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TRABALHO GASTRONOMIA

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Alimentos: Industrializados, Orgânicos, Transgênicos, Integrais, Enriquecidos
1 Introdução
A promoção da alimentação saudável é uma diretriz da Política Nacional de Alimentação e Nutrição e uma das prioridades para a segurança alimentar e nutricional dos brasileiros. Estar livre da fome e ter uma alimentação saudável e adequada são direitos humanos fundamentais dos povos. 
Atualmente, há muitas informações a respeito da saúde e da alimentação através da mídia. A cada dia surgem novos produtos alimentícios, novas tecnologias e são usados vários termos que, ao invés de esclarecer tornam mais difíceis nossas escolhas alimentares do dia-a-dia.
Termos como: alimentos orgânicos, transgênicos, integrais, enriquecidos, industrializados, funcionais entre outros, que já fazem parte do nosso vocabulário, mas ainda existe pouco esclarecimento sobre o que efetivamente significam e quais as diferenças entre eles.
O estilo de vida atual caracteriza-se por um padrão alimentar rico em alimentos industrializados, com excesso de gordura, sal e açúcar e pelo sedentarismo. Atualmente, as principais causas de doenças e mortes estão relacionadas às doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, dislipidemias e até alguns tipos de câncer.
A agricultura orgânica busca o equilíbrio e o desenvolvimento sustentável do meio ambiente, fauna, flora e ser humano, onde todos possam interagir com respeito. Os alimentos e bebidas provenientes da agricultura orgânica são cada vez mais comuns nos mercados consumidores brasileiros. Novos canais de distribuição e de comercialização possibilitaram que os produtos orgânicos alcançassem maior número de consumidores, tornando a demanda mais regular. 
No mundo todo, pesquisadores e cientistas estão desenvolvendo pesquisas sobre as reais consequências da utilização de alimentos transgênicos no organismo humano e no meio ambiente. Consumidores de países onde já ocorre a comercialização de alimentos transgênicos exigem sua rotulagem, assim como os orgânicos, para que possam ser distinguidos na hora da escolha do alimento.
 Os alimentos integrais são ricos em fibras. A fibra é considerada um nutriente regulador, pois tem efeitos nos processos orgânicos e nas condições internas do organismo.
 A fibra presente na alimentação faz parte de uma dieta saudável, pois se inclui na dieta alimentos integrais e pouco refinados. Como a população brasileira está cada vez menos consumindo fibras, incentiva-se que os alimentos integrais devem estar presentes na alimentação de todos (BRASIL, 2005; PHILIPPI,2006).
Atualmente, é possível encontrar à venda diversos produtos que levam em sua composição a adição de elementos, como vitaminas e minerais. São os alimentos enriquecidos ou fortificados.
A alimentação ideal deveria conter todos os nutrientes de que o ser humano necessita e todas as pessoas deveriam ter acesso a uma alimentação equilibrada. Mas certos nutrientes nem sempre estão disponíveis para a população, ou nem todos podem ter acesso a eles.
Educação alimentar, suplementação com medicamentos e fortificação de alimentos têm sido recomendadas para equilibrar e garantir uma alimentação saudável.
2 Objetivo
Ampliar conhecimentos acerca dos alimentos industrializados, enriquecidos, integrais, transgênicos e orgânicos, ressaltando os benefícios e malefícios do uso desses produtos para a saúde e meio ambiente
3 Metodologia
 O trabalho se desenvolveu como um estudo de revisão bibliográfica, sendo qualitativo, no qual o foco principal foi buscar através de fontes seguras informações acerca dos alimentos industrializados, transgênicos, orgânicos, integrais e enriquecidos. O estudo foi baseado em dados secundários obtidos por meio de levantamento bibliográfico utilizando bases de dados como Scielo, Google Acadêmico, artigos científicos e documentos de órgão oficiais. Os critérios utilizados para busca de fontes foram: relevância, atualidade, publicação em revistas conhecidas e confiáveis.
4 Desenvolvimento
4.1 Alimentos Industrializados
Os alimentos industrializados são produzidos por indústrias de grande porte, envolvendo várias etapas, técnicas e adição de ingredientes durante a fabricação desses alimentos, como açúcares, sal, óleos, gorduras e ingredientes de uso exclusivo das grandes indústrias, como conservantes, corantes, emulsificantes, entre outros aditivos químicos, que são ingredientes adicionados, de forma intencional, aos alimentos com os objetivos de impedir modificações, manter, ressaltar e/ou melhorar as características sensoriais e físicas, agregando ou não valor nutricional (BRASIL, 1969).Apresentam funções diversas: conservar por mais tempo, melhorar o sabor, alterar a cor, acrescentar cheiro (ou aroma) e/ou mudar a consistência dos alimentos, além de outras finalidades. Entretanto, nem todas essas substâncias utilizadas podem ser encontradas na natureza. Algumas são resultados de estudos e desenvolvidas em laboratórios, mas não se sabe ao certo quais seriam as conseqüências da ingestão dessas substâncias, no organismo humano, a longo prazo. Existe uma legislação sobre os aditivos alimentares.
 O órgão que fiscaliza a aplicação dessas regras é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas como é praticamente impossível atuar em todas as indústrias ao mesmo tempo, a fiscalização se dá de maneira periódica ou esporádica. Eventualmente, algumas indústrias de alimentos podem se aproveitar dessa falta de vigilância e acabam desobedecendo às leis dos aditivos químicos, colocando em risco a saúde dos consumidores. Atualmente, todas as indústrias que utilizam aditivos devem respeitar as quantidades estabelecidas pela Anvisa, bem como discriminá-los no rótulo dos respectivos alimentos.
De acordo com a ANVISA (2009), os aditivos químicos classificam-se de acordo com a função que exercem sobre o alimento. Dessa forma, são permitidos aditivos:
 ACIDULANTES (ACI): substâncias capazes de conferir ou intensificar a acidez em um alimento (ANVISA, 2009). Também podem ser utilizados com as intenções de alterar a doçura do açúcar, modificar o pH do meio, prevenir o desenvolvimento de microrganismos, curar carnes, além de realçar a cor, sabor e aroma e melhorar a textura de geléias e gelatinas (FOOD INGREDIENTS BRASIL, 2011ª
AGENTES DE FIRMEZA (FIR): substâncias utilizadas em vegetais e frutas para manter seus tecidos firmes e/ou crocantes, podendo também interagir com agentes geleificantes formando géis (ANVISA, 2009). Esses aditivos podem ser exemplificados com o citrato tricálcico, citrato de cálcio, cloreto de cálcio e de magnésio, gluconato de cálcio e de magnésio, hidróxido de cálcio e sulfato de cálcio (BRASIL, 2010).
ANTIOXIDANTES (ANT): substâncias que retardam o processo de oxidação lipídica no alimento (ANVISA, 2009). Assim, além de evitar a deterioração dos alimentos, podem reduzir as lesões oxidativas nos seres vivos (POLÔNIO, 2010). São utilizados como antioxidantes os ácidos ascórbico, eritórbico, cítrico, fosfórico e sódico, butil-hidroxianizol (BHA), butil-hidroxitolueno (BHT), citrato de monoisopropila, lecitinas, tocoferóis, citrato de monoglicerídio, palmitato de ascorbila, dentre outros (SCHVARTSMAN, 1982
ANTIUMECTANTES (ANAH): Substâncias capazes de diminuir a higroscopicidade dos alimentos (ANVISA, 2009), ou seja, reduzem a absorção de umidade, impedindo a adesão entre as partículas e, consequentemente, a formação de torrões. São utilizados em alimentos que devem ser mantidos secos (AUN et al., 2011
AROMATIZANTES (ARO): substâncias ou mistura de substâncias com propriedade aromatizante e/ou sápida, responsáveis por fornecerem ou intensificarem o odor e/ou sabor de alimentos (ANVISA, 2009), podendo ser exemplificados pelas essências naturais e artificiais, os extratos vegetais aromáticos e os aromatizantes químicos(SCHVARTSMAN,1982) 
CONSERVADORES (CONS): substâncias capazes de inibir ou retardar a deterioração provocada pela ação de bactérias, fungos, leveduras e enzimas sobreo alimento (ANVISA, 2009). Isso os torna importantes, pois prolongam a vida de prateleira do alimento, o que beneficia consumidor, supermercados e indústrias alimentícias (VALSECHI, 2001
CORANTES (COL): substâncias com a propriedade de conferir, intensificar ou recuperar a coloração de um alimento (ANVISA, 2009
EDULCORANTES (EDU): substâncias diferentes dos açúcares, capazes de conferir sabor doce aos produtos (ANVISA, 2009). Os mais conhecidos são o aspartame e a sacarina, podendo os edulcorantes serem artificiais ou naturais (CARVALHO,2005)
EMULSIONANTES (EMU): substâncias que tornam possível a formação ou manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis no alimento (ANVISA, 2009), podendo também prolongar a vida de prateleira de produtos que contêm amido, devido interagirem com o glúten da farinha de trigo, além de melhorar a textura e a consistência de produtos à base de lipídeos e promover a solubilidade de aromas (ADITIVOS E INGREDIENTES, 2011). 
