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DIREITO PENAL 2° BIMESTRE

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DIREITO PENAL III – 2° BIMESTRE 
GUILHERME ANDRADE 
Continuação da matéria do 1° Bimestre:
3° Fase da Dosimetria
O magistrado partindo da pena provisória aplicará as majorantes e minorantes para fixar a PENA DEFINITIVA.
Assim como na segunda fase nos aplicávamos na agravante e nas atenuantes em cima da pena base (da primeira fase) para chegar na pena provisória, então na terceira fase começa da pena provisória para a pena definitiva. 
1° - PENA BASE- 2°- PENA PROVISÓRIA – 3°- PENA DEFINITIVA 
As majorantes e minorantes podem ser chamadas como causas de aumento de pena e as minorantes como causas de diminuição de pena (causas especiais de diminuição de pena). Aplicando então vai chegar ao valor chamado de pena definitiva (a pena que é aplicada para a prática daquele crime), se eu tiver um autor para a prática daquele crime é uma pena para aquele sujeito. Se eu tiver mais de um autor, eu vou ter tantas dosimetrias quanto forem necessárias para chegar as penas definitivas de cada um.
Exemplo: Carli Filho, é um autor apenas com dois crimes de homicídio no qual houve duas dosimetrias de homicídio. 
A pena definitiva é aquela aplicada para aquela pessoa naquele crime. 
As causas de aumento e as causas de diminuição, elas têm uma peculiaridade de que as circunstâncias estão espalhadas pelo código penal, não existe um lugar onde estejam todas agrupadas. Em que pese, que temos majorantes e minorantes na parte geral do código penal e em principio sempre que está na parte geral é aplicável a todos os crimes. Mas vamos ter majorantes e minorantes também na parte especial do código, quando ocorre isso ela vai se aplicar a um único crime, ou vai ser aplicada a um grupo de crimes. 
A forma de descobrir que estamos diante de uma causa de aumento ou de diminuição é que todas vai dizer expressamente em quanto eu vou aumentar ou diminuir a pena. 
As causas de aumento e de diminuição o que a gente chamou de quantum de aumento ou de diminuição. 
Sempre que uma regra trouxer a previsão da quantidade que eu vou aumentar ou diminuir isso será uma causa de aumento ou diminuição isso sempre estará indicado ou por uma fração de quanto eu aumento ou diminuo seja uma fração fixa ou uma fração variável eu tenho uma causa de aumento ou de diminuição. 
Exemplo: tentativa aplico a pena que o sujeito iria cometer reduzindo essa pena de um terço até dois terços, sendo do mínimo de 1/3 e no máximo de 2/3. 
A semi – imputabilidade tem a redução de pena de 1/3 a 2/3 sendo uma fração variável, elas expressamente dizem quanto tem a diminuição.
No entanto, pode acontecer principalmente nos casos de aumento que apareça um MULTIPLICADOR, que na pena aplica-se em dobro se ocorrer tal coisa ou aplica-se no triplo se acontecer tal coisa, também estamos falando de causas de aumento e de diminuição. 
A grande diferente entre as agravantes e atenuantes com as causas de aumento e causas de diminuição é que primeiro as agravantes e atenuantes são em artigos pré-definidos quando as causas de aumento e de diminuição são espalhadas. 
Nas agravantes e atenuantes a lei não diz quanto que eu aumento quanto que eu diminuo, nas majorantes e nas minorantes ela diz EXPRESSAMENTE quanto que eu aumento e quanto que diminuo, mesmo que seja variável.
Pense assim, que uma regra que em tal situação a pena será reduzida de 1/3 a 1/6. Como em uma tentativa de homicídio a pena seja de 6 a 20 anos, como todas as circunstâncias eram favoráveis o juiz fixou a pena base em 6 anos. Não tem agravante e nem atenuante (não aumento e nem diminuo nada na pena provisória, continua sendo 6 anos), mas na tentativa diz que vou reduzir de 1/3 a 1/6, eu posso reduzir para menos de 6 anos? SIM, para abaixo da pena mínima. 
O único momento em que a pena vai ser aumentada acima do máximo, e também diminuída abaixo no mínimo. 
CONCURSO DE MAJORANTES E MINORANTES: ou seja, duas causas de aumento ou duas causas de diminuição.
Exemplo: pena de 6 anos, que uma regra diz para aumentar um 1/3 e uma para diminuir 1/3, daria 6 mas isso depende da forma que vou fazer essa conta. 
Aditiva “simples”: fazer 6 aumentar 1/3 de 6 e diminuir 1/3 de 6, sendo isso 6. Seria 6+2-2= 6. Porque 1/3 de 6 é dois.
Multiplicativa “cascata”: 6x1/3 x -1/3. Sendo 1/3 de 6 = 2, que 6 +1/3 = 8, e ao invés de tirar 1/3 de 6 eu tiro 1/3 de 8. 
6 + 2 = 8 – 1/3 de 8 
Nas duas situações eu aumentei 1/3 e depois diminui 1/3, só que o resultado deu diferente pela formula de calculo que eu fiz, é saber que aumentar 1/3 de 6 ou diminuir 1/3 do 6. 
É saber se eu faço a segunda conta em cima da pena provisória ou faço em cima do resultado da primeira, isso não tem resposta. A impressão que a tendência é que se use a multiplicativa. Não existe uma determinação legal dizendo que eu devo aumentar antes ou diminuir antes. 
Podemos ter uma situação na qual tenhamos duas causas de aumento, ou duas causas de diminuição.
6 + 1/3 + 1/3 
6 – 1/3 – 1/3.
A dilema neste é o mesmo, é saber que devemos fazer o aditivo ou o multiplicativo.
Aplicar o método aditivo sempre vai ser melhor para o réu (quando tem duas ou mais causas de aumento, pois terá uma pena menor. 
Aplicar o método multiplicativo sempre vai ter uma pena maior quando for o caso de causas de aumento. 
Poderia partir da seguinte maneira, pois aplicando o aditivo é melhor, mas o aditivo tem o problema pois ele PODE causas o fenômeno da pena zero. E o método multiplicativo nunca mais chegar a uma pena zera. A oposição dessa possibilidade de pena zero, se ele é condenado alguma pena tem que ser imposta, nem que seja baixa, não faz sentido algum. Por isso há uma tendência, dessa maneira:
Se eu tenho majorantes e minorantes eu aplico a multiplicativa, seja uma para cima e outra para baixo ou duas para cima e uma para baixo, de qualquer forma que seja eu aplico desta maneira. Concurso entre opostos. 
Se eu tiver concurso de minorantes e APENAS minorantes eu aplico a multiplicativa para evitar a pena zero.
Se eu tiver um concurso de majorantes eu aplico o aditivo.
Na seguinte logica que quando eu for aumentar eu aumento menos e quando eu for diminuir eu diminuo menos. 
Artigo 68, § único do Código Penal – do concurso de causas de aumento e de diminuição prevista na parte especial podem limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo a causa que mais aumento ou diminui. Se eu tiver duas causas de aumento ou duas causas de diminuição ou mais e forem todas elas previstas na parte especial (na parte geral não vale mais) o juiz pode aplicar não as duas ou as três, e sim apenas um desde que aplique a maior. Com uma logica de evitar dois aumentos muito grandes ou duas diminuições muito grandes, se ambas forem previstas na parte especial pode aplicar a pena maior. 
Artigo 234, a do Código Penal “crimes sexuais” – que os crimes dispostos neste capitulo terão a pena aumentada, tem varias causas de aumento no mesmo tipo. Uma diz para aumentar a metade e depois 1/6, o juiz pode aumentar as duas, ou pode aplicar apenas uma delas desde que aplique a maior, que aumenta mais.
Percebe que as vezes que a fração empregada pelo legislador é variável, “aumenta de um sexto a dois terços”, como que vou decidir quanto que eu vou aumentar e diminuir quando a fração é variável, parece ser consenso que quando é variável o juiz deve analisar a intensidade na qual aquele fator está presente. 
Por exemplo: nos crimes a pena é aumentada de um 1/6 até a metade. Porque a pena é aumentada quando o crime gera a transmissão de doença sexualmente transmissível porque a além de lesar a dignidade sexual da vitima, lesa ainda a saúde. Se a justificativa é essa lesão a saúde da vitima, quão grave foi essa lesão (curável ou incurável, leve ou grave). Vou aumentar de acordo com a intensidade que aquilo se manifesta.
Na tentativa eu tenho a diminuição de um terço a dois terços, porque a pena fica menor, porque teve a menor a ofensa ao bem jurídico, se não tem lesão, qual foi a intensidade se o crime quase lesou ou nem teve a lesão direito. Exemplo: em uma tentativade homicídio em que o autor atirou na vítima, atingindo a vítima com dois ou três tiros e a vitima foi lesionada, ficou internada na UTI, ficou com sequelas físicas, eu diminuo muito pouco? Diminuo pouco. 
