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Destilação por Estágios: Misturas Binárias Operações Unitárias III Operações Unitárias 3 1 Prof. Ewerton Calixto 10/07/2018 Outline Motivação: Colunas de Destilação Método de McCabe-Thiele Condensador e Refervedor Eficiência Global e de Prato Perfis em Colunas de Destilação Casos Especiais Operações Unitárias 3 2 Método de Lewis Método Entalpia-Composição Seleção da Pressão numa Operação de Destilação Destilação de Misturas Complexas Destilação e Conservação de Energia 10/07/2018 Operações Unitárias 3 310/07/2018 Motivação: Colunas de Destilação Operações Unitárias 3 410/07/2018 Destilação Flash Já era conhecido de longa data que a eficiência de uma separação por destilação é largamente aumentada se no mesmo equipamento forem conseguidos múltiplos contatos entre a fase líquida e a vapor. Efetuada em um único estágio de equilíbrio Apresenta várias limitações, a maior delas é não originar um grau de pureza elevado no destilado. Estes múltiplos contatos entre as fases permitem a sua retificação, ou seja: promove-se um enriquecimento progressivo da fase vapor no componente mais volátil e da fase líquida no componente menos volátil. Operações Unitárias 3 510/07/2018 Representa a base do funcionamento da operação de separação designada por: Retificação ou Destilação Contínua em Estágios de Equilíbrio Uma das técnicas de separação mais usadas em processos industriais de Engenharia (Bio)Química A separação é efetuada numa sucessão de estágios de equilíbrio, nos quais ambas as fases entram em contato, se misturam, transferem energia e massa e saem, teoricamente, em equilíbrio. A função de cada estágio de equilíbrio é garantir o contato íntimo entre ambas as fases, proporcionando uma grande interface entre elas, de modo a promover uma eficiente transferência de massa. Operações Unitárias 3 610/07/2018 O tempo de residência da mistura líquido-vapor em cada estágio deve ser adequado, para garantir que o equilíbrio seja atingido. Na prática industrial, os estágios de equilíbrio estão organizados num equipamento constituído por um reservatório cilíndrico sob pressão controlada (superior ou inferior à atmosférica) designado por: Coluna de Destilação de Pratos de recheio ou enchimento Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Operações Unitárias 3 710/07/2018 O contato íntimo entre ambas as fases é conseguido dispersando o vapor no líquido ou vice-versa. Para cada um destes modos de operação existe uma grande variedade de colunas, mas as mais expressivas na indústria são as colunas de pratos e as de recheio. Coluna de pratos: Variação descontínua da composição da mistura a destilar, de prato a prato. Coluna de recheio: Variação contínua da composição da mistura a destilar, de prato a prato. Recheio: Pequenas peças de diferentes formas dispostas aleatoriamente na coluna (recheio aleatório). Recheio: blocos compactos, metálicos, cerâmicos, ou plásticos com estrutura bem definida, colocados dentro da coluna (recheio estruturado) Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Operações Unitárias 3 810/07/2018 Colunas de prato ou recheio não são exclusivas da destilação. O conceito de estágios de equilíbrio também se aplicam a operações como por exemplo: • Absorção e desabsorção; • Extração líquido-líquido. Operações Unitárias 3 910/07/2018 Neste processo de separação verifica-se: Há a formação de uma segunda fase (o vapor obtido por vaporização da mistura inicial. O contato entre as fases líquida e vapor em cada estágio ao longo da coluna promove o enriquecimento do vapor no componente mais volátil. Quanto maiores forem as volatilidades relativas, maior o enriquecimento do vapor no componente mais volátil. Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Operações Unitárias 3 1010/07/2018 Temperatura Rico no mais volátil Pobre no mais volátil Uma das especificações da coluna é a razão de refluxo: 𝑹 = 𝑳𝑹 𝑫 Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Operações Unitárias 3 1110/07/2018 O projeto de uma coluna de destilação envolve a resolução das equações que descrevem o balanço de massa (global e componente mais volátil) e energia (entálpico). Admitindo que existe sempre equilíbrio líquido-vapor em cada estágio de equilíbrio da coluna embora, na prática, seja necessário entrar com correções, pois não existem estágios de equilíbrio perfeitos. Logo, o dimensionamento de uma coluna de destilação envolve os seguintes passos: Passo 1: Uso de dados e modelos termodinâmicos para determinar o equilíbrio de fases (composições do líquido e do vapor em equilíbrio nas condições de funcionamento da coluna) e as grandezas e propriedades (calores específicos, entalpias, etc.) de todos os componentes e fases presentes na coluna. Operações Unitárias 3 1210/07/2018 Passo 2: Determinação do número de estágios teóricos para se alcançar a separação desejada ou, partindo de uma coluna já existente, determinar a separação que se pode obter. Passo 3: Determinação do número de estágios reais aplicando o conceito de eficiência de cada estágio ao número de estágios teóricos. O PROJETO DETALHADO de colunas de destilação envolve a resolução das equações dos balanços de massa e energia (entalpia) conjuntamente com as relações de equilíbrio líquido-vapor: sistema de equações MESH. Pela complexidade na resolução destas equações, necessita-se o uso de simuladores de processo, tais como o Aspen Plus®. Abordaremos com mais detalhes o método MESH nas aulas subsequentes. Operações Unitárias 3 1310/07/2018 Para uma primeira abordagem do projeto de colunas de destilação existem métodos gráficos e numéricos que permitem cálculos aproximados e preliminares das grandezas mais relevantes, como, por exemplo, o número de estágios de equilíbrio. Destes métodos, um dos mais vulgarizados é o método gráfico de McCabe-Thiele, que pode ser aplicado na separação de misturas binárias. Método de McCabe-Thiele Operações Unitárias 3 7/10/2018 14 Operações Unitárias 3 1510/07/2018 Os cálculos de uma destilação em estágios de equilíbrio envolvem a resolução simultânea, estágio a estágio das equações de balanço de massa e energia e as relações de equilíbrio. Nas primeiras abordagens destes cálculos, desenvolvidas por Sorel, as equações eram resolvidoas por tentativas. Mais tarde, (e independetemente) Ponchon e Savarit desenvolveram um método gráfico da análise de Sorel. Este métodos por tentativas eram obviamente lentos e muito trabalhosos. Posteriormente Lewis verificou que em muitos sistemas, como por exemplo, alguns contendo hidrocarbonetos, as entalpias de vaporização eram aproximadamente constantes e, por isso, era razoável admitir como constantes as vazões de vapor e de líquido em cada seção da coluna, ou seja, eram iguais cada uma das vazões que deixavam cada estágio de equilíbrio. Operações Unitárias 3 1610/07/2018 𝑳𝟏 = 𝑳𝟐 = ⋯ = 𝑳𝒋 = ⋯ = 𝑳 e 