ESPESSANTES (ESP): substâncias que aumentam a viscosidade de um alimento (ANVISA,2009), sem modificar de forma significativa suas propriedades (AUN et al., 2011). 
ANTIESPUMÍFEROS (ANESP) E ESPUMÍFEROS (FOA): tanto antiespumíferos como os espumíferos promovem uma alteração na tensão superficial dos alimentos (EVANGELISTA, 2008). Os antiespumíferos evitam a formação de espumas indesejáveis e eliminam as existentes). Já o uso de espumíferos promove a formação de espuma como em certas bebidas alcoólicas (cerveja, chopp) (AGUIAR; CALIL, 1999).
ESTABILIZANTES (EST): substâncias que permitem misturar dois ou mais ingredientes imiscíveis, fazendo com que o produto final tenha um aspecto de inteiro, ou seja, a emulsão seja uniforme (BRASIL, 2007).
ESTABILIZANTES DE COR (ESTCOL): substâncias que proporcionam estabilidade, manutenção ou intensificação da cor de um alimento (ANVISA, 2009)
FERMENTOS QUÍMICOS (RAI): agentes de crescimento e porosidade, responsáveis por incorporar e produzir gases, crescimento e textura suave, macia e elástica a pães e bolos (SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS, 2012)
 GLACEANTES (GLA): substâncias que quando aplicadas no plano externo de um alimento, atribuem aparência brilhante ou revestimento protetor (ANVISA, 2009).
MELHORADORES DE FARINHA (FLO): substâncias adicionadas à farinha, melhorando sua qualidade tecnológica para os fins a que se destina (ANVISA, 2009).
REALÇADORES DE SABOR (EXA): substâncias responsáveis por realçar e/ou intensificar o sabor de um alimento (ANVISA, 2009). 
REGULADORES DE ACIDEZ (ACREG): substâncias que modificam ou controlam a acidez ou a alcalinidade dos alimentos (ANVISA, 2009.)
SEQUESTRANTES (SEC): substâncias que produzem complexos químicos com íons metálicos (ANVISA, 2009), ajudando a estabelecer, manter e realçar a integridade de alimentos (CARVALHO, 2005).
UMECTANTES (HUM): substâncias que previnem a perda de umidade pelos alimentos, em ambientes de baixa umidade relativa ou que facilitam a dissolução de uma substância seca em meio aquoso (ANVISA, 2009).
4.1.1 Malefícios promovidos pelos aditivos químicos
.Quanto maior o consumo de alimentos industrializados, maior será a ingesta de aditivos químicos, entretanto, é impossível predizer a toxicidade promovida, assim, os efeitos gerados no organismo em decorrência do consumo de aditivos são ainda pesquisados, mas sabe-se que há casos de alergias, intolerância alimentar, câncer e distúrbios no sistema digestório (BRASIL, 2007). Já a literatura médica consultada por Oliveira et al. (2006), acrescentam que os aditivos químicos como os aromatizantes, corantes e adoçantes podem provocar urticária, angioedema, broncoespasmo e choque em alguns indivíduos.
.O aumento da produção e do consumo de alimentos industrializados produz efeitos negativos no desenvolvimento sustentável do meio ambiente, uma vez que a indústria é uma das principais responsáveis pelo lançamento de poluentes, contaminando solos e águas, e contribuindo para o aquecimento global.
.Polônio e Peres (2009) acrescentam que a preocupação em relação à saúde da criança se justifica ao fato dela ser uma das maiores consumidoras desses alimentos, pois a indústria busca investir em produtos atrativos e que influem em suas escolhas. Ressaltam, também, que a criança possui grande vulnerabilidade as reações antagônicas promovidas pelos aditivos, dentre as quais hiperatividade e transtorno de déficit de atenção, que segundo as pesquisas consultadas por esses autores, relatam que o consumo de alimentos com corantes e conservantes contribui para o aparecimento destas reações.
.Outro efeito colateral é a hipersensibilidade alimentar, dividida em alergias e intolerâncias alimentares, sendo considerado o efeito maléfico mais comum promovido pelos aditivos. Esta manifestação caracteriza-se por reações desencadeadas pelo organismo para combater uma substância presente em um alimento, sendo que há uma maior prevalência em crianças em decorrência do consumo de produtos industrializados (POLÔNIO; PERES, 2012)
4.1.2 Benefícios do uso de alimentos industrializados 
 Melhor tempo de vida útil; melhor rendimento no aproveitamento, na padronização, consumo e armazenamentos dos produtos alimentícios; melhoria nas qualidades organolépticas e a máxima preservação dos seus valores nutritivos; obtenção de sabores especiais através de processos tais como: dessecação, salga e defumação; Instituição de produtos especializados para uso na dietética infantil e na do adulto; presença de produtos fora da época de safra; universalização e padrões alimentares; elaboração de produtos obtidos por ação microorgânica ou enzimática; produtos de fácil preparo e acondicionamento; relativo baixo preço considerando a fácil obtenção do comércio, a segurança, a variedade e a apresentação do produto; utilização de resíduos de valor econômico para reemprego na alimentação e aproveitamento em produtos de outras áreas industriais.
4.1.3 Importância da industrialização
Transformação da matéria-prima através dos processos físicos, químicos e biológicos em produtos adequados ao consumo e de longa vida de prateleira.
4.1.4 Tipos de indústrias de alimentos
Segundo a ABIA ( Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), há produção nacional de alimentos industrializados nos seguintes setores:
 Alimentos calóricos- protéicos; Açúcar; Bebidas: alcoólicas, vinagres, refrigerantes, sucos(sucos concentrados, pós para sucos); Café; Chá; Carnes, embutidos etc; Cereais; Chocolates, cacau e balas; Condimentos; Desidratados e liofilizados (congelamento e secagem através do processo de Sublimação, onde a água das células passa diretamente do estado sólido para o gasoso ,pois conservam as proteínas nutritivas); Dietéticos; Frutas e legumes; Laticínios e derivados; Massas, biscoitos, congêneres; Óleos, gorduras, azeites, margarinas e maioneses; Pescados e derivados; Sopas e caldos; Sorvetes; Supergelados; Afins: Aromatizantes, embalagens; matéria-prima para alimentos; Diversos.
4.1.5 Fases de processamentos dos produtos alimentícios
.Fase do Beneficiamento- Primeira etapa da matéria-prima selecionada. Consiste na sua limpeza, separação de partes não-comestíveis, higienização, recolhimentos das partes rejeitadas e emprego nas preparações de subprodutos.
.Fase da Elaboração- Aproveitamento integral da matéria-prima ou separação de resíduos para a fabricação de novos produtos. Nesta fase, os produtos passam por processos tecnológicos que são: Processos Físicos, Químicos, Físico-químicos e Biológicos.
Processos Físicos- Moagem, Trituração, Esmagamento (prensagem), Aplicação de calor.
Processos Químicos- Extração (por solvente), Acidificação, Empregos de aditivos, Salga.
Processos Físico-químicos- Refinação, Hidrolização, Dissolução, Emulsificação, Caramelização, Cristalização.
Processos Biológicos- Fermentação, Maturação.
.Fase de Preservação e Conservação- Visa eliminar a flora normal e a patogênica, assim como enzimas produtoras de alterações; Garantia de maior tempode vida útil dos produtos.
.Fase de Armazenamento- Causas de alterações de produtos armazenados: Temperatura ambiental (influência do aumento da temperatura e da baixa temperatura); Umidade ( manutenção do equilíbrio relativo da umidade-ERH); Composição de ar atmosférico; Imperfeição da embalagem; Absorção de odores (agentes ou veículos odoríferos- certos produtos cárneos, peixes, algumas frutas, alimentos ou produtos deteriorados, embalagens inadequadas, inseticidas, tintas, rótulos e adesivos, gases do exterior); Produtos de fácil absorção de odores (leite e derivados, alimentos gordurosos em geral, ovo, carnes); Ação dos predadores.
4.1.6 Quatro categorias de alimentos, definidas de acordo com o tipo de processamento empregado na sua produção:
. In natura- São obtidos diretamente de plantas ou de animais e não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza. Ex: Legumes, verduras, frutas, batata, mandioca e outras raízes e tubérculos in natura ou embalados, fracionados, refrigerados ou congelados;
. Minimamente processados- Correspondem a alimentos in natura que foram submetidos a processos de limpeza, remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis, fracionamento, moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento e processos similares que não envolvam agregação de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento original. Ex: arroz branco, integral ou parboilizado, a granel ou embalado; milho em grão ou na espiga, grãos de trigo e de outros cereais; feijão de todas as cores, lentilhas, grão de bico e outras leguminosas; cogumelos frescos ou secos; frutas secas, sucos de frutas e sucos de frutas pasteurizados e sem adição de açúcar ou outras substâncias; castanhas, nozes, amendoim e outras oleaginosas sem sal ou açúcar; cravo, canela, especiarias em geral e ervas frescas ou secas; farinhas de mandioca, de milho ou de trigo e macarrão ou massas frescas ou secas feitas com essas farinhas e água; carnes de gado, de porco e de aves e pescados frescos, resfriados ou congelados; leite pasteurizado, ultrapasteurizado (‘longa vida’) ou em pó, iogurte (sem adição de açúcar); ovos; chá, café, e água potável.
