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DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA (DAOP) Disciplina: Seminários Avançados II Professor: Marcos Velludo ACADÊMICOS: Carla Santana Hudson Noronha José Victor Pablo Cândido Renan Lopes Definição A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) ocorre em decorrência da aterosclerose, que provocam obstruções arteriais e está associada a alto risco de morbimortalidade cardiovascular. Definição Processo crônico, progressivo e sistêmico, decorrente de uma resposta inflamatória e proliferativa às agressões ao endotélio vascular. Etiologia multifatorial. Componente Inflamatório Componente Genético Componente Ambiental Definição Na aterosclerose, há o acúmulo de placas de ateroma (gordura, proteínas, cálcio e células da inflamação) na parede dos vasos sanguíneos, causando estreitamentos e obstruções, levando a dificuldade da progressão do sangue, oxigênio e nutrientes para os tecidos. Epidemiologia Estima-se em 27 milhões o número de portadores de DAOP na Europa e na América do Norte. Apresenta uma prevalência de 10 a 25% na população acima de 55 anos, aumentando com a idade. Cerca de 70 a 80% dos pacientes são assintomáticos, ou seja, não apresentam qualquer queixa ligada a doença de base. Retarda ou dificulta o diagnóstico precoce Indivíduos de etnia não-branca constituem fator de risco para DAOP. Epidemiologia Brasil: dados escassos sobre prevalência e fatores de risco. O Projeto Bambuí, que avaliou 1.485 idosos (> 65 anos) residentes em Bambuí (MG), e demonstrou prevalência de 2,5% de claudicação intermitente O Estudo Epidoso avaliou 176 idosos (> 75 anos) residentes na cidade de São Paulo e encontrou prevalência de 36,4% de DAOP. Um estudo mais recente, também realizado em Minas Gerais, encontrou 37,5% de DAOP entre portadores de doença renal crônica pré-dialítica. Etiologia O estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos ocasiona redução no fluxo sanguíneo, o que pode lesar nervos, músculos e outros tecidos a médio e longo prazo. Fisiopatologia A claudicação intermitente é o sintoma mais frequente e resulta da redução do aporte de fluxo sanguíneo para os Mis durante o exercício. A claudicação é caracterizada por dor ou desconforto durante a caminhada e que desaparece após repouso. Etiologia A DAOP não depende apenas do percentual de estenose, mas também da velocidade de fluxo através da lesão. Em repouso: a velocidade do fluxo em repouso na artéria femoral pode ser tão baixa quanto 20 cm/s; a esta velocidade, uma estenose não se toma significativa até que seja 90% oclusiva, após o que o fluxo e a pressão diminuem rapidamente através da estenose com a progressão da obstrução. Etiologia Exercício: Com o exercício em um membro normal, a velocidade de fluxo pode aumentar em até 150 cm/s. A estas velocidades de fluxo aumentadas, uma estenose de aproximadamente 50% torna-se hemodinamicamente significativa no paciente com DAP. Quadro clínico Claudicação intermitente; Menor pressão arterial no membro acometido; Pulsações diminuídas ou ausentes no membro acometido; Parestesia; Escassez de pelos nas pernas ou pés; Fonte: http://www.linkmedica.com.br/linkmedica Quadro clínico Músculos da panturrilha com hipotrofia; Cianose; Úlceras dolorosas nos pés ou dedos dos pés; Cianose; Unhas dos dedos dos pés quebradiças. