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Resumão Conteúdo pra AV2 de História da Arte I

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Arte Cristã Primitiva 
Com este símbolo vencerás” 
 
Conhecemos como arte cristã primitiva, a arte que surge nas catacumbas, uma 
arte simples e simbólica, executada por pessoas que não eram grandes artistas, e sim 
pessoas que seguiam os ensinamentos de Jesus Cristos, aceitavam sua condição de 
profeta e acreditavam nos seus princípios , os cristãos. 
Quando Jesus Cristo morreu, seus discípulos passaram a divulgar os seus 
ensinamentos. Inicialmente, essa divulgação restringiu-se à Judéia, província romana 
onde Jesus viveu e morreu, mas depois, a comunidade cristã começou a dispersar-se 
por várias regiões do Império Romano. 
 
 
Paulo pregando em Atenas 
(uma pintura na parede do auditório Weise-Gymnasium, em Zittau, na Saxônia) 
 
No ano de 64, no governo do Imperador Nero, deu-se a primeira grande 
perseguição aos cristãos. Ele ateou fogo em Roma para culpar os cristãos. 
Num espaço de 249 anos, os cristãos foram perseguidos mais de nove vezes; a 
última e a mais violenta dessas perseguições ocorreu entre 303 e 305, sob o governo 
de Diocleciano. 
 
AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES DA ARTE CRISTÃ 
 
Devido às grandes perseguições que sofriam, os primeiros cristãos de Roma 
enterravam seus mortos em catacumbas, galerias subterrâneas que serviam de 
cemitério. Dentro dessas galerias, o espaço destinado a receber o corpo das pessoas 
era pequeno. Os mártires, porém, eram sepultados em locais maiores, que passaram a 
receber em seu teto e em suas paredes laterais as primeiras manifestações da pintura 
cristã. 
As primeiras pinturas murais em catacumbas limitavam-se a pequenos símbolos, 
como a cruz – símbolo do sacrifício de Cristo; a palma – símbolo do martírio; a âncora 
– símbolo da salvação; e o peixe – o símbolo preferido dos artistas cristãos – é 
utilizado como símbolo de Jesus Cristo, representando não somente a Última Ceia, 
mas também a água utilizada pelo batismo cristão. Além disso, as letras da palavra 
“peixe”, em grego (ICHTYS), coincidiam com a letra inicial de cada uma das palavras 
da expressão Iesous Christos, Theou Yios, Soter, que significa “Jesus Cristo, Filho de 
Deus, Salvador”. 
 
 
Peixe nas catacumbas 
Não há arte cristã sobrevivente do século I. Antes do início do século II os cristão, 
sendo um grupo minoritário perseguido, pode ter sido coagido por sua posição a não 
produzir obras de arte duradouras. Uma vez que nesse período o cristianismo era uma 
religião exclusiva das classes mais baixas, a falta de arte sobrevivente pode refletir 
uma falta de recurso para patrociná-la. 
Mais tarde, essas pinturas foram evoluindo e começaram a aparecer cenas do 
Antigo e do Novo Testamento, como a representação do profeta Jonas, cujos três dias 
no ventre da baleia foram prefigurados como o intervalo entre a morte de Cristo e sua 
Ressurreição, Daniel na cova dos leões ou a Arca de Noé. Mas o tema predileto dos 
artistas cristãos era a figura de Jesus Cristo, o Redentor, representado como o Bom 
Pastor. 
"Bom Pastor". Pintura mural das catacumbas 
de Priscilla,em Roma (século II) 
 
A cruz que simboliza a crucificação de Jesus, não foi representada 
artisticamente por muitos séculos, possivelmente porque era uma punição reservada 
aos criminosos comuns. É possível também que ela fosse evitada por ser um símbolo, 
especificamente, cristão, indisfarçável, pois como atestam diversas fontes literárias, 
o sinal da cruz já era utilizado desde os primeiros anos. 
A pomba é um símbolo de paz e pureza e pode ser encontrada nas obras 
artísticas com uma auréola ou emanando uma luz celestial, representa o Espírito 
Santo. 
O cristograma (XP), aparentemente utilizado pela primeira vez por 
Constantino I, é formado pelas duas primeiras letras da palavra Christos em grego (Chi 
e Rho). Ele só surgiu após o cristianismo ter sido adotado no Império Romano. 
 Ainda hoje podemos visitar as catacumbas de Santa Priscila e Santa 
Damitila, nos arredores de Roma. 
 
