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IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. 3.4 INSTRUMENTOS PARA MEDIR ALTURAS São denominados de hipsômetros. Dois são os princípios a partir dos quais os hipsômetros são construídos. a) Princípio geométrico Consiste na relação entre triângulos semelhantes. b) Princípio trigonométrico Consiste em relações angulares de triângulos retângulos. 3.4.1 Instrumentos com base no princípio geométrico São menos precisos que aqueles construídos com base no princípio trigonométrico, no entanto, se bem construídos podem ser utilizados com segurança nas medições florestais.São recomendados para uso em extensão florestal. Hipsômetro de Christen Consiste de uma régua com uma reentrância de aproximadamente 30 cm, conforme ilustrado na Figura 3.4. FIGURA 3.4 Mostra o hipsômetro de Christen Utilização Consiste em enquadrar a árvore, afastando-se ou aproximando-se desta, de modo que a tangente passando por a e c atinjam o topo e a base da árvore respectivamente. A linha de visada que coincidir com o extremo superior da baliza, indicará no hipsômetro de Christen a altura da árvore, conforme mostrado na Figura 3.5. IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. FIGURA 3.5 Utilização do hipsômetro de Christen Graduação do instrumento BC AC bc ac onde: AC = h (altura da árvore) BC = altura da baliza (balizas entre 2 e 4 metros são as mais comuns) ac = comprimento da reentrância (para árvores em torno de 12 m, 30 cm, para árvores com mais de 25 metros 60 ou mais cm) h 3 0,3 bc AC BC ac bc No caso de árvores altas, esta reentrância se aumentada para 50, 60 cm ou mais, possibilita que o operador se posicione a uma distância correspondente à altura da árvore, além de diminuir o adensamento da escala no instrumento. Caso o operador use reentrância de 30 cm em árvores maiores, ele vai-se posicionar tão distante da árvore que terá dificuldade de efetuar a leitura de altura. Para graduação do instrumento, deve-se estabelecer valores de altura para as árvores da floresta a partir de um valor mínimo, conforme ilustrado na Tabela 3.1. a b c A B C 0 IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. TABELA 3.1 Apresenta valores de altura (h) e a distância (bc) que os mesmos devem situar-se do zero da graduação bc (em cm) h (alturas possíveis) 18,0 5 15,0 6 12,8 7 11,2 8 . . . . . . 4,5 20 . . . . . . 3,0 30 . . . . . . 2,57 35 Basta agora, medir no hipsômetro mostrado na Figura 3.6, um valor igual a 18 cm e ali marcar o valor correspondente em altura, ou seja, 5 m, e assim por diante. FIGURA 3.6 Ilustra graduação do hipsômetro de Christen Vantagens: Medida de altura é direta no instrumento, dispensando a medida de distância do observador até a árvore. IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. A medida da altura não é afetada pela declividade, já que a medida de distância não é efetuada. A obtenção da altura é a partir de uma única leitura. Desvantagens: Adensamento da escala para as alturas correspondentes a árvores de maior porte, o que gera imprecisão (observar que o aumento da reentrância para 50 a 60 cm reduz sensivelmente esta desvantagem). Carregar uma baliza de 2 a 4 m na floresta. Prancheta dendrométrica Consiste de uma tábua com dimensões de 30 cm de comprimento, 10 cm de largura e mais ou menos 3 mm de espessura. Na metade superior da tábua é fixado um pêndulo e a graduação da prancheta é feita a partir de uma régua métrica comum, conforme ilustrado na Figura 3.7. FIGURA 3.7 Mostra como graduar a prancheta dendrométrica Modo de utilizar Após graduada a prancheta, a altura da árvore é obtida, fazendo-se visada da base da árvore e efetuando-se a leitura do valor correspondente na prancheta, assim como, visado o topo da árvore também faz-se uma nova leitura, como mostrado na Figura 3.8. Deve-se ressaltar que o posicionamento do operador seja tal, que elimine problema de declividade, já que o efeito desta altera as leituras, devendo ser corrigido. 