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0 FACULDADE CIDADE DE COROMANDEL ADMINISTRAÇÃO GUILHERME LUÍS GUIRRA INÁCIO ASSOCIAÇÃO COMERCIAL INDUSTRIAL E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO E CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE COROMANDEL: Um estudo de caso da cultura organizacional do atual quadro de colaboradores COROMANDEL 2013 1 GUILHERME LUIS GUIRRA INÁCIO ASSOCIAÇÃO COMERCIAL INDUSTRIAL E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO E CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE COROMANDEL: Um estudo de caso da cultura organizacional do atual quadro de colaboradores Monografia apresentada à Faculdade Cidade de Coromandel como requisito para a conclusão do Curso de Graduação em Administração. Orientadora: Prof.ª Ms. Delza Ferreira Mendes COROMANDEL 2013 2 Fonte: Faculdade Cidade de Coromandel – FCC – Biblioteca. INÁCIO, Guilherme Luis Guirra. ASSOCIAÇÃO COMERCIAL INDUSTRIAL E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO E CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE COROMANDEL: Um estudo de caso da cultura organização do atual quadro de colaboradores/Guilherme Luís Guirra Inácio. Coromandel: [s.n.], 2013 96p. Inácio, Orientadora: Delza Ferreira Mendes. Monografia de Graduação – Faculdade Cidade de Coromandel - FCC Curso de Bacharel em Administração 1.A Organização 2.A Cultura Organizacional 3.A relação da cultura e do clima organizacional 4.Estudo de Caso do atual quadro de colaboradores da ACIC/CDL 5.Considerações Finais I. Guilherme Luis Guirra Inácio. II. Titulo. 3 FACULDADE CIDADE DE COROMANDEL GUILHERME LUÍS GUIRRA INÁCIO ASSOCIAÇÃO COMERCIAL INDUSTRIAL E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO E CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE COROMANDEL: Um estudo de caso da cultura organizacional do atual quadro de colaboradores Monografia aprovada em 30 de Novembro de 2013 pela comissão examinadora constituída pelos professores: Orientador: _______________________________________ Prof.ª Ms. Delza Ferreira Mendes Faculdade Cidade de Coromandel Examinador: _______________________________________ Prof.ª Ms. Sonia helena de Castro Faculdade Cidade de Coromandel Examinadora: _______________________________________ Profª. Exp. Francisco Carlos Ibanez Faculdade Cidade de Coromandel 4 Dedico todo o meu esforço neste estudo à minha mãe Maria Carmem Inácio, aos meus irmãos Thamires Gabrielle Inácio Peres e Gabriel Inácio Gonçalves, à minha filha Maria Eduarda Rodrigues Guirra e especialmente à minha companheira Maria Cristina Rodrigues Costa, os quais me apoiaram sempre nesta caminhada do aprendizado; bem como à prof.ª Ms. Delza Ferreira Mendes, que investiu seu tempo buscando meios que possibilitassem alcançar o êxito deste estudo. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço ao Ser Divino que possibilitou a minha existência, assim como a minha Mãe Maria Carmen Inácio que moldou-me para a vida de tal forma que hoje considero-me forte para enfrentar os obstáculos diante desta caminhada em busca do sucesso. Aos meus tios e avós, que mesmo longe, sempre mostraram interesse em meu desenvolvimento pessoal e os quais sempre me apóiam, confiantes em meus passos. Aos meus irmãos, que ajudaram a formar a pessoa que sou; buscando ser uma pessoa melhor que a de ontem e de hoje. Á minha companheira, que vivencia além das nossas preocupações do dia a dia, também as do meu viver acadêmico. À minha razão maior de viver, minha filha, que através de sua sutileza proporciona-me cada vez mais energias para vê-la crescendo feliz. Aos meus colegas, amigos e professores do curso de Administração da Faculdade Cidade de Coromandel que sempre estiveram comigo auxiliando-me nas horas em que eu mais precisava. Por fim, agradeço a todos que de certa forma apoiaram-me diretamente ou indiretamente contribuindo para que este estudo fosse possível. 6 A menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo. Albert Einstein 7 RESUMO Chiavenato (2002) esclarece que a cultura organizacional repousa sobre um sistema de crenças e valores, tradições e hábitos, dentro de uma forma aceita e estável de interações e relacionamentos sociais típicos de cada organização. O presente estudo aborda o tema Cultura Organizacional na buscando-se analisá-la como fator indispensável ao desenvolvimento gerencial. A pesquisa foi embasada em uma revisão bibliográfica, tendo como aporte teórico autores como Bernardes e Marcondes (2003), Chiavenato (2002, 2005, 2008, 2009, 2010), Dubrin (2003), Fidelis (2007) Lacombe (2003), Marras (2009), Maximiano (2000, 2008) dentre outros. Foi feito direcionado aos colaboradores um estudo de caso, onde utilizou- se um questionário com 20 questões objetivas como instrumento de pesquisa e contando com a análise dos documentos da própria organização a fim de verificar a forma como a organização lida com seu atual quadro de colaboradores; bem como a percepção deste sobre a Associação Comercial Industrial e de prestação de serviços e Câmara de Dirigentes Lojistas (ACIC/CDL). A pesquisa foi realizada com todos os atuais colaboradores da ACIC/CDL de Coromandel totalizando 10 participantes, sendo 50 % homens e 50% mulheres de distintos níveis de escolariedade e tempo de trabalho. Dentre os principais resultados obtidos nesta pesquisa ressalta-se a boa atuação da atual administração e o conforto no ambiente de trabalho, ambos com 70% de aprovação. Diante dos dados colhidos pode-se concluir que a ACIC/CDL de Coromandel é uma organização de estrutura orgânica, com uma cultura forte de perfil conservador onde através de seus elementos culturais provoca um bom clima ao ambiente. Porém, vale ressaltar a necessidade de certos ajustes para que a organização continue alcançando seus objetivos. Palavras chave: Organização. Comportamento. Colaboradores. Satisfação. Cultura. Desenvolvimento. 8 ABSTRACT Chiavenato (2002) clarifies that the organizational culture rests on a system of values and beliefs, traditions and habits, within an accepted way and stable of interactions andsocial relationships typical of each organization. The present study addresses the topic Organizational Culture in an attempt to analyze it as a factor essential to managerial development. The survey was structured in a bibliographic review, having as theoretical authors as Bernardes and Marcondes (2003), Chiavenato (2002, 2005, 2008, 2009, 2010), Dubrin (2003), Fidelis (2007) Lacombe (2003), Marras (2009), Maximiano (2000, 2008) among others. Was done directed employees with a case study, where it was used a questionnaire with 20 objective questions as research instrument and counting with the analysis of the documents of the organization itself in order to check how the organization deals with its current employees framework; as well as the perception of this on the Industry Trade Association and the provision of services and Chamber of Shopkeepers (ACIC/CDL). The survey was conducted with all current employees of the ACIC/CDL of Coromandel totaling 10 participants, being 50 % men and 50% women of distinct levels of escolariedade and working time. Among the main results obtained in this study it is spotted the good performance of the current administration and the comfort in the work environment, both with 70% approval. In face of the data collected can be concluded that the ACIC/CDL of Coromandel is an organization of organic structure, with a strong culture of conservative profile where through its cultural elements causes a good climate to the environment. However, it is worth pointing out the need for some adjustments to the organization continue reaching their objective. Keywords: Organization. Behavior. Employees. Satisfaction. Culture. Development. 9 LISTA DE SIGLAS ACIACO - Associação Comercial Industrial de Coromandel ACIC - Associação Comercial Industrial e de prestação CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas CO - Comportamento Organizacional CRAS - Centro de Referência de Assistência Social DO - Desenvolvimento Organizacional FCC - Faculdade Cidade de Coromandel FECOMERCIO - Federação do Comércio de bens, serviços e turismo SCC - Setor Central de Cobrança SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às micro e pequenas empresas SENAC - Serviço Nacional de aprendizagem Comercial SESC - Serviço Social do Comércio SPC - Serviço de Proteção ao Crédito TGA - Teoria Geral da Administração 10 LISTA DE GRÁFICO Gráfico 1 - Qual o seu sexo?..................................................................... 67 Gráfico 2 - Quanto tempo esta na organização?....................................... 68 Gráfico 3 - Qual o seu grau de escolaridade?........................................... 68 Gráfico 4 - A comunicação interna da organização é boa e eficaz............ 69 Gráfico 5 - De forma geral, qual seu grau de satisfação diante os benefícios atuais?.................................................................... 70 Gráfico 6 - Em sua opinião, qual a quantidade de colaboradores que deveria ter na organização?..................................................... 