. Processados- Produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar ou outra substância de uso culinário a um alimento in natura ou minimamente processado para aumentar a vida de prateleira, ou seja, deixá-los mais duráveis e também mais agradáveis ao paladar. Ex: frutas em calda, cristalizadas ou congeladas, geléia feita com fruta+açúcar, legumes em conserva, salmoura e congelados, leite pasteurizado, suco de vegetais, aveia, filetes de peixe congelados, salmão enlatado, toucinho, carne seca sardinha, atum enlatado, e 100 % de todo o pão de grão, queijos, pães, etc.
. Ultraprocessados- Produtos cuja fabricação envolve diversas etapas, técnicas de processamento e ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial.Tendem a apresentar alta densidade energética, menos fibras e mais gordura, açúcar e sal, além de substâncias químicas (conservantes, estabilizantes,aromatizantes) prejudiciais à saúde. Ex: Alimentos enlatados com grandes quantidades de sódio ou gordura, pães e massas feitos com farinha branca refinada em vez de grãos inteiros, alimentos embalados com alto teor calórico como biscoitos doces recheados, salgadinhos e doces, salgadinhos em pacotes, macarrão instantâneo, produtos congelados e prontos para aquecimento, congelados de peixes ou refeições congeladas que são ricas em sódio, sorvetes, nuggets, bolos e biscoitos embalados, misturas de refeição que são ricos em gordura e sódio, cereais açucarados, carnes processadas (mortadela, salsicha, presunto, calabresa e outras carnes embaladas).
4.1.7 Rotulagem dos alimentos industrializados
Em 21 de setembro de 2001 as empresas fabricantes de alimentos e bebidas foram obrigadas por lei a colocar nos rótulos dos seus produtos as seguintes informações: valor calórico, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, colesterol, fibra alimentar, cálcio, ferro e sódio. Essas informações devem estar listadas da seguinte maneira:
 • Denominação de venda do alimento: é o nome que indica a origem e as características do alimento. Por exemplo: óleo de soja, gordura vegetal hidrogenada, cereal matinal à base de trigo, leite UHT desnatado, biscoito recheado sabor morango.
• Lista de ingredientes: essa listagem deve ser por ordem decrescente da proporção, ou seja, do que mais está presente no alimento para o que menos é encontrado no alimento. Os aditivos alimentares também devem fazer parte da lista, sendo relatados por último.
• Peso líquido: no rótulo deve constar a quantidade de alimento presente na embalagem, sendo expressa normalmente em mililitro (ml), litro (l), grama (g), quilo (kg) ou por unidade. • Identificação da origem: devem ser indicados o nome e o endereço do fabricante. Atualmente, a maioria das indústrias oferece aos clientes o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), disponibilizando também no rótulo o telefone e o e-mail, para facilitar o contato em caso de dúvidas, críticas ou sugestões.
• Identificação do lote: todo rótulo deve ter impressa uma indicação em código que permita identificar o lote a que pertence o alimento.
• Prazo de validade: deve estar presente de forma visível e clara. No caso de alimentos que exijam condições especiais para sua conservação, deve ser indicado o melhor local de armazenamento (freezer, congelador, geladeira) e o vencimento correspondente. O mesmo se aplica aos alimentos que podem se alterar depois de abertas suas embalagens. 
• Instruções sobre o preparo e uso do alimento: quando necessário, o rótulo deve conter as instruções necessárias sobre o modo apropriado de uso, incluídos a reconstituição e o descongelamento.
• Informações nutricionais: todos os alimentos e bebidas produzidos, comercializados e embalados na ausência do cliente e prontos para oferta ao consumidor devem ter as informações nutricionais presentes no rótulo.
• Contém glúten: desde 1992 todos os produtores de alimentos industrializados contendo glúten proveniente dos ingredientes trigo, aveia, cevada e centeio e/ou seus derivados, passaram a ter que incluir obrigatoriamente a advertência no rótulo das embalagens, a fim de alertar os indivíduos com doença celíaca, que não podem consumir tais alimentos devido à intolerância ao glúten.
• Alimentos para fins especiais: os alimentos para fins especiais, ou seja, os formulados para atender necessidades específicas, devem ter no rótulo a respectiva designação, seguida da finalidade a que se destina (exemplos: diet, light, enriquecido em vitaminas, isento de lactose).
Em alguns casos, é obrigatória a utilização de alertas, como: “Contém fenilalanina” (alimentos com adição de aspartame) ou “Diabéticos: contém sacarose” (alimentos contendo açúcar).
O que não pode estar presente no rótulo?
• palavras, sinais ou desenhos que tornem a informação dorótulo falsa, como, por exemplo: determinada quantidade de chocolate equivale a 1 copo de leite;
• atribuir ao produto qualidades que não foram demonstradas, como, por exemplo: dizer que o consumo de certa quantidade de um produto reduz o risco de doença do coração.
• destacar a presença ou ausência de qualquer nutriente que é próprio do alimento, como, por exemplo: óleo vegetal sem colesterol, pois nenhum óleo vegetal possui colesterol;
• indicar que o alimento possui propriedades terapêuticas ou medicinais, como, por exemplo: previne a osteoporose.
4.1.8 Guia Alimentar Brasileiro- Quatro recomendações e uma regra de ouro
.Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua alimentação.
. Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
. Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.. Evite alimentos ultraprocessados.
.Regra de ouro: Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados. 
4.2 Alimentos Orgânicos
 São aqueles cultivados sem insumos químicos, respeitando o meio ambiente e as relações sociais.O alimento orgânico não é somente “sem agrotóxicos”. Além de ser isento de insumos artificiais, como os adubos químicos e os agrotóxicos, também deve ser isento de drogas veterinárias, hormônios e antibióticos, e de organismos geneticamente modificados. Durante o processamento dos alimentos é proibido o uso das radiações ionizantes (que produzem substâncias cancerígenas, como o benzeno e o formaldeído) e aditivos químicos sintéticos, como corantes, aromatizantes, emulsificantes, entre outros. O termo alimento orgânico tem origem na Agricultura Orgânica que, na Legislação Brasileira de 2007, tem como objetivos a auto sustentação da propriedade agrícola no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais para o agricultor, a minimização da dependência de energias não renováveis na produção, a oferta de produtos saudáveis e de elevado valor nutricional, isentos de qualquer tipo de contaminantes que ponham em risco a saúde do consumidor, do agricultor e do meio ambiente, o respeito à integridade cultural , ambiental e humana. O alimento orgânico não é menor ou de aspecto inferior ao convencional. 
Normalmente, esse tipo de alimento provém de uma fazenda orgânica em sua fase inicial de produção ou a um sistema produtivo que não aplica adequadamente as práticas da agricultura orgânica. Um alimento orgânico de qualidade é competitivo, saboroso e mais saudável que o convencional.
Os alimentos orgânicos têm melhor valor nutricional porque são produzidos em solo mais equilibrado em nutrientes. Assim, são mais ricos em minerais e fitoquímicos. Além disso, apresentam menor toxicidade, pois possuem menos resíduos de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos, de hormônios e drogas veterinários usadas na produção animal ou aditivos químicos, vitaminas e minerais sintéticos e substâncias radioativas resultantes do processamento dos alimentos. Os métodos de higienização e processamento utilizados para os alimentos orgânicos buscam manter sua qualidade nutricional, seu sabor, odor e textura originais, além do aspecto natural do alimento.
Além disso, os alimentos orgânicos são mais duráveis, uma vez que a adubação sintética nitrogenada, proibida na Agricultura Orgânica, leva a um aumento no teor de água dos vegetais, tornando tais alimentos mais perecíveis.
4.2.1-Agricultura Orgânica
Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária todo aquele em que se adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e em que há respeito à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivos: a sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não-renovável, empregar, sempre que possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, a proteção do meio ambiente.( Fonte: Lei n.º 10.831 de 23/12/2003 n.º 10.831 de 23/12/2003, dispõe sobre a agricultura orgânica)
4.2.2 Orgânicos industrializados e integrais
Os orgânicos geralmente são relacionados com alimentos in natura, frescos e não processados. Porém, a industrialização e o processamento de alimentos é uma necessidade para quem vive em um mundo com pouco tempo para se dedicar ao preparo dos alimentos.
Existem duas tecnologias proibidas na legislação dos orgânicos, são elas a irradiação e o uso de aditivos químicos sintéticos. A irradiação é proibida porque há controvérsias sobre sua eficácia e sobre seu efeito tóxico. Tal tecnologia destrói vitaminas, até 90% da vitamina A na carne de frango, 86% da vitamina B em aveia, e 70% da vitamina C em suco de frutas. À medida que o tempo de estocagem aumenta, outros nutrientes são perdidos. As proteínas são desnaturadas, as vitaminas A, B12, C, E e K sofrem alterações semelhantes às do processo térmico, as gorduras tendem a rancificação pela destruição dos antioxidantes e ocorre a modificação das características organolépticas.
Além disso, a irradiação cria novas substâncias químicas em carnes, conhecidas como “produtos radiolíticos” - o benzeno e o formaldeído - de ação carcinogênica. 
