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Prova do pagamento 2014.1

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PROVA DO PAGAMENTO
UniRitter
Profª Ms. Rosane Felhauer
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Prova do pagamento
Regra geral: pagamento se prova pelo recibo/quitação.
Quitação (latim): “quietare” (acalmar, aquietar, tranquilizar)
Quitação= documento comprobatório do pagamento no qual o credor reconhece ter recebido o pagamento e exonera o devedor da obrigação.
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Requisitos da quitação: Art. 320
a) forma: sempre pode ser por instrumento particular
b) valor
c) espécie da dívida quitada
d) nome do devedor (ou quem por este pagou)
e) tempo do pagamento
f) lugar do pagamento
g) assinatura do credor (ou de seu representante)
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Quitação informal/verbal
A quitação pode não se dar por escrito. Poderá ser informal/verbal. Provém do costume. 
Ex: comprar um jornal.
Ver parágrafo único do art. 320.
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Recusa do credor em dar quitação
E se o credor, injustificadamente, recusar a fornecer o recibo de pagamento (dar quitação)?
O devedor terá:
a) direito de retenção do pagamento (art. 319)
b) direito de consignar o pagamento em juízo (se for em dinheiro também pode ser por depósito bancário – veremos mais adiante) O juiz fará a quitação no lugar do credor. (art.335,I, segunda parte)
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Espécies de quitação
1) pela entrega do recibo (é a mais comum);
 2) pela devolução do título de crédito (ver art. 324). Firma-se a presunção de pagamento (presunção relativa – parágrafo único do art. 324)
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Presunção de pagamento – devolução do título de crédito (art. 324)
Ementa: (...) PAGAMENTO PARCELADO GARANTIDO POR NOTAS PROMISSÓRIAS. POSSE DOS TÍTULOS COM O PROMITENTE-COMPRADOR. PRESUNÇÃO DE PAGAMENTO. (...). Em razão da natureza querable da dívida consubstanciada em título de crédito, e constando do contrato de promessa de compra e venda firmado entre as partes o pagamento parcelado do débito, garantido por notas promissórias, a apresentação dos títulos pelo promitente-comprador, que se encontrava na posse das cártulas, gera presunção relativa de pagamento. Inteligência do art. 324 do CC/02. Deixando o promitente-vendedor de elidir tal presunção por prova hábil a concluir pela inexistência de pagamento, descabe o pedido de resolução contratual com fundamento no alegado e não comprovado inadimplemento. APELAÇÃO NÃO PROVIDA. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70035700855, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 16/12/2010) 
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Presunção de pagamento
Art. 322
Pagamento em quotas periódicas: A quitação da última faz presumir que as anteriores foram pagas. Presunção relativa.
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Presunção de pagamento
Art. 323
“Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos”.
Cuidado ao quitar o principal. Se houver juros e o credor receber somente o principal deve fazer a observação de que os juros não se incluem na quitação.
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Ônus da prova do pagamento
Quem deve provar que houve pagamento?
 Se a obrigação é positiva (dar ou fazer), o ônus da prova é do devedor.
Se a obrigação é negativa (não-fazer), o ônus da prova é do credor. Cabe ao credor provar que o devedor descumpriu o dever de abstenção, pois não é razoável exigir que o devedor prove que se omitiu (difícil provar fato negativo) 
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Atribuição das despesas com o pagamento e a quitação: regra geral – Presumem-se atribuídas ao devedor. Art. 325, primeira parte
Se ocorrer aumento por fato do credor, este arca com a despesa acrescida. Art. 325, segunda parte
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Art. 326 
Pagamento por medida ou peso: no silêncio das partes, entende-se que aceitaram os do lugar da execução. 
 Ex:Alqueire paulista = 24.200 m² 
Alqueire mineiro = 48.400 m²

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