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CURSO DE EXTENSÃO EM PEDAGOGIA 
DISCIPLINA: TEXTO E CONTEXTO EM LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORA: GILKA TARGINO PÓLO: ARARUNA/PB
Texto e Contexto
junho / 2018 
CURSO DE EXTENSÃO EM PEDAGOGIA 
DISCIPLINA: TEXTO E CONTEXTO EM LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORA: GILKA TARGINO PÓLO: ARARUNA/PB
Texto, Contexto e Intertextualidade
A leitura de um texto se dá primeiramente a partir do processo de decodificação, quando temos contato com o “conteúdo” e buscamos compreendê-lo.
Existem elementos que nos ajudam a interpretar os textos que estão a nossa volta, mas para que se possa compreender bem um texto é necessário identificar o contexto (social, cultural, estético, político) no qual ele está inserido.
Essa identificação vai depender do conhecimento sobre o que está sendo abordado e as conclusões referentes ao texto.
Em determinados textos a informação sobre acontecimentos passados contribui para sua compreensão.	Por isso, quanto mais variado o campo de conhecimento, mais facilidade encontrará o leitor para ler e interpretar textos
1. Texto
	O texto, de forma literal, representa tecidos verbais estruturados de uma maneira que o corpo de ideias permanecerá coerente, uno, coeso. Uso a alegoria dos tecidos para que fique claro que um texto não pode ser um conjunto de feixes de fios que se relacionam. Não. Precisa ser mais que isso.
Todas as partes de um texto devem estar interligadas e manifestar um direcionamento único. Assim, um fragmento que trata de diversos assuntos não pode ser considerado texto. Da mesma forma, se lhe falta coerência, se as ideias são contraditórias, também não constituirá um texto. Se os elementos da frase que possibilitam a transição de uma ideia para outra não estabelecem coesão entre as partes expostas, o fragmento não se configura texto. Essas três qualidades - unidade, coerência e coesão - são essenciais para a existência de um texto. Um texto é mais ou menos eficaz dependendo da competência de quem o produz, ou da interação de autor-leitor, ou emissor-receptor. O texto exige determinadas habilidades do produtor, como conhecimento do código, das normas gramaticais que regem a combinação dos signos. A competência na utilização dos signos possibilita melhor desempenho.
O autor de cada texto precisa ter tais noções, para que imprima qualidade ao que escreve, para que consiga interagir com o leitor, para que cumpra a competência de escritor. A formação de um texto exige habilidades que vão desde a compreensão dos códigos, da boa prática da gramática, até a combinação dos valores simbólicos e de signos do mundo das palavras. É essa confluência de habilidades que permitirá a existência de um bom texto.
Segundo o dicionário Larousse (2007), texto é o conjunto coerente e coeso de ideias, é a palavra ou conjunto de palavras que transmite uma mensagem, que tem a intenção de comunicar algo.
Texto é, também, uma manifestação linguística produzida por alguém, em alguma situação concreta (contexto), com determinada intenção.
 Ex: Fogo!
       É um exemplo de texto porque:
- Manifestação linguística: a pessoa gritando;
-Situação concreta: o edifício, uma casa, pegando fogo;
-Intenção: avisar outras pessoas do perigo e conseguir socorro.
            Outro aspecto importante é que a situação de produção de um texto sempre supõe a existência de um interlocutor a quem ele se dirige. (Interlocutor de um texto é o leitor a quem ele se dirige preferencialmente)
Tipos de Textos
Os tipos de textos, são classificados de acordo com sua estrutura, objetivo e finalidade.
De maneira geral, a tipologia textual é dividida em: texto narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo.
Texto Narrativo
A marca fundamental do Texto Narrativo é a existência de um enredo, do qual se desenvolvem as ações das personagens, marcadas pelo tempo e pelo espaço.
Assim, a narração possui um narrador (quem apresenta a trama), as personagens (principais e secundárias), o tempo (cronológico ou psicológico) e o espaço (local que se desenvolve a história).
Sua estrutura básica é: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.