 
Catacumba de Santa Priscila 
 
“Maria amamentando o Menino Jesus” 
(Imagem do século II, catacumba de Santa Priscila, Roma) 
 
 
Catacumba de Santa Domitilia 
Aos poucos as perseguições aos cristãos foram diminuindo e, em 313, o 
Imperador Constantino converteu-se à religião cristã, permitindo assim que o 
cristianismo fosse livremente professado. 
Uma vez reconhecida a religião de Cristo pelo Imperador Constantino, que deu 
liberdade de culto a seus seguidores, a arte cristã também se libertou tomando novos 
impulsos, principalmente nas cidades. 
Em 391, o Imperador Teodósio oficializou o cristianismo como a religião do 
império. 
Começaram a surgir então os primeiros templos cristãos. Externamente, esses 
templos mantiveram as características da construção romana destinada à 
administração da justiça e chegaram mesmo a conservar o seu nome – basílica. Já 
internamente, como eram muito grande o número de pessoas convertidas à nova 
religião, os construtores procuraram criar amplos espaços e ornamentar as paredes 
com pinturas e mosaicos que ensinavam os mistérios da fé aos novos cristãos e 
contribuíam para o aprimoramento de sua espiritualidade. Além disso, o espaço 
interno foi organizado de acordo com as exigências do culto. Como exemplo temos a 
 
 
Basílica de Santa Sabina 
 
● Construída em Roma entre os anos de 422 e 432; 
● Nave central ampla (onde ficam os fiéis); 
● Laterais: colunas com capitel coríntio, combinado com belos arcos romanos; 
● A nave central termina num arco, chamado arco triunfal , e é isolada do 
altar-mor por uma abside, recito semicircular situado na extremidade do 
templo. 
● Arco triunfal e o teto da abside – recobertos com pinturas retratando 
personagens e cenas da história cristã. 
 
Interior da Basílica de Santa Sabina - Roma 
 
 
Pintura no teto - Basílica de Santa Sabina 
 
 Toda essa arte cristã primitiva, primeiramente tosca e simples nas 
catacumbas e depois mais rica e amadurecida nas primeiras basílicas, prenuncia as 
mudanças que marcarão uma nova época na história da humanidade. 
 
A Arte Bizantina 
O momento de esplendor da capital do Império Bizantino coincidiu 
historicamente com a oficialização do cristianismo. A partir daí, a arte cristã 
primitiva, quer era popular e simples foi substituida por uma arte cristã de caráter 
majestoso, que exprime poder e riqueza. 
Enquanto Roma era devastada pelos bárbaros e declinava até se desfazer em 
ruínas, Bizâncio se tornou o centro de uma brilhante civilização, combinando a arte 
primordial cristã com a predileção grega oriental pela riqueza das cores e da 
decoração. 
A arte bizantina era eminentemente religiosa. O clero estabelecia as verdades 
sagradas e os padrões para a representação de Cristo, da Virgem, dos Apóstolos e do 
Imperador. O objetivo da arte bizantina era expressar a autoridade absoluta e sagrada 
do imperador, considerado o representante de Deus, com poderes temporais e 
espirituais. Para que a arte atingisse esse objetivo, uma série de convenções foi 
estabelecida: 
Como a arte egípcia, a arte bizantina também obedeciaa convenção da 
frontalidade. 
 
 
Imperador Justiniano. Detalhe do mosaico bizantino da 
Igreja de São Vital, em Ravena 
 
A postura rígida da personagem representada leva o observador a uma 
atitude de respeito e veneração. Ao mesmo tempo, ao reproduzir frontalmente as 
figuras, o artista mostra respeito pelo observador, que vê nos soberanos e nas figuras 
sagradas seus senhores e protetores. 
Ao artista cabia apenas a representação segundo os padrões religiosos, tudo 
era rigoroso e previamente determinado. 
Uma outra regra minuciosa imposta aos artistas pelos sacerdotes era a 
determinação do lugar de cada personagem sagrada na composição e a indicação de 
como deveriam ser os gestos, as mãos, os pés, as dobras das roupas e os símbolos. 
Enfim, tudo o que poderia ser respeitado era rigoroso e previamente determinado. 
As personalidades oficiais e sagradas eram representadas como se 
compartilhassem as mesmas características: as personagens oficiais eram 
representadas com auréolas, símbolo característico de figuras sagradas. Igual 
tratamento foi dado à representação da imperatriz Teodora. 
 
Imperatriz Teodora com auréola 
 
Mosaico da Igreja de Ravena - Teodora esposa de Justiniano 
As personagens sagradas, por sua vez, eram representadas com 
características das personalidades do império. Jesus Cristo, por exemplo, aparecia 
como rei e Maria como rainha. Da mesma forma, situações típicas da corte eram 
transpostas para as representações dos santos. 
 