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/394823/ Classificação DAOP: Quando desconfiar? CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE Isquemia de membros: Palidez cadavérica Cianose em placas ou generalizadas Dor no ponto de oclusão da artéria (intensa e em queimação, clássica da isquemia) Impossibilidade de levantar membro acometido (Antalgico ou comprometimento neural) Temperatura DAOP: Quando desconfiar? Ausência de pulso abaixo da área de oclusão Parestesia Xerodermia Colabamento de veias superficiais SINAIS NEUROLÓGICOS = GRAVIDADE ISQUÊMICA Sensibilidade ao toque fino, temperatura, dor e propiocepção DAOP: Quando desconfiar? DAOP: Quando desconfiar? 6 P’S PAIN PALLOR PULSELESNESS PARESTHESIA PARALISYS PROSTRATION DAOP: O que fazer na suspeita? Verificar pulsação (amplitude, sopros...) Índice tornozelo braquial ITB Exames laboratoriais Pesquisar lipodograma e glicose sérica Pedir CPK e DHL (Aumento está relacionado a necrose) Ecografia com Doppler Angiografia DAOP: O que fazer na suspeita? VALOR DO I.T.B GRAVIDADE DA DOENÇA ARTERIAL M. INF. MAIOR DO QUE 0,9 NORMAL 0,71 - 0,9 DAOP LEVE 0,41 - 0,7 DAOP MODERADA MENOR OU IGUAL A 0,41 DAOP GRAVE Diagnóstico diferencial Tromboangeíte obliterante TAO: + homens, flebite migratória Trombose venosa profunda: quando acompanhada de espasmos arteriais, edema e dor menos intensas Claudicação neurogênica: A dor se altera com movimentos da CV, geralmente acompanhada de sintomas autonômicos O paciente com DAOP Claudicação Dor do tipo isquêmica no membro afetado desde perna até nádegas, que piora com exercício físico Pulsos irregulares Sopros arterias à ausculta Tratamento Objetivos: Eliminar os sintomas e prevenir a progressão da oclusão arterial Prevenir as complicações cardiovasculares Tratamento clínico Exercícios físicos Medicamentos: Cilostazol Clopidogrel AAS Tratamento cirúrgico Cirurgia de ponte Tratamento cirúrgico Endarterectomia Tratamento cirúrgico Angioplastia Prognóstico 80% permanecem estáveis ou melhoram 20% apresentam necessidade de medidas invasivas Depende de adaptação do paciente ao tratamento Caso clínico R.N.T, possui 73 anos, é do sexo masculino, aposentado, analfabeto, 04 filhos, viúvo, mora com as filhas, tabagista (interrompido apenas pela internação hospitalar), ex-etilista, hipertenso, diabético, sem antecedentes familiares de doenças. Não pratica exercícios físicos. O cliente deu entrada na clinica cardiovascular de um Hospital Geral Estadual no dia 05/11/2014, após transferência do hospital de urgência de referência do município. No referido hospital foi internado para procedimento de amputação de hálux esquerdo, relata nunca ter realizado outro procedimento cirúrgico. Caso clínico Na ocasião da internação encontrava-se: consciente, orientado no tempo e espaço, não receptivo ao diálogo, deambulando com auxilio, hipocorado, desidratado, anictérico, acianótico, afebril, eupneico, normotérmico e hipertenso, referindo dor intensa em MID Após admissão no serviço foi solicitado ECG, hemograma completo, e eco-doppler. Dentre os exames requisitados o resultado do ecodopplercardiograma foi de hipertrofia leve de ventrículo esquerdo. Referências Makdisse M, Pereira AC, Brasil DP, Borges JL, Machado-Coelho GL, Krieger JE, et al; Projeto Corações do Brasil e Comitê de Doença Arterial Periférica da Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC/FUNCOR. Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil. Arq Bras Cardiol. 2008;91(6):402-14. http://sbacvsp.com.br/index.php/homepage/doencas-vasculares/164-doenca-arterial-obstrutiva-periferica.html http://sbacv.com.br/diretrizes/2015/DIRETRIZES-DAPO.pdf Referências http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/353394/claudicacao+intermitente+o+que+e+quais+sao+as+causas+e+os+sintomas+como+diagnosticar+e+tratar.htm http://www.scielo.br/pdf/jvb/v4n3/v4n3a07 http://drtavares.com/orientacoes/tornozelo-branquial.php
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