Texto Descritivo
O Texto Descritivo expõe apreciações e observações, de modo que indica aspectos, características, detalhes singulares e pormenores, seja de um objeto, lugar, pessoa ou fato.
Dessa maneira, alguns recursos linguísticos relevantes na estruturação dos textos descritivos são: a utilização de adjetivos, verbos de ligações, metáforas e comparações.
Texto Dissertativo
O Texto Dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na argumentação e no desenvolvimento de um tema.
Para tanto, sua estrutura é dividida em três partes fundamentais:
tese (introdução): define o modelo básico para apresentar uma ideia, tema, assunto.
anti-tese ou antítese (desenvolvimento): explora argumentos contra e a favor.
nova tese (conclusão): sugere uma nova tese, ou seja, uma nova ideia para concluir sua fundamentação.
Os textos dissertativos-argumentativos, além de ser um texto opinativo, buscam persuadir o leitor.
Texto Expositivo
O Texto Expositivo pretende apresentar um tema, a partir de recursos como a conceituação, a definição, a descrição, a comparação, a informação e enumeração.
Dessa forma, uma palestra, seminário ou entrevista são consideradas textos expositivos, cujo objetivo central do emissor é explanar, discutir, explicar sobre um assunto.
São classificados em: texto informativo-expositivo (transmissão de informações) ou texto expositivo-argumentativo (defesa de opinião sobre um tema). Outros exemplos de textos expositivos são os verbetes de dicionários e as enciclopédias.
Texto Injuntivo
O Texto Injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a realização de algo. Temos como exemplos: uma receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções e propagandas.
Dessa forma, um dos recursos linguísticos marcantes desse tipo de texto, é a utilização dos verbos no imperativo, de modo a indicar uma "ordem".
Como exemplo temos: receita de bolo “misture todos os ingredientes”; bula de remédio “tome duas cápsulas por dia”; manual de instruções “aperte a tecla amarela”; propagandas “vista essa camisa”.
2. Contexto    
Define-se como informações que acompanham o texto. Por isso, sua compreensão depende da compreensão do contexto. Assim sendo, não basta a leitura do texto, é preciso retomar os elementos do contexto, aqueles que estiveram presentes na situação de sua construção.
O contexto deve ser visto em suas duas dimensões: estrutura de superfície e estrutura de profundidade. A estrutura de superfície considera os elementos do enunciado, enquanto a estrutura de profundidade considera a semântica das relações sintáticas. Num caso, o leitor busca o primeiro sentido produzido pelas orações; no outro, vasculha a visão do mundo que informa o texto.
O contexto pode ser imediato ou situacional.
O contexto imediato relaciona-se com os elementos que seguem ou precedem o texto imediatamente. São os chamados referentes textuais.
O contexto situacional é formado por elementos exteriores ao texto. Esse contexto acrescenta informações, quer históricas, quer geográficas, quer sociológicas, quer literárias, para maior eficácia da leitura que se imprime ao texto.
O contexto representa o conjunto de informações que vai acompanhar o texto. Compreender o contexto vai influenciar na qualidade final do que foi produzido. Não basta apenas passar os olhos pelo texto, mas compreender em qual contexto ele se enquadra, em que realidade e cenário ele foi construído.
Duas dimensões apontam o contexto: superfície e profundidade. Superficialmente, temos os enunciados. Já em termos de profundidade, observaremos a semântica, a relação sintática e similares. O leitor aprofunda a compreensão de cada oração. Mas, também, tenta entender qual visão de mundo domina o indivíduo que redigiu tal texto. Os contextos, nesse caso,podem ser situacionais ou imediatos. O primeiro, composto por elementos externos ao texto. O segundo, formado por referências, por elementos que chegam antes ou depois daquele conjunto de tecidos.
Cada escritor vai ter bagagem histórica, geográfica e sociológica e mesmo literária antes de parir suas próprias palavras e compreensão do mundo por meio de um texto. Ou seja, cada escritor vem de um contexto.
Outro aspecto necessário para compreender e interpretar bem um texto é o contexto no qual ele está inserido.