Sempre que for variável, eu observo porque a lei mandou aumentar ou diminuir, qual é a justificativa e essa justifica, tentar quantificar a intensidade de muito intensa ou pouco intensa. 
Súmula 443, STJ - fala especificamente do roubo, mas vale para qualquer outra regra com essa mesma estrutura (artigo 157, §2°- a pena será aumenta de um terço até a metade: com cinco situações em que a pena será aumentada). É comum que no crime de roubo esteja presente duas ou três situações deste tipo penal.
Exemplo: duas ou mais pessoas entraram na casa da pessoa, com emprego de armas, trancaram a vítima no banheiro (restrição da liberdade) e durante esse período subtraíram vários bens e objetos da casa. Teve a causa de aumento em três vezes.
Nesse caso eu vou aumentar do um terço até metade uma vez ou três vezes? Apenas uma vez, sempre que aparece o aumento e a pontuação nos incisos isso parece uma alternatividade entre as figuras em uma única causa de aumento, não vou aumentar para casa inciso. 
Como eu verifico o aumento entre um terço e a metade? O fato de ter praticado três das cinco, quer dizer que a quantidade de três já é suficiente para aumentar a metade ou quase a metade? Não, isso que diz a sumula 443, que quando a causa de aumento traz referência a várias circunstâncias diferentes, não é por numero de circunstâncias que deve ser levado em conta para fixar o quanto eu aumento, e sim deve ser levado em conta a intensidade. 
CONCURSO DE CRIMES
É a prática de dois ou mais crimes pelo mesmo agente que implica na necessidade de unificação das penas aplicadas a cada um deles.
Existem duas figuras com nomes parecidos, mas não são parecidas concurso de agentes (acontece duas ou mais pessoas, dois ou mais agentes praticam o mesmo crime), a pluralidade está na qualidade de agentes. No concurso de crimes quando uma mesma pessoa prática dois ou mais crimes, um homicídio e um furto (a pluralidade é de infrações).
Acontece quando o agente é acusado/ condenado por dois ou mais crimes, o magistrado vai ter que fazer uma dosimetria para cada crime. 
Exemplo: acusado de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, tendo o magistrado que realizar duas dosimetrias, analisando as circunstâncias de cada um. 
O concurso de crimes é qual o magistrado pode pegar essas duas ou três penas que foram aplicadas para cada um dos crimes, e unifica-las como essas penas serão cumpridas de forma conjunta. 
	UMA dosimetria para cada crime.
Quando a gente faz um concurso de crimes *unificação de penas* existem três modelos possíveis de unificação de pena (teoricamente):
Unificação das penas
Cumulo material: quando o sujeito recebe duas ou mais penas eu devo para unificar essas penas soma-las e executar ao sujeito a soma das penas que ele foi condenado. Exemplo: se ele foi condenado por 8 anos + 5 anos = 13 anos de pena. 
Absorção: na unificação de penas, as penas maiores absolvem as penas menores, porque ao cumprir a pena maior o agente cumpre também a pena menor. A logica é que quando o sujeito é condenado a uma pena de 8 anos e uma de 5 anos, que o poder judiciário diz é que cumprir 8 anos de pena é um sansão suficiente para reprovar essa infração penal e para prevenir a pratica de novas, e em relação ao segundo crime cumprir a pena é uma sansão adequada para prevenir, quer dizer que quando ele chega em 5 anos de cumprimento ele cumpriu o primeiro crime. Havendo duas ou mais penas elas são cumpridas em paralelo, se o sujeito for condenado a três penas de um ano, se ele cumprir um ano ele cumpriu as três penas. Porque um ano de prisão era a quantidade de tempo necessário para retribuir cada um dos crimes, e prevenir para aqueles tipos de infração. 
Cumulo jurídico: é a mesma coisa que exasperação, quando tem que unificar duas penas essa unificação ela deve produzir um resultado que seja superior a maior das penas aplicadas, mas inferior a soma aritmética delas. 
Se o sujeito é condenado a duas penas de 8 anos e uma de 5, a pena tem que ser obrigatoriamente maior do que quanto? Depois que eu unifico? Maior que 8 anos. Mas tem que ser menor que a soma. Ela vai dizer eu não posso simplesmente determinar uma absorção total de uma pena pela outra fazendo que este crime saia de graça, mas também não posso simplesmente somar as penas porque não posso ignorar que o cumprimento de uma pena de alguma forma interfere no cumprimento de outra.
Então o cumulo jurídico é um mecanismo que vai determinar que a pena fique entre a maior delas e a soma matemática delas. 
Isso se estabelece pelo sistema de exasperação, que significa pegar a maior pena e aplicar a ela algum aumento, e vai ser determinado pela lei o quanto. 
PENA MAIOR aumentar	
O nosso código adota dois modelos diferentes, como REGRA GERAL vai determinar a realização do cumulo material, que as penas devem ser somadas. 
Duas REGRAS DE EXCEÇÃO que é o cumulo jurídico, em que vai realizar uma exasperação. 
Nunca a aplicação do cumulo jurídico vai poder fazer a pena ficar maior que a soma, o cumulo jurídico vai sempre fazer a pena ficar maior que a maior pena, mas menor do que a soma. Sempre no meio do caminho. 
As três regras estão previstas nos artigos 69, 70 e 71 do Código Penal. Que são chamadas respectivamente de concurso material (artigo 69), concurso formal de crimes (artigo 70), crime continuado (artigo 71).
REGRA GERAL
Concurso material de crime: existe concurso material quando o agente mediante duas ou mais condutas práticas dois ou mais crimes. 
Uma característica fundamental do concurso de crimes é que além de existir dois ou mais crimes, existe a prática desses crimes através de uma pluralidade de condutas. 
O sujeito pratica uma conduta que é criminosa, e depois ele pratica outra conduta que é criminosa, e essa é a regra normal que havendo dois ou mais crimes cada crime seja uma conduta autônoma (separada)
Pluralidade de condutas pluralidade de crimes.
Exemplo: Carli Filho, existe um concurso material de crimes? Não, ele praticou dois homicídios, mas ambos decorrem de uma única conduta. 
Consequência: o concurso material de crimes é a aplicação do modelo de cumulo material. Simplesmente fazer a dosimetria e somar essas penas ao final e a partir dessas somas vai fazer a aplicação de pena.
REGRAS DE EXCEÇÃO:
Tem que observar que eu vou aplicar a regra geral sempre que as regras de exceção não forem aplicáveis. Na hora de aplicar o concurso de crimes tem uma ordem para analisar os artigos, verificando se existe ou não existe o concurso formal de crimes, se for um concurso formal é e pronto. Se não for aplicável o concurso formal o segundo passo é tentar aplicar a regra do artigo 71. Se não for aplicável a regra do artigo 70, 71 e dai é aplicado a regra geral do artigo 69. A regra que sempre tento aplicar primeiro é a do artigo 70.
Concurso formal de crime: existe concurso formal de crimes quando o agente mediante uma só conduta prática dois ou mais crimes. 
 Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, prática dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicasse-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Características fundamentais é que tem uma pluralidade de crimes, mas tem uma unicidade de conduta. Uma única conduta resulta em duas ou mais infrações. 
Pluralidade de crime unicidade de conduta
Neste caso se encaixa no caso do Carli Filho, que apenas uma conduta gerouduas mortes distintas. Também resulta nas figuras em que o sujeito queria praticar o crime contra uma pessoa acertava ela e acertava também outra, com erro de execução por unidade complexa (resultado diverso do pretendido por unidade complexa). Nesses casos tem apenas uma conduta com dois ou mais crimes com a mesma conduta, todas essas hipóteses apenas uma conduta. 
Esses crimes podem ser idênticos ou não.
Havendo um concurso formal de crimes tem que perceber que o concurso formal vai se dividir em subespécies:
Concurso formal próprio: o que diferencia é os desígnios do agente, pois vai haver concurso formal próprio quando apesar de haver dois ou mais crimes, havia um desígnio unitário. Quer dizer o agente ao praticar a conduta possuía apenas uma única finalidade e intenção, e apesar dessa única finalidade e intenção produziram-se dois ou mais crimes. 
Isso pode acontecer nos casos em que o sujeito pratica uma conduta e dessa conduta ele pratica dois crimes culposos.
Exemplo: o sujeito está dirigindo o seu carro toca o telefone e ele resolve atender o telefone nisso ele diminui a atenção e acaba colidindo com uma motocicleta na qual havia duas pessoas, e ele causa lesões corporais nas duas pessoas. É apenas uma conduta com dois crimes e apenas um desígnio de atender o telefone. 
2 crimes desígnio unitário.
2 crimes culposos 
Também quando tem um crime doloso mais um crime culposo. 
Exemplo: no erro na execução de unidade complexa, o sujeito quer agredir uma pessoa arremessa uma pedra nela acerta, e acerta em uma segunda pessoa que não era pretendida, causando lesão corporal nas duas, sendo uma dolosa e outra culposa. 