70 Gráfico 7 - A organização tem uma boa estrutura organizacional, assim como o acesso a tecnologia, ajudando a execução dos trabalhos.................................................................................. 71 Gráfico 8 - Na minha concepção o gestor reconhece o esforço dos colaboradores em atingir os objetivos...................................... 72 Gráfico 9 - Ao ser contratado pela organização é oferecido treinamento e condições para que os colaboradores sejam inseridos na função...................................................................................... 72 Gráfico 10 - Quanto ao nível de conforto como é o seu ambiente de trabalho.................................................................................... 73 Gráfico 11 - Você identifica com a missão, visão e objetivo da sua organização?............................................................................ 74 Gráfico 12 - Os objetivos e Estratégias organizacionais são informados aos colaboradores?.................................................................. 75 Gráfico 13 - Qual a sua avaliação para a atual administração da sua organização?............................................................................ 76 Gráfico 14 - O que mais o motiva a trabalhar nesta organização?............................................................................ 76 11 Gráfico 15 - O plano de saúde que é oferecido pela organização tem um grau de qualidade melhor aos que são oferecidos pela maioria dos outros empregadores?......................................... 77 Gráfico 16 - Na organização há possibilidade de crescimento diante da política de plano de carreira oferecida aos colaboradores...... 78 Gráfico 17 - A organização é rápida na implantação das decisões, diante das mudanças de tarefas, estrutura e comportamento............ 79 Grafico 18 - O gerente é participativo: Convoca para reuniões, interage, ouve e dá espaço aos colaboradores na participação no processo de tomada de decisões, de maneira democrática.... 80 Gráfico 19 - O gerente é motivador: incentiva os colaboradores a executarem determinada tarefa, cumprir horários e em troca ajuda a satisfazer alguma de suas necessidades individual.... 81 Gráfico 20 - As normas administrativas da empresa são de fácil entendimento e os colaboradores são incentivados a segui- las............................................................................................. 82 12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - A formulação da estratégia organizacional................................... 29 Figura 2 - O iceberg da cultura organizacional.............................................. 35 Figura 3 - Cultura organizacionais adaptativas e não-adaptativas................ 40 Figura 4 - A importância e o alcance das mudanças organizacionais........... 57 13 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - A relação clima e cultura organização........................................ 49 Quadro 2 - Um modelo de processo de desenvolvimento organizacional............................................................................. 55 14 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................. 16 1 A ORGANIZAÇÃO....................................................................... 18 1.1 A estrutura organizacional............................................................. 21 1.1.1 Teoria Clássica.................................................................................. 22 1.1.2 Teoria Burocrática............................................................................. 23 1.1.3 Teoria Estruturalista........................................................................... 24 1.2 O Administrador nas Organizações...............................................25 1.3 O comportamento organizacional e o mecanismo de socialização e integração: Missão, Visão e objetivos.................. 26 2 A CULTURA ORGANIZACIONAL.................................................... 32 2.1 Perfis Culturais................................................................................ 37 2.2 Os Elementos Culturais.................................................................. 40 2.2.1 Nível Alto........................................................................................... 41 2.2.2 Nível Intermediário............................................................................. 42 2.2.3 Nível Baixo......................................................................................... 43 2.3 Clima Organizacional...................................................................... 44 3 A RELAÇÃO DA CULTURA E DO CLIMA ORGANIZACIONAL..... 48 3.1 Desenvolvimento Organizacional.................................................. 50 3.2 A Mudança Organizacional............................................................. 53 3.2.1 Forças Exógenas e Forças Endógenas............................................. 59 3.2.2 Resolvendo resistência às mudanças............................................... 60 3.3 Pesquisa de Cultura e Clima Organizacional................................ 62 4 ESTUDO DE CASO DO ATUAL QUADRO DE COLABORADORES DA ACIC/CDL................................................. 65 4.1 Análise e discussão dos dados..................................................... 67 CONSIDERAÇÔES FINAIS............................................................................. 83 REFERÊNCIAS............................................................................................... 85 15 APÊNDICES.................................................................................................... 88 16 INTRODUÇÃO Considerando as dificuldades que engloba as relações humanas nas organizações foi evidenciada a necessidade do estudo envolvendo a Cultura Organizacional. Segundo Chiavenato (2005) pode-se constatar que cada organização possui cultura própria, distinta e que todas buscam um relacionamento satisfatório com o seu público interno, através de meios existentes para viabilizar essa interação. Araujo (2007) ressalta que com o mercado cada vez mais competitivo juntando a necessidade dos colaboradores da realização profissional, do status perante a sociedade e da aceitação diante seu ambiente fica cada vez mais difícil, para a organização, enfrentar as diversidades. Por isso há necessidade de retificar os problemas internos para que não haja atraso dos objetivos organizacional, pois tempestividade, comprometimento e ações são fatores fundamentais para se manter bem no mercado. A seleção do tema é pelo fato que vem ocorrendo e do quais autores como Bernardes e Marcondes (2003) vem elucidando que muitos gestores acabam não dando a importância adequada ao investimento no relacionamento com seus colaboradores, acabando deixando de alimentar um recurso muito importante para o desenvolvimento dos negócios. Contudo apenas valorizando os colaboradores que ocorrerão melhoras na relação com a organização e em muitos casos melhorando a produtividade. No primeiro capítulo foi abordado sobre a organização seguindo o estudo das teorias estruturalistas, do tema comportamental da organização e tendo também um embasamento voltado para a missão, visão e objetivo empresarial assim como um breve esclarecimento do administrador diante as organizações. No segundo capítulo teve o aprofundamento da Cultura Organizacional limitando as existências dos perfis e elementos culturais e contando com uma breve fundamentação sobre o Clima Organizacional. Para o terceiro capítulo foi indagado a relação entre a cultura e o clima e do desenvolvimento organizacional diante as mudanças em detrimento das forças 17 exógenas e endógenas e da resistência nas mudanças e por fim o esclarecimento de pesquisa de Cultura e de Clima Organizacional. O estudo de caso encontra-se no quarto capítulo, onde buscou-se investigar as condições de sucesso, de uma entidade de porte médio mostrando seu histórico e seus principais processos. No quinto capítulo foi realizada a análise dos dados colhidos na pesquisa que para Ander-Egg apud Lakatos e Marconi (1991, p. 155) é um meio formal “[...] com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento cientifico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.” Ou seja, é um meio para conhecer a compreensão dos colaboradores diante a rotina da organização com objetivo de encontrar fatores que possam ser utilizados para contribuir com o dia-a-dia organizacional, dando ao leitor informações da abrangência da cultura da organização e dos possíveis elementos necessário para se evoluir e manter o cotidiano de trabalho em uma organização.. Além da revisão literária foi realizada um estudo de caso, cujo resultado acredita-se que servirá como fonte de pesquisa posteriormente. Acreditando na possibilidade de ter atingindo todos os objetivos aqui mencionados, o presente estudo torna-se justificável, tanto cientificamente quanto socialmente. Cientificamente pelo fato de preencher uma lacuna e servir de incentivo para outras pesquisas pela comunidade acadêmica. E socialmente, porque a partir dos resultados obtidos pode-se proporcionar uma reflexão mais ampla sobre o tema em busca de condições favoráveis para o relacionamento entre colaboradores e organização. 