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1 1313 13-1Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise 1313 13-2Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise �� GlicóliseGlicólise: uma série de 10 reações catalisadas por enzimas onde a glicose é convertida a duas moléculas de piruvato � existe a transformação líquida de 2ADP em 2ATP C6 H1 2 O6 Glicose glicólise 2 CH3 CCO2 - O Piruvato + 2 H+ C6 H1 2 O6 + 2 ADP + 2 Pi 2 CH3 CCO2 - + 2 ATP OGlicose Piruvato Dez etapas catali- sadas por enzimas 2 1313 13-3Copyright (c) 2000 V. T. Motta Destinos do Destinos do piruvatopiruvato � Piruvato é comumente metabolizado em um dos três compostos, dependendo do tipo de organismo e a presença ou ausência de O2 CH3 CCO2 - O CH3C-SCoA O + CO2 CH3CHCO2 - OH CH3 CH2OH + CO2 Piruvato Etanol Lactato Acetil CoA Glicólise anaeróbica Fermentação anaeróbica Oxidação aeróbica 1313 13-4Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 1Reação 1 �� Reação 1Reação 1: fosforilação da aa-D-glicose OH OH HO HO CH2 OH O + - O- P- O- P-O- AMP O O-O- O aa-D-Glicose hexoquinase Mg2 + OH OH HO HO CH2 OPO3 2- O ATP + - O- P- O-A MP O O- ADPaa-D-Glicose 6-fosfato 3 1313 13-5Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 2Reação 2 �� Reação 2Reação 2: isomerização da glicose 6-fosfato a frutose 6-fosfato 2 1 HO CH2 OPO3 2 - CH2 OHO OH ( aa ) H H HO O OH OH HO HO CH2 OPO3 2 - aa-D-Glicose 6-fosfato aa-D-Frutose 6-fosfato Glicosfosfato isomerase 6 12 6 H 1313 13-6Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 2Reação 2 � Esta isomerização é facilmente compreendida quando se emprega fórmulas de cadeia aberta de cada monossacarídio; são dois tautômeros ceto-enóis Frutose 6- fosfato Glicose 6- fosfate (Um enediol) 2 1 1 2 CHO CH2 OPO3 2 - OHH HHO OHH OHH C CH2 OPO3 2 - OH HHO OHH OHH CH OH C CH2 OPO3 2 - O HHO OHH OHH CH2 OH 4 1313 13-7Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 3Reação 3 �� Reação 3Reação 3: fosforilação da frutose 6-fosfato Frutose 6- fosfato C CH2 OPO3 2 - O HHO OHH OHH CH2 OH + ATP Fosfo- frutoquinase Mg2 + Frutose 1,6- bisfosfato C CH2 OPO3 2 - O HHO OHH OHH CH2 OPO3 2 - + ADP 1313 13-8Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 3Reação 3 � Fosfofrutoquinase: é a enzima-chave no controle da glicólise � é um tetrâmero e está submetido a uma regulação alostérica de retroalimentação � o tetrâmero é composto de duas subunidades L e M � M4, M3L, M2L2, ML3, e L4 todas estão presentes � os músculos são ricos em M4, o fígado é rico em L4 � ATP é um dos efetores alostéricos nessa reação; elevados teores de ATP inibem a enzima � frutose-1,6-bis fosfato é o efetor alostérico mais potente da fosfofrutoquinase 5 1313 13-9Copyright (c) 2000 V. T. Motta Glicólise Glicólise -- Reação 4Reação 4 �� Reação 4Reação 4: quebra da frutose 1,6-bisfosfato produzindo duas trioses fosfato diferentes H C= O CH2 OPO3 2 - H OH CH2 OPO3 2 - OH H HO Aldolase C= O CH2 OPO3 2 - CH2 OPO3 2 - Frutose 1,6- bisfosfato CH2 OH C C= O H OH H Gliceraldeído 3-fosfato Diidroxiacetona fosfato + um grupo carbonila um grupo bb- hidroxila 1313 13-10Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 4Reação 4 � A reação 4 é uma reversão da reação aldólica � o intermediário chave é uma amina formada por um grupo C=O da frutose 1,6-bisfosfato e um grupo -NH2 da enzima que catalisa a reação H C= O CH2 OPO3 2 - H O-H CH2 OPO3 2 - OH H HO Frutose 1,6- bisfosfato + B- H C=NH CH2 OPO3 2 - O CH2 OPO3 2 - OH H HO H3N Enz B- Enz (- H2 O) + + Imina protonada H H 6 1313 13-11Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 4Reação 4 � É o contrário de uma condensação de aldol; libera dois fragmentos de três carbonos, um como uma imina C-NH CH2 OPO3 2 - CH2 OPO3 2 - CHOH C C= O H OH H H C= NH CH2 OPO3 2 - O CH2 OPO3 2 - OH H HO B- Enz + Imina protonada H B Enz H Gliceraldeído 3-fosfato H Condensação reversa de aldol 1313 13-12Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 