Contexto é a situação concreta a que o texto se refere, logo todo texto tem um contexto.  Há diferentes tipos de contextos (social, político, cultural, estético, esportivo, educacional, histórico ...) e sua identificação é fundamental para que se possa compreender bem o texto, mas essa identificação vai depender do conhecimento sobre o que está sendo abordado e as conclusões referentes ao texto. 
Em determinados textos a informação sobre acontecimentos passados contribui para sua compreensão. Por isso, quanto mais variado o campo de conhecimento, mais facilidade encontrará o leitor para ler e interpretar, pois muitas vezes é a falta de informação que impede a compreensão de determinados textos. 
Outro exemplo: “Eles vão te pegar na esquina”
Dependendo do contexto, essa frase pode adquirir várias interpretações: de ameaça (possíveis assaltantes que esperam por vítimas na esquina); de cuidado (buscar/apanhar alguém na esquina) ou em uma outra situação pode ser um jornal que chama atenção do leitor  para as pessoas que escrevem no jornal ou até mesmo para os jornaleiros vendem os jornais nas esquinas, nesse contexto “pegar”, não significa atacar ou buscar alguém, mas sim capturar a atenção do leitor, que, interessado pelos textos escritos decide comprar esse jornal.
Importante observar que o texto está intimamente ligado ao contexto, e somente existe quando essa relação se estabelece.
Dessa forma, uma lista de supermercado é um texto, se, no entanto, para o leitor ela fizer sentido.
Logo, se você encontra uma lista num ônibus, essa manifestação não será considerada um texto, uma vez que não faz sentido pra você, ou seja, está fora do seu contexto.
Por outro lado, a palavra “silêncio’ que surge nas paredes dos hospitais, está atrelado ao contexto e, por isso, é considerada um texto.
Dessa maneira, fica claro que os textos podem ser curtos, com somente uma palavra, ou expresso por meio de um conjunto delas. Contudo, devemos ter atenção às características e os critérios essenciais de um texto.
Sendo assim, o texto não é um emaranhado de frases, e para que ele seja efetivado existem dois critérios fundamentais: a coesão e coerência.
Tipos de Contexto
De acordo com sua natureza, o contexto é classificado em:
Contexto Linguístico
Parte da pragmática (ramo da linguística) que estuda a produção dos enunciados linguísticos que afetam a interpretação e o significado das mensagens, de forma que depende das ocasiões de sentido.
Em outros termos, o contexto linguístico se encarrega das propriedades linguísticas que acompanham uma palavra, expressão ou enunciado.
Contexto Extralinguístico
São as informações que estão além do texto, ou seja, englobam as circunstâncias imediatas que envolvem uma situação linguística e são primordiais para o entendimento do texto, classificadas em contexto histórico e social-cultural.
- Conceito de Contexto Sociocultural
O Contexto Sociocultural designa um grupo de variáveis contextuais com influência no desempenho e na atividade da organização e reflete os valores, costumes e tradições da sociedade e influencia as trocas e os sistemas de trabalho.
São exemplos de variáveis do Contexto Sociocultural as seguintes:
Estilo de vida: O estilo de vida das populações tem grande influência no tipo de bens e serviços adquiridos, na frequência de compra, entre outros. Por exemplo, desde meados dos anos 70, tem-se assistido a uma crescente inserção de mulheres no mercado de trabalho, com importantes reflexos nos seus padrões de consumo – destacam-se o acentuado crescimento da procura de comida congelada, bebidas alcoólicas ou tabaco, entre outros. Outra tendência que tem vindo a acentuar-se é o aumento significativo das preocupações com a saúde e com a aparência física contribuindo para o aparecimento dos produtos dietéticos, aparelhos de manutenção física, entre outros
Valores sociais: Tal como no caso do estilo de vida, as alterações nos valores sociais também se refletem em alterações nos padrões de consumo. A crescente preocupação com a proteção do meio ambiente, por exemplo, tem sido bem aproveitada por algumas empresas através da produção de bens tolerados pelo ambiente como é o caso das embalagens reutilizáveis. Outro exemplo são as maiores preocupações das populações com questões sociais e culturais o que tem levado algumas empresas a envolverem-se em atividades como o apoio a causas sociais ou o patrocínio de eventos culturais.