Nesse caso uma conduta com dois crimes, com apenas um desígnio que era de acertar a pessoa 1.
1 crime doloso + 1 crime culposo
Também vai acontecer quando tiver dois crimes com dolo eventual. Tem que perceber que não tem a intenção da prática do crime, apesar de apresentar e consentir com a possibilidade. Havendo dois crimes com dolo eventual demonstra que a conduta tinha uma única intenção, apesar disso foram dois crimes eventuais. 
2 crimes eventuais
Nesses casos apesar de haver dois resultados o agente possuía um único designio, o concurso formal próprio. 
Consequências: havendo o concurso formal próprio ela vai determinar a exasperação de pena que diz no artigo 70, que quando o agente com uma única ação ou omissão prática dois ou mais crimes idênticos ou não, aplica-se a mais grave das penas, ou se iguais somente uma delas, mas aumentada em qualquer caso de 1/6 até 1/2.
Implica na exasperação de 1/6 até ½ (não se trata de uma majorante).
CUIDADO! O artigo 70 trazem frações, mas apesar disso isso não é uma majorante. Não é uma causa de aumento da terceira fase da dosimetria, porque não está falando do aumento da pena de um crime, está falando da forma de UNIFICAÇÃO DE PENAS. 
Mas tem que escolher o quanto vai aumentar e vai ter o critério mais aceito. A jurisprudência segue um padrão ao número de crimes praticados, basicamente é se a conduta resulta dois crimes eu vou aumentar 1/6, conforme os números de crimes vão aumentando eu vou também aumentando a quantidade de aumento. 
A jurisprudência mais tradicional vai dizer: se são dois crimes eu aumento 1/6, três crimes 1/5 .....
	2
	1/6
	3
	1/5
	4
	¼
	5
	1/3
	6
	½
Concurso formal impróprio: quando o sujeito +prática duas ou mais infrações mediante uma única conduta, porém existem desígnios autônomos o concurso formal impróprio. 
2 + crimes desígnios autônomos
O agente tem dolo direto de todos os crimes, mas ele pratica através de uma única conduta. 
Exemplo: no caso em que o traficante coloca os quatro devedores em fila e mata todos com um único tiro de fuzil, isso justifica um tratamento mais benéfico para ele ou tenho que tratar ele com quatro homicídios puros e simples, não deve fazer diferença para o direito matar 4 pessoas com 4 tiros ou mato as 4 com 1 tiro. 
Havendo desígnios autônomos o concurso formal improprio vai impor um cumulo material das penas. 
Artigo 70, parte final. O agente mediante quando com mais de uma ação ou omissão prática dois ou mais crimes idênticos ou não aplicasse a mais graves das penas cabíveis ou iguais, aumentada em qualquer delas de 1/6 até ½. 
As penas são somadas se ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos (se ele queria cada crime de maneira independente). CUMULO MATERIAL.
Exemplo: imagine que em um concurso formal próprio o agente tenha dolo de praticar um homicídio qualificado (ele pratica) que tem pena de 12 a 30 anos. Porém ao praticar o homicídio qualificado além dele matar a vítima pretendida, a bala que ele atira acerta uma segunda pessoa causando uma lesão corporal culposa (129, §6°) que tem uma pena de 2 meses a 1 ano. Ele teve apenas uma conduta, com dois crimes, portanto concurso formal de crimes, com apenas um designio, concurso formal próprio, vamos imaginar que ele pegou a pena mínima de homicídio qualificado com a de lesão corporal culposa (12 e 2 meses) que diz que tem que pegar a maior e aumenta-la. Como tem apenas dois crimes aumento 1/6 de 12 – 2. A pena fica em 14 anos.
Aconteceu que a exasperação que devia fazer que a pena ficasse maior do que 12 mas menor do que a soma (12 anos e 2 meses) gerou uma pena maior que a soma. Se isso acontecer, sempre que a exasperação fizer a pena ficar maior que a soma a agente aplica a soma e não a exasperação. Pode ser feito isso de acordo com o § único do artigo 70. Isso é CONCURSO MATERIAL MAIS BENEFICO. 
 Artigo 70. Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime continuado/ continuidade delitiva: com previsão no artigo 71 do Código Penal. O crime continuado é uma figura de exceção e que no primeiro momento ele se confunde com o concurso material, porque no crime continuado tem um sujeito que mediante duas ou mais condutas que prática dois ou mais crimes, que decorrem de condutas independentes (para cada crime), até esse momento ele é igual. Mas ele vai ter um requisito adicional, sendo necessária a presença de um requisito de nexo de continuidade delitiva, é justamente a presença deste que faz que algo deixe de ser concurso material e se transforme em um crime continuado. 
Pluralidade de condutas – que decorrem de condutas independentes.
Que o nexo de continuidade delitiva está previsto de uma forma “quase” expressa no artigo 71:
 Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplicasse-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). 
Requisitos:
Crimes da mesma espécie (não está descrito na lei o que são isso), assim analisando a partir de duas grandes vertentes, a primeira diz que são todos os crimes que ofendem os mesmos bens jurídicos lesados, exemplo: crime contra a vida, contra a integridade física, contra a honra, patrimônio, a espécie é identificada pelo bem jurídico lesado. No entanto essa posição não é dominante. A posição dominante, os crimes da mesma espécie são crimes que violam o mesmo disposto legal, se adequam ao mesmo tipo penal a espécie de crime, exemplo: o homicídio é um crime de mesma espéciede que outro homicídio, furto é da mesma espécie de que outro furto. A espécie esta identificada pelo tipo penal. existe uma discussão de que os crimes qualificados pertencem ou não a mesma espécie do que os crimes simples, exemplo: furto simples e furto qualificado, logico que tenha dois crimes da mesma espécie penal e um tenha agravante e o outro não é da mesma espécie, nas formas qualificadas em que eu tenho um tipo penal autônomo tem divergência se configura ou não crimes da mesma espécie. 
Presença de circunstâncias objetivas semelhantes entre os diversos: é necessário que os crimes tenham sido praticados nas mesmas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhanças. 
Porque segundo a lei, o que chamamos de homogeneidade delitiva, que permitiriam concluir que os delitos subsequentes devem ser tidos continuação do primeiro. A lógica que existe a continuidade delitiva, pratica um crime que de alguma forma foi bem-sucedida, e isso faz um estimo no sujeito repetir a ação criminosa, que quando a primeira deu certo, ele repete o modo de execução dessa conduta. 
A forma no qual a nossa legislação está redigida demonstra uma teoria objetiva do crime continuado:
Teoria objetiva do crime continuado, porque o nexo de continuidade delitiva, ele vai ser aferido pela existência de homogeneidade objetiva na ação criminosa. De forma oposta e não adota que é a teoria subjetiva, que o que configuraria quando o agente planejou vários crimes em uma única vez, sendo que ele teria a intenção de continuação.
Exemplo: o sujeito trabalha no caixa do supermercado, e que fala que todos os dias ele vai retirar 50,00 reais do caixa, que desde o inicio ele tem uma intenção de continuação. 
Requisitos para o nexo de continuidade de tipo:
Mesmas condições de tempo: está falando de uma homogeneidade do momento em que o crime é praticado. O crime é prático em condições temporais semelhantes, e que apresenta uma lógica de repetição dos modos operandi, percepção que ele escolhe sempre o mesmo momento para praticar o crime.
Exemplo: se o sujeito comete furtos a estabelecimento comercias, e sempre prática sempre perto do horário de almoço porque eles estão mais cheios, isso é uma repetição do tempo que estou agindo. Sujeito que comete estelionatos na saída de missão. Escolhendo sempre o momento da prática do crime, que mostra que há uma repetição, não pratica crime continuado o sujeito que pratica vários furtos mas sem nenhuma conexão temporal. 
A jurisprudência cria um requisito que eles têm que acontecer em datas próximas umas das outras, não pode ter uma distância temporal muito elevada. Não podendo haver intervalos superiores a 30 dias ou um mês. Sendo que eu pratico um crime hoje e retorno a praticar apenas daqui quatro meses não seria crime continuado, no entanto dependendo da complexidade do crime, permite-se uma distância temporal maior. Exemplo: crimes tributários, na importação de bens (que demora 4 meses para chegar no pais) e comete um crime tributário, mas se ele continua fazendo de ano a ano. 
Mesmas condições de lugar (critério espacial e geográfico): sempre em um ambiente igual ou parecido. Exemplo: o sujeito que comete furtos de carro sempre nas mesmas ruas, sempre no mesmo lugar, ou sempre dentro de ônibus, no mesmo ambiente em razão que ele vai se especializando naquilo. 
Mesma maneira de execução ou outras maneiras objetivas: ele é executado de maneira semelhante, seja do modo ou dos meios que ele utiliza, ou que ele seleciona a vitima com as mesmas características. Isso é muito comum em furto de carros, ele escolhe dois ou três modelos que ele sabe funcionar melhor. É uma repetição de semelhanças objetivas. 