4Reação 4 � A hidrólise da imina produz diidroxiacetona fosfato e regenera o grupo -NH2 da enzima C= NH CH2 OPO 3 2 - CH2 OH Enz + H2 O C= O CH2 OPO3 2 - CH2 OH + B- H 3N Enz + Imina protonada Diidroxiacetona fosfato B- C-N H CH2 OPO3 2 - CHOH B Enz H 7 1313 13-13Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 5Reação 5 �� Reação 5: Reação 5: isomerização da triose fosfato C= O CH2 OPO3 2 - CH2 OH CH2 OPO3 2 - C CHO H OH Gliceraldeído 3-fosfato Diidroxiacetona fosfato C-OH CHOH CH2 OPO3 2 - Um enediol intermediário 1313 13-14Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 6 Reação 6 �� Reação 6Reação 6: oxidação do grupo -CHO do gliceraldeído 3-fosfato � o grupo -CHO é oxidado a grupo carboxílico � que por sua vez é convertido em um anidrido de ácido carboxílico com o ácido fosfórico � o agente oxidante, NAD+, é reduzido a NADH G-C-H O + H2 O G- C-OH O 2 H+ 2 e - NAD+ H+ 2 e - NADH A oxidação: A redução: ++ ++ 8 1313 13-15Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 6Reação 6 � A reação é dividida em três fases � fase 1: formação de um tioemiacetal G- C- H O + HS- Enz G- C- S- Enz OH HGliceraldeído 3-fosfato Um tioemiacetal 1313 13-16Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 6Reação 6 � fase 2: oxidação do tioemiacetal pelo NAD+ G- C- S-Enz O H H N CNH2 A d O + G- C- S- Enz N CNH 2 A d O O H H um tioéster ligado à enzima 9 1313 13-17Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 6 Reação 6 � fase 3: conversão do tioéster em anidrido G- C- S- Enz O + -O- P-OH O O- G- C- O-P- OH O- Enz- S O O - G- C- O-P- O- O O O- + Enz-S- 1,3-Bisfosfoglicerato (um anidrido misto) Intermediário carbonila tetraédrico 1313 13-18Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 7Reação 7 �� Reação 7: Reação 7: transferência do grupo fosfato do 1,3- bisfosfoglicerato para o ADP + 1,3-Bisfosfo- glicerato C CH2 OPO3 2 - CO2 - OHH C CH2 OPO3 2 - C-OPO3 2 - OHH O + A TP3-Fosfoglicerato -O- P-O- AM P O O - ADP O O - Fosfo- glicerato quinase Mg 2+ -O- P-O- P-O- AMP O O - 10 1313 13-19Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 8Reação 8 �� Reação 8: Reação 8: isomerização do 3-fosfoglicerato a 2- fosfoglicerato C CH 2 OPO 3 2- CO 2 - OHH 3-Fosfoglicerato C CH 2 OH CO 2 - OPO 3 2-H 2-Fosfoglicerato Fosfoglicerato mutase 1313 13-20Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 9Reação 9 �� Reação 9: Reação 9: desidratação do 2-fosfoglicerato C CH2 OH CO2 - OPO3 2-H 2-Fosfoglicerato C CH2 CO2 - OPO3 2- Fosfoenolpiruvato + H2 O Enolase Mg 2+ 11 1313 13-21Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 10Reação 10 �� Reação 10Reação 10: transferência do fosfato para o ADP � fase 1: transferência do grupofosfato C CH2 CO2 - OPO3 2 - Fosfoenol- piruvato + -O-P-O- P-O- AMP O O -O - O ATP -O-P-O- AMP O O - ADP C-OH CH2 CO2 - + Piruvato (forma enólica) Piruvato quinase Mg 2+ 1313 13-22Copyright (c) 2000 V. T. Motta GlicóliseGlicólise -- Reação 10Reação 10 � fase 2: conversão da forma enol do piruvato em sua forma ceto C-OH CH 2 CO 2 - Piruvato (forma enol) C=O CH 3 CO 2 - Piruvato (forma ceto) 12 1313 13-23Copyright (c) 2000 V. T. Motta Glicólise (reação geral)Glicólise (reação geral) � Resumindo as 10 etapas, a reação geral da glicólise é C6 H1 2 O6 + 2 NA D + + 2 HPO4 2 - + 2 A DP Glicose Glicólise 2 CH3 CCO2 - O Piruvato + 2 NADH + 2 ATP + 2 H 2O + 2 H + 1313 13-24Copyright (c) 2000 V. T. Motta Energética da Energética da glicóliseglicólise � A variação de energia livre, DDG°’ da glicólise (glicose a piruvato) variam de negativa a positiva, mas quando somadas, mostram uma grande liberação de energia livre: DDG°’ = -73,3 kJ � Três reações controladas alostericamente liberam grande quantidade de energia livre � hexoquinase � fosfofrutoquinase � piruvato quinase 13 1313 13-25Copyright (c) 2000 V. T. Motta Energética da Energética da glicóliseglicólise � Hexoquinase � Fofofrutoquinase Glicose + P i Glicose-6-fosfato + H2 O ATP + H2 O ADP + P i DDG°' +13.8 -30.5 Glicose + ATP Glicose-6-fosfato + ADP -16.7 (kJmol-1) Frutose-6-P + P i Frutose-1,6-DiP + H2 O +16.7 ATP + H2 O ADP + P i -30.5 Glicose + ATP Glicose-6-fosfato + ADP -13.8 DDG°' (kJmol-1) 1313 13-26Copyright (c) 2000 V. T. Motta Energética da Energética da GlicóliseGlicólise � Piruvato quinase Fosfoenolpiruvato Piruvato + P i ADP + ATP +P i +30.5 Fosfoenolpiruvato H2 O + ADP + H2 O -61.9 DDG°' (kJmol-1) Piruvato + ATP -31.4 14 1313 13-27Copyright (c) 2000 V. T. Motta Energética da Energética da GlicóliseGlicólise � Conversão do 1,3-bisfosfoglicerato (1,3-bisFG) a 3- fosfoglicerato também ocorre com uma grande redução de energia livre 1,3-bisFG 3-Fosfoglicerato + P i ADP + ATP +P i +30.5H2 O + ADP + H2 O -49.3 DDG°' (kJmol-1) 3-Fosfoglicerato + ATP -18.81,3-biFG 1313 13-28Copyright (c) 2000 V. T. Motta Destinos do Destinos do PiruvatoPiruvato � O piruvato não acumula nas células. Ele sofre uma de três reações enzima-catalisadas possíveis, dependendo do tipo de célula e do estágio de oxigenação da mesma � redução a lactato � redução a etanol � oxidação e descarboxilação a acetil-CoA � A glicólise necessita o suprimento de NAD+ � se não existir oxigênio presente para reoxidar o NADH a NAD+, então outra via deve ser seguida 15 1313 13-29Copyright (c) 2000 V. T. Motta Fermentação do lactatoFermentação do lactato � Nos vertebrados sob condições anaeróbicas, a via mais importante para a regeneração do NAD+ é a redução do lactato a piruvato � a lactato desidrogenase (LDH) é uma isoenzima tetramérica; H4 predomina no músculo cardíaco e M4 no músculo esquelético CH3 CCO2 - + NA DH + H + O Piruvato CH3 CHCO2 - + NA D+ OH Lactato Lactato desidrogenase 1313 13-30Copyright (c) 2000 V. T. Motta PiruvatoPiruvato a Lactatoa Lactato � Enquanto a fermentação do lactato permite a continuação da glicólise, ela aumenta a concentração de lactato e também do H+ no tecido muscular, como na reação � quando o lactato sangüíneo atinge ao redor de 0.4 mg/dL, o tecido muscular torna-se quase completamente exausto C6 H1 2 O6 Glicose 2 CH3 CHCO2 - + 2 H+ OH Lactato Fermentação do lactato 16 1313 13-31Copyright (c) 2000 V. T. Motta Glicose a LactatoGlicose a Lactato � A fermentação do lactato ocorre com uma significante redução na energia livre Glicose + 2ADP + 2Pi + 2NAD + 2Piruvato + 2ATP + 2NADH 2Piruvato + 2NADH + 2H + 2Lactato + 2ATPGlicose + 2ADP + 2Pi DDG°' (kJ mol-1) -73.3 -50.2 -123.5 2Lactato + 2NAD+ 1313 13-32Copyright (c) 2000 V. T. Motta PiruvatoPiruvato a Etanola Etanol � Leveduras e vários outros organismos regeneram o NAD+ em duas fases � descarboxilação do piruvato a acetaldeído � redução do acetaldeído a etanol Piruvato CH3 CH + CO2 O Acetaldeído Piruvato decarboxilase CH3 CCO2 - + H+ O CH3 CH + NADH + H + O Acetaldeído Álcool desidrogenase CH3 CH2 OH + NAD + Etanol 17 1313 13-33Copyright (c) 2000 V. T. Motta PiruvatoPiruvato à à AcetilAcetil--CoACoA � Sob condições aeróbicas o piruvato sofre descarboxilção oxidativa � o grupo carboxilato é convertido a CO2 � os dois carbonos restantes são convertidos no grupo acetil do acetil-CoA Piruvato CH3 CSCoA + CO2 + N A DH O Acetil-CoA Descarboxilação oxidativa CH3 CCO2 - + NA D+ + CoA SH O 1313 13-34Copyright (c) 2000 V. T. Motta PiruvatoPiruvato à à AcetilAcetil--CoACoA � A descarboxilação do piruvato a acetil-CoA é bastante mais complexa do que as equações anteriores sugerem � Além do NAD+ (da vitamina niacina), a coenzima A (da vitamina ácido pantotênico), é também necessária. Além dessas necessita-se de � FAD (da vitamina riboflavina) � tiamina pirofosfato (da vitamina tiamina) � ácido lipóico 18 1313 13-35Copyright (c) 2000 V. T. Motta PiruvatoPiruvato à à AcetilAcetil--CoACoA N N N NH2 H3 C S CH2 CH2 OHH3 C H Tiamina + S S CH2 CH2 CH2 CH2CO2 - Ácido lipóico (mostrado como aníon carboxilato) H
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