Além dessas tecnologias não liberadas nos orgânicos, outros procedimentos tecnológicos agressivos devem ser questionados, como o refinamento de cereais e farinhas e a esterilização de leites orgânicos. Resgatar métodos de processamento com baixo impacto sobre a qualidade do alimento orgânico é uma necessidade. A desidratação, o congelamento, a conservação pelo sal, pelo açúcar e pelo ácido, a fermentação, a liofilização, a parbolização e o uso de aditivos naturais são processos tecnológicos que podem ser desenvolvidos dentro da indústria de alimentos e que mantém a qualidade dos produtos orgânicos. Já na alimentação integral orgânica parte-se do princípio de que, apesar da imensa diversidade das práticas agrícolas e alimentares dos povos tradicionais, todas deram bons resultados porque quase sempre conservavam a forma natural do alimento, além da biodiversidade.
4.2.3 Benefícios e vantagens no consumo de alimentos orgânicos em relação aos alimentos industrializados
. Alimentos industrializados possuem substâncias químicas produzidas pelos agrotóxicos. A produção de alimentos orgânicos não utiliza esses venenos e, dessa forma, evitam-se crises alérgicas e respiratórias, distúrbios hormonais, sobrepeso, problemas neurológicos e o até mesmo o temido câncer.
. Os alimentos orgânicos são livres de produtos químicos, não têm nem o aroma nem o sabor alterado pelos venenos, ou seja, são mais confiáveis e nutritivos. .Maior concentração de nutrientes, chegando a ser 20 vezes maior do que em alimentos comuns.
. A agricultura orgânica é boa para o futuro do planeta, uma vez que ela se fundamenta na conservação dos recursos naturais. Os agrotóxicos, pelo contrário, afetam não apenas a saúde humana, mas a saúde da Terra, contaminando o solo, a água e os animais.
. Muitos pesticidas utilizados na agrigultura tradicional são disruptores endócrinos (uma dieta isenta dessa classe de agrotóxicos pode ter um efeito sobre a fertilidade masculina).
. A agricultura tradicional destrói o solo, enquanto os procedimentos da agricultura orgânica visam a conservação do terreno. Técnicas como a rotação de cultura, plantio consorciado e compostagem (transformação do solo pobre em nutrientes em solo fértil) fazem com que ele permaneça constantemente produtivo.
. A agricultura tradicional utiliza petróleo tanto para insumo de fertilizantes e agrotóxicos, quanto para sua principal característica, a intensa mecanização. Ao dispensar esses produtos, o cultivo orgânico incorpora a matéria orgânica ao solo e trata manualmente os canteiros, contribuindo para o aumento da mão-de-obra no campo. Os adubos utilizados são: palhas, serragem e maravalha, esterco de aves, de ruminantes, de suínos, adubos verdes, húmus da minhoca, coquetel (gramíneas e leguminosas) e farinha de rocha.
Os produtos orgânicos também possuem Selo de Certificação, que deve ser fornecido pelas associações e órgãos certificadores independentes. É a garantia que o consumidor está comprando alimentos livres de detritos tóxicos.
. Frutas e legumes orgânicos podem ter até 40% mais antioxidantes (que agem impedindo que os radicais livres “oxidem”, ou seja, lesionem ou matem nossas células) do que as plantas convencionais.
.Ajudam também na desintoxicação, pois purificam o organismo. Eles melhoram os problemas gastrointestinais e hepáticos, gerados pela química contida nos alimentos inorgânicos.
. Os orgânicos conservama qualidade da água. Sem o uso de venenos, que conseguem atravessar o solo, os lençóis freáticos, rios e lagos ficam mais protegidos.
. O cultivo ecologicamente correto propicia a maior durabilidade das frutas e legumes. Um pé de alface orgânico, por exemplo, pode permanecer incólume por até uma semana dentro da geladeira.
4.2.4 Desvantagens dos alimentos orgânicos
.Os alimentos orgânicos são mais caros que os convencionais. O alto custo é devido a vários fatores como o tipo de produção, o tamanho da área cultivada (os alimentos são produzidos em menor escala) e o custo da mão de obra. Ou seja, o custo total pode ser até 40% mais caro que na agricultura tradicional. Por isso, paga-se mais para comprar alimentos orgânicos. Frente à baixa demanda, quando comparado ao alimento convencional, o produto orgânico ainda não é competitivo no grande mercado.
.Os alimentos orgânicos deterioram mais rapidamente , podendo apresentar doenças naturais como vírus e fungos potencialmente prejudiciais aos seres vivos e por alguns possuírem mensagens promocionais confusas e ambíguas em loja de alimentos orgânicos. As frutas e legumes tendem a ser menores e podem apresentar manchas na casca devido a ataques de insetos e a cor pode não ser uniforme e tão intensa quanto a alcançada através da utilização de corantes ou ceras. 
.Conforme Digest (1998, p. 41): "Alguns alimentos naturais colocam a saúde em grande risco e devem ser evitados, por exemplo, leite e derivados não pasteurizados podem abrigar organismos que causam tuberculose e outras doenças graves.
. A utilização de dejetos de animais pelo sistema orgânico na horticultura levanta suspeitas sobre sua qualidade microbiológica e parasitária. Entretanto, seguindo-se boas práticas agrícolas que minimizem os riscos de contaminação biológica, não há evidências de que os orgânicos sejam mais suscetíveis à contaminação microbiológica quando comparados aos sistemas convencionais. 
. 
4.2.5 O Mercado dos alimentos orgânicos
O Brasil ocupa, atualmente, a segunda posição na América Latina em termos de área manejada organicamente, perdendo apenas para a Argentina. Os Estados onde concentram 70% da produção brasileira são Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. A produção visa o abastecimento do mercado interno, principalmente com legumes e verduras, utilizando diferentes canais de comercialização (feiras, hospitais, cestas a domicílio, lojas de produtos naturais, supermercados). No mínimo, 30 tipos de produtos orgânicos vêm sendo produzidos no Brasil, sendo que os principais produtos brasileiros exportados são café (Minas Gerais); cacau (Bahia); café, hortaliças, banana (Paraná); suco de laranja, açúcar mascavo e cristal, frutas secas e hortaliças (São Paulo); castanha de caju, óleo dendê e frutas tropicais (Nordeste); óleo de palma e palmito (Pará); guaraná (Amazônia); arroz, soja e frutas cítricas (Rio Grande do Sul) e hortaliças, banana, maçã, kiwi, arroz (Santa Catarina). Entre os produtos orgânicos processados, destacam-se o mel (Minas Gerais, Amazônia); compotas de frutas, café solúvel, torrado e moído (Minas Gerais, São Paulo); castanha de caju e acerola (Ceará); hortaliças processadas (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul); arroz (Rio Grande do Sul, Santa Catarina); suco de laranja concentrado e extratos vegetais secos (São Paulo); barra de cereais e açúcar mascavo (Paraná) e guaraná em pó (Amazônia).
4.2.6 Rotulagem dos alimentos orgânicos
Disposições da Instrução Normativa MAPA no 16, de 11 de junho de 2004. Assim, entre outros critérios, para a comercialização, os alimentos orgânicos devem ser certificados e podem informar no rótulo a expressão “orgânico” ou “produto orgânico”, desde que contenham 95% ou mais de ingredientes orgânicos certificados. Os alimentos orgânicos que apresentem de 70% a 95% de ingredientes orgânicos certificados podem informar na rotulagem a expressão “produto com ingredientes orgânicos” 
Os produtos que não se encaixam nestas especificações não podem apresentar a informação de rotulagem como “produto orgânico ou produto com ingredientes orgânicos”, lembrando que água e sal não podem ser incluídos no cálculo do percentual dos ingredientes, bem como as matérias-primas e aditivos devem estar listados no rótulo. A informação sobre as correntes de produção abrangidas pelo conceito orgânico também podem ser estampadas no rótulo, de forma complementar, como por exemplo, “Natural” ou “Ecológico”.
 Desde 2011, todos os produtos orgânicos encontrados nas prateleiras dos supermercados para venda aos consumidores devem estar com o selo oficial SisOrg, o que indica que sua produção está sendo acompanhada por uma entidade credenciada pelo Ministério da Agricultura.
4.3 Alimentos Transgênicos.
Alimentos transgênicos são alimentos geneticamente modificados desenvolvidos em laboratórios com a utilização de genes(parte do código genético) de espécies diferentes de animais, vegetais ou microorganismos. 
A expressão engenharia genética surgiu em 1973 quando moléculas de DNA de diferentes espécies foram recombinadas in vitro, levando ao surgimento da chamada tecnologia do DNA recombinante. A introdução de uma molécula de DNA recombinante numa planta se constitui na transformação de plantas, na tentativa de realizar in vitro, o que não pode ocorrer na natureza. Os organismos geneticamente modificados têm inserido em seu genoma, uma sequência de DNA manipulado em laboratório por técnicas moleculares ou biotecnológicas (ALVES, 2004; XAVIER; LOPES; PETERS, 2009).
Muitas vezes, a população tem uma concepção distorcida em relação ao conceito de organismos geneticamente modificados (OGMs) que não raramente, é considerado como sinônimo de transgênico. A literatura expressa que, todo transgênico é um OGM, mas nem todo OGM é um transgênico (PEDRANCINI et al., 2008). Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) OGMs são definidos como “toda entidade biológica cujo material genético (ADN/ARN) foi alterado por meio de qualquer técnica de engenharia genética, de uma maneira que não ocorreria naturalmente”. Permitindo que genes individuais selecionados possam ser transferidos de um organismo para outro, até mesmo entre espécies não relacionadas.
