 
que gera esse estoque. Estocar produtos ultrapassados implica em aumento 
de gastos e dispendido de recurso que poderiam ser utilizados de outra 
forma. 
Compra demais, compra sem realizar uma avaliação criteriosa do consumo e 
sem levar em conta as normas mínimas de segurança, fazem do 
Almoxarifado um lugar cheio de produtos, mas vazio de utilidade. 
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Uma política inteligente de estoque é aquela que respeita os limites físicos do 
Almoxarifado e do dinheiro da empresa atendendo a todas as necessidades, 
sem desperdício. 
 
Controle de estoque mínimo 
 
Quando se requisita um material ao Almoxarifado é porque há necessidade 
dele naquele momento. Não atender um pedido pode ocasionar a paralisação 
de um determinado setor ou trabalho. 
É muito desagradável quando, por ausência de um estoque mínimo de 
segurança, não se pode cumprir a funçãobásica de qualquer Almoxarifado: 
Suprir 
Para evitar que isso ocorra, basta que se tenha um ESTOQUE MÍNIMO de 
itens como garantia mínima de fornecimento. 
Estoque mínimo, ou estoque de segurança tem a função de assegurar que 
não ocorra falta de um determinado item, cobrindo eventuais atrasos 
derivados dos processos de compra. 
Pode-se determinar o estoque mínimo através de : 
 Projeção estimada de consumo; 
 Cálculos e módulos matemáticos; 
Baseando-se nos consumos anteriores é possível se estabelecer uma 
projeção estimada de cada item, ou grupo de itens, por período. Lançando 
mão desses dados podem-se estimar os níveis de consumo e a partir dessa 
estimativa determinar o valor do estoque de segurança. 
Há uma considerável quantidade de maneiras e fórmulas para o cálculo do 
estoque mínimo. Ressaltaremos a mais simples, mas capaz de fornecer 
àquele que cuida do controle das quantidades, condições de calcular 
matematicamente seus estoques de segurança. 
Formula simples 
Emín = C x K 
 
Onde: Emín = estoque mínimo 
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C = consumo médio mensal 
K = Fator de segurança arbitrário com a qual se deseja garantir contra um 
risco de ausência. O fator K é arbitrado, ele é proporcional ao grau de 
atendimento desejado para o item. 
Exemplo: Se quisermos que determinada peça tenha um grau de 
atendimento de 90% ou seja, queremos uma garantia que somente 10% das 
vezes o estoque desta peça seja zero; Sabendo que o consumo médio mensal 
é de 60 unidades, o estoque mínimo será: 
Emín = 60 x 0,9 
Emín = 54 unidades 
Inventário Físico 
Como garantir do bom funcionamento de um Almoxarifado é necessário que, 
periodicamente, executem-se contagens físicas de seus itens de estoque, 
para verificar as discrepâncias entre o estoque físico e os registros. 
Os inventários podem ser: 
a) Geral: 
Efetuado no final do exercício, abrange todos os itens de estoque de uma só 
vez. Por tratar-se de uma operação de duração prolongada, que, por incluir 
quantidade elevada de itens, impossibilitam as reconciliações, análise das 
causas e divergências e consequentemente ajustes. 
b) Rotativos 
Tem como norma distribuir as contagens ao longo do ano, com maior 
frequência, porém concentrada a cada mês um menor quantidade de itens, 
reduzindo o tempo da operação dando melhores condições de análise das 
causas de ajustes e visando melhor controle. Abrangerá através de 
contagens programadas todos os itens de várias categorias de estoque. 
Dividindo-se em três grupos: 
Grupo 1 – neste grupo estão enquadrados os materiais de maior valor em 
estoque e os mais requisitados. Deverão ser inventariados três vezes ao ano. 
Grupo 2 – constituído por itens de importância intermediária quando ao 
valor de estoque, estratégia e manejo. Estes serão inventariados duas vezes 
ao ano. 
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Grupo 3 – formado pelos demais itens. Caracterizado por itens de pequeno 
valor de estoque. Os materiais desse grupo serão inventariados uma vez por 
ano. 
 
