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Mandado de Segurança - modelo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DO MUNICIPIO X – COMARCA...
MM. LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº..., com sede em..., representado por João, sócio diretor da empresa, estado civil, CPF sob nº..., residente e domiciliado em..., por meio de seus procuradores signatários, com endereço profissional em... devidamente inscritos sob OAB..., conforme instrumento de procuração em anexo, vem impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA
Em face do Secretário de Posturas do Município X, com endereço a ser citado em...
1 - Fatos.
A impetrante é empresa de produtos eletrônicos situada no bairro de perfil residencial X. Ocorreu que em (data) foi surpreendido ao descobrir que foi aberto processo administrativo para apurar a denúncia de Decreto Municipal nº 5.678/14, sem lastro de previa lei municipal, que vedava a instalação de lojas de produtos eletrônicos em bairros residenciais.
Foi estabelecido 90 dias para o encerramento das atividades da empresa, além de multa no valor de R$ 10.000,00.
Ocorre, excelência, que os atos praticados estão eivados de ilegalidades, motivo que requer sejam declarados nulos, conforme fundamentos a serem demonstrados a seguir.
2 - Fundamentos.
Cabimento.
É de se destacar que o prazo para impetração deste decorre em 120 dias, contados a partir da ciência do ato impugnado, como determina a Lei nº 12.016/2009 em seu Art. 23. Tempestiva, portanto, a ação.
Da mesma forma, há, comprovado através de documentos juntados nos autos e conforme fundamentos a seguir, direito líquido e certo de livre iniciativa (art. 170, CF) e ampla defesa e contraditório (art. 5º, LV, CF) do impetrante e a lesão ocorreu pelo ato administrativo realizado pelo município X. 
Razão que restam preenchidos os requisitos para o Mandado de Segurança.
Da violação da Ampla Defesa, do Contraditório e do Devido Processo Legal.
São princípios fundamentais previstos no art. 5º, CF a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal. No presente caso, porém, houve desrespeito de tais princípio. O município criou Decreto Municipal nº 5.678/14, sem lastro de previa lei municipal, que vedava a instalação de lojas de produtos eletrônicos em bairros residenciais. Além disso, não oportunizou a impetrante em nenhum momento de se defender ou de participar do processo administrativo.
Trata-se de irregularidade do ato administrativo que deve ser imediatamente revisto sob pena de nulidade. 
Da Violação da Legalidade e Razoabilidade.
O Art. 5º, II, da Constituição, prevê que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. A criação do Decreto Municipal também desrespeitou o princípio da legalidade, visto que não há embasamento legal para sua criação. O município criou Decreto Municipal nº 5.678/14, sem lastro de previa lei municipal.
É de ressaltar que o Decreto restringiu a livre concorrência e a livre iniciativa, visto que limitou a comercialização na área de atuação do impetrante, sendo que só poderia o Estado interferir se vinculadas a leis no sentido formal.
Ademais, o Decreto também fere a razoabilidade e proporcionalidade, visto que as exigências, multas, cominações e prazos neles previstos são excessivos, visto que gera altos prejuízos absurdos e ainda cobram da impetrante de valores muito altos.
Assim, merece ser anulado o Decreto.
Da Liminar.
O art. 7, §2º da Lei 12.016/09 prevê que o juiz pode conceder mandado liminar para antecipar os efeitos da tutela. Em analogia ao art. 300, CPC, para deferir uma tutela antecipada é necessário demonstrar, cumulativamente, o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo e probabilidade do direito. 
Pois bem, a probabilidade do direito se verifica pelos fundamentos jurídicos, fatos e provas juntadas, que demonstram a ausencia de ampla defesa, contraditório, do devido processo legal, além da violação da legalidade e razoabilidade. Demonstradas esses desrespeitos com os direitos da impetrante, restam configurados a probabilidade de direito dessa.
O perigo de dano está evidenciado pelo fato da parte autora estar sendo lesada pelo Decreto, que causará muito prejuizo ao impetrante, afundando seus sócios em imensas dívidas simplesmente pelo ato ilegal.
Assim, requer seja suspensa a decisao do processo administrativo em relação ao Decreto.
3 - Pedidos e Requerimentos.
Pelo exposto, pede a total procedencia da ação para que:
- seja deferida a liminar para suspender a decisão do processo administrativo;
- seja, ao final, confirmada a liminar;
- seja declarado ilegal o ato administrativo;
- seja declarada nulidade do decreto.
- seja o impetrado condenado ao pagamento de custas e honorários advocatícios.
Requer tambem que:
- seja o impetrado notificado;
- seja intimado o Ministério Público para intervir como fiscal da lei;
Provas.
Requer todos os meios de provas por direito admitidos, especialmente as documentais já juntadas aos autos.
Não cabe audiencia de conciliação, visto que é direito indisponível.
Dê-se Valor da Causa R$ 10.000,00.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, Data.
Advogado, OAB.

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