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Portfólio conselho escolar

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
PORTFÓLIO DE ATIVIDADES
UTA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR - FASE II
LUCAS DO RIO VERDE-MT
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
PORTFÓLIO DE ATIVIDADES
UTA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR - FASE II
LUCAS DO RIO VERDE-MT
2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................04
2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................	06
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................	09
4. REFERÊNCIAS.................................................................................................	10
1. INTRODUÇÃO
O presente portfólio é resultado de um processo investigativo dos inúmeros questionamentos sobre o conselho escolar da Creche Irmãs Carmelitas de Vendruna, uma instituição de educação infantil e berçário que busca a integração da comunidade através do conselho escolar.
O conselho escolar é um mecanismo de gestão democrática, um órgão colegiado composto de forma paritária por todos os segmentos dos trabalhadores da escola, pais e alunos. Sendo o local de debate e tomada de decisões para a melhoria do ambiente escolar. A relação entre escola e comunidade se da por intermédio do conselho que busca os princípios da igualdade, da liberdade e do pluralismo, devido à sua composição em regime de paridade, assegurando o direito de manifestação de diversos pontos de vista e de diferentes opiniões. É, então, um canal de participação e também instrumento de gestão da própria escola. Nesse sentido, o conselho escolar deve incentivar a comunicação ampla e a participação nas decisões sobre questões importantes e que estão inter-relacionadas na escola, tais como currículo, qualidade de ensino, inclusão, sucesso escolar, dentre outros.
A participação da comunidade está inserida em dois aspectos: o aspecto administrativo que abrange a conferência e o uso adequado das verbas e dos materiais recebidos pela escola; o controle das atividades desenvolvidas fora da sala de aula, como a entrada e saída dos alunos, o recreio, a questão da merenda, a limpeza e manutenção de cozinha, banheiros; problemas graves devido à falta de reformas, etc. e o aspecto pedagógico que abrange a elaboração de uma proposta educacional conforme os anseios da comunidade local; a dificuldade de aprendizagem dos alunos; a aula vaga; a mudança de professor no meio do ano letivo ou a falta de um educador durante um longo período de tempo; o fechamento da biblioteca ou da sala de informática por falta de manutenção ou de funcionários; as excursões (anti) pedagógicas, organizadas apenas para angariar fundos ou para “complementar” o ano letivo. “A escola, como toda instituição pública, precisa estar sujeita a mecanismos de controle e correção pelas autoridades e ser fiscalizada pela própria sociedade”. Aliás, o verdadeiro papel da escola vai muito além de alfabetizar e transmitir conhecimentos; é formar seres humanos para um mundo mais justo e solidário. Para isso, precisa dar o exemplo, pautando-se na justiça e na solidariedade humana.
2. DESENVOLVIMENTO
O estudo analisou a prática do conselho escolar no contexto da gestão de uma Escola de educação infantil e berçário, estudo este que buscou visualizar a relevância e significado, no desempenho do Conselho, servindo de mecanismo facilitador da vivência democrática na rotina escolar. Para tanto foi realizado uma pesquisa de campo na Creche Municipal Irmãs Carmelitas de Vendruna, através de entrevista informal, pesquisa bibliográfica e desenvolvimento de assuntos pertinentes ao referido conselho escolar. Na pesquisa, buscou se compreender e diagnosticar o grau de importância do Conselho Escolar para a comunidade, como é composto e criado, na busca de fortalecer a gestão e as ações participativas, garantindo o envolvimento da comunidade. 
Atualmente a Creche está situada na rua catuípe 2208-E, com 250 crianças matriculada, 43 funcionários, ofertando cinco refeições diárias em período integral. Neste contexto a pesquisa de campo foi realizada com a equipe interna da Escola.
O trabalho de pesquisa pautou-se em alguns objetivos norteadores no intuito de atingir a culminância maior; que era analise do conselho escolar visando conhecimento de como esta atuando na integração entre comunidade externa e interna, teve como base a pesquisa ação com os seguintes procedimentos metodológicos: entrevista informal com a gestora e pesquisas bibliográficas sobre o tema, no decorrer da pesquisa o primeiro passo foi: destacar que o conselho está ativo através da APM – Associação de Pais e Mestres, que foi instituída em 29/04/2008, sendo uma entidade civil sem fins lucrativos, órgão consultivo deliberativo e fiscalizador das diretrizes em linhas gerais desenvolvidas na creche, constituída por 5 profissionais de educação e 5 pais, composto pelos seguintes representantes: 1 presidente, 1 vice-presidente, 1secretario, 1 tesoureiro e 1 conselheiro fiscal, sendo que os demais representantes são indicados como suplentes dos respectivos cargos, nestas composição o gestor escolar e membro nato da APM sendo vedado ocupar o cargo de presidente e tesoureiro.