18 1 A ORGANIZAÇÃO De acordo com Chiavenato (2005) as organizações são unidades que abrangem pessoas das quais combinam esforços para buscarem junto o alcance de objetivos em comum, sabendo que não conseguiriam fazê-los individualmente. As organizações utilizam equipes de colaboradores para aplicar os recursos organizacionais em recursos financeiros, como tecnologia, as máquinas e equipamentos, as matérias-primas e o conhecimento, para o alcance dos objetivos, tais como seguir sua missão e visão, bem como servir ao mercado, aos parceiros e clientes. Organização é melhor definida como sendo a estrutura ou a rede de relações entre indivíduos e posições em um ambiente de trabalho e o processo pelo qual a estrutura é criada, mantida e usada. (KWASNICKA, 1995, p. 185) Para Chiavenato (2009, p. 08) as organizações somente se mantêm no mercado se condicionarem a obtenção recursos financeiros buscando seus objetivos com a cooperação das pessoas que suprem as limitações umas das outras. Os membros da organização são seres essencialmente sociáveis e interativos que dificilmente iriam conseguir viver isolado, pois precisam estar se relacionando e se auxiliando. Esse sistema racional de execução de tarefas denominado organização só existe se os membros nele inseridos se propuserem a comunicar-se e dispor-se a contribuir com ações individuais e conjuntas para o alcance de determinados resultados. “A disposição de contribuir com ação significa a intenção ou tendência para sacrificar o controle da própria conduta em beneficio da coordenação”. O meio de recompensa em todas as organizações acaba sendo diferenciado de acordo com as funções e limitações de cada contribuinte nas atividades envolvidas. Ao ser mencionar-se sobre organização nota-se as possíveis variantes deste sistema, pois nele aloca-se nações,indústrias, comércios e as várias repartições religiosas, militares, educacionais, sociais, políticas, dentre outras. Neste sentido as pessoas são influenciadas diariamente por estas variantes, por estarem expostas desde o nascimento, sendo persuadidas em seu modo de pensar, sentir e agir, em sua forma de viver, 19 comprar, trabalhar, alimentar, vestir, assim como em suas expectativas e convicções. Para Chiavenato (2009) a organização é um sistema de processos consciente e coordenado por duas ou mais pessoas. A cooperação de todos os envolvidos acaba sendo indispensável para que haja a existência da organização. As organizações, que são grupos de indivíduos com um objetivo comum ligados por um conjunto de relacionamentos de autoridade- responsabilidade, são necessárias sempre que um grupo de pessoas trabalhe junto para atingir um objetivo comum. (MEGGINSON, MOSLEY, JR, 1998, p. 224) De acordo com Lacombe e Heilborn (2003), são as organizações que fazem quase todos os processos na sociedade moderna. Os objetivos e recursos são os mecanismos que definem a administração e também a organização. Reafirmando Maximiano (2000, p. 91) diz que “Uma organização é uma combinação de recursos que procura deliberadamente realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos).” Chiavenato (2009) concorda que a vida de um administrador dentro deste sistema é muito desafiante, uma vez que tem-se ali personalidades, grupos, normas e valores que em seu total mostram a complexidade e a necessidade de compreender o desenvolvimento organizacional. O crescimento da organização faz com que a relevância dada a este quadro seja proporcional à dada aos recursos, sendo que para organizar este sistema é necessário um aumento no nível hierárquico, porém vale ressaltar que quanto mais níveis hierárquicos maior é o conflito entre os objetivos individuais e os objetivos organizacionais. Com as organizações, a limitação final para alcançar muitos objetivos humanos não é mais a capacidade intelectual ou de força, mas a habilidade de trabalhar eficazmente em conjunto. (CHIAVENATO, 2009, p. 22) Desse modo o autor supracitado visualiza o desenvolvimento das organizações em três fases distintas, sendo que em cada fase compreendem-se as filosofias formativas: A primeira fase compreende a época de 1900 a 1950 onde ocorreu a intensificação da industrialização. Este período ficou conhecido com a ¹Revolução Industrial e teve como característica principal a grande estruturação no que ¹ Segundo Chaves (2012) “A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII” 20 refere-se ao formato hierárquico, pirâmide de nível, centralização da cúpula, departamentalização das funções, burocracia, regras, regulamentos internos e a padronização das operações. A revolução Industrial substituiu a produção manual pela mecânica e fabril. [...] Alguns dos percussores da Revolução Industrial forma o sistema feudal em áreas rurais e o sistema de associações nas áreas urbanas. (MEGGINSON, MOSLEY, JR, 1998, p. 38) Chiavenato (2009) esclarece que esta época ficou marcada pela cultura conservadora que seguia a tradição e os valores ao longo do tempo, fato do qual as organizações posicionava as pessoas no trabalho, considerando-as como apenas mais um recurso de produção, como maquinas, ferramentas e capital. O homem ainda era pouco visto na organização, porém nessa época já se notava as paulatinas mudanças. A segunda fase, a era neoclássica, compreendida entre a época de 1950 a 1990, o autor supracitado esclarece que foi o tempo em que se houve mudanças intensas. As transações comerciais passaram de negociações locais para internacionais, o mercado imprevisível e a concorrência cada vez mais acirrada. O velho modelo centralizado e burocrático adotado na primeira fase já era obsoleto devido o tempo perdido com ele diante a flexibilidade do mercado. Para Megginson, Mosley e Jr (1998, p. 55) “A administração de organizações descobriu que o ambiente social, político, legal influenciavam quase todas as decisões.” Chiavenato (2009) cita que as organizações buscaram vários modelos administrativos que pudesse inovar e adequar ao mercado até que surgiu a estrutura matricial que “quebrava o galho”, porém foi logo deixada em desuso devido uma nova concepção da qual deixou de seguir as tradições culturais e seguir as inovações. Concepção esta ligada ao recurso humano, ou seja, o homem como um ser vivo, de sentimento, sonhos, realizações e etc. No fim desta fase a tecnologia começou a se desenvolver influenciando as pessoas e os processos organizacionais. A terceira fase é conhecida como a era da informação, compreende a época de 1990 e vem nos conduzindo atualmente. Esta fase vem trazendo um grande desdobramento tecnológico, influenciando o mundo com os meios de comunicação, dando surgimento a globalização da economia, competitividade 21 intensa, transações voláteis de um país para o outro ao meio os investimentos. As organizações evoluíram muito com o passado sendo considerada uma engenhosa e criativa instituição ao dispor da sociedade, com estas grandes transformações tecnológicas elas tende a se evoluírem cada vez mais pelo resultado das relações. Concluindo Chiavenato (2009, p. 13) afirma que “Uma organização nunca constitui uma unidade pronta e acabada, mas um organismo social vivo e sujeito a constantes mudanças”. O autor supracitado continua afirmando que todas as organizações são distintas umas das outras variando em seu tamanho, estrutura, ramos de atividades e as diferentes tecnologias adotadas para produzir bens e serviços dos quais são distribuídos de maneiras diferentes para os diversos tipos de mercado e clientes. Portanto a organizacional e toda sua estrutura reage por meio das estratégias em meio ás modificações do ambiente para conseguir os resultados almejados. 1.1 A estrutura organizacional A estrutura é considerada um elemento da organização de conceito formal que interage as relações funcionais e pessoais assim como toda a parte física. Portanto Kwasnicka (1995, p. 185) conclui que “A estrutura consiste em uma rede de relacionamento especifico entre indivíduos, posições e tarefa.”