14 123 14 IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. FIGURA 3.8 Leitura do ápice e da base da árvore onde: L = distância do observador à árvore. ob = leitura do ápice da árvore. od = leitura da base da árvore. oa e oc = largura da prancheta (normalmente 10 cm). A altura H1 é obtida como: OA AB oa ob 0,1 L oa OA ob AB 1 A altura H2 é obtida como: OC CD oc od 0,1 L oc OC od CD 2 Assim, a altura da árvore H será obtida como: CD AB h ou 21 0,1 L 0,1 L h 21 0,1 L h Se o operador estiver posicionado a 25 metros da árvore a altura é dada por: 21 250 h Vantagem: Precisão da medida. É um instrumento similar em uso ao Blume-leiss. 0 D C L a b A B H1 L d c 0 IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. Desvantagem: A medida de altura é afetada pela declividade do terreno. Se o operador posicionar em nível, elimina esta desvantagem. Método da vara Consiste em utilizar uma vareta qualquer, de modo que a porção acima da mão tenha o comprimento igual a distância da vista do operador até a mão, conforme ilustrado na Figura 3.9. FIGURA 3.9 Ilustra maneira de operar com uma vara Modo de Utilizar O operador vai-se distanciar ou se aproximar da árvore até que a linha de visada, passando pela base inferior da vara coincida com a base da árvore e a linha de visada, passando pela extremidade superior da vara, coincida com o ápice da árvore. Nesta situação, basta esticar a trena do operador até a árvore que se terá a altura da árvore. Na Figura 3.10, é demonstrado tal fato. IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria.Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. FIGURA 3.10 Mostra como obter altura através de uma vara AB = h AO L OAB Oab OA AB Oa ab Oa OA ab AB Como Oa ab então: OA AB ou h = L (distância do operador à árvore) Método das duas balizas Consiste em utilizar duas balizas, uma menor e uma segunda maior, na qual se marcará as linhas de visada correspondentes a base e ao ápice da árvore, conforme ilustrado na Figura 3.11. a b A B IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. FIGURA 3.11 Mostra posicionamento das balizas e procedimento de obtenção da altura de uma árvore onde: 1 leitura ou distância medida na segunda baliza OAB Oab Normalmente as duas balizas ficam afastadas 1 m uma da outra, de tal modo que: Oa 1 m AB = h L OA (distância do operador à árvore) OA AB Oa ab Oa OA ab AB 1 L.i h A altura é obtida pelo produto da leitura efetuada na segunda baliza pela distância do observador a árvore. L h 1 a b A B 0 Mede-se esta distância (1) IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. Método da superposição de ângulos iguais Consiste em utilizar um graveto qualquer ou um lápis para conseguir estimar a altura da árvore, conforme mostrado na Figura 3.12. FIGURA 3.12 Esquema para estimar altura a partir de um lápis ou graveto qualquer Modo de utilizar Consiste em encostar uma baliza na árvore, de tal maneira que o operador munido de um lápis ou similar, se aproxime ou se afaste da árvore até que a linha de visada, passando pela parte inferior do lápis, coincida com a parte inferior da baliza e a linha de visada, passando pela parte superior do lápis coincida com a parte superior da baliza. Após esta operação, o observador movimentará o braço para cima de modo que a linha de visada, passando pela parte inferior do lápis, coincida com o extremo superior da baliza, e a linha de visada, passando pela parte superior do lápis coincida com algum ponto de referência da árvore e segue-se este procedimento. A medida em que vai-se fazer muitas visadas para uma árvore, por ter grande altura, é conveniente o uso de um graveto ou lápis pequeno, para que o operador possa se afastar o mais possível da baliza encostada a árvore, e desta maneira obter melhor precisão da altura estimada, já que os ângulos para as leituras das partes superiores da árvore serão mais suaves. Vara telescópica ou bambu Este é um método determinístico, muito válido para populações jovens, onde as alturas das árvores ainda não ultrapassaram os 10 m ou os tipos de vegetação do cerrado. Seu uso consiste em encostar a vara telescópica ou bambu graduado na árvore e efetuar a leitura, conforme demonstrado na Figura 3.13. A grande vantagem da mira telescópica é que a leitura da altura é feita ao nível da vista do operador. H = 3+3+3+1,5 = 10,5 cm Baliza = 3 m IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. FIGURA 3.13 Mostra o uso de um bambu graduado (a) para obtenção da altura e fotografias (b) e (c) da mira telescópica 3.5 INSTRUMENTOS CONSTRUÍDOS COM BASE NO PRINCÍPIO TRIGONOMÉTRICO De maneira geral, aceita-se como erros máximos de alturas, valores entre 50 e 80 cm, dependendo do porte das árvores. 