Preparação e Planejamento para o inventário 
 
A realização de um bom inventário depende muito de seu planejamento e 
preparação. Deverão ser providenciados: 
a) Folhas de convocação e serviços, definindo os convocados, datas, 
horários e locais de trabalho. 
b) Fornecimento de meios de registros de qualidade e quantidade 
adequada para uma correta contagem. 
c) Reanálise da arrumação física. 
d) Método de treinamento e execução. 
e) Atualização e análise dos registros. 
f) Cut-off para documentação e movimentação de materiais a serem 
inventariados. 
 
Convocação 
 
Tem como função esclarecer a motivar as equipes que irão participar do 
inventário, garantindo o bom andamento do trabalho. Com 
aproximadamente três semanas de antecedência a lista de convocação deve 
ser distribuída para cada funcionário participante. Nesta lista deve conter 
ainda: as equipes de 1ª contagem (reconhecedores) e as equipes de 2ª 
contagem (revisores). Já organizadas. 
 
 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 50 
 
Arrumação física 
 
As áreas e os itens a serem inventariados deverão ser arrumados da melhor 
forma possível, agrupando os produtos iguais, identificando todos os 
materiais, deixando os corredores livres e desimpedidos para facilitar a 
movimentação, isolando os produtos que não devam ser inventariados, se for 
o caso. Deverá também ser providenciado com antecedência todo o 
equipamento necessário para a tomada do inventário. 
 
Registro do inventário 
 
É importante que o inventário seja controlado e registrado. Umas das formas 
de fazê-lo é criando um sistema de registro capaz de assegurar e garantir a 
contagem correta. 
Uma das melhores maneiras de fazê-lo é através de um cartão com partes 
destacáveis para até três contagens. Os cartões poderão ser impressos em 
cores distintas para identificar os tipos de estoque a serem contados. Estes 
cartões deverão ser preenchidos antes de alcançarem os lotes. 
Os cartões devem conter, no mínimo, as seguintes inscrições: 
a) Código; 
b) Descrição; 
c) Local; 
d) Quantidade; 
e) Unidade; 
f) Visto; 
g) Conferido; 
 
CUT-OFF 
 
Poderá consistir em um mapa com todos os detalhes dos três últimos 
documentos emitidos antes da contagem (notas fiscais, empenho, 
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UFIEC – UNIDADE DE FORMAÇÃO INICIAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA Página 51 
 
requisições etc.) Caso este procedimento não seja vem feito, corre-se o risco 
do inventário não corresponder à realidade. 
Não deverá ocorrer movimentação de materiais na data da contagem. Os 
fornecedores deverão ser instruídos para não entregarem materiais nessa 
data. 
 
Atualização e registro de estoques 
 
Todas as entradas, saídas e saldos dos itens deverão estar obrigatoriamente 
atualizados até a data do inventário. O responsável pelo controle de estoque 
terá a incumbência de assegurar que todos os tipos de documentos 
utilizados para registrar o movimento forma considerados. 
 
Contagem de estoque 
 
Todo item do estoque, sujeito ao inventário, será contado necessariamente 
duas vezes. A primeira contagem será realizada pela 1ª equipe, a qual poderá 
efetuá-la imediatamente após ter fixado ao lote o cartão de inventário. 
Feita as anotações de contagem na primeira parte do cartão, o executor da 
contagem o entregará ao responsável pela primeira contagem, a qual os 
entregará, por sua vez, ao responsável pela segunda contagem. 
A segunda equipe analogicamente registrará o resultado de sua contagem na 
segunda parte do cartão, entregando-o depois ao coordenador de inventário. 
Se a primeira contagem conferir com a segunda contagem, o inventário para 
este item está correto; no caso de não conferir, faz-se necessário uma 
terceira contagem por outra equipe, diferente das que contaram 
anteriormente. 
A tala identificadora do lote permanecerá afixada ao material como prova de 
que foi contado. Esta poderá ser retirada somente após o término do 
inventário. 
 
 
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Reconciliações e ajustes 
 
Os setores envolvidos nos controles de estoque deverão providenciar 
justificativas para as variações ocorridas entre o estoque contábil e o 
inventariado. O departamento de controle de estoque providenciará a 
valorização em um mapa, cuja função é exibir com clareza as diferenças a 
maior e a menos, com também a

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