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Para Estudar | Prova AB2 – Processos Psicológicos Básicos 1 1) Modelo Modal de Memória – Atkinson e Shiffrin (1968) É o mais conhecido dos modelos de memória humana, proposto por Atkinson e Shiffrin (1968). Esse modelo faz distinção entre três componentes: I. Memória Sensorial: este componente está relacionado às sensações, também conhecido como registro sensorial. Ele não retém experiências por um longo período, ocorrendo o esquecimento entre 1 e 5 décimos de segundo. Neisser (1967) fez a distinção entre memória icônica (que registra a informação sensorial visual) e memória ecoica (que registra informação sensorial auditiva). Os psicólogos acreditam que a Memória Sensorial proporciona aos estágios posteriores de memória (MCP e MLP) um tempo extra para captar os dados que desaparecem rapidamente. II. Memória de Curto Prazo: também conhecido como memória de trabalho, este componente se refere ao armazenamento temporário, ou seja, à lembrança de informações que se acabam de receber e que, se não forem fixadas (por ex. por meio da repetição) rapidamente se perdem. A MCP é limitada, tanto no tempo como na quantidade. Ela também costuma ser descrita como centro da consciência humana e como meio de transferência e recuperação de conteúdo da MLP. III. Memória de Longo Prazo: este componente nos permite recordar uma grande quantidade de informações por períodos substanciais de tempo. Acredita-se que qualquer coisa que armazenemos por minutos, horas, dias, semanas ou anos, seja cuidado pela MLP. Alguns estudiosos defendem que as informações, uma vez entradas na MLP, jamais desaparecem, ainda que se tornem menos acessíveis. As principais diferenças entre estes três estágios de memória têm a ver com a) a quantidade de informações que cada um pode reter; b) por quanto tempo é possível manter material armazenado; c) as suas funções mais importantes. 2) As cinco funções que os conceitos (ou categorias) desempenham no funcionamento cognitivo do ser humano, segundo Bruner e col. (1956) 1. Redução da complexidade do ambiente através da identificação de propriedades definidoras. Classificamos os objetos em função de uma característica comum, partilhada por todos eles. a. Ex: agrupar todos os objetos azuis, independentemente da sua tonalidade. 2. Identificação de objetos, eventos, e pessoas do meio ambiente. Neste sentido, o ato de identificar algo é o fato de incluí-lo dentro de uma classe ou categoria. 3. Redução da necessidade de aprendizagem constante, de aprender tudo de novo. Uma vez formado o conceito, seremos capazes também de identificar qualquer novo exemplo que apareça. a. Ex: se o sujeito formou o conceito de “pintura abstrata”, não precisará aprender outra vez a cada novo exemplo 4. Possibilidade de orientar a atividade instrumental. Saber que um homem é desonesto, que uma planta é venenosa ou que uma doença é contagiosa, ajuda a pessoa que tem os conceitos de “desonestidade” e “veneno”, a orientar as suas em relação a cada um desses aspectos considerados. 5. Ordenação e o relacionamento de classes de eventos. Os seres humanos trabalham cognitivamente com classes de eventos, e não com eventos particulares. a. Ex: quando nos referimos ao conceito de casa é óbvio que não estamos nos referindo a uma determinada casa em particular, mas ao conjunto de exemplos possíveis de serem incluídos dentro do conceito. 3) Contribuições do sujeito da percepção. Durante a percepção, o conhecimento sobre o mundo combina-se com: a) HABILIDADES CONSTRUTIVAS: São operações de teste de hipótese, antecipação, amostragem, armazenamento e integração. Elas são determinadas operações cognitivas que ocupam um lugar de destaque na percepção consoante as pessoas se movimentam, olham aqui e ali e registram informações. Enquanto sujeitos da percepção, continuamente antecipamos o que ocorrerá depois, com base no que acabamos de reunir. b) FISIOLOGIA: Animais diferentes vivem em mundos extremamente diferentes devido à variação dos seus aparelhos perceptivos. Membros de uma mesma espécie também têm percepções diferentes – há algumas variações na forma como as pessoas veem cores e descriminam sons e sentem cheiros e gostos. c) EXPERIÊNCIA: A percepção depende também do ponto de fixação da pessoa. As experiências criam expectativas e motivos. 4) As cinco principais leis que regulam os mecanismos inatos, responsáveis pela percepção, segundo Max Wertheimer. → Vizinhança (Proximidade): Percebe-se como um conjunto os elementos que estão mais próximos entre si. → Semelhança (Similaridade): Percebemos como um conjunto os elementos que são semelhantes ou iguais entre si. → Continuidade: Percebemos mais os traços que têm maior continuidade e um menor grau de interrupção. → Fechamento: Percebemos como figuras as regiões que são delimitadas por margens fechadas, mais que as que têm contornos abertos e incompletos. → Pregnância (Simetria): Percebemos os elementos que são coerentes entre si, que mostram regularidade, simetria, equilíbrio, que estão bem juntos.
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