3.5.1 Critérios práticos para medir altura São necessárias duas leituras, uma do ápice da árvore (s) e outra da base (i) para obter a altura da árvore. Na Tabela 3.2, é apresentado um esquema de como proceder para obter altura, através dos hipsômetros. IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. TABELA 3.2 Ilustra após obter leitura do ápice (superior) e da base (inferior), como obter a altura de uma árvore Limite superior ( s) Limite inferior (i) H. da árvore Esquema no instrumento + - h = i + s s i em nível - - h = s - i s i aclive + + h = i - s s i declive 3.5.2 Princípio de graduação dos instrumentos a) Se o terreno apresenta declividade inferior a 7% ou 40, então o valor de altura é obtido conforme ilustrado na Figura 3.14. FIGURA 3.14 Ilustra leitura da base e do ápice da árvore com o operador posicionando-se em nível em relação a árvore AB C D L IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. BC BD h tg L BC L BC tg AB BC tg tg L BD L BD tg AB BD tg tg L tg L h tg tg L h b) Se o terreno está em aclive, o valor da altura é obtido conforme ilustrado na Figura 3.15. FIGURA 3.15 Ilustra leitura da base e do ápice da árvore com o operador posicionando-se em desnível em relação a árvore CB - BD h tg L CB L CB tg AB CB tg tg L BD L BD tg AB BD tg tg L tg L h tg tg L h A B C D L IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. c) Se o terreno estiver em declive, o valor da altura é obtido conforme ilustrado na Figura 3.16. FIGURA 3.16 Ilustra leitura da base e do ápice da árvore com o operador posicionando-se em desnível em relação a árvore BC - BD h tg L BD L BD tg AB BD tg tg L BC L BC tg AB BC tg tg L tg L h tg tg L h Nota: Em instrumentos como o clinômetro (nível de Abney, suunto), obtém-se a altura a partir da tangente de um ângulo correspondente a base da árvore e um ângulo correspondente ao topo da árvore, além da distância (L) do observador até a árvore. tg + tg L = h Já em instrumentos como o Blume-Leiss, Haga e Suunto com escala métrica, obtém-se a altura através da leitura de números que já expressam o produto L.tg e L . tg, utilizando-se, para tal, as escalas definidas nos instrumentos. Este fato implica na necessidade do operador se distanciar da árvore o correspondente às escalas definidas em cada hipsômetro. A B C D L IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. A seguir, apresenta-se as características principais dos instrumentos utilizados para medição de altura. 3.5.3 Apresentação de Hipsômetros usuais na medição da altura de árvores BLUME-LEISS Este é um hipsômetro muito utilizado no Brasil. Embora com mesmo princípio, existe o Blume-Leiss com 1 e 2 pêndulos. O Blume-Leiss com 1 pêndulo tem preço de aquisição correspondente a 1/3 do preço Blume-Leiss com 2 pêndulos mostrado na Figura 3.17. Características - Tem pêndulo que estabiliza por gravidade. - Graduação para distância de 15, 20, 30 e 40 m. - Botões para travar e liberar o pêndulo. - Sistema ótico (prisma de dupla refringência) para determinar distância horizontal (Telêmetro) complementado por uma mira preta com plaquetas brancas para distâncias de 0;15 e 30 m de um lado e 0;20 e 40 m do outro lado. - Escala em graus para medição da declividade, necessária para correção da distância horizontal em terrenos inclinados. IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. FIGURA 3.17 Hipsômetro Blume-Leiss com 2 pêndulos Passos para medição - Escolher distância conveniente (posicionar no mínimo a uma distância igual a altura da árvore). - Tentar sempre eliminar o efeito da declividade e visualizar bem a base e o ápice da árvore. - Com o telêmetro afasta-se ou aproxima-se da árvore até que a distância desejada seja alcançada com auxílio da mira própria do instrumento afixada na árvore. Este fato acontece quando a faixa branca com a distância desejada superpõe a faixa branca com o zero. Outra opção é esticar uma trena. - Medida a distância horizontal, visar a base e o ápice da árvore e somar ou subtrair estas leituras. - Em terrenos com inclinação maior que 4o ou 7% de declividade. HAGA