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12/06/2013 1 LARVICULTURA 2013.1 Prof. Renato César Características Básicas das Larvas de Peixes 12/06/2013 2 Maioria dos peixes marinhos tem ovos pelágicos e flutuantes próximo da superfície Tamanho médio entre 0,5 e 5,5mm de diametro Período embriônico: Inicial – desde a fertilização até o fechamento do blastóporo. Trocas gasosas, nutricionais e excretas ocorrem por difusão Médio – Até o início da “flexão” Tardio – até a eclosão PIGMENTAÇÃO: característica taxonômica Estágio de Metamosrfose: Após estágios iniciais Mudanças na forma e estrutural do corpo, que pode ser gradual ou repentina Na maioria das espécies as larvas não se parecem com seus adultos Desenvolvimento larval continua até o desenvolvimento completo do esqueleto, nadadeiras, órgão, aparelhos e sistemas se completa Quando a aparência é igual à do adulto, os animais são juvenis imaturos Ovo Saco Vitelínico Pré-flexão Flexão Pós-flexão 12/06/2013 3 IDENTIFICAÇÃO DE ICTIOPLÂNCTON Difícil e requer instrumentação e experiência ESTRATÉGIAS DE DESOVAS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE 12/06/2013 4 FATOS O recrutamento de larvas de peixes marinhos vai determinar o número de juvenis sobreviventes Os dois principais fatores das altíssimas taxas de mortalidade em larvas de peixe são a fome e a predação O aquecimento global pode ter consequências diretas na sobrevivência larval em todo o planeta 12/06/2013 5 12/06/2013 6 12/06/2013 7 Piscicultura marinha: 3% da produção aqüícola mundial 1,55 milhoes de toneladas Principais paises produtores Noruega Estados Unidos Canada Europa Japao Asia Chile Dourada (Gilted seabream) Sparus aurata Principais Especies Cultivadas no Mundo 12/06/2013 8 Salmao do Atlantico Salmo salar Robalo europeu (Sea bass) Dicentrarchus labrax Barramundi Lates calcarifer Beijupirá (Cobia) Rachycentron canadum 12/06/2013 9 Bacalhau do Atlantico Gadus morhua Halibut do Atlantico Hippoglossus hippoglossus Robalo japonês (Japanese sea bass ou Japanese sea perch) Lateolabrax japonicus Turbot (Pregado) Psetta maxima 12/06/2013 10 Atum Thunnus thynnus Seriola quinqueradiata Arabaiana Principais Especies Cultivadas no Brasil Linguado (Solha) Paralichthys orbignyanus Robalo peva Centropomus parallelus 12/06/2013 11 Beijupirá (Cobia) Rachycentron canadum Estado da Arte no Mundo Best on salmon - cost-effective, reliable and future-oriented 12/06/2013 12 12/06/2013 13 157 m diametro x 15mt profundidade = 30.000 M3 40 m diametro x 4m prof. = 550 M3 12/06/2013 14 1.000 tons de salmao em 1 gaiola (30.000m3) = 3,33% da biomassa, o resto e agua 12/06/2013 15 12/06/2013 16 Despesca e Processamento 12/06/2013 17 Rastreabilidade e Valor Agregado 12/06/2013 18 A. European Sea Bass CSAR – Example of research activities: Effluent Management in Land-Based Aquaculture Systems Videos BRASIL -Vocação aquícola natural Produção pesqueira: 50% da demanda Importações: 180.000 ton U$350.000.000/ano Produtos pesqueiros representam 10% do consumo de carne Principais espécies importadas: bacalhaus merluzas (Merluccius sp.) Salmão (Salmo sp.) Prioridades - BRASIL -Selecao de Areas -Selecao de Especies com potencial -Domesticacao das especies -Criacao de Pacote tecnologico 12/06/2013 