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CCI – 021 – IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO TÉRMICO - FE/UFJF 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CCI – 021 – IMPERMEABILIZAÇÃO E ISOLAMENTO TÉRMICO
PROFº. Dr. ANTÔNIO EDUARDO POLISSENI
IMPERMEABILIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
ALUNO: BRUNO MACHADO GONÇALVES (200824055)
ABRIL/2016
INTRODUÇÃO
 A técnica de impermeabilização tem por objetivo preservar um imóvel contra a ação da água, pois é sabido que a água infiltrada afeta o concreto, armaduras, revestimentos e pode favorecer a ação de fungos e mofo nos ambientes úmidos. As primeiras tentativas de prolongar a vida útil dos imóveis no Brasil foram feitas utilizando óleo de baleira acrescentados a argamassa. Em 1975 criou-se a primeira norma brasileira de impermeabilização e o IBI – Instituto brasileiro de Impermeabilização. Acredita-se que tais criações foram impulsionadas pela obra do metrô de São Paulo em 1968.
 A água, sem dúvida, pode ser uma vilã para edificação. Por isso algumas técnicas para detê-la - ou controla-la - são utilizadas e estudadas na construção. A execução de um projeto de impermeabilização é a forma ideal para garantir a eficiência das técnicas aplicadas para os diferentes ambientes, bem como as diferentes intensidades de água que eles receberão (ex. terraço, banheiro, varanda, laje, etc.). O objetivo do projeto é descrever as informações dos matérias a serem utilizados, orientar o processo de aplicação e apontar as áreas que necessitarão de impermeabilização. Podemos citar algumas fontes de umidade que afetam diretamente uma edificação. Entre elas:
 Umidade do solo: é variável e altamente necessária para indicar as condições hídricas do local. Para se obter medições mais precisas são necessárias sondas de qualidade.
  Umidade Atmosférica: a quantidade de vapor na atmosfera é dependente de fatores como vegetação e hidrografia.
 Umidade de obras vizinhas: as altas pressões da agua podem influenciar no subsolo, muros de contenção e nos solos pouco permeáveis. Para drenar a água, se necessário, utiliza-se drenos ou tubos plásticos. A impermeabilização da estrutura é feita com argamassa impermeabilizante resistente a compressão.
CLASSIFICAÇÃO
 A classificação dos impermeabilizantes se dá em rígidos e flexíveis.
Rígidos são empregados em estruturas sujeitas a pequenas variações térmicas, isto é, aquelas que sofrem pouca dilatação, como piscinas enterradas, galerias enterradas.
 Flexíveis são empregados em estruturas sujeitas a grandes cargas dinâmicas, vibrações e variações térmicas, como jardim suspenso, terraços.
 A impermeabilização rígida pode ser por cristalização, a por argamassa impermeável com aditivo hidrófugo e por argamassa polimérica. 
 A impermeabilização cristalizante é executada à base de cimentos especiais e aditivos minerais, que possuem a propriedade de penetração osmótica nos capilares da estrutura, formando um gel que se cristaliza, incorporando ao concreto compostos de cálcio estáveis e insolúveis. Normalmente se aplica como pintura, com rolo e uma camada fina. O sistema é utilizado em todas as áreas sujeitas à infiltração por lençol freático e infiltrações de contrapressão.
 A impermeabilização por argamassa impermeável com aditivo hidrófugo, aditivos hidrófugos são aditivos impermeabilizantes de pega normal, que reage com o cimento no processo de hidratação. Os aditivos tornam os concretos e argamassas impermeáveis à penetração de água e umidade. Esse tipo de impermeabilização não é indicado para locais com exposição ao sol que possa ocorrer algum tipo de dilatação no substrato. A impermeabilização com argamassa polimérica é realizada com materiais compostos por cimentos especiais e látex de polímeros aplicados sob a forma de pintura, formando uma película impermeável. Possui excelente aderência e garante a impermeabilização para pressões d’água positivas e/ou negativas.
 A impermeabilização flexível pode ser por membranas asfálticas, por membrana de polímero modificado com cimento, por membrana acrílica e por mantas asfálticas. A impermeabilização por membranas asfálticas usa como materiais impermeabilizantes produtos derivados do CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo), podem ser aplicados a frio, como se fosse uma pintura, com trincha, rolo ou escova. Para aplicação a quente é necessário mão-de-obra especializada, pois utiliza caldeiras. Estas membranas têm uso em baldrames e fundações de concreto, além de serem empregados como bloqueador de umidade quando aplicado em contra pisos que irão receber pisos de madeira, primer para mantas asfálticas.