Este também é outro instrumento utilizado para medição da altura de árvores. Na Figura 3.18, apresenta-se como é o instrumento. IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. FIGURA 3.18 Hipsômetro Haga Características - Pêndulo oscilando que estabiliza-se por gravidade. - Graduado para distância de 15, 20, 25, 30 m e 66 pés. - Escala em percentagem para medição da declividade, necessária para correção da distância horizontal em terrenos inclinados. - Escalas são visíveis uma de cada vez (rosca sem fim). - Botões para travar e liberar o pêndulo. - O telêmetro é opcional, assim como a mira. A verificação da distância até a árvore é obtida de maneira similar à do hipsômetro Blume-Leiss. Passos para a medição - Idêntica ao Blume-Leiss. IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. SUUNTO Este também é outro instrumento utilizado para medição de altura de árvores. Na Figura 3.19, apresenta-se como é o instrumento. FIGURA 3.19 Hipsômetro Suunto Características - Se o clinômetro, apresenta duas escalas, uma em percentagem e outra em graus, se hipsômetro apresenta escalas métricas de 15 a 20m, telêmetro e mira que possibilita obter a distância do operador à árvore. - É um instrumento compacto, conforme já ilustrado, em que o operador necessita trabalhar com os dois olhos abertos, um visualizando a escala onde se efetua as leituras e outra visualizando a base e o topo da árvore. Passos para medição - Idêntica ao Blume-Leiss, se for utilizado o hipsômetro, ou a prancheta dendométrica sendo utilizado o clinômetro. - Se o operador desejar ou necessitar ficar a 30 m de distância da árvore, basta fazer as leituras na escala de 15 m e multiplicá-las por dois. VERTEX É outro instrumento utilizado para medição de altura de árvores. Na Figura 3.20 apresenta-se o instrumento IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. FIGURA 3.20 Hipsômetro Vertex Na Figura 3.21 é mostrada a seqüência de utilização do aparelho, incluindo a maneira de se obter a distância do operador a árvore através de um transponder nela colocada. IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. FIGURA 3.21 Seqüência para utilização do Vertex 3.5.4 Medições com hipsômetros Serão considerados medições com o Blume-Leiss, Haga, Suunto e Vertex com escala métrica e também com clinômetro. Medição de altura com Blume-Leiss, Haga, Suunto e Vertex com escala métrica a) Medida em terreno plano Escolhida a escala de distância na qual efetuará as leituras da base e do topo da árvore, posicionar a esta distância da árvore e efetuar as leituras, como mostrado na Figura 3.22. IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. FIGURA 3.22 Obtenção da altura de uma árvore num terreno plano Outras possibilidades para medição de altura com Blume-Leiss, Haga e Suunto a) Na situação em que não se pode estar posicionado da árvore a uma distância correspondente as escalas do Blume-Leiss ou do Haga. Neste caso lê-se a altura na escala do instrumento mais próxima a distância do operador à árvore e corrigi-se a altura lida através da fórmula: 1 1 L L h hc onde: hc = altura corrigida. h1 = altura lida no instrumento utilizado. L = distância do operador até a árvore. L1 = escala em que se efetuou a medida. Supor que foram obtidos na escala de 30 m as seguintes leituras da base e do ápice da árvore (2, 26). A distância do operador à árvore é 27 m. Qual a altura corrigida? 30 27 28 hc m 25,2 hc b) Leitura em aclive ou declive H = 16,3 m 20 m 1 = 1,3 2 = 15 IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. Quando tal fato ocorrer e as leituras do ápice e base forem do mesmo lado em relação ao zero da escala(ver Tabela 3.1), basta subtrair o maior do menor valor e fazer correção do efeito da declividade, conforme demonstrado na Figura 3.23. FIGURA 3.23 Leitura do ápice e da base da árvore e leitura da declividade do terreno m 17 1- 18 - h is hc = h-cos2 ou hc = h.(1-sen2) hc = 17 . cos2 13º = 17 . 