19 CEAC/Labomar/UFC Eusébio, CE 4,4 ha 07/nov/2006 Centro de Estudos em Aqüicultura Costeira (CEAC) LABOMAR/UFC Eusébio, CE 19/jan/2009 Estuario do Rio Pacoti Laboratório de Aquicultura Marinha LUTJANÍDEOS 21 generos 125 especies 12/06/2013 20 VULGAR Ariacó Carapitanga Baúna Caranha Cioba Dentão Guaiúba Pargo-verdadeiro Pargo-olho-de-vidro Pargo-boca-negra Pargo-mariquita Pargo-piranga CIENTÍFICO Lutjanus synagris Lutjanus apodus Lutjanus griseus Lutjanus cyanopterus Lutjanus analis Lutjanus jocu Lutjanus chrysurus Lutjanus purpureus Lutjanus vivanus Lutjanus bucanella Etelis oculatus Rhomboplites aurobens Importante recurso pesqueiro para as Regiões Norte e NE, principalmente o pargo, L. purpureus Estoques sobreexplotados no NE Volume (ton) de captura de Lutjanus nos Estados do CE, PE, RN e BA FONTE: Ferreira et al. (2004) Participação relativa das principais espécies de lutjanídeos capturados na região NE em 2005 segundo o IBAMA (2006) EXPORTAÇÕES BRASIL Volume de exportações de pargo vem reduzindo ao longo dos anos Maior volume de exportação concentrado no pargo congelado Preços Pargo congelado: US$ 4.77/kg (2008) Pargo fresco: US$ 5.03/kg (2008) File pargo congelado: US$ 8.58/kg (2007) Filé (L. purpureus) congelado: US$ 10.02/kg (2008) 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 587 3.495 3.323 3.912 3.713 3.364 1.269 100 1.576 9.849 10.002 13.749 15.008 16.983 6.725 433 0 2.000 4.000 6.000 8.000 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* FONTE: Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (AliceWeb) *De Janeiro a Julho de 2009 TONELADAS ANO EXPORTAÇÃO DE PARGO DO BRASIL US$ FOB x 1.000 74,3% 22,0% 2,0% 1,7% PARGO CONGELADO PARGOS FRESCOS OU REFRIGERADOS FILES DE PARGO,CONGELADOS FILÉ/PARGO (LUTJANUS PURPUREUS) CONGELADOS FONTE: Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (AliceWeb) *De Janeiro a Julho de 2009 ANOS 2002-2009/jul. MERCADO EUA constitui o principal importador de Lutjanus spp. Mais de 20 países exportadores Cinco maiores em volume de exportação nos últimos 3 anos: Congelado: Indonésia, Brasil, Suriname, Guiana e Nicaragua Fresco: Austrália, Bahamas, Brasil, Colômbia, Costa Rica Entre 2005 e 2008, importações anuais Volume: 14.4 – 17.9 mil toneladas ao ano Valor: 70.5 – 84.2 milhões de dolares 4 598 3.646 6.174 6.452 5.410 7.318 9.154 11.646 11.286 11.104 12.839 14.075 15.226 16.056 15.528 17.906 17.215 18.570 14.387 6.834* 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 20.000 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 FONTE: National Marine Fisheries Service, Fisheries Statistics (www.sr.nmfs.noaa.gov/st1) *Dados de 2009 até julho TONELADAS ANO IMPORTAÇÕES (TON) DE LUTJANUS spp. PELOS EUA 12/06/2013 21 Reprodução Reprodução em cativeiro com protocolos descritos para as seguintes espécies: • Tailândia e Filipinas, L. argentimaculatus • EUA, L. synagris, L. chrysurus, L. analis e L. analis • México, Lutjanus guttatus e L. campechanus L. campechanus sendo liberado no México para repovoamento (Fonte: Hawkins et al., 2003) Alevinos de beijupirá e cioba após 45 de eclosão produzidosna Costa Rica (Fonte: Benetti., 2003) Reprodução Captura de indíviduos selvagens, jovens ou adultos Controle de parâmetros ambientais (temperatura