. Dubrin (2003) complementa descrevendo que a estrutura organizacional poderia ser colocada como um sistema hierárquico, ou seja, um organograma especificando as tarefas, metas e a quem se reportar de cada setor. Na visão de Bernardes e Marcondes (2003) a organização apenas conseguirá ter sucesso se sua estrutura for adequada ao ambiente em que ela esta envolvida. Muita forma de estrutura foi criada a partir de tentativas e erros, porém apenas as mais dinâmicas para cada ambiente é que se tornou um modelo de estrutura para delinear as organizações viáveis. Dubrin (2003) complementa que a estrutura organizacional se desenvolve seguindo uma das variáveis de comportamento ou a organização é mecanística ou orgânica e através dessas variáveis é que se determina o envolvimento com 22 os colaboradores. A organização mecanística é titulada de burocrática, pois dá preferência aos processos hierárquicos, dando força na especialização, no controle, na comunicação vertical e nas políticas e procedimentos fixos. A organização orgânica já visa o lado social, pois dá preferência a situação ambiente, a especializaçãohorizontal, a coordenação pessoal, a comunicação ampla, a política e procedimentos flexíveis. Chiavenato (2010) deixa claro que a preocupação com a estrutura veio após a administração cientifica de Frederick W. Taylor (1856-1915) que pregava as aplicações de métodos empíricos nos problemas administrativos em busca da alta eficiência industrial, a administração cientifica ficou conhecida por dar ênfase nas tarefas. Porém Bernardes e Marcondes (2003, p. 162) concluíram que nesta época “os executores de tarefas não tinham experiências e conhecimentos para planejá-las a fim de o rendimento do trabalho ser maior possível”. Chiavenato (2010) cita que logo veio à fase que compreende o estudo na estrutura do qual o conceito que administrar tem como finalidade planejar e organizar a estrutura de setores e de funções que compõem as atividades de organização, direção e controle destas atividades. Chiavenato, (2010, p. 09), retrata que “Nesta abordagem, verifica-se que a eficiência da empresa vai além da soma da eficiência dos seus trabalhadores e deve ser alcançadas por meio de racionalidade.” Ou seja, os setores e funções devem ser adequar ao objetivo almejado. Esta parte da fase estrutural é de suma importância para a Teoria Geral da Administração (TGA), pois acarreta em três abordagens relacionada a ela, como: a teoria clássica, Teoria Burocrática e a teoria estruturalista. 1.1.1 A teoria clássica Esta abordagem que veio enfatizar a estrutura organizacional surgiu a partir do engenheiro Henri Fayol (1841-1925) que induzia uma abordagem anatômica e estrutural da organização, deixando o enfoque analítico e concreto de Taylor para uma visão sintética e universal. 23 Fayol defendia a visão anatômica da empresa em termos de organização formal, isto é, a síntese dos diferentes órgãos que compõem a estrutura organizacional, suas relações e suas funções dentro do todo. (CHIAVENATO, 2010, p 10). O autor supracitado esclarece que neste contexto a função administrativa reparte em todos os níveis da organização, ou seja, ela é distribuída proporcionalmente entre a alta cúpula até a parte operacional da organização, porém nos níveis mais alto predomina as funções administrativas enquanto os níveis mais baixos predominam as funções não administrativas. A teoria clássica se caracteriza pelo enfoque nas normatizações, o que confirma Bernardes e Marcondes (2003) devido à impessoalidade com a admissão e na promoção do pessoal. 1.1.2 A Teoria burocrática Chiavenato (2010) menciona que esta abordagem esta também relacionada à estrutura organizacional, veio do sociólogo Max Weber (1864- 1920). Para seu criador a palavra burocracia não tem o mesmo significado popular, mas sim um significado técnico, onde se desenvolve as características formais com intuito de racionalizar e buscar a máxima eficiência. Weber estudou as burocracias como cientista, vendo nelas um grande perigo para o ser humano por sentir nos burocratas a tendência de dominar a sociedade, sendo ótimos funcionários, mas péssimos estadistas (TRAGTENBERG, apud BERNARDES, MARCONDES, 2003, p. 244) Chiavenato (2010, p. 14) comenta que a racionalidade para a burocracia é todo o meio pelo qual se alcança determinado objetivo. Ou seja, ”Em outros termos, a burocracia significa o tipo de organização humana na qual racionalidade atinge o seu mais elevado grau.” A burocracia é um modelo típico no que se refere à racionalidade, pois ela é aplicável a todos os tipos de organização, indiferente da natureza, operação ou tamanho. As conseqüências desejadas por 24 esta abordagem vêm da previsibilidade do comportamento, fazendo com que a organização padronize as tarefas buscando a máxima eficiência. Segundo Kwasnicka (1995) não há um único modelo burocrático, mas sim, diferenças proporções de burocracia dentro de uma organização, não somente nessa teoria podemos ver que não há uma utilização pura do conceito, porém partes da teoria, isto porque nem todas as regras de uma teoria são seguidas ou estabelecidas. Chiavenato (2010) descreveu que Weber não assegurou a perfeição do sistema, pois o comportamento dos colaboradores é imprevisto o que leva a ineficiência. Essas falhas de funcionamento trazido pelo sistema ficaram conhecidas como disfunções da burocracia, estas disfunções foram constatadas devido à burocracia não levar em conta inconstância dos colaboradores e sim por considerar que todos são homogêneos e padronizados. Apesar dos problemas encontrados, esse sistema foi muito importante para a sociedade moderna, pelo fato de ser um grande aliado as organizações com tamanho e complexidade elevada, porém seu sistema esta sendo gradualmente desvinculadas as organizações, por ser um sistema conservador e que não comporta bem com as mudanças culturais. 1.1.3 A Teoria Estruturalista Chiavenato (2010) cita que a teoria estruturalista foi desenvolvida através dos estudos sobre limitação e rigidez do sistema burocrático. O sistema burocrático é um modelo fechado, mecanístico e tem o conceito que a organização é um arranjo estático de peças do qual seu funcionamento é totalmente previsto. A teoria estruturalista é caracterizada [...] por abordar as organizações com estruturas deliberadamente planejadas e construídas, cujas partes têm grande importância para a consecução de suas finalidades de obter resultado. Ademais, ampliou o campo de estudo ao enfocar todos os tipos de organizações encontrados nas sociedades e, o que é importante, comparando-os entre si. (MOTTA, apud BERNARDES, MARCONDES, 2003, p. 245) 25 Chiavenato (2010) esclarece que diferente do sistema burocrata, o sistema estruturalista é um modelo aberto que buscava compartilhar os conceitos clássicos e humanísticos das teorias administrativas - TGA. A abordagem estruturalista criou varias tipologias e análises organizações comparando o fenômeno organizacional, incluindo análise interna da organizacional e do ambiente externo. As inovações e mudanças trouxeram grandes conflitos ao sistema estruturalista pelo fato das opções múltiplas de aplicações que estimulavam o comportamento das organizações e com isso novas teorias apareceram e foram substituídas por outras mais adaptativas ao cenário. 1.2 O Administrador nas organizações Segundo Bernardes e Marcondes (2003) os administradores sempre existiram e foi moldando com o decorrer do tempo, mudando a partir da proporção que as organizações foram se modificando até a institucionalização da profissão. Ainda se nota que suas funções não são bem claras sendo mais complicadas as variantes como chefe, gerente e executivo, por esta razão é importante sancionar o que é administração, quem é o administrador e o que ele faz. Como esclarece Lacombe e Heilborn (2003) levando em conta a abordagem comportamental, administração é o esforço individual e de grupos para resolução dos objetivos organizacional. Administração é aquele em que ele é visto como um processo integrativo fundamental, buscando a obtenção de resultados específicos. Administrar é, portanto, um processo pelo qual o administrador cria, dirige, mantém, opera e controla uma organização. (KWASNICKA, 1995, p 17) Bernardes e Marcondes (2003) citam que na revolução industrial com a criação de grandes empresas, o empreendedorismo, a grande saturação dos mercados e a sofisticação tecnológica foram exigidas conhecimentos superiores a qual os empresários tinham para aquela época. Passaram a contratar indivíduos hábeis para suprir as deficiências deplanejamento, operação e de controle da produção. Surgindo assim um novo especialista, o administrador profissional. 26 Bernardes e Marcondes (2003) complementam que para desempenhar as finalidades da organização é necessário que o administrador execute as tarefas específicas a cada situação, o que é considerado funções. As funções que são seqüenciais são englobadas todos os processos externos da organizacional, como exemplo: O Planejamento, a implantação, a operação e a avaliação. Para as funções continuas são alocados aos fatores internos da organização, como exemplo: O estimulo, a coordenação, a motivação e o controle. Kwasnicka aborda (1995, p. 19) que os administradores sempre vão passar pelo mesmo ciclo que as gerações anteriores passaram. Como exemplo: “Flutuações cíclicas na economia das nações, aceleração da taxa de obsolescência dos produtos e processos e aumento da preocupação com as mudanças organizacionais”. Corrobora ainda que estes problemas acontecessem em níveis e profundidades diferentes e consecutivamente ocorreram outros tipos de problemas decorrentes das mudanças. Em seu todo, o futuro das organizações vai depender da melhoria nas habilidades de percepção, na analise, na adaptação das mudanças e as oportunidades ocorridas com evoluções tecnológicas para então disponibilizar uma cultura organizacional forte para o mercado. 