Em termos gerais, um OGM é um ser biológico (semente, planta, inseto, animal) que sofreu alguma alteração no seu código genético e que mudou apenas a estrutura e função do seu próprio material genético, mas não recebeu nenhum material genético de outra espécie no seu código genético original. Mas, se nesta alteração foi introduzido um código genético de uma espécie biológica diferente no código genético original do organismo, então este organismo passa a ser organismo transgênico.
Dessa forma, os transgênicos não são sinônimos de OGMs, são apenas espécies de OGMs e sendo assim, quando utilizamos a expressão ‘transgênicos’, não podemos nos esquecer de que ela pressupõe a transferência de material genético de uma espécie para outra (ZANINI, 2012).
A Cartilha do Greenpeace, elaborada pela jornalista Cristina Bodas (2006) explica que os transgênicos são produzidos por meio da transferência de genes de um ser vivo para outro, geralmente entre espécies diferentes. A forma mais comum de transgenia acontece nas plantas. No milho, por exemplo, a tecnologia foi utilizada para inserir um gene que o tornou resistente a alguns tipos de pragas comuns nesse cultivo. Outros exemplos são a soja, o trigo, a canola e o algodão que se tornaram tolerantes a um tipo de herbicida ou resistente a pragas
(MONSANTO, 2004). Os benefícios da transgenia podem ser notados nas indústrias farmacêutica e de alimentos e em outras áreas, como na medicina, na produção industrial e até na pecuária (CIB, 14 /2005). De acordo com Ometto e Toledo (2004) podemos citar como exemplos de Organismos Geneticamente Modificados: a insulina, desde o começo da década de 80; bananas, com grande porcentagem de vitamina ‘A’, utilizada para tratamento decegueira; tomate ‘longavida’, maior resistência depois da colheita; batata, com menor absorção de óleo durante o processo de fritura; soja; brócolis; milho, entre outros.
4.3.1 Alimentos transgênicos no Brasil
O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado no Brasil a cultivar alimentos transgênicos.
Em 1996, não existiam dados sobre a produção de soja transgênica em nosso país. Constatou-se, informalmente, no início de 2003, que, no Brasil, essa produção representava cerca de 8%da colheita de 51 milhões de toneladas (ARAÚJO; MERCADANTE, 1999; ECHEVENGUÁ, 2011).
O primeiro organismo geneticamente modificado (OGM) amplamente cultivado no Brasil, foi a soja RR (Roundup Ready) da Monsanto, que adentrou o país por meio de contrabando da Argentina por agricultores do sul do país, com apoio da Monsanto (RAMOS, 2013).
No mundo todo, aproximadamente 74 % da tecnologia transgênica é de propriedade de empresas transnacionais como Syngenta, Bayer, Monsanto, Basf, Du Pont e Dow AgroSciences, por meio das chamadas patentes agrobiotecnológicas, sendo que apenas a Monsanto detém 46% delas. Somente na safra 2009/2010 o pagamento de royalties à Monsanto pode ter alcançado a cifra de R$ 1 bilhão no Brasil (FERNANDES; PACKER, 2011). 
 Em 24 de março de 2005, foi promulgada a Lei 11.105, que dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança, cria a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), presidido pela Casa Civil da Presidência da República, retirando definitivamente o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Ministério da Saúde e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do processo de análise de liberação dos transgênicos (RAMOS, 2013). 
Desde 2007, a CTNBio aprovou todos os pedidos de liberação comercial de transgênicos. Em 2009, o Brasil se tornou o 2º país com maior área plantada de transgênicos com 21,4 milhões de hectares, segundo dados do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Biotecnológicas Agrícolas (JAMES, 2011).O Brasil possui atualmente 36 variedades de produtos geneticamente modificados de quatro espécies de plantas (algodão, milho, soja e feijão), 14 vacinas de uso animal, além de uma levedura que combina tecnologia transgênica e biologia sintética, aprovados para uso comercial. 
4.3.2 Vantagens dos alimentos transgênicos 
.As plantas transgênicas reduzem o consumo de agrotóxicos. Afirma-se que a engenharia genética melhora a sustentabilidade da agricultura resolvendo os problemas que afetam o manejo agrícola convencional e, com isso, livra os agricultores da baixa produtividade, da pobreza e da crise alimentar (MOTA, 2009)
.Relacionados à produtividade pode haver problemas naturais quanto a produção de alimentos, como infecções, doenças, pragas, excesso de chuvas ou seca, entre outros, que podem comprometer a plantação. Deste modo, através do uso de plantas geneticamente modificadas, pode-se reduzir estes riscos e outros problemas que levam a queda da produção vegetal (XAVIER; LOPES; PETERS, 2009).
.A implantação de genes de outros organismos em plantas como trigo, arroz e soja, conseguirá alimentar os dois bilhões adicionais de pessoas que viverão na Terra até 2030, pois concede a estes alimentos novas propriedades, como a resistência a insetos, aumentando sua produtividade atual (RIBEIRO; GOMES, 2002).
.Quanto a segurança, os alimentos transgênicos são sujeitos a rigorosos testes antes de ser liberados, o que não ocorre com alimentos convencionais, reforçando o fato de que a engenharia genética oferece a oportunidade de diminuir – ou mesmo de eliminar – nos alimentos os compostos que provocam alergias. Desta forma, a biotecnologia vem demostrando que tem trabalhado para reduzir os problemas alérgicos e não para agravá-los (PEREIRA; MOURA; CONSTANT, 2008).
.As plantas geneticamente modificadas apresentam propriedades nutricionais maiores, com maior volume incorporado de proteínas, vitaminas, composição de ácidos graxos e de suplementos minerais. Assim, pode-se afirmar que alimentos derivados de plantas transgênicas são equivalentes ou mesmo superiores aos alimentos convencionais, no que se refere a questões de saúde (ALMEIDA; LAMOUNIER, 2005).
.A alteração de características qualitativas e quantitativas, tais como a composição proteica, de amido, gorduras ou vitaminas, pela adulteração dos caminhos metabólicos, é conseguida em várias espécies. Essas modificações aumentam a qualidade nutricional dos alimentos e ajudam a melhorar a saúde humana, combatendo a má nutrição e a subnutrição.
.Os benefícios ambientais são evidentes e relacionam-se com impacto positivo no aprimoramento das práticas de cultivo e na melhoria da qualidade dos produtos agrícolas, no aumento da renda dos produtores e da economia dos países que adotaram a biotecnologia. Os cultivos transgênicos no mundo resultaram na diminuição da emissão de 14,2 bilhões de quilos de CO2, equivalente à remoção de 6,3 milhões de carros de circulação durante um ano. Isso é decorrente do menor número de aplicações de herbicida e da redução nos sistemas de preparo de solo ou plantio direto, culminando na conservação do solo e nos ganhos com impacto positivo para todos os países (CIB, 2010)
.Maior resistência e durabilidade na estocagem e armazenamento.
4.3.3 Desvantagens dos alimentos transgênicos
. Possível aumento de reações alérgicas, pois quando se insere um gene de um ser em outro, novos compostos são formados nesse novo organismo, como proteínas e aminoácidos. Se esse organismo modificado geneticamente for um alimento, seu consumo pode desencadear processos alérgicos em parcelas significativas da população, por causa dessas novas substâncias.
. Certos genes podem aumentar a resistência humana a antibióticos a partir do consumo em longo prazo de alimentos transgênicos, ou da ingestão de animais que consumiram alimentos transgênicos (XAVIER; LOPES; PETERS, 2009).
.Perda da biodiversidade, pois as plantas que não sofreram modificação genética podem ser eliminadas pelo processo de seleção natural, uma vez que as transgênicas possuem maior resistência às pragas e pesticida. 
.O aumento da resistência aos pesticidas acarreta um aumento no consumo deste tipo de produto que independentemente de eliminar pragas prejudiciais à plantação, pode também, matar populações benéficas como abelhas, minhocas e outros animais e espécies de plantas (PIMENTEL, 2011). .
. A utilização desses genes obriga os agricultores a aplicar veneno nas plantações mais vezes e em quantidades maiores, resultando no aumento de resíduos nos alimentos que nós comemos, nos rios e no solo, prejudicando ainda mais o equilíbrio do meio ambiente.
.Os alimentos transgênicos são submetidos a testes rigorosos em animais de laboratório antes de sua liberação, o que não ocorre com alimentos elaborados com plantas obtidas por métodos convencionais. Outro aspecto importante, é que estes produtos destinados à saúde humana oriundos de microrganismos transgênicos passam pelos mesmos testes que passam os medicamentos convencionais (CIB, 2005).
4.3.4 Principais alimentos transgênicos que fazem parte da dieta do consumidor
brasileiro.
. Óleos de cozinha- Óleos extraídos de soja, milho e algodão.
.Soja- Leite de soja, tofu, bebidas de frutas e soja e pasta missô.
.Pães, bolos e biscoitos- Ingredientes usados em pães e bolos vem da soja, como farinha, óleo e agentes emulsificantes como lecitina. Outros componentes podem derivar de milho transgênico, como glucose e amido.