Presentes esses requisitos configura o crime continuado independente de outras características subjetivas, porque se trata de crime objetivo. 
Qual a consequência dessa configuração do crime continuado? Para entender tem que entender primeiro essas três teorias sobre o crime continuado:
Que no crime continuado necessariamente temos diversos fatos (acontecimentos), crime 1, crime 2 e crime 3.
Teoria da unidade real: que os fatos são uma única conduta, sendo uma única grande conduta configurando um único crime, com apenas uma aplicação de pena. Há existência de quatro fatos é apenas algo que deve ser analisado na dosimetria. Não é a adotada pelo sistema brasileiro.
Teoria da unidade jurídica: que cada fato desse é uma conduta autônoma (com intenção e finalidade própria), e apesar de existir varias condutas, existe um único crime. E não mais uma unidade real, mas sim uma unidade jurídica, porque as quatro condutas são um único crime, com a aplicação de apenas uma única pena, e o fato de ter existido quatro vitimas é algo para ser valorado na dosimetria. Também não é adotada pelo sistema brasileiro.
Teoria da fixação jurídica: reconhecer uma pluralidade de condutas, e que cada conduta é um crime autônomo (separado), o sujeito vai ser denunciado por dois, três, quatro crimes. No entanto apesar da existência de vários crimes, esses vários crimes para fim de aplicação da pena serão tratados como um, quer dizer são quatro, mas será realizada uma fixação e serão tratados como um. Significa uma forma especial de unificação das penas, pelo sistema e exasperação. Apesar de ter várias condutas as penas não vão ser somadas, sendo aplicada a maior das penas com o aumento de 1/6 até 2/3. 
O legislador previu uma forma especial de crime continuado, que recebe o nome de crime continuado especial (artigo 71, § único).
Crime continuado específico: se todos os crimes forem dolosos com vitimas diferentes, cometidos com violência e grave ameaça contra a pessoa poderá o juiz (circunstância) aumentar a pena de um só desses de 1/6 até o triplo (significa que o cara cometeu trinta homicídios e concedeu dez anos a cada um). AUMENTAR ATÉ O TRIPLO, até triplicada se a pena era 10 ela pode chegar a 30 anos, a pena quando exasperada não pode ficar com a soma. 
Conforme o número de crimes vai aumento, aumenta a quantidade que vai ser o aumento da pena.
Apesar de eles decorrerem de uma mesma conduta eu os tratos de uma forma mais benéfica. 
O fundamento teórico que a partir do momento em que o sujeito está repetindo uma infração penal porque ele viu que dá certo, isso menos grave do que o sujeito que comete vários crimes novos. Se eu pratiquei um furto e deu certo em que não fui pego e não fui punido por isso, e essa incapacidade do estado me punir me reestimulou, isso é menos grave do que um sujeito que cada vez tem um plano novo, ele está tomando decisões cada vez novas de cometer crimes diferentes. Se ele está repetindo a mesma ideia no mesmo plano é menos grave do que a existência de vários crimes, com ideias novas. 
CUIDADO! O supremo tem a sumula 605 que não aplica nos crimes continuados contra a vida. Em crimes contra a vida, que é basicamente vários homicídios ou vários abortos não aplicaria o crime continuado, no entanto esta sumula é anterior a criação do artigo 71, § único. Foi tacitamente cancelada pelo § único. 
Primeiro tem que observar se tem dois ou mais crimes, sendo ou não concurso formal, pois os crimes decorrem de uma única conduta ou de varias condutas, se for um única é o concurso formal (porque a forma é única), mas é uma conduta para crime, tenho que perguntar se existe ou existe nexo de continuidade delitiva é crime continuado (aumentar de 1/6 a 2/3).
Pode ter no mesmo processo judicial mais de uma forma de concurso de crimes. Por exemplo: imaginem que no processo o sujeito é denunciado por vários crimes diferentes, vamos supor que são vários estelionatos e dai ele pratica um estelionato, poucos dias depois ele pratica outro, mais dias mais um estelionato, todos com as mesmas condições de tempo lugar e maneira de execução que mostra que entre esses três existe o crime continuado. E ele fica seis meses sem praticar crime nenhum e pratica um outro tipo de estelionato com um outro modo de execução, por duas vezes existindo crime continuado com esses dois. E antes de ser presoele pratica um grande estelionato vitimando varias pessoas, no qual mediante uma única conduta ele pratica estelionato contra três pessoas, que em relação a esses três eu tenho concurso formal de crimes. E denunciado e processado.
1	1	1		1	1		E3	1
E	E	E		E2	E2		E3	1
							E3	1
Crime continuado 		crime continuado	concurso formal
1 ano e 6 meses	+	1 ano 2 meses	 + 1 ano e 3 meses 
FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA
São quatro elementos que devem ser observados para a fixação da espécie de regime de cumprimento inicial.
Espécie de PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE: porque sabemos que existe três espécies de penas PPL. 
Cada tipo penal quando prevê a pena, prevê uma espécie de pena. Quando pegamos o tipo homicídio culposo com pena de detenção. 
Isso é importante porque se o sujeito é condenado a uma pena de reclusão o regime pode ser (inicial) aberto, semiaberto ou fechado, se ele está sendo condenado a penas de detenção ou de prisão simples, o regime inicial pode ser apenas o aberto ou o semiaberto. 
Reclusão 
Detenção 
Prisão simples
Reincidência do sujeito: 
Pois segundo o entendimento dominante nunca iniciará no regime aberto o reincidente. O regime inicial aberto é apenas para aquele primário. 
Quantidade de pena aplicada: têm que olhar a quantidade de pena, levando em conta o artigo 387, §2° do Código de Processo Penal, ele cria uma figura com o nome de:
Detração Penal para fins de fixação de pena do regime inicial do cumprimento de pena. 
Quando o juiz vai fixar a pena ele tem que levar em conta a quantidade de pena que estou impondo ao sujeito inclusive após a fixação da unificação pelo concurso de crimes. 
Deduzir da pena todo o tempo que ficou preso durante o processo para o julgamento.
Quer dizer que todo o tempo que ele ficou preso durante ao longo do processo, prisão processual esse tempo será descontado da pena dele para a fixação do regime. 
Exemplo: sujeito que foi condenado por 4 anos e 6 meses (semiaberto), no caso teria 3 anos e 10 meses (regime inicial aberto).
** fica preso por 8 meses antes de ser condenado.
Circunstâncias judiciais (artigo 59)
De forma subsidiaria, somente vai analisar as circunstâncias judiciais quando a análise dos três primeiros elementos não me deu uma resposta. Se eu analisar e chegar em uma resposta eu não preciso analisar as circunstâncias judicias. 
A partir das regras que estão colocadas no artigo 33, §2° do Código Penal (três alíneas, regras de regime), estão positivadas no 33 elas não vão responder todos os casos apenas os três casos e deixar algumas lacunas, e a partir da interpretação desse microssistema. 
O legislador criou em outras leis algumas regras especiais sobre a fixação do regime especial, notadamente o legislador criou na lei de crimes hediondos, que para os crimes hediondos o sujeito teria que cumprir a pena em regime integralmente fechado (isso quer dizer que todo condenado por crime hediondo começaria a cumprir a pena no regime fechado INDEPENDENTEMENTE de ser primário ou reincidente, ou a quantidade da pena, mas não era apenas o regime inicial era o regime integralmente fechado isso quer dizer que o condenado ele começava e não poderia progredir em momento algum), essa previsão ela foi declara inconstitucional em 2005 pelo STF. 
Ao lado disso o legislador criou em outras leis, algo chamado de regime inicialmente fechado obrigatório, isso quer dizer que para alguns crimes o regime deveria ser obrigatoriamente o regime fechado, INDEPENDENTEMENTE de ser primário ou reincidente, INDEPENDENTEMENTE da quantidade de pena o regime inicial OBRIGATORIAMENTE seria para esses crimes fechado. Depois ele até poderia progredir. Essa previsão apareceu duas vezes, uma na lei de tortura e na alteração que foi feita em 2007 na lei de crimes hediondos. Só que o STF declara inconstitucional as de regime inicial obrigatório fechado, nas duas. 
O STF que a fixação do regime inicial em todos os casos deve ser feita a partir do artigo 33, §2° do Código Penal, o legislador não pode retirar do julgador a possibilidade de fixar o regime porque isso atentaria contra a individualização das penas. 
 Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
 b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;
 c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
PENAS DE RECLUSÃO (expressamente previstas em lei)
REGIME FECHADO – artigo 33, §2°, a.
Sempre que a pena for SUPERIOR A 8 ANOS o regime inicial é fechado. Expressamente previsto em lei. 
 a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
PENA SUPERIOR A 8 ANOS
** Não importa se ele é primário ou reincidente, se tem condições judiciais favoráveis ou não, sendo reclusão que permite o regime fechado e sendo a pena superior a 8 anos o regime é fechado. 