 A impermeabilização por membrana de polímero modificado com cimento trata-se de um produto flexível indicado para impermeabilização de torres de água e reservatórios de água potáveis elevados ou apoiados em estrutura de concreto armado. Pode também ter adições de fibras de polipropileno que aumentam sua flexibilidade. O sistema é formado à base de resinas termoplásticas e cimento aditivado, resultando numa membrana de polímero que é modificada com cimento. 
 Deve ser aplicada sobre superfícies de concreto ou argamassa, com o auxílio de uma trincha, uma camada lisa e homogênea. 
 A impermeabilização por membrana acrílica é formulado à base de resinas acrílicas dispersas, sendo indicados para impermeabilização exposta de lajes de cobertura, marquises, telhados, pré-fabricados e outros. 
 A impermeabilização por mantas asfálticas é feitas à base de asfaltos modificados com polímeros e armados com estruturantes especiais, sendo que seu desempenho depende da composição desses dois componentes.
Onde ocorrem os principais problemas:
Pela ausência do próprio projeto;
Pela especificação inadequada de materiais;
Pela falta de dimensionamento e previsão do número de coletores pluviais para escoamento d’água;
Pela interferência de outros projetos na impermeabilização.
CLASSIFICAÇÃO DAS IMPERMEABILIZAÇÕES
 
 A primeira classificação é quanto a eslaticidade é uma classificaçõas mais genérica abrangendo impermeabilizações flexíveis e rígidas.
 Nas Impermeabilizações rígidas são usados materias como concretos impermeáveis e argamassas impermeáveis. Suas utilizações são em piscinas enterradas, caixas d’agua enterradas, fundações, poços de elevadores, sub solo, etc.
 Na impermeabilização flexível são usados materiais como sistemas asfálticos, sistemas elastimétricos, sistemas poliméricos. Suas utilizações são em lajes terraços, caixa d’agua ou reservatórios elevados, etc.
 Importante: É de utilização condenável impermeabilização rígida em estrutura sujeita a movimentação, seguida de aplicação de pinturas com polímeros em solução ou emulsão.
 Classificação quanto à aderência ao substrato: 
 Essa impermeabilização se divide em aderente e flutuante.
As impermeabilizações aderentes são constituídas por concretos impermeáveis, argamassa impermeável, membranas asfálticas moldadas “in loco”, membras de polímeros, manta asfáltica.
 As impermeabilizações flutuantes são constituídas por mantas asfálticas, mantas poliméricas (PVC), mantas elastoméricas (butílicas/EPDM).
Importante: A camada separadora evita a aderência e impede o ferimento na manta, (feltro asfáltico, filme de polímero, papel betumado, etc.)
 Classificação quanto às solicitações de D’agua: 
Nesta classificação deve-se ter a umidade do solo, sabendo se o contato com a lateral ou subpressões por capilaridade dos materiais empregados na construção. A água de percolação, que é a água que escorre sobre superfícies, não exercendo pressão hidrostática superior a 1 kPa e a água sob pressão.
Os sistemas aplicáveis às várias solicitações d’água podem ser moldados no local como: 
Concretos e argamassas impermeáveis;
Membrana asfáltica à quente, moldadas “ in loco”;
Membras asfálticas a frio, moldadas “in loco”;
Membranas de polímeros em solução. (neoprene e hypalon)
Pré-Fabricadas
Mantas de PVC;Mantas butílicas/EPDM; Mantas asfálticas estruturadas.
Materiais utilizados: 
O mercado oferece diversos sistemas como:
Tamponamento: argamassas especiais aditivadas, com grande aderência e cura rápida. Vedação: uso de borra de silicone mono-componente ou a base de polieuretoano para colagem, vedação e selagem de materiais de construção como cerâmica, metal, vidro, plástico, madeira, concreto, gesso e outros.
Membranas flexíveis moldadas “in loco”: emulsões asfálticas, soluções asfálticas, emulsões acrílicas, asfaltos oxidados + estrutura, asfaltos modificados + estruturas + elastômeros em solução. Membranas flexíveis pré-fabricadas: mantas asfálticas, mantas elastoméricas, manta polimérica. Membrana rígida moldada “in loco”: cristalização, argamassa rígida cristalizada.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AS NORMAS TÉCNICAS: NBR 9574/NBR 9575/NBR 9952
equipedeobra.pini.com.br/	
techne.pini.com.br/
Assinatura

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