Fatores demográficos: (taxa de natalidade, estrutura etária,…). A evolução deste tipo de fatores tem uma importância acrescida para as organizações que desenvolvem bens ou serviços destinados a determinadas faixas etárias (ou seja, que fazem segmentação do mercado utilizando variáveis demográficas). Por exemplo, o efeito conjunto da redução da taxa de natalidade e do aumento da expectativa de vida dos portugueses está a ter um impacte duplo nos estabelecimentos de ensino superior: por uma lado, há cada vez menos jovens a ingressar nas universidades mas, por outro, verifica-se um crescente número de adultos que procura cursos de pós-graduação com o objetivo de atualizar os seus conhecimentos. Em resposta muitas universidades estão a lançar com sucesso programas de formação para executivos.
Qualquer pessoa que cresce e se desenvolve em um determinado ambiente, em uma família específica, que vive em uma determinada cidade, se relaciona com os amigos e com os demais está inserida num contexto social, pois interage de maneira imediata com o outro. Embora não haja influência de causa e efeito, o certo é que nenhum ser humano pode ficar alheio às circunstâncias porque todas as experiências são influenciadas desde o berço. Isto é, não é o mesmo crescer em uma família desestruturada do que em um lar feliz onde os pais protegem seus filhos.
Da mesma forma, as condições econômicas de uma família também influenciam o bem-estar, pois para haver um desenvolvimento pleno, as necessidades básicas têm que ser atendidas. Assim, uma situação de trabalho também se encaixa dentro do contexto social porque influencia de forma direta o modo de ser.
A influência do contexto social se nota também na adolescência. Uma etapa da vida em que o adolescente é muito vulnerável diante das companhias que possui. Desta forma, diante destas más influências, a pessoa pode deixar condicionar-se pela pressão do grupo. Uma das grandes preocupações de qualquer pai é saber com quem se relaciona seu filho.
A influência que tem o contexto social na felicidade individual de uma pessoa se mostra na quantidade de pessoas que vivem condicionadas pelo medo. E isso se torna mais visível nas regiões pequenas onde a maioria das pessoas se conhece. Assim, as críticas negativas são mais duras de assumir. Há pessoas que dão grande importância à imagem e à aparência social porque querem manter uma posição diante dos demais.
Na vida, é importante buscar equilíbrio entre conviver com o próximo e dedicar um tempo a si mesmo. Porém é mais comum dar valor ao que você acha do que escutar a opinião dos outros. Inverter a ordem dos valores pode trazer consequências graves como viver uma vida que não lhe corresponda pelo simples fato de agradar os outros. É importante viver seu próprio caminho e procurar dentro de si mesmo qual é a verdade.
Da mesma forma, é importante estar rodeado de amigos e de pessoas que lhe ajudem a crescer e melhorar. Além disso, fique longe de pessoas que usam drogas, pois elas não são boas companhias.
O contexto sociocultural inclui aindafatores como a taxa de analfabetismo, a distribuição geográfica da população, o nível educacional e a composição étnica da população. Todos estes fatores podem influenciar o desempenho das organizações, afetando o seu nível de produtividade e os padrões de qualidade dos seus produtos.
Intertexto 
É a relação que se estabelece entre dois textos, quando um faz referência a elementos existentes no outro. Esses elementos podem dizer respeito ao conteúdo e à forma. Essa referência e retomada constante de textos anteriores recebe o nome de paráfrase, paródia, estilização.
A paráfrase pode ser ideológica ou estrutural. No primeiro caso, o desvio é mínimo: varia a sintaxe, mas as ideias são as mesmas. Há apenas uma recriação das ideias. Pode-se entender a paráfrase ideológica como simples tradução de vocábulos, ou substituição de palavras por outras de significado equivalente. No segundo caso há uma recriação do texto e do contexto. O comentário crítico, avaliativo, apreciativo, o resumo, a resenha, a recensão são formas parafrásicas estruturais de um texto.