1.3 O comportamento organizacional e o mecanismo de socialização e de integração: Missão, visão e objetivo Segundo Chiavenato (2002) estudar o Comportamento Organizacional (CO) é entender a dinâmica do grupo e dos indivíduos dentro dela. A organização, como um sistema cooperativo racional, apenas chega a suas metas se houver esforço coordenado de todos. Em seu artigo publicado no site administradores, Sampaio (2007, sn) esclarece que “o Comportamento Organizacional trata-se de uma área da Administração que busca avaliar o impacto que os indivíduos possuem para uma empresa.” Por isso que ela é qualificada por sua racional divisão de trabalho e hierarquia. Kwasnicka (1995, p. 187) opina que a divisão de trabalho “envolve o processo de estabelecer unidades compostas de grupos com funções 27 relacionadas. À medida que a empresa cresce, a dimensão horizontal expande automaticamente pelo surgimento de novas unidades” e que a hierarquia é o poder integrado na dimensão vertical da organização. Comportamento Organizacional consiste no estudo sistemático do comportamento humano focando ações e atitudes dos indivíduos, grupos no ambiente das organizações. No intuito de alcançar produtividade, reduzir o absenteísmo e a rotatividade e promover a cidadania organizacional. (SAMPAIO, 2007, sn) Chiavenato (2002) corrobora que na mesma forma que a organização tem esperança a respeito de seu colaborador, enquanto ao seu talento e a sua possibilidade de desenvolvimento, também os colaboradores têm suas perspectivas diante a organização. Os membros ingressam e fazem parte dessa rede para obter aproveito de suas necessidades pessoais por meio da participação nela. Senge (2002) afirma que o desenvolvimento das organizações esta mais ligada à capacidade individual de aprender, do que com os fatores naturais, materiais ou de capacidade tecnológica. Mas para que a sociedade e organizações se constituam em um meio de aprendizagem é essencial saber que aprender não simplifica em delinear comportamentos ou decorar conteúdos determinados, pois antes se constitui a capacidade de raciocínio para então conseguir a autotransformação. Kwasnicka (1995) explica que as ciências que estuda o comportamento (como psicologia, a sociologia e antropologia) vêm notando novos conhecimentos do complexo humano. Com o desenvolvimento de uma sociedade industrializada e requintada só tem a somar para um comportamento e necessidades cada vez mais complexo. As organizações estão acompanhando um crescimento complexo e que os indivíduos seguem com conhecimento cada vez maior e para isso os colaboradores devem estar socializados e integrados ao ambiente para conseguirem entender os objetivos organizacionais. Para Maximiano (2000) o fator humano é o principal recurso de uma organização da qual faz com que ela consiga atingir as metas, já que são os colaboradores que opera os recursos de informação, de finança e de material. Por tanto, para os colaboradores terem seguranças em seu ambiente, precisa-se que eles socializem com a empresa e para isso é necessário que saibam qual a missão, visão e objetivos da organização. Chiavenato (2009) reforça que as 28 organizações precisam de finalidade, uma noção de sua existência e o que ela deseja realizar. Necessita definir a missão, visão, os objetivos e como o ambiente irá proporcionar parceiros que lute pelo menos ideal. Sem as conotações de missão visão e direção a organização irá se perder em pressões transitórias em cada situação, fazendo com que perca seu público-alvo. De acordo com Morais (2008) geralmente a socialização e integração é digna aos colaboradores novatos por proporcionar aculturamento, extinguindo antigos hábitos e também porque há o paradigma de que os novatos possam ter comportamentos dos empregos anteriores das quais a atual poderá não aceitar como premissas do dia-a-dia. Dá-se o nome de socialização organizacional a maneira como a organização recebe os novos funcionários e os integra a sua cultura, ao seu contexto e ao sistema para que eles possam comportar-se de maneira adequada as expectativas da organização (CHIAVENATO apud MORAIS, 2008, p. 19) Robbins apud Morais (2008) esclarece ainda que a socialização e a integração é um processo necessário e de extrema importância que busca o objetivo de interar os novos contratados a se adaptarem a nova cultura, assim como a elaboração de novos valores para os funcionários, disponibilizando lhes recompensas para o bom serviço feito quanto na aceitação de colaboradores novatos, redefinindo o procedimento de integração e socialização de acordo com os princípios adotados e moldando a subcultura através de recolocação dos colaboradores, como rodízio de cargos e/ou demissões.. A seguir Chiavenato apud Morais (2008) mostra como funciona a formulação da estratégia organizacional: 29 Figura 1 - A FORMULAÇÃO DA ESTRATEGIA ORGANIZACIONAL Fonte: CHIAVENATO (2010) Rossi e Luce (2002) diante a socialização e a integração esclarece que para o novo colaborador, a missão declara qual será o papel em que a organização irá desempenhar no seu ramo, transferindo o que será utilizado na prática para a teoria e ainda integrando a filosofia e o plano estratégico. Os autores acima também citam que a missão é específica para cada organização, e que engaja os propósitos básicos. Segundo a análise de Chiavenato (2009) a missão para o meio organizacional é um alicerce que mostra a pretensão e a extensão pretendida pela organização em termo de prestação de serviço, comercialização e industrialização para aquele mercado. Esta direciona na parte prática o modo como a organização irá se comportar com a sociedade, definindo a razão de ser e existir. A missão é elaborada em seu conteúdo trazendo a satisfação de uma necessidade do mercado em se ter algum produto ou serviço. Geralmente associada ao negócio, a missão traz em seu teor o sistema de valores no que se refere às crenças ou sobre a área básica de atuação da organização. 30 Chiavenato (2009) enfatiza que a missão se alinha se fazendo as seguintes perguntas: Qual a razão dela ser organização; Qual vai ser o papel dela na sociedade;Qual é a natureza do negocio; Qual atividade será seu ponto forte para o futuro. Costa (2007) aborda que a visão e missão são conceitos distintos, mas que se complementam, pois o primeiro descreve a organização no futuro e o segundo a reflexão dessa existência. Chiavenato (2009) menciona que além da missão a organização tem que preocupar em mostrar a seu público-alvo a visão do negócio, ou seja, mostrar o porquê ela existe. A escolha da visão da empresa tem em sua conotação impulsionar as pessoas em defesa de algo e quanto mais parceiros se identificar com a causa mais fácil será a obtenção do propósito visão. Neste contexto, Costa (2007) descreve que a visão deve ser escolhida através de uma maneira simples, objetiva, exploratória e de fácil compreensão, tornando assim algo útil e funcional para os integrantes da organização. A visão se sucumbe pelas perguntas: Qual é o objetivo; Quais as barreiras e impulsos que poderá encontrar; Quais são os valores básicos; O que faz de melhor; O que deseja realizar; E o que gostaria de mudar. De acordo Chiavenato (2009) as organizações contém em seu sistema ferramentas administrativas como um meio de alcançar a missão e visão e esta só consegue traçando objetivos. Para se obter resultado na organização, ela deve atentar-se há algum objetivo para o seu sistema, se há ferramentas para atingir os objetivos e se há entradas de informações, energia e materiais para que o sistema funcione. Costa (2007) salienta que os objetivos são as premissas quantitativas ou qualitativas da qual se pretende atingir ou manter em certo período preestabelecido. Quando a implantação de algum planejamento for á longo prazo e houver constâncias no mercado, o ideal é determinar mais de um 31 objetivo. As organizações sempre irão buscar algum objetivo especifico, este objetivo é uma situação desejada e elas têm funções, dada por Chiavenato (2009) como: Apresentar uma situação futura, indicando uma orientação que a organização deva seguir a passo a passo pelas atividades dos colaboradores; Apresentar uma fonte de legitimidade da qual justifica as atividades da organização e sua existência no mercado; Apresentar padrões que seus colaboradores, fornecedores e consumidores possam comparar e avaliar a exatidão de suas atividades, assim como, a eficiência e o rendimento; Apresentar unidade de medida que se verifica e avalia a produtividade da organização, setores e colaboradores. Segundo o autor supracitado estes objetivos declarados pela organização são transmitidos através de documentos oficiais como estatutos, atas de assembléia, relatórios anuais ou com comunicado publico de dirigentes. O Objetivo estabelece base da organização com o ambiente e nem sempre é apenas um objetivo, pois precisa satisfazer uma quantidade de requisitos e exigências do ambiente externo. Esse objetivo que é almejado pela organização e executado pelos profissionais da área administrativa pode ter uma conotação estática, dinâmica e em continua evolução que altera as relações externas com o ambiente interno e da qual fica sendo moldada em função das mudanças do mercado e da cultura organizacional. 