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Resumo de Micro - MICOBACTÉRIAS ● Características gerais: ○ Família Mycobacteriaceae ○ Gênero Mycobacterium ○ Grupos : ■ 1. Fotocromógenas: Produzem pigmento na presença de luz ■ 2. Escotocromógenas: Produzem pigmento no escuro ■ 3. Não- Cromógenas: Não produzem pigmento. ■ 4. Micobactérias de crescimento rápido: Ainda mais devagar que as enterobactérias. Causavam muitas infecções em lipoaspiração devido a esterilização inadequada das cânulas. ○ Corada pela técnica de Ziehl- Neelsen. ○ Parede celular rica em ác. micólicos, que são ác. graxos de cadeia longa ○ Cresce muito devagar devido a sua parede impermeável e com ác. graxos de cadeia longa. Isso permite que sejam impermeáveis a diversas substâncias químicas diferentes. ○ Bacilos aeróbios obrigatórios. Por isso causam infecções no trato respiratório como pulmão. ○ Imóveis, porque não possuem flagelo ○ Não se coram pela Coloração de Gram ○ Bactérias intracelulares facultativas, crescem tanto dentro como fora da célula, usa o meio intracelular como um mecanismo de evasão, assim não é morta pelos fagócitos ou inativada. ○ Para o tratamento de micobactérias precisa-se utilizar antimicrobianos em conjunto, pois sozinhos não conseguem detê-los. ● Complexo Mycobacterium tuberculosis: ○ Espécies: ■ Mycobacterium tuberculosis ■ ii lovis ■ ii africanum ■ ii microti ■ ii canetti ■ ii pinnipedi ■ ii caprae ○ PCR= técnica de biologia molecular, busca um gene específico no DNA do paciente e pesquisado para que o diagnóstico possa ser feito mais rápido. ■ é muito eficiente porque como as micobactérias crescem devagar, sem essa técnica, poderia levar 60 dias para conseguir identificar a bactéria no organismo do paciente. ● Mycobacterium Tuberculosis ○ Causa a tuberculose, que pode ser transmitida pelo contato entre as pessoas pela via respiratória, quando o infectado tosse, espirra e assim elimina bacilos no ambiente. ○ Transmissão → Trato respiratório ○ Robert Koch foi o primeiro que descreveu sobre a M. tuberculosis ○ A tuberculose pode ter várias formas clínicas,a mais comum é a que afeta o pulmão porque é a porta de entrada, mas também pode ir para a corrente sanguínea e a bactéria se disseminar para os gânglios, adquirindo a forma ganglionar. ○ Evolução da doença: ■ Perdigotos (partículas infectadas liberadas pelo infectado) → alvéolos dos pulmões → linfonodos → corrente sanguínea → tecidos, órgãos e sistemas. Por isso pode ocorrer tuberculose em vários locais do corpo, sendo que a mais comum é a pulmonar. ■ Quando entramos em contato pode acontecer 2 coisas, quando infectado já apresentar a doença ou não apresentar. ● Infecção primária (a primeira infecção): Cerca de 5 a 10% desenvolvem a tuberculose ativa (pulmonar, renal, cutânea, óssea, SNC, disseminada) e os outros 90 a 95% possuem interrupção da infecção (sem manifestações clínicas), em que acontece a calcificação (contém seu crescimento, fica inativada) dos microrganismos (pelo sist. imune) mas que podem ser reativados em uma infecção secundária (no ápice dos pulmões). Pode acontecer do agente ficar no infectado sem nunca apresentar manifestações clínicas, como também, pode apresentar quando em um segundo contato. ○ Tipos de lesão: ■ Exsudativa (estágio inicial): ● Reação inflamatória aguda no local onde a bactéria está crescendo. ● Pode cicatrizar de forma espontânea e inativar a bactéria ou continuar e evoluir até o estágio mais avançado da doença. ■ Produtiva: ● Formam-se granulomas crônicos e/ou tubérculos/nódulos. ■ Necrótica (estágio mais avançado): ● Lesão caseosa, possui um aspecto de queijo devido