A estilização exige recriação do texto, considerando, sobretudo procedimentos estilísticos. O desvio em relação ao texto, original é maior do que no caso da paráfrase.
Na paródia, o desvio é total; às vezes invertem-se as ideias, vira-se o texto do avesso. Há uma ruptura, uma deformação propositada, tendo em vista mostrar a inocência do texto original ou simplesmente apresentar outras ideias que o texto original omitiu ou não se interessou em expor.
A intertextualidade pode ocorrer em textos escritos, músicas, pinturas, filmes, novelas, etc. Veja nos exemplos abaixo como Murilo Mendes (sec. XX) faz referência ao texto de Gonçalves Dias (sec. XIX): 
Canção do Exílio
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer encontro eu lá;  
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar — sozinho, à noite — 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá. 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu’inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá." 
 Gonçalves Dias
 
 Canção do Exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza. 
Os poetas da minha terra 
são pretos que vivem em torres de ametista, 
os sargentos do exército são monistas, cubistas, 
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
gente não pode dormir 
com os oradores e os pernilongos. 
Os sururus em família têm por testemunha a 
                                                      [ Gioconda 
Eu morro sufocado 
em terra estrangeira. 
Nossas flores são mais bonitas 
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia. 
Ai quem me dera chupar uma carambola de 
                                        [ verdade 
e ouvir um sabiá com certidão de idade! 
Murilo Mendes
 Nota-se que há correspondência entre os dois textos. A paródia-piadista de Murilo Mendes é um exemplo de intertextualidade, uma vez que seu texto foi criado tomando como ponto de partida o texto de Gonçalves Dias.
 Na literatura, e até mesmo nas artes, a intertextualidade é persistente. Sabemos que todo texto, seja ele literário ou não, é oriundo de outro, seja direta ou indiretamente. Qualquer texto que se refere a assuntos abordados em outros textos são exemplos de intertextualização. A intertextualidade está presente também em outras áreas, como na pintura, veja as várias versões da famosa pintura de Leonardo da Vinci, Mona Lisa:
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO TEXTO
Os elementos estruturais do texto são: o saber partilhado, a informação nova, as provas, a conclusão.
Por saber partilhado entende-se a informação antiga, do conhecimento da comunidade. De modo geral, o saber partilhado aparece na introdução, um local privilegiado para a negociação com o leitor.
O emissor negocia com o leitor, coloca-se num nível de entendimento, estabelece um acordo, para em seguida, expor informações novas.
A informação nova serve para desenvolver o texto, expandi-lo. O autor considera como não sendo do conhecimento de todos e, portanto, capaz de estimular o leitor a continuar na leitura. A existência de um texto implica ter algo de novo para dizer.
O saber partilhado mais a informação nova não são suficientes para a realização de um texto. É preciso acrescentar provas, fundamentos das afirmações expostas.
O autor do texto cita como prova de suas afirmações o livro. Se o leitor duvidar de suas asserções, poderá recorrer ao livro e chegar às mesmas conclusões que ele.
Ao saber partilhado, à informação nova, às provas o autor junta seus objetivos, pois todo texto visa chegar a algum lugar.
Coesão e Coerência
A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual.
Para que um texto seja eficaz na transmissão da sua mensagem é essencial que faça sentido para o leitor.
Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que a mensagem flua de forma segura, natural e agradável aos ouvidos.
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora com sua organização e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos (conjunções, preposições, advérbios e pronomes).
A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua argumentação - resultado especialmente dos conhecimentos do transmissor da mensagem.
Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é um texto incoerente. A incoerência compromete a clareza do discurso, a sua fluência e a eficácia da leitura.
Assim a incoerência não é só uma questão de conhecimento, decorre também do uso de tempos verbais e da emissão de ideias contrárias.
BIBLIOGRAFIA:
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-texto-contexto.htm
https://www.todamateria.com.br/contexto/
http://infolaboratorio.blogspot.com/2012/03/contexto-e-intertextualidade.html