Cabe ao conselho escolar seguir as atribuições da APM: reunir-se pelo menos uma vez por mês ou extraordinariamente por intermédio do presidente, dirigir e coordenar as atividades da associação, manter escriturados e a disposição de qualquer membro da associação os documentos da entidade, gerir os recursos financeiros de acordo com o estatuto, organizar e apresentar o plano de ação orçamentário da aplicação do recurso, divulgar balancetes mensais, elaborar calendário de atividades da associação, zelar pelo patrimônio, convocar assembleias com a comunidade escolar.
Sendo assim, todo o trabalho colheu como fruto de entendimento para uma gestão que está abordando os princípios da gestão democrática sendo é exposto em diversas abordagens, baseando-se em interpretações que culminam para uma visão dessa gestão como um processo de tomada de decisões de interesse coletivo, entendido como de interesse de toda a comunidade escolar, ou seja, professores, alunos, funcionários, pais e/ou representantes da comunidade.
O ótico presente no decorrer deste portfólio aponta para o entendimento de gestão democrática como aprendizagem por parte dos envolvidos e de disputa no sentido de efetivar e consolidar a participação no âmbito da escola: O processo de aprendizado e de luta política que não se circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra, nas especificidades dessa prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de aprendizado do jogo democrático e, consequentemente, do repensar das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas, práticas educativas. 
A gestão democrática possui como princípios fundamentais a representatividade (delegação de poder de representação); a universalidade (não nega as peculiaridades de cada membro, possibilitando a construção de um projeto comum); a autonomia (poder de decisão); e a coerência (não fazer democracia de forma autoritária). Além desses princípios, para a efetivação da gestão escolar democrática é necessária, além de vontade política, a informação e a capacitação dos participantes desse processo; um amplo grau de habilidade em negociar com os diferentes componentes da escola, com vistas à formulação de um projeto comum em benefício de todos na escola. A participação de todos os segmentos presentes na dinâmica escolar e o respeito as suas ideias e opiniões, além da possibilidade de ampliar o número de pessoas, salientando que o quantitativo não é o essencial, mas a qualidade e o engajamentonos debates e discussões em torno dos problemas enfrentados na escola e compartilhados pela comunidade, são os mais importantes de serem observados. Portanto, construir novas relações no cotidiano escolar, pautadas na democratização de decisões e realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos têm mais chances de encontrar caminhos para atender às expectativas da sociedade a respeito da atuação da escola. Ampliando o número de pessoas que participam da vida escolar, é possível estabelecer relações mais flexíveis e menos autoritárias entre educadores e clientela escolar. 
Para melhorar a democratização da gestão é necessário que a sociedade exerça suas ideias a informação e a participação, sendo que estes deveriam fazer parte dos objetivos da escola e comprometer-se também com a solidificação da democracia, pois não só na creche, mas de forma geral as escolas não tem a frequência dos pais de alunos, ficando a decisão para poucos. Logo a gestão escolar deve estabelecer uma relação escola comunidade de troca de ajuda com sensibilidade e engajamento, pois se as relações não forem assim certamente os resultados esperados não será de educação de qualidade humanizada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 É importante ressaltar as importantes mudanças na melhoria e efetivação de uma gestão democrática, são muitos os empates de superação de praticas tradicionais, autoritárias e centralizadoras ainda presente na gestão pública. Essas ações estão presentes não apenas na gestão escolar, mas enraizadas em todos os níveis responsáveis pela gestão educacional do nosso país.
Para prosseguimos na execução da gestão democrática e uma educação inclusiva, precisamos perceber as práticas excludentes, as raízes tradicionais presentes na cultura escolar, fazendo com que se rompa a essas tradições formadas. Deste modo, a democratização da gestão escolar precisa se desvincular dessa ação centralizada e se atenuar mais na vivencia da gestão colegiada, onde as tomadas de decisões apareçam dos debates coletivos, envolvendo toda a comunidade escolar, em um processo pedagógico consciente e efetivo.
REFERÊNCIAS
SOARES, MARCOS AURÉLIO SILVA. O pedagogo e a organização do trabalho pedagógico. Curitiba: InterSaberes, 2014. – (Série Formação do Professor)
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