massa branca da necrose. ○ Manifestações clínicas: ■ fadiga ■ sudorese, que geralmente ocorre no fim do dia ■ febre ■ falta de apetite, perda de peso, fraqueza ■ tosse crônica ■ hemoptise, tosse de sangue. ○ Profilaxia/prevenção: Vacina BCG, de dose única que recebe ao nascer. ○ Diagnóstico laboratorial: ■ Amostra: Pode ser escarro (mais frequente), urina, líquor, material de biópsia, sangue. Depende do tipo/ onde é a tuberculose. ■ Coloração de Ziehl-Neelsen, o aquecimento da lâmina permite que o corante entre e depois fica difícil de sair também, assim como para entrar. ■ Cultura: meios especiais que descontaminam o escarro de outras bactérias com o uso de NaOH, as outras bactérias que crescem mais rápido utilizam os nutrientes podendo deixar as micobactérias sem para crescer. É muito utilizado o ovo para ajudar as micobactérias a fazerem suas paredes e assim crescerem mais rápido, já que possui ác. graxos. ■ Teste tubeculínico: derivado proteico purificado (PPD). A proteína purificada da micobactéria é injetada intravenosamente no indivíduo e após 24/48h é feito a leitura, se alguma vez a pessoa já entrou em contato com M. tuberculosis vai apresentar anticorpos que vão reagir com a proteína formando uma pápula/ carocinho na pele e se usa uma régua para medir o tamanho dessa pápula. Se a pápula não aparecer é porque a pessoa nunca entrou em contato com o agente e o teste é negativo. ■ PPD - “Purified protein derivatite” ■ PCR ○ Tratamento: ■ Esquema básico: ● Mais usado ● Duração de cerca de 6 meses ● 2 primeiros meses são usados antimicrobianos mais fortes (4). ● 4 meses restantes uso de antimicrobianos, mas de forma mais branda (2). ■ Esquema para meningoencefalite: quando afeta SNC, com tratamento específico diferente. ■ Esquema especial: Para cepas mais resistentes caso o esquema básico não tenha resolvido ou se a pessoa tem alguma outra doença para tratar ou algum comprometimento imunológico. ● Mycobacterium leprae ○ Hanseníase ○ Muitos casos notificados no BR ○ As formas clínicas dependem muito do hospedeiro (seu estado imunológico e a sua exposição) e também aos fatores de virulência. ○ Forma clínica lepromatosa (mais grave da doença): ■ Deformação cutânea ■ Grande quantidade de bacilos (multibacilar) ■ Deficiência da imunidade celular, como crescem no meio intracelular o sist. imune não consegue ser tão eficiente. ■ Bacteremia contínua ○ Forma clínica tuberculóide: ■ Ausência ou pequena quantidade de bacilos (paucibacilar) ■ Difícil de diagnosticar devido a pouca presença de bacilos ○ Formas intermediárias, variam muito ■ Perdem sensibilidade porque é uma doença que afeta o SN. ○ Transmissão: ■ Pessoas que possuem a forma lepromatosa e tem contato com outras pessoas ■ Secreção nasal de pacientes lepromatosos ■ Quem transmite são os indivíduos com a forma lepromatosa. ○ Período de incubação: ■ 2 a 10 anos - Crônica devido crescimento devagar ○ Manifestações Clínicas: ■ Máculas na pele- manchas na pele porque afeta a produção de melanina, podendo ser manchas Hipopigmentadas ou hiper. ■ Nódulos no corpo ■ Deformidades ■ Amputações de dedos ■ Lesões ulceradas ○ Diagnóstico: ■ Amostra: São raspados da pele, muco nasal e linfa (mais comum) dos cotovelos, joelhos e lóbulos das orelhas. ■ Coloração de Ziehl-Neelsen ■ Cultura: não cresce in-vitro ■ Teste de Mitsuda: Injeta a proteína purificada intravenosamente e observar depois de 24/48h se houve reação ou não com os anticorpos, se houve o aparecimento de pápula ou não (muito usada na forma paucibacilar). ○ Tratamento: ■ Associação de antimicrobianos
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