e fotoperíodo) Ovulação induzida por hormonios: injeção intramuscular • LHRHa* (Hormônio Liberador do Hormônio Luteinizante): 1.000 µg/kg peso vivo • hCG (Gonadotrofina Coriônica Humana): 500 – 1.500 UI/kg peso vivo Matrizes de cioba no CEAC/LABOMAR Reprodução em Cativeiro L. argentimaculatus (segundo Emata, 1996) • Fêmeas (2,5 – 4,4 kg) e machos selvagens estocados em gaiolas numa relação de 1:1 a 1:3 • Desova alcançada com única injeção intramuscular (p/ macho ou fêmea) • Doses de 1.500 UI de hCG por kg de peso vivo ou 100 mg de LHRHa por kg • Desova após 32-36 h da injeção • 0,53 – 2,14 milhões de ovos/fêmea • Taxas de fertilização de 21 – 97%, • Taxas de eclosão de 42 – 80% • Entre 35 – 85% de larvas “normais” (sem deformidades) Reprodução em Cativeiro L. analis (segundo Watanabe et al., 1998) • Captura de 15 inds. selvagens (0,3 – 0,78 kg) • Estocados em tanque de 15 m3 (8 fêmeas e 3 machos) • Alimentação até a saciedade com ração comercial contendo 38% PB combinado com lula e peixe • Após 3 anos, fêmeas de 1,5 – 2,08 kg e machos de 1,22 – 1,93 kg • Indução hormonal com hCG • Fêmeas: 500 UI/kg, 1ª dose; 1.000 UI/kg, 2ª dose (24 h) • Machos: 500 UI/kg, 1ª dose • Desova voluntária 33 h após 1a injeção • Taxa de fertilização de 75,7%; 534.781 ovos liberados/fêmea; diâmetro dos ovos fertilizados, 783 µm Reprodutor de cioba em cativeiro Foto: Benetti et al., (2001) GAA Magazine, p. 71-74 12/06/2013 22 PONTOS FINAIS 1. Aspectos positivos dos lutjanídeos: 1. mercado e preço ascendente (doméstico e internacional), oferta em diminuição (capturas) 2. técnicas de maturação e desova em cativeiro relativamente consolidadas 3. Se adapta a condições estuarinas para engorda 2. Pontos negativos dos lutjanídeos: 1. Dependentes de proteína marinha nas dietas 2. Cultivos longos com insumos de custo elevado ESTUDOS REALIZADOS COM O APOIO FINANCEIRO DOS SEGUINTES ORGÃOS 4.1. Ornamentais marinhos Dec. 30 (Sri Lanka): Início do comércio de peixes ornamentais marinhos. Dec. 50: Estabelecimento do comércio em larga escala Dec. 70: Expansão da atividade pelos países tropicais 90% das espécies: Ambiente natural Atividade: Pesca artesanal Captura de um exemplar de H. tricolor. Foto: Leo Dutra. (Denis, 1985; Monteiro-Neto et al., 2003) Exemplos de motivos de descartes de Peixes Extremidade da nadadeira dorsal cortada Ventre inchado decorrente de uma descompressão ineficiente. Sistema de aquários de duas empresas exportadoras. Peixes estocados em pequenos compartimentos Peixes estocados em basquetas plásticas. Notar a grande densidade de estocagem. 12/06/2013 23 Embalagem dos peixes para a exportação O peixe é colocado em saco plástico com dois terços do volume com oxigênio puro, sendo posteriormente lacrado com grampo de aço ou elástico. Os sacos com os peixes são acondicionados em caixas de isopor para a viagem. Nottingham et al. 2005 Estatística de exportação por espécie de peixes marinhos para CE em 2007 1º Holacanthus ciliares 2º Pomacanthus paru 3º Pomacanthus arcuatus 4º Holacanthus tricolor 5º Centropyge aurantonotus 6º Acanthurus coeruleus 7º Bodianus pulchellus 8º Bodianus rufus 9º Hippocampus reidi 10º Diodon hystrix IBAMA, 2007 Dúvidas????????????
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