.Milho- Espiga, flocos e do milho em lata encontrado nos supermercados. Além dos subprodutos – amido, glucose – usados em alimentos processados (salgadinhos, bolos, doces, biscoitos, sobremesas). Feijão Embrapa (Fonte: BBC Brasil, 2013.)
 Normalmente, ouve-se falar mais em soja ou milho transgênico, porém já foram feitos testes com arroz, feijão, abobrinha, queijo, mamão e salmão.
O Salmão é o primeiro animal geneticamente modificadoaprovado para consumo humano em 2015, modificado geneticamente pela empresa canadense AquaBounty, aprovado pela FDA, agência que regula a alimentação e medicamentos nos Estados Unidos.
4.3.5 Rotulagem dos alimentos transgênicos no Brasil
 O Decreto nº 3.871/01 era o que vigorava e determinava que alimentos que continham OGM com presença superior a quatro por cento, deveriam conter essa informação em seu rótulo (BRASIL, 2001). Em 2003 este foi revogado pelo Decreto nº. 4.680/03 que define o seguinte:
Alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, com presença de mais de 1% do produto, durante sua comercialização, o consumidor deve estar ciente da natureza transgênica desse produto (BRASIL, p. 1, 2003).
 Deste modo, exige-se rotulagem para todos os alimentos, inclusive para os alimentos de origem animal que apresentam transgenicidade, além de também exigir a identificação da espécie doadora do gene (BRASIL, 2003).
No rótulo do produto embalado, vendido a granel ou in natura, deve conter obrigatoriamente, uma das seguintes expressões: “(nome do produto) transgênico” ou “contém (nome do ingrediente ou ingredientes) transgênico” ou “produto produzido a partir de (nome do produto) transgênico”, sempre de forma destacada no principal painel do rótulo (BRASIL, 2003).
Além das expressões acima citadas definiu-se que era necessário que, em destaque, fosse impresso na embalagem destes alimentos e ingredientes alimentares, o “símbolo transgênico”, que se refere a um T envolvido por um triângulo com o fundo amarelo. O referido símbolo foi estabelecido pelo Ministério da Justiça na Portaria nº. 2.658/03, após realização de consulta pública (BRASIL, 2003).
4.4 Alimentos Integrais
Alimento integral é aquele não processado ou pouco processado e que mantém em perfeitas condições o conteúdo de fibras e nutrientes. Embora não exista uma legislação que defina esse tipo de alimento, alguns especialistas defendem que para ser considerado integral, o alimento deve conter a mesma composição de quando é encontrado na natureza, ou seja, não deve apresentar redução em seu teor nutricional. São considerados grãos íntegros quando não passaram por alguns processos industriais que retiram a sua casca fibrosa. Assim, ainda possuem a película que os envolve e mantém os componentes anatômicos principais: endosperma, germe e casca (farelo). Quando os grãos passam pelos processos industriais, são retirados a casca e o germe, restando somente o endosperma para consumo, parte composta principalmente por carboidratos e proteínas.
 Porém, um produto integral não pode ser confundido com um produto In Natura. Esse, de acordo com o Ministério da Saúde, é aquele ofertado e consumido em seu estado natural, sem sofrer alterações industriais que modifiquem suas propriedades físico-químicas (textura, composição, propriedades organolépticas) como, por exemplo, as frutas e o leite fresco.
Os produtos integrais são mais nutritivos do que os refinados. Como não passam pelo processo de refinamento, os alimentos integrais normalmente possuem mais fibras e mantêm micronutrientes, como vitaminas e minerais. Porém, quando se trata de produtos ultraprocessados – aqueles em pacotinhos normalmente prontos para consumir – todas essas vantagens podem ir pelo ralo. Quem compra biscoitos integrais, por exemplo, tem motivos de sobra para se decepcionar. Uma pesquisa do Idec constatou que apenas 3 de 14 produtos avaliados contêm farinha de trigo ou cereal como principal ingrediente de sua fórmula. Do restante, seis biscoitos contêm mais farinha refinada do que integral e cinco sequer têm farinha ou cereais integrais em sua composição. 
O alimento integral é considerado a principal fonte de fibras, ajudando a prevenir doenças como obesidade, diabetes e problemas intestinais.
As principais funções desse nutriente (fibras) são: promoção do bom funcionamento intestinal, sensação de saciedade, redução dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Além da fibra, os alimentos integrais são ricos em vitaminas A, vitaminas do complexo B e em minerais, como cálcio, fósforo e ferro.
4.4.1 Vantagens dos alimentos integrais
. Por conter mais fibras, o alimento integral é absorvido mais lentamente pelo organismo, aumentando a sensação de saciedade. Isso ajuda a controlar a ingestão de calorias e, assim, a prevenir o ganho de peso.
. As fibras do tipo insolúvel (presentes em farelo de trigo, frutas, legumes e verduras) auxiliam no trânsito intestinal. Elas favorecem um tipo de fermentação que diminui o pH do intestino, o que ajuda na digestão.
. O consumo de fibras também favorece a redução da pressão arterial (prevenindo a hipertensão), do nível de glicemia no sangue e auxilia no tratamento de doenças cardiovasculares. Reduz o risco de DAC ( doença arterial coronariana), AVC ( acidente vascular cerebral) e neoplasia de cólon em indivíduos com maior ingestão de fibras. .Auxilia na redução do peso corporal e ainda atua na melhora do sistema imunológico .
. Alimentos integrais contêm micronutrientes (como vitaminas e minerais) que seriam eliminados no processo de refinamento. O arroz integral, por exemplo, tem vitamina A, enquanto o branco não tem.
4.4.2 Desvantagens dos alimentos integrais
Apesar das inúmeras vantagens proporcionadas pelo consumo de alimentos integrais, devemos mencionar também a principal desvantagem com relação a esses alimentos: o excesso. Na busca por uma alimentação mais saudável, muitas pessoas cometem exageros com relação aos integrais, acreditando, por exemplo, que estão consumindo produtos menos calóricos, ou que somente o consumo de alimentos com alto teor de fibras resolverá seus problemas intestinais.
Os alimentos integrais, ao contrário do que dizem, são tão, ou mais, calóricos que os alimentos refinados. Eles auxiliam no emagrecimento na medida em que aumentam a saciedade e, consequentemente, facilitam a redução da quantidade de comida. Da mesma forma, o consumo adequado de fibras sem que haja a ingestão mínima de água necessária por dia pode levar a pessoa a um quadro de constipação ainda maior.
A ingestão de fibras deve consistir em quantidades iguais de fibras solúveis e insolúveis, num total de 20 a 30g de fibras diárias, no máximo 35g ou 10 a 13g de fibras para cada 1000 Kcal ingeridas. O excesso de fibras interfere com a absorção de zinco, cálcio, magnésio, cobre e ferro, especialmente em crianças e idosos.
4.4.3 Rotulagem e regulamentação dos alimentos integrais
A RDC nº 269/2005, “Regulamento técnico sobre a Ingestão Diária Recomendada (IDR) de proteína, vitaminas e minerais” não estabelece critérios para designar um produto como integral. Por isso, sua revisão foi incluída na Agenda Regulatória da Anvisa, do biênio 2015-2016. A intenção dessa revisão é estabelecer os critérios mínimos para que os alimentos possam utilizar a declaração “integral”. O processo regulatório encontra-se em fase inicial de pesquisa de referências internacionais e levantamento dos atores interessados. 
Ainda que não existam critérios na legislação sanitária para produtos “integrais”, há a possibilidade de uso de informação nutricional complementar na rotulagem e em materiais publicitários referente a fibras, como por exemplo, fonte de fibras, rico em fibras. As informações nutricionais complementares são voluntárias e devem atender aos requisitos estabelecidos na RDC nº 54/2012, que trata sobre o Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complementar. 
Por enquanto, porém, a única forma de o consumidor saber se um produto é mesmo integral é olhando a lista de ingredientes. A lista é obrigatoriamente disposta em ordem de proporção, ou seja, do ingrediente em maior quantidade para aquele em menor quantidade. No caso de produtos de panificação, como os biscoitos, o ideal é que a farinha integral seja o primeiro item da lista. Outra alternativa seria que os fabricantes especificassem o percentualde farinha ou cereais integrais presentes no alimento, pelo menos, para dar mais clareza ao consumidor. Mas, dos produtos avaliados, apenas um traz essa informação: o biscoito Cacau e Cereais Belvita.
 Embora a lista de ingredientes seja a única fonte de informação hoje, ela também pode confundir. Os cinco biscoitos que contêm apenas farinha refinada adicionam fibras separadamente para “caracterizá-los” como integrais. É comum ver entre os ingredientes desses produtos itens como fibra de aveia, fibra de trigo, farelo de trigo. Esse “monte de fibras” na lista pode impressionar o consumidor.
Segundo a Professora Domene ( Unifesp- Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva),os fabricantes preferem utilizar a farinha refinada por razões econômicas: “Como tem menos nutrientes, a farinha de trigo refinada se conserva por mais tempo, o que diminui perdas e, consequentemente, reduz o custo operacional”, explica a professora. Além disso, ela acredita que produtos com farinha branca são mais “atrativos” para o consumidor pouco acostumado a alimentos integrais, pois são mais macios, mais claros e duram mais tempo.