Percebam, portanto, se um sujeito é condenado pelo homicídio qualificado, e a pena mínima é 12 anos. Ou quando comete um crime de latrocínio quando a pena mínima é 20 anos. Extorsão mediante sequestro seguida de morte que a pena mínima é 25 anos. Nesses crimes que a pena mínima é superior a 8 a pena sempre será de reclusão fechada. 
REGIME SEMIABERTO - Artigo 33, §2°, b.
Condenados primários: o condenado não reincidente cuja pena seja SUPERIOR A 4 ANOS E NÃO SUPERIOR A 8 ANOS, poderá cumprira desde o princípio pelo regime semiaberto. 
Se o sujeito é primário (não reincidente) vier condenado a redondo 8 anos, o regime inicial é semiaberto ou fechado? É o regime é semiaberto, é fechado a partir de 8 anos e 1 dia. 
 b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;
REGIME ABERTO - Artigo 33, §2°, c.
Condenado não reincidente cuja pena seja NÃO SUPERIOR A 4 ANOS PODERÁ CUMPRI-LÁ DESDE O PRINCIPIO NO REGIME ABERTO. 
Se a pena é 4 anos, é não superior a 4 e o regime é aberto. 
Todos os crimes que tem pena máxima igual a 4, ou pena máxima menor que 4 garantem ao sujeito primário condenado por esse crime a fixação no regime aberto. Como no homicídio culposo, homicídio culposo no trânsito, em todos os crimes contra a honra, injuria, calunia, difamação, lesão corporal leve, lesão corporal culposa, posse ilegal de armas de fogo (desde uso permitido), furto, apropriação indébita e receptação. O que significa que se o sujeito for primário ele necessariamente recebera o regime aberto. 
 c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
**não previsto em lei as figuras do reincidente**
REGIME FECHADO
Reincidente com pena superior a 4 anos e não superior a 8 anos. Por ser reincidente recebe um regime inicial fechado.
REGIME SEMIABERTO
Reincidente com pena não superior a 4 anos. 
Por algum tempo se entendia que a reincidência era motivo suficiente para colocar a pessoa no regime fechado, demonstraria uma reprovabilidade suficiente para automaticamente impor ao sujeito o regime fechado. Esse não é o entendimento majoritário hoje, sobretudo depois da edição do STJ de uma sumula 269, que o reincidente com pena não superior a 4 anos vezes recebe o regime semiaberto e as vezes recebe o regime fechado.Sumula 269 STJ. Pena. Regime semiaberto. Possibilidade. Reincidentes condenados à pena igual ou inferior a quatro anos. CP, art. 33, § 2º. 
Quando eu não consigo definir o regime a partir da espécie de pena da reincidência e da quantidade, o quanto elemento que vou socorrer é as circunstâncias judiciais. Quer dizer se esse sujeito tiver circunstâncias judiciais favoráveis eu fixo o regime semiaberto, mas que estiver circunstâncias judiciais desfavoráveis eu fixo o regime fechado. 
Circunstâncias jurídicas favoráveis – semiaberto
Circunstâncias jurídicas desfavoráveis – fechado.
Artigo 33, §3°. 
 § 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Isso parte do pressuposto que o §3° está subordinado ao §2° que quando a lei cria uma regra rígida e depois uma regra genérica é para resolver os casos em que essa regra rígida não funciona. 
No entanto, é crescente uma posição que diz que §3° não está subordinado ao §2° e que o §3°, teria força para afastar as regras do §2° ou seja, o entendimento que hoje tende a crescer que isso aqui é uma orientação, mas que o juiz pode a partir da analise das circunstancias judiciais pode flexibilizar. Quer dizer que o juiz poderia para um sujeito primário com pena não superior a 4 anos que poderia fixar um regime semiaberto (que deveria ser aberto), desde que fundamentasse a partir das circunstâncias judiciais. 
Ou poder fazer ao contrario com um sujeito com a pena superior a 8 anos o juiz poderia a partir da analise das circunstâncias judiciais fixar o regime semiaberto, que os parâmetros do §2° são gerais, mas que em casos peculiares, excepcionais o magistrado poderia não observar a regra do §2° e fixar regime diverso a partir da análise das circunstâncias judiciais. 
Sumula 718 STF. A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
O sujeito tem todas as circunstâncias judiciais favoráveis, no entanto, o roubo é um crime grave, quando ele diz que o roubo é um crime grave ele está analisando o roubo na figura abstrata. 
Quer dizer que o juiz não pode fixar uma pena mais grave que essa a partir de uma analise da gravidade abstrata, porque essa é valorada pelo legislador ao cominar a pena, e não pelo juiz. 
Súmula 719 STF. A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea.
Desde que ele faça com fundamento no caso concreto, não com base em uma análise abstrata, nas circunstâncias do caso concreto. Se o juiz pode com base nas circunstâncias do caso concreto fixar um regime mais severo que a lei recomenda, obviamente pode fixar um regime mais brando. 
PENAS DE DETENÇÃO E PRISÃO SIMPLES
Na detenção e na prisão simples eu posso aplicar o regime aberto e semiaberto, somente esses, e a regra é a mesma da reclusão. 
Sujeito primário com pena não superior a 4 anos – REGIME ABERTO.
Reincidente é sempre SEMIABERTO.
Se a pena é superior a 4 anos – SEMIABERTO.
O que acontece quando o sujeito ao mesmo tempo é condenado a penas de reclusão e de detenção? Porque isso pode gerar um problema de fixação do regime inicial.
Imaginem que o sujeito é primário condenado a reclusão de 7 anos + detenção de 2 anos. O regime aplicado é de 9 anos, o regime inicial é semiaberto, porque para ele receber o regime fechado ele teria que receber uma pena superior a 8 anos, só que os 2 anos de detenção podem levar ele ao regime fechado? Não, pois ela apenas gera aberto e semiaberto, a única pena que pode gerar fechado é de reclusão, ele tem reclusão suficiente para o fechado? Não, então o regime é semiaberto.
A pena de detenção jamais pode implicar em regime fechado, o sujeito apenas pode ir a regime fechado se a pena de reclusão dele leva ele a regime fechado. 
Se ele tivesse três de reclusão e dois de detenção? Totalizando 5 anos, qual é o regime? É semiaberto, porque a reclusão pode gerar regime semiaberto? Sim, a detenção pode gerar semiaberto? Sim. Então eu posso somar 5 anos semiaberto, porque as duas penas podem gerar semiaberto. 
A única coisa que não posso é usar a detenção para fixar regime fechado. Se for reclusão de 7 de detenção de 2 anos, é semiaberto. Porque a única pena que poderia gerar o regime fechado é a reclusão, e eu não tenho reclusão suficiente. 
SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE (4° etapa)
Todos os tipos de penais, exceto o artigo 28 da lei de drogas, preveem a pena privativa de liberdade, pode estar isolada ou pode haver além da pena privativa liberdade + multa (tráfico de drogas).
Uma vez fixado o regime a segunda etapa é verificar a possibilidade de substituir esta pena privativa de liberdade (de x anos, x meses e x dias) por uma pena de OUTRA NATUREZA. 
Penas alternativas difere Penas substitutivas
Surge o que chamamos de penas alternativas, na verdade as penas alternativas não é a mesma coisa que pena substitutivas. 
Pode ser substituída por:
Penas restritivas de direitos;
Penas de multa.
Depois de fixar a pena e o regime, o juiz tem que observar se estão ou não estão presentes os requisitos para substituir por uma pena de outra natureza, está regulado a partir do artigo 43 do Código Penal.
Todo este regime de substituição foi inserido por uma alteração de 1998, e que alterou alguns dispositivos do código, no entanto não organizou muito bem a forma como isso está disposto.
 Art. 43. As penas restritivas de direitos são: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
 I - Prestação pecuniária; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
 II - Perda de bens e valores; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
 III - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
 IV - Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
 V - Interdição temporária de direitos; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
 VI - Limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
Artigo 54 do CP – não tem validade pela reforma de 1998. Não houve revogação expressa apenas tácita.
        Art. 54 - As penas restritivas de direitos são aplicáveis, independentemente de cominação na parte especial, em substituição à pena privativa de liberdade, fixada em quantidade inferior a 1 (um) ano, ou nos crimes culposos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Quando as penas privativas de direito podem ser substituídas? Previstas no artigo 44 do Código Penal. 
 Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
 I – Aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;(Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
 II – O réu não for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
 III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
 § 1o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
 § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
 § 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. (Incluído pela Leinº 9.714, de 1998)
 § 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
 § 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998).
REGRAS DE SUBSTITUIÇÃO:
Requisitos:
Substituição para crime doloso
Doloso: pena não superior a 4 anos e o crime tenha sido praticado sem violência ou grave ameaça contra pessoa.
Artigo 129, I, CP – crime de lesão corporal pode receber substituição.