32 2 A CULTURA ORGANIZACIONAL De acordo com Chiavenato (2005) as organizações têm suas peculiaridades que nem sempre são invisíveis ou visíveis, intangíveis ou tangíveis. Essas características dão estilo ao comportamento, a mentalidade, a presença e personalidade que a envolve no mercado, pois cada ambiente tem uma cultura própria que molda o comportamento dos membros. Marras (2009) complementa que há varias formas de considerar o conceito cultura. Seu termo tem raiz no latim colere cultus que se refere ao ser humano expressando a forma da qual enxerga o mundo e a natureza em si, encarando-se a cultura como o equivalente a mundividência. Chiavenato (2002) esclarece que o termo cultura apenas teve seu conceito ligado no meio organizacional ao ser ingressando no TGA em meados de 1970 devido ao sucesso das organizações japonesas. Os japoneses têm uma gestão diferenciada com a dos ocidentais ao mesmo tempo em que imita a tecnologia americana. Para weick apud Chiavenato (2002, p. 181) “uma organização não tem uma cultura: uma organização é, em si mesma, uma cultura. É por isso que elas são terrivelmente difíceis de se mudar”. Edgar Schein apud Maximiano (2006) com seus conhecimentos da antropologia, define a cultura organizacional como um aglomerado de regras em que os colaboradores aprendem a aceitar como solução efetiva dos problemas de adaptação do ambiente e da integração interna. As regras são consideradas validas e podem ser repassadas de geração a geração subseqüente de colaboradores como o meio correto de realizar as atividades. A cultura surge a partir da necessidade de se obter formas a adequar ao ambiente externo e de resolver as internas, dando ao grupo a chance de descobrir a partir de experiências de sucesso ou fracasso, estratégias e normas comportamentais. Conforme Chiavenato (2002) a cultura esta literalmente associada à cognição coletiva. Ela fica sendo a mente da organização, as crenças que refletm a tradição e os hábitos, assim como todas as partes intangíveis, tangíveis e o produto e serviço em si. É como se a cultura fosse considerado a força vital, a alma do seu corpo físico. Shein apud Marras (2009) traz o conceito que cultura organizacional é o paradigma de funções básicas que um grupo encorpa na 33 mesma medida em que resolve as dificuldades de adaptação externa e a integra ao meio interno e que é repassado aos demais membros como a melhor maneira de perceber, pensar e sentir em relação aquela questão. Os empregados aprendem a cultura organizacional principalmente por meio da socialização, o processo pelo qual se dá o entendimento dos valores, normas e hábitos essenciais para que ocorra a adaptação à empresa. Pode se dizer então que a socialização é meio que insere os colaboradores na organização, fazendo com que a cultura eternize por ser um elemento cíclico. O processo ocorre pelo método de observação, aprendizagem empírica e ensinamentos. (DUBRIN, 2003, p. 355) Chiavenato (2005) conclui que a cultura de um ambiente se constitui de valores compartilhados, usos e costumes, hábitos, códigos de conduta, tradições e metas que são transferidas em varias gerações, imposta pelos membros atuais da geração para os membros renascentes de outra geração, porém os membros atuais tentam adaptar aos padrões da geração nova enquanto estas resistem e provoca mudanças e transformações aos poucos naquela cultura. Fidelis (2007) sustenta que a cultura surge na organização quando as crenças e valores de seus fundadores são passados, ao longo do tempo, para seus dirigentes e colaboradores. A interação com o ambiente externo é moldada partir dos conceitos dos fundadores, das quais eles estabelecem normas e regras, formando assim a identidade da organização. A estabilidade dos colaboradores é vital para a formação da identidade. A organização que tem uma rotatividade alta de seu quadro de colaboradores não consegue formar uma cultura que faça os orientar e se identificar com ela. Chiavenato (2002) afirma que toda organização tem sua própria cultura. Dá se o nome de cultura organizacional ao modo de vida próprio que cada organização desenvolve com seus participantes. A cultura desempenha diversas funções dentro de uma organização. Primeiro, ela tem o papel de definidora de fronteiras, ou, seja, cria distinções entre uma organização e outra. Segundo, ela proporciona umsenso de identidade aos membros da organização. Terceiro, facilita o comprometimento com algo maior do que os interesses individuais de cada um. Quatro, estimula a estabilidade do sistema social. A cultura é a argamassa social que ajuda a manter a organização coesa, fornecendo os padrões adequados para aquilo que os funcionários vão fazer ou dizer. Finalmente, a cultura serve como sinalizador de sentido e mecanismo de controle que orienta e dá forma às atitudes e 34 comportamentos dos funcionários. (ROBBINS, apud FIDELIS e BANOV 2007, p. 34) Chiavenato (2005) fundamenta que desde o inicio de um membro, seu nascimento, ele fica gradualmente aprendendo e acumulando os princípios da cultura pelo meio de educação e socialização. A cultura se fundamenta em uma base de vida fundamentada em comunicação compartilhada, padrões, códigos de conduta e expectativas. Essas influências resultam de variáveis que impactam a cultura. Como fatores econômicos, políticos e legais. As variáveis culturais, por sua vez, determinam as atitudes básicas em relação ao trabalho, tempo, materialismo, individualismo e mudança. (CHIAVENATO, 2005, p. 122) O autor supracitado deixa claro que tais ações motivam e criam expectativas das pessoas em volta do trabalho e das relações em grupos e estas afetam o resultado que se pode esperar de cada pessoa. A cultura influência e condiciona a interação entre as pessoas e o seu processo de comunicação. As organizações são como uma nação, pois são dotadas de uma cultura da qual apenas quem desenvolve uma carreira dentro dela que sabe intimamente a cultura da organização. Chiavenato (2012) mostra na figura 2.0 que geralmente os aspectos formais são visíveis nas organizações por esta envolvido nas políticas e diretrizes, métodos e procedimentos, nos objetivos, na estrutura organizacional e na tecnologia adotada. Já os aspectos informais são difíceis se compreendido e analisado, como também mudado ou causar transformações. A forma da qual os colaboradores se comunicam, as expressões, as atitudes, os assuntos relevantes e entre outros são formas que tornam uma organização distinta da outra e para entendê-las seria necessário conhecer os vários nível de profundidade desde os componentes visíveis que são os aspectos formais e abertos ate os componentes invisíveis que são os aspectos informais e ocultos. Quanto mais profundo o nível mais difícil a mudança ou transformação da cultura existente. 35 Figura 2 - O ICEBERG DA CULTURA ORGANIZACIONAL Fonte: CHIAVENATO (2012) Para Chiavenato (2002) a cultura organizacional repousa sobre um sistema de crenças e valores, tradições e hábitos, dentro de uma forma aceita e estável de interações e relacionamentos sociais típicos de cada organização. Certos aspectos são percebidos com facilidade e por isso são denominados formais e abertos, enquanto os de difícil análise são denominados informais e ocultos Para Tylor apud Castro (2009, p. 45) a cultura é “aquele todo complexo que compreende o saber, a crença, a arte, a moral, o direito, o costume e quaisquer outras qualidades e hábitos adquiridos pelo homem na sociedade”. A cultura conta com uma base derivada de modelos, padrões e valores que são comuns a uma sociedade e que faça a identificá-la. Os membros de uma sociedade adquirem os conhecimentos da cultura com o decorrer da vida e não de forma hereditária. E nesse ambiente há uma cultura dominante entreposto nas subculturas. E esta cultura é disseminada pela educação formal e com as interações informais. Nossa consciência, que contem essas representações e valoriza-as como determinações últimas pelas quais se move como que ab interno 36 para ordenar e ligar, sem as conhecer nem tomar por objeto nem se interessar pelas suas considerações (HEGEL, apud CASTRO 2009, p. 45) Bernardes e Marcondes (2003, p. 57) reforçam que as organizações é formada pelos conjuntos de membros que se interagem “[...] ao mesmo tempo em que seus participantes levam a efeito grande parte de suas interações dentro dessas associações” e uma vez que a organização se divide em setores como vendas, produção, contabilidade, recurso humano e outros é que se vê a variação das subculturas. Dentro das nações existem grupos distintos com posições sociais, ocupação e habitat que modificam o comportamento de um grupo para o outro, essa essência se denomina subcultura, por exemplo, a classe de empresários quanto da operária tem conceitos diferentes sobre o fator trabalho. Então