 
Procissão dos mártires (c.500-526), mosaico na parede interna da 
basílica de San Apollinare Nuovo, em Ravena, Itália 
 
No mosaico acima, observa-se uma procissão de santos e apóstolos 
aproximando-se de Cristo com a mesma solenidade dedicada, na vida real, ao 
imperador nas cerimônias da corte. 
 
OS MOSAICOS BIZANTINOS 
 
Os gregos usavam o mosaico principalmente nos pisos. Os romanos utilizavam 
na decoração, demonstrando grande habilidade na composição de figuras e no uso da 
cor. Nas Américas os povos pré-colombianos, principalmente os maias e os astecas, 
chegaram a criar belíssimos murais com pedacinhos de quartzo, jade e outros 
minerais. 
Mas foi com os bizantinos que o mosaico atingiu sua mais perfeita realização. 
As figuras rígidas e a pompa da arte de Bizâncio fizeram do mosaico a forma de 
expressão artística preferida pelo Império Romano do Oriente. 
O mosaico surgiu durante os séculos V e VI em Bizâncio, já em poder dos 
turcos, e em sua capital italiana, Ravena. Os mosaicos eram utilizados na propagação 
do novo credo oficial, o Cristianismo, portanto o tema era a religião em geral, 
mostrando Cristo como Mestre e Senhor Todo-Poderoso. Uma suntuosa grandiosidade, 
com auréolas iluminando as figuras sagradas e fundo brilhando intensamente em ouro, 
caracterizavam essas obras. As auréolas servem para indicar as personagens sagradas 
(santos, apóstolos e Cristo) ou o Imperador (considerado representante de Deus). 
As figuras humanas são chapadas, rígidas, simetricamente colocadas, parecendo estar 
penduradas. São imponentes e possuem olhos muito grandes. Os artesãos não tinha 
interesse em sugerir perspectiva ou volume. Figuras humanas altas, esguias, com 
faces amendoadas, olhos enormes e expressão solene, olhavam diretamente para a 
frente, sem o menor esboço de movimento. 
 
 
 
Cristo Pantokrator - mosaico bizantino - 
na Basílica de Santa Sofia 
 
Assim, as paredes e as abóbadas da igrejas recobertas de mosaicos de cores 
intensas e de materiais que refletem a luz em reflexos dourados, conferem uma 
suntuosidade ao interior dos templos que nenhuma época conseguiu reproduzir. 
 
 
Mosaico da Igreja de São Vital, em Ravena, retratando o Imperador Justiniano 
e sua Corte composta por funcionários, generais, eclesiástico e guarda-costas 
 
O mosaico acima, Justiniano e sua comitiva, deu-nos uma imagem grandiosa e 
altiva do que era um soberano bizantino de meados do século VI. Esguio, imperioso, 
distante e excelso, Justiniano é mostrado com seu bispo, seu clero e uma parcela 
representativa de seu exército - uma imagem da união de forças entre igreja e Estado 
e um vestígio da deificação (santificação, transformação em divindade, divinizar) dos 
monarcas que se praticara durante o Império Romano. Todas as qualidades 
principescas de Justiniano também são visíveis, na devida proporção, em sua 
comitiva. Material e espiritualmente, esses homens fulguram muito acima de nós, 
suspensos nas paredes do altar-mor. 
 
COMO SÃO FEITO OS MOSAICOS? 
 
Os mosaicos são feitos com pequenas pedras de diversas cores, as quais são 
colocadas em argamassa ou gesso uma a uma. Essas pedrinhas coloridas são dispostas 
de acordo com um desenho previamente determinado. A seguir, a superfície recebe 
uma solução de cal, areia e óleo que preenche os espaços vazios, aderindo melhor os 
pedacinhos de pedras. Como resultado obtêm-se uma obra semelhante à pintura. 
 
OS ÍCONES BIZANTINOS 
Os artistas bizantinos criaram, também, os ícones (palavra de origem grega, 
que significa "imagem"), uma nova forma de expressão artística na pintura. São 
quadros devocionais, geralmente, bastante luxuosos que representam figuras 
sagradas, como Jesus Cristo, a Virgem, os apóstolos, santos e mártires. 
Nos ícones era utilizada a técnica da têmpera ou a da encáustica, onde 
revestiam a superfície da madeira ou da placa de metal com uma camada dourada, 
sobre a qual pintavam a imagem. Para fazer as dobras das vestimentas, as rendas e os 
bordados, retiravam com um estilete a película de tinta da pintura. Essas áreas, 
assim, adquiriam a cor de ouro do fundo. 
 