Então a REGRA GERAL da substituição, ela vai restringir a substituição no primeiro inciso por duas perspectivas primeiro ela vai vedar a substituição para qualquer crime cometido com violência ou grave ameaça contra a pessoa. 
No entanto existe uma discussão sobre o crime de lesão corporal de natureza leve (129) que tem pena de 3 meses a 1 ano, é um crime de competência do juizado especial e o próprio juizado especial por uma regra procedimental tem uma série de benefícios penais para tentar evitar que o sujeito sequer seja julgado, e quanto mais seja encarcerado. A uma discussão que o crime de lesão corporal depende de violência, ele vai usar a violência, e a pergunta é: se o sujeito é condenado por lesão corporal dolosa, cabe ou não cabe a substituição? Pelo texto da lei não cabe, mas se a lesão corporal leve admite benefícios maiores que a substituição, benefícios que fazem com que sequer ele seja condenado por isso. Não teria sentido permitir o benefício maior e negar o benefício menor (substituição). 
Uma conclusão que não é unanime, que para o crime de lesão corporal leve apesar de ser um crime com violência é possível a substituição. 
Substituição para crime culposo
Culposo: qualquer pena.
Qualquer condenação por crime culposo admite substituição, neste caso passa a ser uma vantagem de verdade porque eu poderia ter uma condenação a uma pena superior a 4 anos e teria o regime semiaberto e substituo o semiaberto por penas restritivas de direito é uma vantagem. 
Homicídio culposo no trânsito – artigo 302 do código de trânsito. A maior pena do crime culposo é 4 anos.
Não reincidente em crime doloso;
A substituição ela não é vedada para todos os reincidentes apenas para os reincidentes em crimes dolosos, porque a reincidência pode eventualmente envolver um crime culposo. 
Suficiência da substituição.
Apenas é suficiente a partir da análise de circunstâncias judiciais que o juiz puder concluir que a pena substitutiva seja suficiente (para que?) que a finalidade da pena seja cumprida. 
Para o juiz negar a substituição ele tem que dizer porque a substituição seria insuficiente, a partir da análise do fato, do conteúdo das circunstâncias judicias. 
-	Aqui pode haver subjetividade do juiz.
- 	A suficiência se refere as finalidades do crime;
- 	Não é uma analise quantitativa nem o número das circunstâncias segundo a jurisprudência. É a análise de cada circunstância do crime no caso concreto. 
O artigo, §3°, cria uma exceção aos requisitos de seus incisos, admitindo a substituição em reincidência não especifica.
 § 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998). 
Se a reincidência não for uma reincidência específica (aquela na mesma espécie de crime), exemplo: pratiquei tráfico foi condenado por tráfico, mais um tráfico. Se a reincidência não for especifica o juiz pode mesmo que seja reincidente pode substituir desde que mostre o que é socialmente recomendado. 
Artigo 44, §2°, CP – FORMA DE APLICAÇÃO
 § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
Se a pena privativa de liberdade for menor ou igual a 1 ano: 1 pena restrita de direito ou multa. 
Se a pena privativa de liberdade for maior que 1 ano: 2 penas restritiva de direito ou multa, ou 1 pena restritiva de direito e multa. 
Exceção: pena superior a 6 meses, não pode ter pena de prestação de serviços a comunidade. Sempre tem que ter pena superior a 6 meses. 
Existem duas regras especiais:
Artigo 17 da Lei 11.340/06 - Lei da maria da Penha: é vedada nos crimes de violência doméstica ou familiar de penas de cestas básicas, 
Existe uma pena que é de prestação pecuniária, é a condenação do réu para pagar uma quantidade de dinheiro a vítima, a entidades públicas. Diz a lei, em caso haja concordância do beneficiário pode substituir o dinheiro por prestações de outra natureza. Isso é interessante para entidades assistências, que preferem receber bens do que dinheiro que mesmo esse dinheiro de alguma maneira seja usado a algo que não seja a própria finalidade da entidades, para evitar ou para minimizar mau emprego das verbas o juízes por concordância das entidades substituem o pagamento em dinheiro pelo pagamento de prestações de outra natureza, pessoas que são condenadas a doar medicamentos a hospitais, material de higiene, material escolar e em contato com a entidade ele substitui. Algumas vezes os juízes condenam o pagamento de cestas básicas a determinadas entidades.
Sumula 588 STJ – só vale para os crimes com violência ou grave ameaça dentro do ambiente doméstico está vedada a substituição.
O que não cabe nunca na Lei Maria da Penha:
	- Multa 
	- Pena restritiva de direito 
Quando que a substituição seria possível: preenchido os requisitos (com uma diferença para os crimes dolosos e de alguma restrição e dos crimes culposos) poderia ser substituída dependendo do tamanho de pena se ela fosse menor ou igual a 1 ano por uma restritiva de direito ou multa, se fosse maior de 1 ano por duas restritivas de direito ou multa, ou uma restritiva de direito e multa. 
PENA DE MULTA: a multa no direito penal ela pode aparecer como uma pena que está cominada no próprio tipo penal (prevista no próprio tipo penal) ou apenas a multa (seja cumulativa ou alternada). 
Uma pena cominada, seja alternada (alternativa), mesmo que os tipos penais que não preveem ela pode aparecer de maneira substituir penas privativas de liberdade por restritivas de direito e/ou multa, chamando de pena substitutiva. 
SISTEMA DOS DIAS-MULTA
Ela é sistematizada por dia-multas, é a unidade que vai ser fixada em multa. O sujeito que receber uma multa ele vai receber, por exemplo 10 dias-multa (não é fixada em reais e sim em dias-multa), sendo um sistema de cálculo dos dias multa.
Quando o juiz fixa a multa seja a prevista em lei, ou a alternativa, ele vai ter que FIXAR a quantidade de dias-multas, e depois vai ter que dizer qual é o VALOR de cada dia-multa, e a partir da combinação (quantidade e valor) é que tem quanto que o sujeito tem que pagar.
 Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. (Redaçãodada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Artigo 49, CP – a multa uma fez fixada e paga o dinheiro vai ser destinado ao fundo penitenciário nacional, que é uma quantidade de dinheiro gerido pelo Ministério da Justiça que tem como função investimentos no sistema prisional ou repassado aos estados para o investimento dos vários sistemas estaduais. É servir como meio de arrecadação de dinheiro, que tem como função a manutenção dos estabelecimentos prisionais. 
Será no mínimo de 10 e no máximo de 360 dias-multa. O artigo 49 prevê que a multa vai variar de 10 a 360 dias-multa (REGRA GERAL da quantidade de dias-multa que pode ser fixado), no código penal não tem nenhuma regra que aplique maior que essa, mas em outras leis tem quantidades de dias multa diferentes (lei de drogas, que vai prever quantidades de multa diferente, como no tráfico de drogas no artigo 33, reclusão de 5 a 15 anos e multa de 500 a 1.500 dias-multa). Para maior parte dos crimes vai ser escrito apenas multa.
Como que o juiz fixa essa pena? Existe o entendimento doutrina e jurisprudencial consolidado, apesar do TJPR aplicar o entendimento doutrinário próprio. O entendimento majoritário – a partir do momento em que aplicar uma pena mínima e uma pena máxima de multa, como tráfico de drogas o que deve ser feito é uma dosimetria, calcular a partir de um sistema trifásico. O TJPR, inventou um sistema, que a maior pena é de 30 anos, e 30 anos são 360 meses e fizeram associação que a maior pena privativa de liberdade é de 360 dias multas, substituindo para um sistema de que a multa na razão de um dia-multa, para cada mês de pena privativa de liberdade. 
Exemplo: se o sujeito foi condenado por 3 anos eu substituo por multa, quantos dias-multa eu aplicaria? 36 meses = igual 36 dias-multa. 
O valor de cada dia-multa:
 § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Artigo 49, §1° - fixação do valor dia-multa 1/30 do salário mínimos vigente no tempo do fato nem superior a 5 salários mínimos esses salários. O dia-multa equivale a um dia do rendimento dos patrimônios do condenado, considerando a renda do condenado quando ele tem de renda em um dia de vida. A renda mensal dividida por 30, e vou encontrar a renda diária, e será chamada de dia-multa. Qual a renda do sujeito hoje, por exemplo 3 mil, com isso rendimento diário de 100 reais, vou ter que descobrir qual era o salário mínimo na data do fato, porque eu vou ter que fixar 1/30 a 5 salários mínimos. E o salário dele era de 300 no dia do fato sendo fixado em 1/3 do salário mínimo. 
Se ele é desempregado tem uma presunção da lei que ninguém recebe menos que um salário mínimo, porque as pessoas de baixa renda teriam dinheiro para inteirar o salário mínimo. A fixação da multa vai ser feita, a grande questão é como vai ser executada. Visto ser algo que se destina a um fundo nacional, ela passa a ter natureza fiscal tributaria. E se for para ela ser executada vai ser a partir dos processos de execução fiscal, da Fazenda Pública inclusive nos processos sujeitos a prescrição no prazo de 5 anos, ela vira dívida tributária. Se o sujeito não tem renda, significa que ela nunca vai ser paga e prescrever (que é uma dupla prescrição penal por ser pena, também que uma vez consolidada vai ter uma prescrição tributária. 