pode-se concluir ainda através dos mesmos autores supracitados que a subcultura é uma parcela do total de uma cultura segmentada, ela é a ramificação da cultura prevalente de uma sociedade. Morais (2008) complementa que as subculturas são influenciadas pela cultura principal e surgem com a divisão dos departamentos da organização. Sabendo que as organizações são formadas por grupos heterogêneos, normalmente há aparecimento de grupos menores com características particulares que poderá surgir até na linha vertical da hierarquia. São de fácil identificação, um exemplo é analisar uma conversa de operadores de produção e por outro lado ver a de consultores de vendas. Os elementos da cultura se estendem para as subculturas, porém com intensidade de acordo com o departamento em que o colaborador se situa. Bernardes e Marcondes (2003) deixam claro que há incidência de contradição entre a cultura e subcultura, porém não é comum, pois este detrimento ocorre normalmente entre as subculturas existentes, como exemplo, um nordestino irá ter problemas com os valores, hábitos e crenças de um sulista, mesmo a cultura deles ser uma só, a brasileira. Olhando na análise do país podemos considerar que o Brasil em si é uma cultura e suas regiões são as subcultura, assim sendo, a região acaba sendo a cultura e o campo e a cidades a subcultura. Ou seja, tudo depende do ponto de vista do observador onde a cultura tem seu conteúdo principal predominante nas subculturas e esta conta apenas com algumas diferenciações em seus elementos culturais. 37 Quando ocorre a negação dos valores da cultura se há a contracultura, Horton e Hunt apud Bernardes e Marcondes (2003, p. 57) citam que a contracultura é “a cultura peculiar de um grupo que se opõe à cultura mais ampla, contestando seus padrões”. Igual a subcultura a contracultura é feita por grupos que possuem padrão de conduta, porém muitos deles são contraditórios a aceitação de relações sociais, exemplo são os punks, Skinheads, rappers, beatniks e gangsters. Marras (2009) explica que este fenômeno acontece quando há adversidade no sistema de valores. Quando aparece diante a estrutura organizacional negação aos valores já instalados, inicia-se consciente ou inconsciente, a contracultura. A contracultura é uma manifestação, por parte de grupos pequenos ou grandes, com meio retrógrado aos valores tradicionais, da qual revelam insatisfação buscando a inovação. Atitude de não participação nas áreas de trabalho sinaliza um vestígio da contracultura, isto é, a resistência com a adoção de valores comuns para atingir os objetivos comuns. Para Castro (2009) a contracultura representa um desvio do padrão, ou seja, uma negação a cultura dominante com valores e ideologia diferentes. Esta negação reforça uma cultura alternativa que conta com modelos, padrão e valores que diverge a estrutura da cultura predominante. Essa oposição da contracultura pode acarretar desde o fortalecimento da cultura predominante como o enfraquecimento e a erradicação. Como exemplo no Brasil ocorre o fortalecimento da marginalização e o recuodo governo, nesse contexto se nota a presença da contracultura e o clima de insegurança que provoca na estrutura da cultura predominante. Castro (2009) conta que a contracultura conseguindo impor ela torna a cultura dominante, um exemplo ocorreu no leste europeu onde houve a ascensão e a queda do sistema comunista, caso este que a contracultura influenciou na sociedade. A tendência é que a dinâmica social promova as manifestações fazendo emergir uma contracultura sobre a cultura dominante. 2.1 Perfis Culturais 38 Segundo Chiavenato apud Morais (2008) as circunstâncias que viabilizam o perfil cultural são apresentadas diante a postura da alta cúpula, indicando a sua conduta. As mudanças que pode acontecer de um perfil para o outros irá gerar novas histórias, simbologias e ritos para a substituição das já existentes, assim como a elaboração de novos valores para os funcionários, disponibilizando lhes recompensas para o bom serviço colaborado quanto na aceitação de colaboradores novatos. Redefinindo o procedimento de integração e socialização de acordo com os princípios adotados e moldando a subcultura através de recolocação dos colaboradores, como rodízio de cargos e/ou demissões. Morais (2008) completa que os perfis são esclarecidos vendo a organização e sua cultura diante as características visíveis da rotina de trabalho. Por tanto as práticas empresarias é que determina o modelo a ser seguido, ou seja, uma organização pode valorizar e recompensar a pratica de desempenho do fator motivacional, ou apenas assumir o desempenho como conseqüência da qualidade do trabalho. Conta Chiavenato (2010) que no contexto da cultura organização existem culturas conservadoras e adaptativas. A conservadora é considerada rígida e voltada para o status quo e ao conservantismo e a adaptativa é caracterizada por ser maleável e flexível e toda voltada às mudanças e inovações. Chiavenato (2010) cita que as organizações que adotam uma cultura conservadora são ligadas as permanecias de idéias, valores, costumes e tradições que não mudam ao longo prazo. O que diante o autor Morais (2008) representa um modelo que não deixa com que as decisões criativas das quais demanda mudanças ou riscos seja estimuladas. A estabilidade e adaptabilidade são importantes, porém a estabilidade não pode ser um fator único e supremo, como se tudo ao redor estivesse parado. A organização é um intermediário que oferece o serviço ou produto, ela é o resultado da maneira como o mercado age, o que proporciona a necessidade de equilíbrio entre dois modelos, o conservador e o adaptativo. As conservadoras mantêm inalteradas como se não houvesse mudanças no mercado em que ela esta inserida, por outro lado, as adaptativas há varias revisões e atualizações internas e se caracteriza pela criatividade, a inovação e pelas mudanças que são implantadas. Esta última esta englobada nas organizações que mudam constantemente as idéias, valores e costumes e das quais fazem mudar as características 39 principais, as características que não afetam o passado dela. Afirma Robbins apud Morais (2008, p. 25) que “os gerentes ou empregados que tenham uma boa idéia são estimulados a prosseguir. E fracassos são tratados como experiências de aprendizado” Com isso há estimulo para o aprendizado e a idéias são bem vidas, além de ser um fator motivacional, podendo ocorrer valorização com recompensas. Uma organização de cultura adaptativa que é influenciada pelo mercado e pelos acontecimentos ao redor não pode freqüentemente modificar os seus procedimentos, padrões e a própria cultura para apenas seguir o fluxo de acontecimentos de mercado, por que é vital ter certa estabilidade buscando um equilíbrio, assim como o conservador deve fazê-lo também. Dentro da cultura conservadora ou adaptativa há a característica que a impõe como forte ou fraca como citado a seguir: Cultura forte – Para Morais (2008) esta cultura tem os valores principais intensos e compartilhados em toda sua extensão. Quanto mais os membros identificam com os valores, mais forte é esta cultura. Os colaboradores dessa cultura seguem com poucas reclamações e duvidas pelo fato dela disseminar e influenciar o comportamento de todos, na mesma medida que sua rotatividade seja o mínimo possível. A alta cúpula, como presidente, os diretores e gerentes têm um papel forte na moldura desta cultura, pois eles que dão os primeiros passos, dando exemplo e motivando os demais a segui-los da mesma forma. Cultura fraca – Para o mesmo autor este é o oposto da cultura forte por demonstrar a organização de uma forma impensada e que contraria os princípios definidos pela própria alta cúpula. Há também as que agem passivamente, deixando de existir os valores, princípios, políticas e padrões que formam o objetivo organizacional. Neste caso os colaboradores não interagem com a organização e vice-versa. Robbins apud Morais (2008) menciona que as praticas de uma cultura forte no presente poderá não surtir efeito nas mudanças do cenário (desafios, barreiras) por não estar de acordo com as necessidades do ambiente, para tanto, a mão de um administrador para guiar as mudanças do ambiente para o meio interno é essencial para que a cultura não desagrade. Abaixo é exposta a figura 3.0 que irá individualizar cada perfil cultural. 40 Figura 3 - CULTURAS ORGANIZACIONAIS ADAPTATIVAS E NÃO-ADAPTATIVAS Fonte: CHIAVENATO (2005) Fidelis e Banov (2007) complementam que estar em um ambiente em que o mercado é globalizado e cheio de incertezas faz com que ela precise inovar de qualquer jeito. Essa transformação quase sempre modifica ou rompe certos hábitos e costumes. O que acaba não sendo nada fácil, principalmente para empresa tradicional que tem uma cultura preservada e que não atendem o seguimento do mercado. Chiavenato (2010) também conta que com o mercado acelerado, há a necessidade de mudança, porém tem que ter um grau de estabilidade como um pré-estabelecimento fixo para o sucesso á longo prazo. O autor conclui que há necessidade de mudança e adaptação para garantir a modernização e, de outro lado, há necessidade de se ter estabilidade e permanência para garantir a identidade da organização. 