 
ícone bizantino de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 
(título conferido a Maria, mãe de Jesus) 
 
Às vezes, os artistas colocavam joias e pedras preciosas na pintura, chegando 
até a confeccionar coroas de ouro para as figuras de Jesus Cristo ou de Maria. As joias 
e o dourado nos detalhes das roupas, davam aos ícones um aspecto de grande 
suntuosidade. 
Os ícones, geralmente, eram venerados nas igrejas, mas eram também 
encontrados nos oratórios familiares, uma vez que se tornaram populares entre 
muitos povos, mantendo-se por muito tempo como expressão artística e religiosa. 
 
Neste ícone, Maria tem os olhos muito abertos, com o que se pretendia 
representar um coração puro: é uma mulher de visão, capaz de ver Deus. Não olhava 
para o pequeno Rei em seu colo; o Menino é o Senhor também dela e, como tal, 
vale-se a Si mesmo. É para nós que a Virgem dirige esse olhar severamente maternal. 
Os dois santos são muito caros à tradição da Igreja Oriental: São Jorge, o venerável 
guerreiro e matador de dragões (embora aqui sua espada esteja embainhada), e São 
Teodoro, outro guerreiro, hoje menos familiar a nós. Ambos envergam os uniformes 
da Guarda Imperial, mas agora cada um deles tem por arma a Cruz. Os anjos atrás do 
trono olham para cima, alertando-nos para a mão de Deus, que aponta e anuncia o 
Menino. Este segura um pergaminho simbólico. Deus está silencioso, só os anjos O 
veem, ainda que os olhosdas figuras santas pareçam indicar que elas sentem a 
presença divina. As quatro auréolas, da Virgem, do Menino e dos santos, formam uma 
Cruz e preparam-nos para a mensagem que o pergaminho deve conter. Trata-se de 
uma obra mística singular, e, ainda hoje, esse tipo de pintura é produzido na Igreja 
Oriental. 
 
A ARQUITETURA BIZANTINA 
 
A arquitetura bizantina era inspirada e guiada pela religião e alcançou sua 
expressão mais perfeita na construção das igrejas. No entanto, houve um afastamento 
da tradição greco-romana e os padrões arquitetônicos sofreram influência da 
arquitetura persa. 
Um dos melhores exemplos de arquitetura bizantina é a basílica de Santa 
Sofia, também conhecida como Hagia Sophia, que a partir de 1935 tornou-se o museu 
de Santa Sofia. 
O imperador Justiniano decidiu construir uma igreja em Constantinopla, a 
maior cidade do mundo durante quatrocentos anos, quis fazê-la tão grandiosa quanto 
seu império. Contratou dois matemáticos para o projeto: Antêmio de Tales e Isidoro 
de Mileto, que superaram as expectativas com uma estrutura completamente 
inovadora, reconhecida como o clímax do estilo arquitetônico bizantino. 
Essa igreja foi a terceira igreja de Santa Sofia a ocupar o local, as duas 
anteriores foram destruídas em revoltas. 
A igreja de Santa Sofia (que significa "sabedoria sagrada") mescla o grande 
porte das construções romanas, como as Termas de Caracalla (ver Arte Romana), com 
atmosfera mística oriental. Com um comprimento em que caberiam três campos de 
futebol, combina a planta retangular de uma basílica romana com um imenso domo 
(cúpula) central. Os arquitetos conseguiram esse vão graças à contribuição da 
engenharia bizantina: pendentes de abóbada esférica. Pela primeira vez, quatro arcos 
compondo um quadrado (em oposição às paredes redondas que suportavam o peso 
como no Paternon) formaram o suporte para um domo. Essa evolução estrutural é 
responsável pelo interior grandioso, desobstruído, e pelo domo altíssimo. 
Quarenta janelas em arco envolvendo a base do domo criam a ilusão de que o 
domo repousa sobre um halo (auréola, diadema) de luz. Essa radiância das alturas 
parece dissolver as paredes em luz divina, transformando o material numa visão do 
outro mundo. A obra fez tanto sucesso que Justiniano se vangloriou: "Rei Salomão, eu 
vos sobrepujei!" 
 