		Fixar quantidade Valor de cada dia-multa
Artigo 60, §1° - a multa pode ser aumentada até o triplo que o juiz entender que é ineficaz na data de aplicação. Que ainda que eu fixe no máximo, dependendo da situação econômica, fica tão baixo que torna essa multa ineficaz (valor muito baixo) o juiz pode até triplicar até 15 salários mínimos. 
É a fixação da pena de multa é a em duas etapas: na primeira etapa é a que leva em conta o fato (circunstâncias do fato, antecedentes, motivos, circunstâncias do crime) mas depois adequa isso a capacidade econômica do sujeito, quando você vincula o dia-multa ao rendimento. 
Não é comum que o sujeito receba duas multas em uma condenação, mas não é vedado na legislação. 
Aplicação da Pena
Dosimetria 
Concurso de crimes
Fixação de regime inicial
Possibilidade de substituição (preenche ou não) – se substituir ACABOU a aplicação da pena, SE SOBROU A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE têm a –
Suspensão condicional da pena privativa de liberdade – somente a pena privativa de liberdade (basicamente em desuso).
SUSPENSÃO CONDICIONAL: poderia substituir até um ano eu substituo e de um até dois eu suspenso. Só que a lei ampliou a pena que posso substituir para até quatro anos, mas a suspensão fica até dois anos. Sobrando pouca coisa apara suspender. Ela acontece em situações muitos restritas. 
Sursi Penal – Suspensão condicional do processo (Lei dos juizados especiais, que permite a suspensão do processo).
É regulamentado a partir do artigo 77, a partir do sistema fraco-belga, é um sistema que vai criar uma figura de suspensão após a prolação da sentença. O sujeito é processado, é condenado a pena transita em julgado (a condenação), suspende apenas a execução da pena privativa de liberdade, apenas essa. Pois se a pessoa tem multa, restritiva de direitos não. Mas todos os demais efeitos da condenação são validos (deixou de ser primário), apenas a execução da pena privativa de liberdade vai ficar suspensa. 
 Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 § 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 § 2° A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
É diferente de outros sistemas de suspensão, que vão provocar suspensões antes da prolação da sentença, em que vão suspender o processo como é o da lei dos juizados especiais. 
Tem que ser concedida pelo magistrado na condenação (na aplicação da pena – na fixação de regime), ele vai conceder na própria sentença a suspensão. 
Porque é uma figura que foi colocada em desuso? Foi colocada em desuso porque a sua hipótese de cabimento ficou muito restrita em razão das alterações realizadas no ordenamento jurídico. Em 1998, tinha um regime que fazia sentido, se o sujeito fosse condenado por até um ano poderia ser substituída por restritivas de direito, e se fosse até dois anos poderia ser suspensa. Só que em 1998, aumento as hipóteses de substituição que vale para penas até 4 anos, basicamente quase todas as condenações até 4 anos podem substituir por restritivas de direito, não sobra quase nada para a suspensão.
A forma que está regulado cria três espécies de sursi, que está expresso nos artigos 77 e 78 do Código Penal. 
Esse sistema cria três espécies de sursi
Sursi simples: quais penas podem ser suspensas? A regra do sursi simples está no caput do artigo 77, pode ser aplicado sempre que nós temos uma pena privativa de liberdade não superior a 2 anos (menor ou igual a dois anos pode)
Vamos imaginar que o sujeito foi condenado com uma pena igual a dois anos, quando que a pena pode ser substituída? Tem que cumprir alguns requisitos que são três:
Não seja reincidente em crime doloso: na substituição tem uma regraexatamente igual. Ser reincidente pode receber se um dos crimes for culposo, não pode receber se os dois são dolosos. 
Circunstâncias judiciais favoráveis (que neste caso são 6): escolhe seis circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal, deixando de fora a consequência do crime e o comportamento da vítima. Apenas posso suspender a pena quando da análise dessas seis circunstâncias judiciais eu concluo que a suspensão é suficiente e adequada, não é necessário que as seis sejam favoráveis, pode ter uma ou duas desfavoráveis, é necessário que olhando o conjunto dessas seis seja favorável. 
Pena não foi substituída: que não seja adequada ou cabível a substituição, eu só posso aplicar a suspensão quando a pena não foi substituída. Porque? Porque a suspensão é uma suspensão da pena privativa de liberdade, e se eu substituo a PPL por penas restritivas de direito ou por multa não tem mais pena privativa de liberdade, não pode aplicar a suspensão. 
Preenchido os três requisitos eu posso suspender a execução da pena. 
Se o primeiro requisito é igual ao da substituição, e se o segundo também e que o terceiro faz referência ao da substituição quando que eu vou suspender uma pena, e quando que eu não vou substituir uma pena, mas vou suspender uma pena? Aparentemente em um único caso isso vai acontecer é nos crimes dolosos praticados com violência e grave ameaça contra a pessoa. E nos crimes praticados contra a mulher no ambiente domésticos cabe a suspensão. Todo e qualquer crime fixado com uma pena de 2 anos, acontece nos crimes de tentativa (pois posso reduzi até 2/3), crimes com violência e grave ameaça e diminuo 2/3 que a pena mínima é de 6 anos. 
Recebendo o sursi por determinado prazo (período de prova), que quanto tempo a pena vai ficar suspensa. 
Suspensa por um período de 2 a 4 anos.
Durante esse período tem que cumprir algumas condições. Se ele cumprir as condições dentro do prazo – pena extinta, se ele descumprir a suspensão condicional vai ser revogada e a pena vai ser executada.
Duas condições (cumpridas dentro do prazo):
Condição legal ou obrigatória: esta condição é que obrigatoriamente será imposta ao sujeito (imposta por lei), o juiz se conceder a suspensão tem que impor essa condição, diz que durante o primeiro ano do sursi, o sujeito vai ter que cumprir prestação de serviços da comunidade ou limitação de fim de semana (ele tem que escolher entre as duas). 
Condições judiciais ou facultativas: além da condição legal o juiz pode fixar outras condições adequadas ao fato e a situação pessoal do condenado. “O que o juiz quiser”. Tem como função de atuar como condições de fiscalização do sujeito, basicamente porque no artigo 81 do Código Penal, e se o sujeito for condenado por outro crime o sursi pode ser revogado. “Não se envolver com atividades ilícitas, informar ao juízo alteração de endereço, não são condições sancionatórias “.
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 II - Frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Uma forma mais benéfica de sursi é uma situação em que o sursi é mais difícil de ser obtido, mas tem condições mais fáceis se serem cumpridas. 
Sursi especial: tem pena privativa de liberdade não superior a dois anos. (artigo 78, §2°)
Artigo 78, § 2° Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
 a) proibição de frequentar determinados lugares; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Requisitos:
Não reincidente em crime doloso;
Circunstâncias judiciais inteiramente favoráveis (são as 8): não são apenas as 6, são todas as 8. Inteiramente favoráveis esse sujeito é “quase um anjo”, ele praticou uma tentativa de estupro e tem a análise das circunstâncias judicias favoráveis. 
Reparação do dano (salvo impossibilidade de fazer): realizado reparação do dano causado. Antes mesmo da sentença de ser considerado culpado ele reparou o dano que causou. 
Pena não substituída;
Suspensa por um período de 2 a 4 anos. 
Condições:
Dispensado da condição legal
Recebe três condições especiais (artigo 78, §2°, a, b, c)
Proibição de frequentar em determinados lugares;
Proibição de se ausentar de comarcas sem ser previamente avisar;
Obrigação de comparecer mensalmente ao juízo relatar suas atividades. 
Sursi etário ou humanitário:
Maior de 70 anos;
Razões de saúde que justifiquem.
Penas privativas de liberdade desde que não superiores a 4 anos.
Prazo de suspensão por um período de 4 a 6 anos. 
Requisito sursi especial = condição sursi especial.
Artigo 81 – revogação do sursi.
No caput – causas de revogação obrigatório, isso quer dizer que se acontecer alguma das coisas previstas nos incisos é obrigatória a revogação. 
Artigo 81, §1° - revogação facultativa: 
Condenado de forma irrecorrível por um crime culposo ou por uma contravenção penal;
Descumprimento de uma condição que não é uma condição obrigatória (revogação facultativa – que o juiz vai decidir se revoga ou não, ele pode ao invés de prorrogar ele pode aumentar o período de prova, mas essa prorrogação passar do máximo).
EFEITOS DA CONDENAÇÃO CRIMINAL
O efeito mais obvio é a aplicação da pena, mas a condenação em si produz efeitos (não são os efeitos da pena). 