Quem compra biscoitos integrais pensando em ingerir mais fibras também vai se decepcionar. Nenhum deles é “rico em fibras” ou tem “alto teor de fibras”, de acordo com os critérios fixados pela Anvisa, nem mesmo os que têm farinha integral como ingrediente principal. Para se enquadrar nessas categorias (e poder indicá-la no rótulo do produto), o alimento deve conter pelo menos 5 gramas de fibras por porção do alimento. Abaixo dessa, está a categoria dos alimentos que são “fonte de fibras”, que são aqueles que contêm pelo menos 2,5 g do nutriente por porção. Só quatro biscoitos se encaixam nela; os outros dez, nem isso. Um dos biscoitos erra feio na declaração em relação a fibras: o Cookie sabor Laranja, da marca Svelte, informa no rótulo ter alto teor de fibras, mas possui apenas 1,8g do nutriente por porção, segundo declarado na tabela nutricional, infringindo a legislação.
 Além disso, outros três produtos usam alegações sobre fibras nas páginas oficiais da marca na internet de forma indevida: Nesfit Original e Nesfit Aveia e Mel (Nestlé) e Sublime Original Cream Cracker Integral (Panco). Eles declaram ser “fonte de fibras”, no caso dos biscoitos Nesfit, e “nutritivo, rico em fibras de trigo”, no caso do da Panco, mas não contêm a quantidade de fibras exigidas para tanto – têm entre 1,6 g e 1,8 g do nutriente por porção. Depois de questionada pelo Idec, a Nestlé mudou o site. Para o Idec, o conteúdo do site oficial das marcas viola o direito à informação adequada e caracteriza propaganda enganosa, segundo os artigos 6o e 37o do Código de Defesa do Consumidor. “Embora a legislação que regula o uso dessas alegações tenha sido criada para o rótulo dos alimentos, por analogia, a mesma regra deve valer para qualquer peça de comunicação ou publicidade, a fim de não induzir o consumidor a erro”, destaca a nutricionista do Idec. 
A Anvisa reforça que o uso de alegações desse tipo no rótulo ou em materiais publicitários é voluntário, mas os fabricantes que decidirem utilizar devem seguir as regras para tanto.
4.4.4 Alimentos integrais mais vendidos nos mercados
.Possui farinha/cereal integral Biscoito Cream Cracker Integral como ingrediente principal : Biscoito Integral de Aveia – Vitao, l Biscoito Cream Cracker Integral – Piraquê, Biscoito Nesfit Aveia e Mel – Nestlé .
.Possui farinha/cereal em quantidade menor do que outros ingredientes: Biscoito Nesfit Original – Nestlé ,Biscoito Cacau e Cereais – Belvita ,Biscoito Integral – Clube Social ,Biscoito Maisena Fibras – Bauducco ,Biscoito Cereale Integral com Leite e Granola – Bauducco, Biscoito Cereale Multigrãos .
.Não contém farinha ou cereal integral entre ingredientes (apenas farelo ou fibra de cereal)- Biscoito Nesfit Original – Nestlé, Biscoito Cacau e Cereais - Belvita , Biscoito Integral – Clube Social Biscoito Maisena Fibras – Bauducco ,Biscoito Cereale Integral com Leite e Granola – Bauducco, Biscoito Cereale Multigrãos- Bauducco , Biscoito Maizena Integral – Marilan ,Biscoito Cream Cracker Integral- Marilan , Biscoito Integral – Triunfo ,Biscoito Sublime Cracker Integral – Panco, Biscoito Cookie sabor Laranja – Svelte.
Fibras de menos: 
.Alto teor de fibras ou rico em fibras (mínimo: 5 g/porção)- Nenhum.
.Fonte de fibras (mínimo: 2,5 g/porção)- Biscoito Maisena Fibras – Bauducco , Biscoito Cereale Multigrãos – Bauducco, Biscoito Cereale Leite e Granola – Bauducco, Biscoito Integral – Triunfo.
.Não é fonte de fibras: Biscoito Maisena Fibras – Bauducco , Biscoito Cereale Multigrãos – Bauducco , Biscoito Cereale Leite e Granola – Bauducco , Biscoito Integral – Triunfo , Biscoito Maizena Integral – Marilan , Biscoito Cream Cracker Integral – Marilan , Biscoito Cream Cracker Integral – Piraquê , Biscoito Integral- Clube Social , Biscoito Nesfi t Original – Nestlé , Biscoito Nesfi t Aveia e Mel- Nestlé , Biscoito Cacau e Cereais – Belvita , Biscoito Integral de Aveia – Vitao, Biscoito Sublime Cracker Integral – Panco , Cookie sabor Laranja – Svelte.
Em relação aos pães integrais, estudos revelam que os rótulos avaliados, em sua maioria, apresentaram diversas irregularidades em relação às legislações brasileiras vigentes e ao Substitutivo que está tramitando no Congresso Nacional. 
Constatou-se que, de todos os rótulos avaliados, metade está inadequada quanto à RDC nº 54; 73,3% possuem irregularidade quanto à RDC nº 90; 73,3% não estão adequados ao Substitutivo; 60% das marcas não possuíam como primeiro ingrediente a farinha integral; e 86,7% das marcas verificadas não possuem o selo de certificação. A média de sódio encontrada nos rótulos foi de 185 miligramas, o que representa mais do dobro do que é considerado “baixo teor de sódio” referido na RDC nº 54. Conclui-se que os rótulos avaliados neste estudo, em sua maioria, apresentaram diversas irregularidades em relação aos objetivos propostos.
 O alimento, para ser considerado integral, terá que apresentar em sua composição mais de 51% de grãos integrais.
4.5 Alimentos Enriquecidos
 Considera-se alimento fortificado/enriquecido todo alimento ao qual for adicionado um ou mais nutrientes essenciais, tais como vitaminas, minerais e ou aminoácidos. O objetivo desta adição deve ser o de reforçar o seu valor nutritivo em um ou mais nutrientes, na alimentação da população ou em grupos específicos da mesma. Alguns alimentos, tais como as farinhas de milho e de trigo, devem obrigatoriamente ser fortificadas com ferro e ácido fólico, visando a redução da prevalência de anemia por carência de ferro e as doenças do tubo neural, por exemplo, nascimento de bebês com anencefalia ou espinha bífida.
Há uma diferença entre um alimento adicionado de nutrientes e alimento enriquecido/fortificado. A diferença está no percentual em relação à IDR(Ingestão diária recomendada-Resolução RDC N° 269/2005) do nutriente adicionado.
 Alimentos adicionados de nutrientes essenciais: Adição de vitaminas e de minerais, desde que 100mL ou 100g do produto pronto para o consumo forneçam no máximo 7,5% da IDR* de referência, no caso de líquidos, e 15% da IDR de referência, no caso de sólidos. Nesse caso, o rótulo do produto pode trazer a alegação “Fonte”. Ressalta-se que os alimentos “fonte” não atingem os percentuais de adição dos alimentos enriquecidos. Por exemplo: Fonte de Ferro, Fonte de Cálcio.
 Alimentos Enriquecidos ou Fortificados: é permitido o enriquecimento ou fortificação, desde que 100mL ou 100g do produto pronto para consumo forneçam no mínimo 15% da IDR de referência, no caso de líquidos, e 30% da IDR de referência, no caso de sólidos. Nesse caso, o rótulo do produto pode trazer a alegação “Alto Teor” ou “Rico”. Por exemplo: Alto Teor de Ferro, Rico em Cálcio.
 Em geral, estes nutrientes são absorvidos pelo organismo, no entanto, alguns fatores auxiliam a absorção e outros prejudicam. A absorção do ferro é favorecida quando o alimento é consumido com outro que contenha vitaminaC. O estado fisiológico do indivíduo pode interferir negativamente na absorção de nutrientes, como por exemplo, a existência de parasitoses. A ingestão de alguns nutrientes pode interferir na absorção de outros. Por exemplo, o cálcio prejudica a absorção do ferro. Ou seja, a absorção do nutriente não depende apenas do processo de adição, mas também de fatores orgânicos de quem está ingerindo o alimento.
 A fortificação de alimentos vem sendo utilizada como um recurso de baixo custo na prevenção de carências nutricionais em muitos países, desenvolvidos e em desenvolvimento. Diversos alimentos têm sido utilizados na fortificação, mostrando-se eficientes e bem tolerados (VELLOZO; FISBERG, 2010b). A adição de fortificantes deve ocorrer em alimentos que efetivamente participem da rotina da alimentação regional. Seu uso deve ser inserido somente após avaliação do estado nutricional da população alvo (VELLOZO; FISBERG, 2010). 
Fatores como alterações no padrão do consumo alimentar e aumento da ingestão de alimentos industrializados, acarretam à prática de fortificação a fim de se reduzir e prevenir as deficiências nutricionais da população (LIBERATO; PINHEIROSANT’ANA, 2006).
4.5.1 Benefícios dos alimentos enriquecidos 
. A fortificação de alimentos é uma estratégia importante para resolver problemas de deficiência nutricional, contudo a ingestão excessiva de micronutrientes pode ocasionar hipervitaminose. Durante o beneficiamento do alimento os limites de ingestão máxima tolerável recomendada pela RDA/ UL devem ser respeitados (LIBERATO; PINHEIROSANT’ANA, 2006).