2.2 Os elementos culturais 41 Dubrin (2003, p. 353) conceitua que “As dimensões ou elementos da cultura ajudam a explicar a natureza das forças sutis que influenciam as ações dos empregados”. Ou seja, quando a cultura incentiva que os colaboradores inovem encorajando a assumirem os riscos, eles não preocupam em ser punido caso a idéia não de certo. A filosofia das organizações é regida sobrepondo os valores da organização. Valores estes que instruem a rotina de trabalho. Maximiano (2008) esclarece que o estudo da cultura organizacional é algo complexo, pelo fato de nem todos os elementos serem observáveis. Os elementos são definidos em níveis, eles são: O nível alto: A linguagem, os artefatos e os comportamentos habituais. O nível intermediário: As historias, mitos e os heróis. O nível baixo: Valores e crenças. 2.2.1 Nível alto Chiavenato (2010, p. 183) sobre o elemento Linguagem deixa claro que “muitas organizações e mesmo unidades dentro das organizações utilizam a linguagem como um meio de identificar membros de uma cultura ou subcultura”. O membro ao entender a linguagem ele passa a aceita-la e com isso ajuda a preservá-la. Morais (2008) completa que a linguagem na organização identifica os integrantes, podendo ele ser da cultura, subcultura ou contra cultura. O elemento linguagem estar nos membros pelaforma em que eles vestem, agem com os equipamentos, no escritório, com os fornecedores, com os clientes e com os produtos. Na transmissão da linguagem o membro aprende esta linguagem e se adaptar passa à aceita e preservar a cultura atual. Chiavenato (2005) sobre o elemento artefato comenta que este é o mais supérfluo, mas visível e perceptível. Este elemento condiz com as coisas que cada membro vê, ouve ou sente ao deparar com uma cultura diferente da qual ela é acostumada a freqüentar. O artefato é todo aquele conjunto que define a cultura e mostra como a organização da atenção a ele, isto inclui, desde produtos, serviços a padrões de comportamento interno da organização. Quando é analisada uma organização na busca dos artefatos notam-se como os membros se vestem, como comunicam entre si, quais os assuntos relevantes, o 42 comportamento e quais são interesses importantes para eles. Ou seja, o artefato é todos os processos ou eventos que visualmente ou auditivamente mostra como é a cultura. Morais (2008) complementa que o elemento artefato com a simbologia é constituída por toda a estrutura física do ambiente organizacional, como exemplo, o leiaute, a arquitetura, os automóveis e a mobília. Estes exemplos que representam a simbologia determinam o nível de equidade ou diferenciação dos membros assim como o tipo de comportamento desejado pela organização. Este comportamento dos colaboradores pode ser para Robbins apud Morais (2008, p. 27) como colocá-los para “assumir riscos ou seguir a rotina, autoritarismo ou espírito democrático, estilo participativo ou individualismo, atitude conservadora ou inovadora”. Dubrin (2003) sobre o elemento comportamento habitual compara-o com os costumes que decorre das tradições que necessariamente não estão visíveis ao olho do membro e da organização, porém são acontecimentos comuns, como exemplo: Celebrações de sucesso, de empregados novos, a regularidade e as reuniões periódicas; São seqüências repetitivas de atividades que expressam e reforçam os valores principais da organização. As cerimônias de fim de ano e as comemorações do aniversário da organização são rituais que reúnem e aproximam a totalidade dos funcionários para motivar e reforçar aspectos da cultura organização, bem com reduzir os conflitos. (CHIAVENATO, 2010, p. 183) Marras (2009) conclui que os costumes são praticados no cotidiano alimentando os valores organizacionais e tornando a cultura mais coesa. Idem (2009, p. 291) “Exemplos: café da manha com o presidente (o presidente da empresa convida duas ou três vezes por semana um grupo de empregados para tomar o café da manha no seu gabinete, trocam idéias, sugestões etc.), trote universidade e outros” 2.2.2 Nível intermediário 43 Dubrin (2003) sobre o elemento historia organizacional, este encaixa com os eventos notórios, que condiciona destaque aos comportamentos de sucesso, podendo ser uma iniciativa de um colaborador ou de um pequeno grupo de colaboradores; Morais (2008) incrementa que as histórias geralmente são vinculadas aos fundadores da organização pelos acontecimentos marcantes, como exemplo, quebra de regras, crises, eventos especiais, corte ou recolocações do quadro de colaboradores. Ullmann apud Marras (2009, p. 292) sobre o elemento Mitos, aborda que “São figuras imaginarias, geralmente oriundas da interpretação de fatos não- concretos e que são utilizadas para reforçar crenças organizacionais”. Dubrin (2003) completa que os mitos são eventos imaginados, com desfecho que condiciona o sucesso e que serve de exemplos positivos para incentivar e validar comportamentos diferenciados; Os mitos são constantemente renovados com os rituais, que é a razão pela qual fragiliza a propriedade de ter acontecido apenas uma vez. Morais (2008) complementa que os rituais são sucessões de atividades que expõe os valores importantes, como exemplo, há organizações que tem festividades no final de ano, comemoração de aniversários, reuniões periódicas entre outros eventos que fazem parte do calendário interno. Motta e Vasconcelos (2004) sobre o elemento Herói consideram como os personagens que podem estar em qualquer área da organização e da qual são encorpados valores e que condensam a força da organização, cujas realizações são reconhecidas com presteza pelos membros e que são considerados pelos fundadores como modelos exemplares. 2.2.3 Nível baixo Chiavenato (2010) sobre o elemento Valor comenta que é um conceito básico que nos indica se pode ou não fazer, sobre algo que é ou não importante, ou seja, ele determina o comportamento individual. As organizações têm certas prioridades nos valores como definindo se o colaborador é o ativo mais importante ou se o cliente sempre tem a razão, esta definição orienta o comportamento do ambiente interno para o externo. Muitas das vezes os valores da organização 44 divergem daquilo que os fundadores ou dirigentes acreditam para o cotidiano deles. Com exemplo é a organização afirmar que prioriza a satisfação dos colaboradores enquanto insistem em horários rígidos e sobrecarga de funções à custa de cortes do pessoal, esta pratica mostra claramente a realidade da empresa. Marras (2009) sobre o elemento Crenças traz que este molda o modo cultural de um grupo, produzindo padrões comportamentais e avaliações de imagem pessoal. Na organização, a crença é um dos valores mais importante por demonstrar claramente as prioridades e caminhos que a ela deseja buscar para os objetivos. 2.3 Clima Organizacional O clima é um efeito das variáveis culturais, o acumulo de valores, costumes, tradições e propósitos dos quais mostra a imparcialidade de cada sistema organizacional. Segundo Lima e Albano (2002) o clima tem inicio de sua identidade nos valores e tradições encorpada por cada um dos envolvidos que estão na organização, sendo que com esta afirmação se conclui que a liderança e a gerencia serão influenciadas diretamente de acordo com o clima de cada situação e de membros envolvidos. Chiavenato (2009) corrobora que devido os estudos ligados a motivação individual e aos aspectos de relacionamento entre organização e colaborador é que surgiu o termo clima organizacional. Araujo (2007) complementa que com as transformações advindas na sociedade, as organizações buscam outras formas de gerenciamento, para conseguir mais competitividade e lucratividade. Nesta era da globalização faz necessário com que os colaboradores tenham compromisso ativo com suas tarefas de trabalho e essencialmente tendo eficiência para executá-lo. Por isso se nota a influencia dos colaboradores, de sua cultura, com a predominância do caráter empresarial. Para Edela apud Lima e Albano (2002) o clima é a ação resultante da interação com os elementos da cultura. Decorre da reação dos efeitos de cada elemento da cultura, como a política, tradições, valores, atitudes gerencial, comportamentos, retroações dos membros envolvidos no processo e contando também com o 45 resultante do conjunto de conhecimentos, instrumentos e de processos operacionais de cada organização. O clima esta ligada diretamente e indiretamente na motivação, produtividade na satisfação e de todo os tipos de comportamentos envolvidos com os processos da organização. Souza apud Tagliocolo e Araújo (2007) continua a reflexão dizendo que as organizações cobiçam em cada membro a criatividade e praticidade, onde possam contribuir com as dificuldades dos novos tempos, isto porque a permanência no mercado é para as que apoiarem o capital humano para atingirem
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