Esses efeitos são divididos em dois grupos: os 
efeitos genéricos da condenação (artigo 91): A diferença é que os efeitos genéricos se chamam assim por decorrem em tese de qualquer condenação criminal, qualquer criminal produz efeitos genéricos. Além disso, esses efeitos genéricos são automáticos da condenação, por essa razão eles não precisam ser expressamente declarados, o magistrado não precisa expressamente impor ele decorre automaticamente da condenação, é recomendável que se expresse esses efeitos (mas mesmo sem a menção eles vão ocorrer), independentemente de crime doloso ou culposo.
São efeitos que decorrem de todas as condenações criminais:
Artigo 91, inciso I - tornar certa a obrigação de indenizar dano causado: a obrigação de indenizar (civil) que a condenação criminal cria uma obrigação civil causados a vitima do crime, eventualmente pode ter uma vitima A, mas que causa dano a terceiros, é uma teoria que teria que indenizar terceiros também (por exemplo: o seguro de carro). E situação em que prático lesão corporal quanto a criança, mas tenho que indenizar os pais que tiveram a despesa. Esses danos têm que ser danos mensuráveis, não acredita que não tem relação com danos morais ou danos morais coletivos. 
Tornar “CERTA” a obrigação, porque para que eu posso executar um credito é preciso que ele seja certo e liquido, se não há mais duvida que esse credito existe e um valor que eu posso executar, ele torna a condenação certa, mas não liquida. A condenação criminal ela não vai definir em si mesma, quanto o sujeito tem que indenizar, mas apenas CERTA QUE EXISTE A CONDENAÇÃO, não precisa discutir a existência ou não da obrigação. Exemplo: vitima do crime que teve indenizar sobre o valor das despesas, tendo que ser por um processo civil.
Como isso é um efeito da condenação ela ultrapassa as barreiras de prescrição dodireito penal, ainda estando “prescrito” a condenação torna executável esse dever, ainda que o sujeito não tenha ajuizado no período correto (antes da prescrição).
Artigo 387, inciso IV. CPP
Artigo 91, inciso II – perda em favor da união: perda de bens em favor da união, a condenação criminal automaticamente produz ao condenado a perda de determinados bens em favor da união. 
Serão perdidos dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito: o que eu usei para praticar o crime, apenas haverá perda dos instrumentos do crime, cujo a alienação, o porte seja ilícito no Brasil, bens que são em si mesmas ilícitas. Quando ele o instrumento era ilícito em si mesmo, a droga é instrumento ilícito do tráfico de drogas (por exemplo). No crime de tráfico de drogas não tem necessidade que o bem seja ilícito. 
A perda dos produtos e proveitos do crime: produto é aquilo que o sujeito obtém diretamente com a prática do crime, por exemplo: no crime de corrupção passiva, o dinheiro é o produto. O proveito é tudo que o sujeito teve indiretamente ou de maneira secundária pela prática do crime. O sujeito prático tráfico de drogas, a droga é produto e ele recebe dinheiro, e pega o dinheiro e investe em casas, carros, atividades econômicas.
O sujeito vai perder os produtos e os proveitos da prática do crime. 
Efeitos específicos/ especiais da condenação (artigo 92): eles não decorrem de toda e qualquer condenação criminal, mas determinadas condenações irão produzir esses efeitos, pois pela prática de determinados crimes com especialidades que irão produzir. Eles precisam ser expressamente declarados, ainda que estejam preenchidos os requisitos para ser produzir, caso não imponha expressamente esse efeito não se produz. 
§ único – a diferença fundamental do artigo 91, que os efeitos devem ser fundamentadamente declarados. 
Artigo 92, inciso I– perda de cargo, função público ou mandato eletivo: é um efeito específico por esta especificado a determinadas pessoas. Elas estão dividida em duas regras diferentes quando o crime é cometido no exercício da função pública, mandato eletivo: ele comete o crime se valendo do mandato eletivo. E quando o sujeito comete o crime que não tem relação com o exercício do cargo ou função pública.
Pena Privativa de Liberdade com pena igual ou superior a 1 ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a administração pública (no exercício da função pública): terá a perda do cargo, função, desde que o juiz motivadamente declare na sentença. 
Quando for aplicada a pena privativa de liberdade superior a 4 anos nos demais casos: isso porque tem uma presunção de um regime semiaberto, sendo incompatível com a manutenção do cargo do emprego do mandato alguém que esteja cumprindo pena.
Artigo 92, inciso – incapacidade para o poder familiar para a tutela ou curatela cometidos contra o filho tutelado ou curatelado. Se comete crime doloso punido com pena de reclusão contra o filho tutela ou curatela o efeito é tornar incapaz para o poder familiar perante apenas a vítima. 
Artigo 92, inciso III – inabilitação para dirigir veiculo quando utilizado para cometer de crimes dolosos: veículos que são usados para a prática de lesão corporal dolosa, homicídio doloso. Nesses casos a condenação vai tornar ele inabilitado quando for culposo não, apenas nos crimes dolosos. Por um período até ele ter a reabilitação criminal (previsto no artigo 93, que tem como efeito colocar sigilo na condenação). 
Não tem natureza penal, são efeitos civis da condenação criminal, efeitos administrativos decorrentes da condenação criminal. Aqueles efeitos que ele produz a outros ramos do direito. 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
A prescrição ela é um dos temas que não é difícil, mas que tem várias regrinhas quando a gente entendi fica fácil.
A prescrição é uma causa extintiva da punibilidade do agente. A punibilidade é uma sujeição, sendo um oposto de poder, sempre que alguém tem o poder e fazer alguma coisa o poder contra qual esse poder é exercido tem uma sujeição ao exercício do poder. 
Quando há prescrição a pessoa deixa de estar sujeito a punição, não é que o estado perde o direito de punir.
Existem várias situações que estinguem a punibilidade.
Regra geral: quando extingue a punição da punibilidade é que cessam todas as consequências penais daquele fato. Então quando um crime prescreve todas as consequências penais daquele fato deixam de existir. É para o direito penal é como aquele fato nunca tivesse acontecido.
E das causas extintivas da punibilidade a EXTINÇÃO é a mais importante. 
PRESCRIÇAO é a perda de uma pretensão. Não é a perda de um direito. Pretensão é a possibilidade de exigir um direito, porque a pessoa não exerceu dentro do prazo legal.
Na prescrição o estado tinha o direito de punir ele perde o direito de buscar o exercício desse direito no processo penal.
Duas espécies: (porque no direito penal, quando acontece um crime, o estado ganha duas pretensões diferentes, se tenho duas pretensões são dois casos diferentes).
Pretensão punitiva: é a pretensão do estado de que ocorrendo um crime, submeter o autor do crime a um processo penal, julga-lo e aplicar. É a de aplicar uma pena ao autor de um crime. 
A partir do momento em que acontece um crime, inicia-se o curso de um prazo prescricional (esse prazo é variável). O estado tem que fazer dentro do prazo prescricional ele tem que chegar na aplicação da pena (definitiva). A partir do momento que o sujeito comete o crime, abre para o estado um prazo, que vai variar de 3 anos a 12 anos. Para que o estado chegue a uma aplicação definitiva da pena. 
Condenação criminal com trânsito em julgado. 
A pretensão punitiva, se houver a prescrição essa vai se chamar prescrição da pretensão punitiva. 
Depois da prescrição punitiva existe uma segunda pretensão, a chamada pretensão executória 
Pretensão executória: não é a pretensão de aplicar a pena, ela surge com a aplicação da pena. É a pretensão do estado de executar a pena que foi aplicada. 
Então a partir do momento em que o estado aplica a pena, começa a correr um prazo para o estado iniciar a execução da pena. Não é para terminar a execução e sim iniciar. 
Depois de iniciada a aplicação da pena o estado não consegue iniciar a execução da pena, passado determinado período essa execução da pena. 
É a única exceção dos efeitos da extinção da punibilidade. 
Havendo a prescrição da pretensão executória extingue-se apenas a pena, mas os demais efeitos penais e criminais do fato continuam. Por exemplo: que um dos efeitos da condenação é tornar certa o dever de indenizar, se a execução prescrever a gente não vai cumprir a pena, mas a obrigação de indenizar continua. 
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA
Ela vai aparecer de duas formas diferentes, existe duas espécies porque dependendo do momento é uma forma. 
Prescrição da pretensão punitiva abstrata: porque essa prescrição ela vai ser calculada, verificada com base na pena abstrata do crime. O que seria isso? É a PENA MÁXIMA prevista para aquela infração penal. 
Então 1° vamos ter que analisar qual o crime que o sujeito está sendo punido com a sua pena máxima. 
2° calcular essa prescrição a partir da pena máxima do crime. 
Temos que saber quando que inicia o prazo prescricional (começa a contar). O início do prazo prescricional está previsto no artigo 111 do código penal.
 Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 I - Do dia em que o crime se consumou; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 II - No caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 III - Nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 IV - Nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração

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