.Grande eficiência no combate à carência nutricional e em algumas enfermidades, em especial para a anemia ferropriva, tanto no Brasil quanto no exterior, uma vez que o custo da fortificação é baixo e há grande disponibilidade de alimentos que podem ser usados.
4.5.2 Fortificação de alimentos e seus possíveis riscos à saúde
Segundo a ANVISA a Portaria nº 31, de 13 de Janeiro de 1998, preconiza que na adição de nutrientes essenciais, nenhuma substância nociva ou inadequada deve ser introduzida ou formada como consequência da adição de vitaminas, sais minerais, aminoácidos, ou como consequência de processamento com o propósito de estabilização. O nutriente deve estar presente em concentrações que não impliquem ingestão excessiva ou insignificante desse e sua adição deve considerar a probabilidade de ocorrência de interações negativas com nutrientes ou outros componentes presentes no alimento.
Alguns estudos relatam que o consumo frequente de alimentos enriquecidos pode acarretar ao acúmulo de alguns nutrientes, levando o organismo à intoxicação aguda ou crônica. A ingestão máxima tolerável pelo organismo, isto é, o montante máximo que pode ser ingerido diariamente, sem que se causem danos ou reações adversas, já foi determinado para a maioria das vitaminas. Observar esses valores é de fundamental importância na prevenção à intoxicação (LIBERATO; PINHEIRO-SANTANA, 2006). Em contrapartida, existem apenas alguns relatóriospublicados que abordam a hipervitaminose ocasionada pela ingestão excessiva de alimentos fortificados. Entre 1953 e 1955, uma pesquisa clínica realizada no Reino Unido encontrou 204 casos de hipercalcemia em lactentes, resultante da ingestão excessiva de alimentos enriquecidos com vitamina D. Em Massachusetts (EUA), a concentração de vitamina D3 encontrada no leite de vaca foi de 70 a 600 vezes maior que a RDA (10mg / l) (LIBERATO; PINHEIRO-SANTANA, 2006).
Fatores fisiológicos e nutricionais podem interferir na absorção, no transporte e no armazenamento dos micronutrientes essenciais, possibilitando o aumento da suscetibilidade à deficiência ou toxidade, a prática de fortificação pode exacerbar a deficiência de outros nutrientes apesar de estudos sobre o assunto terem mostrado resultados controversos, pois existe uma incerteza acerca dos efeitos da fortificação de alimentos (LOBO; TRAMONTE, 2004).
É importante salientar o risco de ocorrerem problemas durante o acréscimo de vitaminas e minerais aos alimentos, durante o processamento industrial. Um estudo verificou que 80% das amostras de leite de vaca fortificado apresentaram variação no teor de vitamina A de 20% em relação ao valor impresso no rótulo (LIBERATO; PINHEIRO-SANTANA, 2006).
Em estudos com suplementação na alimentação com sulfato ferroso em concentração de 19mg/de ferro por dia demonstraram que elevados estoques de ferro podem ser associados ao risco de infarto do miocárdio, além de induzir um acúmulo de ferro hepático e aumentar a possibilidade de processos carcinogênicos no organismo (SIQUEIRA et al., 2006).
4.5.3 Regulamentações para fortificação dos alimentos
No Brasil, a regulamentação sobre fortificação de alimentos é feita pela ANVISA. A Portaria n° 31, de 13 de janeiro de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária – Ministério da Saúde, fixa identidade e características mínimas de qualidade para Alimentos Adicionados de Nutrientes Essenciais. 
As técnicas de fortificação de alimentos obedecem a princípios estabelecidos pelo Codex Alimentarius (FAO, 1995) afim de garantir a segurança alimentar do consumidor final; assim este estabeleceu os 10 princípios fundamentais para a prática de fortificação de nutrientes essenciais aos alimentos processados: 
.Os nutrientes essenciais devem estar presentes em um nível que não resulte em qualquer uma ingestão excessiva ou insignificante do nutriente adicionado, considerando valores obtidos em outras fontes na dieta.
. A adição de um nutriente essencial para uma alimentação não deve resultar em um efeito adverso sobre o metabolismo de qualquer outro nutriente.
. Os nutrientes essenciais devem ser suficientemente estáveis nos alimentos, nas condições usuais de embalagem, armazenamento, distribuição e utilização.
. Os nutrientes essenciais devem ser biologicamente disponíveis no alimento.
. O nutriente essencial não deve transmitir características indesejáveis ao alimento e não deve indevidamente encurtar a vida de prateleira.
. Recursos tecnológicos e instalações de processamento devem estar disponíveis para permitir-se a adição de nutrientes essenciais de forma satisfatória.
. A adição de nutrientes essenciais aos alimentos não deve ser utilizada para enganar ou ludibriar os consumidores quanto ao valor nutricional dos alimentos. 
O produto poderá conter a alegação “Fonte” em seu rótulo se fornecer no
mínimo os níveis de IDR estabelecidos para os Alimentos Simplesmente Adicionados de Nutrientes. Alimentos Enriquecidos/Fortificados devem conter no painel principal do rótulo a designação do alimento convencional e uma das seguintes expressões: “Enriquecido (Fortificado) com Vitamina(s)...”, “Vitaminado”, “Enriquecido (Fortificado) com Minerais”, Enriquecido (Fortificado) com Vitaminas e Minerais.
Estes alimentos são dispensados da obrigatoriedade de registro, sendo obrigatória uma comunicação de início de fabricação e/ou de importação. É importante ressaltar que isso não os exime da obrigatoriedade de cumprir os requisitos para alimentos acrescidos de nutrientes e vitaminas. Além disso, estes alimentos estão sujeitos à fiscalização e ao monitoramento da qualidade, realizado pela Vigilância Sanitária.
Um fato importante a destacar é que determinadas adições podem ser obrigatórias, nos casos em que esse enriquecimento contribua para corrigir deficiências nutricionais da população. Um dos casos mais conhecidos é a adição do Iodo no sal de cozinha. Essa é uma medida adotada há várias décadas para suprir a carência por esse mineral, fenômeno observado principalmente nas populações que moram longe do litoral e tem uma dieta pobre em peixes.
4.5.4 Nutrientes elegíveis à fortificação
Os Micronutrientes mais comumente estudados e aplicados às técnicas da fortificação de alimentos são: ferro, ácido fólico, vitamina D, cálcio, vitamina A e zinco; conforme revisão de literatura.
Estudos comprovam que Alimentos de consumo habitual fortificados com o pó da casca de ovo podem contribuir de formasignificativa para a ingestão adequada de cálcio e pode contribuir na prevenção de deficiência de cálcio , em especial na redução do risco de osteoporose, em indivíduos de diferentes grupos etários e extratos sociais.
O soro do leite é usado no enriquecimento nutricional do pão de forma e em produtos de panificação em geral. Estudos revelam que o soro do leite possui valor nutricional, principalmente em termos de proteínas e cálcio.
4.6 Conclusão
 A saúde, o bem-estar e a qualidade de vida de uma população decorrem da quantidade e qualidade dos alimentos consumidos por uma população, assim como de seu estilo de vida. A integridade e a biodiversidade da flora e fauna subterrânea dispõe para as plantas uma variedade de nutrientes, o que acarreta melhor qualidade dos alimentos que ingerimos. Entretanto, a nutrição é o resultado da interação entre o alimento que ingerimos e o nosso organismo, isto é, o mesmo alimento pode ter efeitos distintos em pessoas diferentes. O alimento consegue exercer totalmente sua função quando o organismo está em condições de assimilá-lo, separar o que é aproveitável do que é dispensável, transformá-lo e transportá-lo aos tecidos que dele necessitam. É fundamental que o homem recupere sua sensibilidade e reconheça suas demandas essenciais, fazendo escolhas alimentares mais saudáveis diante de tantos novos produtos disponíveis nas prateleiras dos supermercados.
 Hipócrates, o pai da medicina, observou, há 2500 anos, que as doenças originam-se da natureza e podem ser evitadas quando se estabelece um equilíbrio entre o meio ambiente, os alimentos ingeridos e o espírito. Portanto, é sempre tempo de refletirmos sobre seu principal ensinamento - "o alimento é o nosso melhor remédio".
REFERÊNCIAS
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Acessado em 05/03/2017.
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UNIAN – CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE NITERÓI
Cheila da Silva Fazano
Simone Paula de Melo
Amanda Moinhos M. da Silva
Luciene Moura da S. F. Alexandre
Francisca G. S. de Mesquita
Franciane Neri
Alimentos: Industrializados, Orgânicos, Transgênicos, Integrais, Enriquecidos
Niterói
2017
UNIAN – CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE NITERÓI
Cheila da Silva Fazano
Simone Paula de Melo
Amanda Moinhos M. da Silva
Luciene Moura da S. F. Alexandre
Francisca G. S. de Mesquita
Franciane Neri Corrêa
Alimentos Industrializados, Orgânicos, Transgênicos, Integrais, Enriquecidos
Trabalho apresentado á Professora Zaíra Costa da disciplina Gastronomia aplicada à Nutrição da turma do segundo período do turno da noite do curso de Nutrição.
Niterói
2017

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