0,94939 hc = 16,14m onde: h = altura medida (m) 20 m 1,0 20 m 18 13 { o IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. Medição de altura com Clinômetro Se o clinômetro for utilizado, então as leituras obtidas no instrumento não dão diretamente a altura da árvore. Esta é obtida por: tg tg L h ou si 100 L h a) Deseja-se altura num terreno plano Obtém-se leitura de um ângulo para base da árvore (50) e outra para ápice da árvore (200), conforme ilustrado na Figura 3.24. FIGURA 3.24 Como obter leitura da base e ápice de uma árvore tg tg L h 00 tg20 tg5 15 h 0,3639 0,0874 15 h m 6,8 h No caso de se desejar trabalhar com percentagem, tem-se de obter a declividade (d). Estes valores podem ser obtidos dos instrumentos, como foram as medidas em graus, ou através de relações matemáticas, se medidas em graus são efetuadas. tg 100 D Assim, para o exemplo apresentado tem-se que as medidas em percentagem são: % 8,74 0,0874 100 D1 % 36,39 0,3639 100 D2 36,39 8,74 100 L h 15 m 20 5 O O IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. m 6,8 h ou ainda: 8,74 m ____________________ 100 m (8,74 m é o desnível em 100 m) x _____________________ 15 m (qual o desnível em 15 m?) x = 1,31 m 36,39 m ___________________ 100 m (36,39 m é o desnível em 100 m) x ____________________ 15 m (qual o desnível em 15 m?) x = 5,46 m 5,46 1,31 h m 6,8 h b) Deseja-se altura num terreno inclinado Considere um terreno cujo aclive é 18%. Foram feitas como mostrado na Figura 3.25, as seguintes leituras de uma árvore que estava distante 20 m do operador. FIGURA 3.25 Leitura da base e do ápice de uma árvore is - 100 L h onde: : s leitura do ápice da árvore. 20 m 4% 56% IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. : i leitura da base da árvore. 4 - 56 100 20 h m 10,4 h Entretanto, é necessário corrigir a distância horizontal por causa do aclive de 18%. De maneira prática se faz a correção da altura, conforme qualquer das possibilidades apresentadas a seguir. b.1) hc = h . cos2 hc = 10,4 . cos2 10,2 hc = 10,07 10,1m Hc = altura corrigida da árvore b.2) hc = h . (1-sen2 ) hc = 10,4 (1-sen2 10,2º) hc = 10,4 (1-0,031359) hc = 10,07 10,1m Este valores de coseno ao quadrado de um ângulo (cos2) ou (1-sen2) podem ser obtidos diretamente da Tabela 3.3. TABELA 3.3 Fatores de correção de alturas em função da declividade Grau Tangente Percentagem cos2 1-sen2 4 0,0699 6,99 0,995134 0,995134 5 0,0875 8,75 0,992404 0,992404 6 0,1051 10,51 0,9890738 0,989074 7 0,1228 12,28 0,985147 0,985148 8 0,1405 14,05 0,980630 0,980631 9 0,1583 15,83 0,975528 0,975528 10 0,1763 17,63 0,969846 0,969846 11 0,1944 19,44 0,963591 0,963591 12 0,2126 21,26 0,956772 0,956773 13 0,2309 23,09 0,943397 0,949397 14 0,2493 24,93 0,941473 0,941474 Continua... IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. Tabela 3.3, Cont. 15 0,2679 26,79 0,933012 0,933013 16 0,2867 28,67 0,924024 0,924024 17 0,3057 30,57 0,914519 0,914519 18 0,3249 32,49 0,904508 0,904508 19 0,3443 34,43 0,894005 0,894005 20 0,3640 36,40 0,883022 0,883022 21 0,3839 38,39 0,871572 0,871572 22 0,4040 40,40 0,859670 0,859670 23 0,4245 42,45 0,847329 0,847329 24 0,4452 44,52 0,834565 0,834565 25 0,4663 46,63 0,821394 0,821394 26 0,4877 48,77 0,807831 0,807831 27 0,5095 50,95 0,793893 0,793893 28 0,5317 53,17 0,779596 0,779596 3.5.5 Erros na medição das alturas a) Não visualização do topo e/ou da base da árvore. Este é um erro muito comum em populações mais adultas, ou ainda em locais com sub-bosque. b) Árvores em posições inclinadas, conforme mostrado na Figura 3.26. FIGURA 3.26 Ilustra a grandeza do erro de medição em altura em função da distância do operador à árvore e a inclinação da árvore Diminui-se o erro distanciando-se o máximo possível da árvore. c) Distância do observador até a árvore - deve ser no mínimo idêntica a altura da Hreal Err o IF 228 – Dendrometria – Prof. Emanuel Araújo _____________________________________________________________________________________ FONTE: SCOLFORO, J.R.S.; THIERSCH, C.R. Biometria Florestal: Medição, Volumetria e Gravimetria. Lavras: UFLA/FAEPE. 2004. 285 p. árvore, conforme ilustrado na Figura 3.27. FIGURA 3.27 Ilustra a grandeza do erro de medição em altura em função da distância do operador à árvore d) Árvores com copas maiores. O observador deve posicionar-se o mais longe possível, conforme ilustrado na Figura 3.28. FIGURA 3.28 Ilustra a grandeza do erro de medição em altura em função da distância do operador à árvore e do tamanho da copa da árvore Erro{ { Erro{{Erro
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