 
Basílica de Santa Sofia 
 
 
A influência da arte romana veio da cultura etrusca, arte popular que retratava o 
cotidiano e da cultura greco-helenística, expressando o ideal de beleza, entre os 
séculos XII e VI a. C., em diferentes regiões da Itália. Sua civilização surgiu em 753 
a. C., por meio de lendas e mitos. 
A arquitetura 
Uma das características da arquitetura veio da arte etrusca, por meio do uso do 
arco e da abóbada nas construções. Essas estruturas diminuiram a utilização das 
colunas gregas e aumentaram os espaços internos. Antes, se as colunas não fossem 
usadas, o peso do teto poderia causar tensões nas estruturas. O arco ampliou o 
vão entre uma coluna e outra e a tensão do centro do teto era concentrado de 
formas homogênea. 
No final do século I d.C., Roma havia superado as influências desenvolvendo 
criações próprias. 
Nas moradias romanas, as plantas eram rigorosas e eram desenhadas sob um 
retângulo. As estruturas gregas, eram admiradas pela elegância e flexibilidade e 
foram implantadas nessas moradias, o peristilo (espaço formado por colunas 
isoladas e aberto na lateral). 
Os templos, tinham uma arquitetura diferente: no pórtico de entrada, havia uma 
escadaria, as laterais se diferenciavam da entrada e não tinham a mesma simetria. 
Utilizada pelos gregos, acrescentaram, então, os peristilos. Ex.: Maison Carré, em 
Níves – França, feita no final do século I a.C. As colunas laterais tinham ideia de 
um falso peristilo. 
Para fugir da inspiração grega, romanos criaram templos, valorizando os espaços 
interiores, como exemplo o Panteão, em Roma, construída durante o reinado do 
Imperador Adriano. Ele é o primeiro templo pagão ocupado por uma igreja cristã, 
devido a sua estrutura arquitetônica. 
Teatro 
Foram criados os anfiteatros, com o uso das abóbadas e arcos; o um espaço era 
amplo e suportava muitas pessoas. O público se encontrava no auditório, sendo 
possível construir os edifícios em qualquer lugar. O evento que eles mais gostavam 
eram as lutas dos gladiadores e não era necessário um palco para apreciar o 
espetáculo. Em um espaço central elíptico era circundado pela arquibancada, com 
grande número de fileiras. Um grande exemplo é o Coliseu, em Roma, uma das 
sete maravilhas do mundo moderno. 
Pintura 
Os pintores romanos usaram, ao mesmo tempo que o realismo, a imaginação, 
dando origem à obras que ocupavam grandes espaços, enriquecendo mais a 
arquitetura. A maioria das pinturas originou-se da cidade de Pompeia e Herculano 
e foram soterradas pela erupção de um vulcão. Elas desencadearam a quatro 
estilos de pintura: 
1º estilo - Não era considerada uma pintura: as paredes eram pintadas com gesso, 
dando impressão de placas de mármore; 
2º estilo - Descobriu-se que a ilusão com gesso poderia ser substituída pela 
pintura: os artistas pintavam painéis, com pessoas, animais, objetos sugerindo 
profundidade; 
3º estilo - Valorização dos detalhes: no final do século I a. C., a realidade das 
representações foi trocada por detalhes; 
4º estilo - Volta da profundidade, dos espaços: a ilusão dos espaços foi combinada 
a delicadeza, dando origem ao quarto estilo. Ex.: sala da casa dos Vetti, em 
Pompeia. 
Escultura 
Na escultura, os romanos eram muito 
diferentes dos gregos em alguns aspectos. Apesar de apreciarem a arte, eles não 
representavam o ideal de beleza, mas a cópia fiel das pessoas, buscando retratar 
traços particulares. Um exemplo disso é a estátua do imperador romano, Augusto, 
criada por volta de 19 a.C.. Numa cópia do Doríforo, dos gregos, o artista detalhou 
as feições reais do Imperador, a couraça e as capas romanas. Essa preocupação 
também foi encontrada em relevos esculpidos, pois eles buscavam representar 
acontecimentos e pessoas que participaram dele. Ex.: 
Coluna de Trajano: construída no século I da era cristã, apresenta a luta do 
imperador romano com os exércitos romanos na Dácia. 
Coluna de Marco Aurélio: construída um século depois, retrata a vitória dos 
romanos sob um povo da Alemanha do Norte. 
Sem dúvida, os romanos contribuíram muito com a arte, tendo um espírito prático 
e apto para construir teatros, templos, casas, aquedutos, etc. No início do século 
III, eles começaram a enfrentar lutas internas, por causa da entrada dos povos 
bárbaros. A preocupação com a arte diminuiu e no século V, o Império Romano 
entra em decadência e é dominado pelos invasores germânicos.

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