Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS FACULDADE DE MATEMÁTICA TUTORIA À DISTÂNCIA Tutora: Liliane Silva Nascimento. Disciplina: Álgebra I. Exercício Resolvido - Aula 07 - Ideais Maximais e Números Primos Questão 4: Sejam a, b, c ∈ Z+ inteiros positivos dados. Mostre que: a ·mdc(b, c) = mdc(ab, ac). Solução: Seja m = mdc(b, c), pelo Teorema 2 da aula 6, Z ·m = Z · b+Z · c, portanto, existem r, s ∈ Z tais que m = r·b+s·c. Temos que mostrar então que am = mdc(ab, ac), ou seja, que Z·(am) = Z·(ab)+Z·(ac). Se x ∈ Z · (am) então existe um inteiro p tal que x = am · p ⇒ x = a · (rb + sc) · p ⇒ x = (rp)ab+ (sp)ac⇒ x ∈ Z(ab) + Z(ac). Temos então Z · (am) ⊂ Z(ab) + Z(ac). Por outro lado, se x ∈ Z(ab)+Z(ac), existem r′, s′ ∈ Z tais que x = r′ · (ab)+ s′ · (ac) = a · (r′b+ s′c). E, como r′b + s′c ∈ Z · b + Z · c = Z · m, então existe um inteiro p′ tal que r′b + s′c = mp′. Daí, x = am ·p′ ⇒ x ∈ Z(am), ou seja, Z · (am) = Z · (ab)+Z · (ac). Portanto, a ·mdc(b, c) = mdc(ab, ac). Questão 5: Sejam a,m, n ∈ Z+ inteiros positivos dados. Mostre que: mdc(a,m) = mdc(a, n) = 1⇒ mdc(a,mn) = 1. Solução: Para mostrarmos que mdc(a,m) = mdc(a, n) = 1 ⇒ mdc(a,mn) = 1, suponhamos, por absurdo, que mdc(a,m · n) = b > 1. Daí, temos que b | a e b | m. Logo, se b | a e b | m, temos que b = mdc(a,m) ou b | mdc(a,m), em ambos os casos temos absurdos, pois por hipótese, o mdc(a,m) = 1. Além disso, se b | a e b | n, temos que b = mdc(a, n) ou b | mdc(a, n), o que também é um absurdo. Portanto, mdc(a,mn) = 1. Questão 6: Seja I1 ⊂ I2 ⊂ I3 ⊂ ...In ⊂ ... uma cadeia de ideais de Z. Mostre que I = ∞⋃ i=1 Ij 1 é um ideal de Z. Solução: Vamos mostrar, por indução sobre j, que I = ∞⋃ j=1 Ij é um ideal de Z: • Para j = 2 temos I1 ⊂ I2 logo I1 ∪ I2 = I2, daí, segue que a união é um ideal, pois I2 é um ideal. • Para j = k vamos supor a proposição como verdadeira, ou seja, I1 ⊂ I2 ⊂ I3 ⊂ ...Ik logo I1 ∪ I2 ∪ ... ∪ Ik = Ik, que é um ideal de Z. Agora, vamos mostrar para j = k + 1: Temos I1 = Z·a ⊂ I2 = Z·b ⊂ ... ⊂ Ik = Z·m ⊂ Ik+1 = Z·n. Daí, temos que Z·m = Ik = k⋃ j=1 Ij. E, como Z · n é um ideal, vemos que: 1. 0 ∈ Z ·m ∪ Z · n, pois 0 ∈ Z ·m e 0 ∈ Z · n; 2. Agora, se x, y ∈ Z ·m ∪ Z · n tais que x = a · n ∈ Z · n e y = b ·m ∈ Z ·m então: x− y = an− bm ∈ Z ·m ∪ Z · n, pois x− y ∈ Z · n já que Z ·m ⊂ Z · n; 3. Para todo q ∈ Z e x = a · n ∈ Z · n temos que q · a · n ∈ Z · n, logo Z · Z · n ⊆ Z · n. Daí, segue que I = ∞⋃ j=1 Ij é um ideal de Z,∀ n ∈ N. 2
Compartilhar