𝑳𝒇 = 𝑳𝒇+𝟏 = ⋯ = 𝑳𝑵−𝟏 = ⋯ = 𝑳 𝑽𝟏 = 𝑽𝟐 = ⋯ = 𝑽𝒋+𝟏 = ⋯ = 𝑽 e 𝑽𝒇+𝟏 = ⋯ = 𝑽𝑵 = ⋯ = 𝑽 O índice “f” indica o prato da alimentação, Lj e Vj são as vazões de líquido e de vapor da seção de retificação que deixam o estágio j e 𝑳𝒋 e 𝑽𝒋 são as mesmas vazões da seção de esgotamento. Esta aproximação trouxe simplificações consideráveis ao método de cálculo estágio a estágio por tentativas. Tirando proveito desta simplificação, McCabe e Thiele desenvolveramum método gráfico que, pela sua simplicidade e facilidade de aplicação, revolucionou os cálculos associados às colunas de destilação. Operações Unitárias 3 1710/07/2018 Determinação do número de estágios de equilíbrio, das vazões e das composições das várias correntes de líquido e vapor, etc. O método de McCabe-Thiele leva em conta as seguintes hipóteses: • A coluna é adiabática; • Desprezam-se as variações de calor sensível (associadas ao aquecimento ou resfriamento das correntes, dadas por cp/∆T, que são tipicamente da ordem de algumas centenas de J/mol) quando comparadas com as variações de energias associadas às mudanças de fase (∆vaph, que são da ordem das dezenas de kJ/mol). Isto significa que as diferenças entre as temperatura entre o refervedor e condensador não devem ser grandes (tipicamente, esta diferença de temperaturas não devem exceder 50ºC); • A entalpia de mistura das várias correntes é desprezível; • A entalpia de vaporização dentro da coluna é considerada constante (desprezam-se, por isso, as suas dependências com a temperatura e com a composição), isto é, são iguais às entalpias de vaporização de cada um dos componentes e da mistura binária. Operações Unitárias 3 1810/07/2018 Para substâncias com temperaturas de ebulição próximas e, por isso, entalpias de vaporização também semelhantes, podemos recorrer à regra de Trouton (que, porém, não é válida para a água e outras substâncias polares) que estabelece uma proporcionalidade entre a entalpia de vaporização e a temperatura normal de ebulição, Tb: 𝚫𝐯𝐚𝐩𝐡 𝑱/𝒎𝒐𝒍 = 𝟖𝟓 × 𝑻𝒃 Como consequência da aproximação da igualdade das entalpias de vaporização dentro da coluna, o número de moles de líquido que se evapora em cada andar é igual ao número de moles de vapor que condensam, uma vez que o calor necessário para vaporizar o líquido provém do calor liberado da condensação do vapor. Simplificações conhecidas como fluxo molar constante. Vazões de vapor e líquido numa seção da coluna sem entradas e saídas variam pouco de prato para prato. Operações Unitárias 3 1910/07/2018 O método desenvolvido por McCabe-Thiele baseia-se na resolução gráfica das equações dos balanços de massa e energia nas seções de retificação, de esgotamento e de alimentação obtidas por Lewis usando para isso um diagrama y-x onde as linhas de operação são retas. O método de Lewis é por esta razão o equivalente analítico do método de McCabe-Thiele, pois corresponde à solução alternada das equações referentes às retas de operação e a da curva de equilíbrio. 𝚫𝐯𝐚𝐩𝐡 𝑱/𝒎𝒐𝒍 = 𝟖𝟓 × 𝑻𝒃 1 Operações Unitárias 3 2010/07/2018 Reta de Operação de Retificação Esta reta de operação relaciona a composição do líquido de um prato da seção de retificação com a composição o vapor que vem do prato inferior. Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Operações Unitárias 3 2110/07/2018 Faz-se um balanço molar (ou mássico) do componente mais volátil na zona superior da coluna (desde o topo da coluna até ao prato n – que é prato imediatamente acima da alimentação - pois nesta zona as vazões de líquido e de vapor são constantes). Convencionando-se que a numeração dos pratos começa por cima e sabendo que as composições do líquido, xn, e do vapor, yn, que saem do prato n estão em equilíbrio e têm o mesmo índice do número do prato, temos que: 𝒚𝒏+𝟏𝑽 = 𝒙𝒏𝑳 + 𝒙𝑫𝑫 𝒚𝒏+𝟏 = 𝑳 𝑽 𝒙𝒏 + 𝑫 𝑽 𝒙𝑫 ou Com V = LR + D. Definindo a razão de refluxo como: 𝑹 = 𝑳𝑹 𝑫 = 𝑳 𝑫 𝑳 𝑽 = 𝑳 𝑳 + 𝑫 = 𝑹 𝑹 + 𝟏2 Operações Unitárias 3 2210/07/2018 E a reta de operação fica: 𝒚𝒏+𝟏 = 𝑹 𝑹 + 𝟏 𝒙𝒏 + 𝒙𝑫 𝑹 + 𝟏 3 A Eq. 3 relaciona em termos de balanço mássico as correntes de passagens do andar n +1, isto é, a corrente de vapor de composição yn+1 que entra no prato n e a corrente de líquido de composição xn que sai do prato n. Para qualquer andar na seção de retificação: 𝒚 = 𝑹 𝑹 + 𝟏 𝒙 + 𝒙𝑫 𝑹 + 𝟏 4 Representando esta equação num diagrama y-x, obtemos uma reta cuja inclinação é R/(R+1) e de ordenada na origem igual a xD/(R +1). Operações Unitárias 3 2310/07/2018 A intersecção desta reta com a reta x = y é o ponto x = y = xD. Este resultado obtém-se facilmente resolvendo simultaneamente as equações representativas das retas: ቐ𝒚 = 𝑹 𝑹 + 𝟏 𝒙 + 𝒙𝑫 𝑹 + 𝟏 𝒚 = 𝒙 ⇒ 𝑹 𝑹 + 𝟏 𝒙 + 𝒙𝑫 𝑹 + 𝟏 = 𝒙 ⇒ 𝑹𝒙 + 𝒙𝑫 = 𝒙 𝑹 + 𝟏 ⇒ 𝒙 = 𝒙𝑫 = 𝒚 Linhas de Equilíbrio líquido-vapor e retas de operação do Método de McCabe-Thiele. Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. 5 Operações Unitárias 3 2410/07/2018 Reta de Operação de Esgotamento Esta reta de operação relaciona a composição do líquido de um prato da seção de esgotamento com a composição o vapor que chega do prato inferior. Seção de esgotamento. Em termos de nomenclatura, yW (e xW ) é também , yN (e xN ), pois é a composição do vapor (líquido) que deixa o andar N. Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Do mesmo modo, esta reta é obtida a partir do balanço molar (ou mássico) do componente mais volátil na seção inferior da coluna (desde o prato imediatamente a seguir à alimentação até o fundo da coluna onde as vazões de líquido, 𝑳, e de vapor, 𝑽 são constantes. 𝒙𝒎𝑳 = 𝒚𝒎+𝟏𝑽 + 𝒙𝑾𝑾 ou 𝒚𝒎+𝟏 = 𝑳 𝑽 𝒙𝒎 − 𝑾 𝑽 𝒙𝑾 Com 𝑳 = 𝑽 +𝑾 6 Operações Unitárias 3 2510/07/2018 A Eq. 7 relaciona em termos do balanço de massa as correntes de passagem no estágio m+1. Para qualquer estágio na seção de esgotamento: 𝒚𝒎+𝟏 = 𝑳 𝑽 𝒙 − 𝑾 𝑽 𝒙𝑾 7 Representando esta equação num diagrama y-x, obtemos uma reta de inclinação 𝑳/𝑽 e de ordenada na origem igual a −𝒙𝒘𝑾/𝑽. A interseção desta reta com a reta x = y é o ponto x = y = xW . Uma vez que o líquido proveninente do fundo da coluna é apenas parcialmente vaporizado e reciclado para a coluna: 𝒙𝑵−𝟏 ≠ 𝒚𝑾 ≠ 𝒙𝑾 Representação gráfica do fundo de uma coluna de destilação, com o ultimo prato (estágio N – 1) e o refervedor parcial (estágio N). Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Operações Unitárias 3 2610/07/2018 O último ponto da reta de operação de esgotamento é o correspondente ao último prato, isto é, às duas correntes de passagem – a do líquido que deixa o estágio N – 1, com a composição xN-1 e a do vapor proveniente do refervedor, de composição yW . Contudo, como já vimos, esta reta de operação continua até interceptar a reta y = x. em x = y = xW . O vapor sai do refervedor com composição yW está em equilíbrio com o líquido que é retirado na corrente de resíduo de composição xW. Por esta razão, yW e xW são as coordenadas de um ponto que está necessariamente na linha de equilíbrio líquido-vapor e, por esta razão, o refervedor parcial atua sempre como um prato ideal. Representação gráfica do fundo de uma coluna de destilação, com o ultimo prato (estágio N – 1) e o refervedor parcial (estágio N). Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Operações Unitárias 3 2710/07/2018 Reta de Operação da Alimentação A relação entre as vazões das seções de retificação e esgotamento (e, por isso, as inclinações das respectivas retas de operação) depende do estado térmico da corrente de alimentação que determina a sua entalpia. Fazendo um balanço molar (ou mássico) e um balanço de energia no prato da alimentação,obtemos: 𝑭 + 𝑳 + 𝑽 = 𝑽 + 𝑳 8 𝑭𝒉𝑭 + 𝑳𝒉𝑳 + 𝑽𝒉𝑽 = 𝑽𝒉𝑽 + 𝑳𝒉𝑳 9 Balanço no prato de alimentação (estágio f). Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Definindo a grandeza adimensional q (que representa a condição térmica da alimentação) como a razão entre o aumento de vazão molar de líquido no prato da alimentação por mol da corrente de alimentação: Operações Unitárias 3 2810/07/2018 𝒒 = 𝑳 − 𝑳 𝑭 10 Assim, se a alimentação for um líquido saturado ou um vapor saturado ou uma mistura líquido-vapor, q é a fração da alimentação que é líquida. Usando a Eq. 8, para o balanço de massa na alimentação, temos que: 𝒒 − 𝟏 = 𝑽 − 𝑽 𝑭 11 Assim, a variável q, a condição térmica da alimentação, relaciona as diferenças entre as vazões de líquido e de vapor das seções de retificação e esgotamento. 𝑳 − 𝑳 = 𝒒𝑭 𝑽 − 𝑽 = 𝟏 − 𝒒 𝑭 Operações Unitárias 3 2910/07/2018 Quando a alimentação for, por exemplo, um líquido saturado (q = 1), a vazão de vapor é constante ao longo da coluna e a vazão de líquido da seção de esgotamento excede o da seção de retificação exatamente pela vazão de alimentação. Combinando as Eqs. 8 a 10: 𝒒 = 𝑳 − 𝑳 𝑭 = 𝒉𝑽 − 𝒉𝑭 𝒉𝑽 − 𝒉𝑳 12 Em que: 𝒉𝑽, 𝒉𝑳, 𝒉𝑭 são respectivamente, as entalpias do vapor saturado (para y = zF), do líquido saturado (para x = zF) e da alimentação: Combinando as Eqs. 4 e 7: 𝒚 𝑽 − 𝑽 = 𝒙 𝑳 − 𝑳 + 𝒙𝑫𝑫 + 𝒙𝑾𝑾 13 Em conjunto com as Eqs. 8 e 12 e a equação de balanço global no componente mais volátil: Operações Unitárias 3 3010/07/2018 𝒛𝑭𝑭 = 𝒙𝑫𝑫+ 𝒙𝑾𝑾 Entalp ia para vapor izar 1 mol de Entalp ia de vapor ização F q = 𝒒 = 𝒉𝑽 − 𝒉𝑭 𝒉𝑽 − 𝒉𝑳 Significado da razão q num diagrama entalpia-composição. Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Operações Unitárias 3 3110/07/2018 𝒛𝑭𝑭 = 𝒙𝑫𝑫+ 𝒙𝑾𝑾 Esta equação origina a equação da reta de operação de alimentação (ou reta “q”) que representa a interseção das retas de operação de retificação e de esgotamento. 𝒚 = 𝒒 𝒒 − 𝟏 𝒙 − 𝒛𝑭 𝒒 − 𝟏 Num diagrama y-x, a linha q é uma reta com inclinação q/(q-1), passa pelo ponto x = y = zF e é o lugar geométrico dos pontos de encontro das retas de operação das seções de retificação e esgotamento. Operações Unitárias 3 3210/07/2018 A figura a seguir exemplifica o efeito das condições térmicas da corrente de alimentação nas vazões de líquido e vapor nas seções de retificação e de esgotamento. Valores possíveis de q e suas relações com as vazões de líquidoe vapor que circulam no interior da coluna de destilação. Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Operações Unitárias 3 3310/07/2018 A figura a seguir e a tabela mostram o efeito das condições da alimentação na inclinação da reta q. Efeito das condições térmicas da alimentação na inclinação da linha q. Fonte: DE AZEVEDO, E. Gomes; ALVES, A. M. Engenharia de Processos de Separação. 2013. Operações Unitárias 3 3410/07/2018