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Igualdade e Discriminação no Direito do Trabalho

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“Igualdade e Discriminação no 
Direito do Trabalho”
Flávio da Costa Higa - flaviochiga@hotmail.com
Igualdade e Desigualdade Igualdade e Desigualdade –– AristAristóóteles e Rui Barbosateles e Rui Barbosa
“A igualdade parece ser a base do direito, e o é
efetivamente, mas unicamente para os iguais e 
não para todos. A desigualdade também o é, mas 
apenas para os desiguais.” (ARISTÓTELES. A 
Política) 
“A regra da igualdade não consiste senão em 
quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida 
em que se desigualam. Nesta desigualdade social, 
proporcionada à desigualdade natural, é que se 
acha a verdadeira lei da igualdade.” (RUI 
BARBOSA, Oração aos Moços) 
Igualdade, desigualdade e a predestinaIgualdade, desigualdade e a predestinaçção ão àà escravidãoescravidão
“[...] todos os que não têm nada melhor para nos oferecer do 
que o uso de seus corpos e de seus membros são condenados 
pela natureza à escravidão. Para eles, é melhor servirem do 
que serem entregues a si mesmos. Numa palavra, é
naturalmente escravo aquele que tem tão pouca alma e 
poucos meios que resolve depender de outrem. Tais são os 
que só têm instinto, vale dizer, que percebem muito bem a 
razão nos outros, mas que não fazem por si mesmos uso dela. 
Toda a diferença entre eles e os animais é que estes não 
participam de modo algum da razão, nem mesmo têm o 
sentimento dela e só obedecem a suas sensações. Ademais, o 
uso dos escravos e dos animais é mais ou menos o mesmo e 
tiram-se deles os mesmos serviços para as necessidades da 
vida.” (ARISTÓTELES. A Política)
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– DredDred Scott v. Scott v. SandfordSandford 60 60 U.S.U.S. 393 (1856)393 (1856)
“The question is simply this: Can a negro, whose 
ancestors were imported into this country, and sold as 
slaves, become a member of the political community 
formed and brought into existence by the Constitution of 
the United States, and as such become entitled to all the 
rights, and privileges, and immunities, guarantied by 
that instrument to the citizen? (…) The court think the 
affirmative of these propositions cannot be maintained. 
And if it cannot, the plaintiff in error could not be a 
citizen of the State of Missouri, within the meaning of 
the Constitution of the United States, and, consequently, 
was not entitled to sue in its courts.” (Dred Scott v. 
Sandford, 60 U.S. 393 (1856))
AMENDMENT XIV
Passed by Congress June 13, 1886. Ratified July, 9, 1868.
Note: Article I, section 2, of the Constitution was modified by 
section 2 of the 14th amendment.
Section1. 
All persons born or naturalized in the United States, and 
subject to the jurisdiction thereof, are citizens of the United 
States and of the State wherein they reside. No State shall 
make or enforce any law which shall abridge the privileges or 
immunities of citizens of the United States; nor shall any State 
deprive any person of life, liberty, or property, without due 
process of law; nor deny to any person within its jurisdiction 
the equal protection of the laws.
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– PlessyPlessy v. Ferguson, 163 v. Ferguson, 163 U.S.U.S. 537 (1896)537 (1896)
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– PlessyPlessy v. Ferguson, 163 v. Ferguson, 163 U.S.U.S. 537 (1896)537 (1896)
“(…) All railway companies carrying passengers 
in their coaches in this State shall provide equal 
but separate accommodations for the white and 
colored races by providing two or more 
passenger coaches for each passenger train, or 
by dividing the passenger coaches by a partition 
so as to secure separate accommodations (…). 
No person or persons, shall be admitted to 
occupy seats in coaches other than the ones 
assigned to them on account of the race they 
belong to.” (Justice Brown)
““SeparateSeparate, , butbut equalequal”” -- ““Separados, mas iguaisSeparados, mas iguais””
““OneOne dropdrop rulerule”” -- ““Regra daRegra da gota gota úúnica de sanguenica de sangue””
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– Brown v. Board of Education, 347 U.S. 483 (1954)Brown v. Board of Education, 347 U.S. 483 (1954)
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– Brown v. Board of Education, 347 U.S. 483 (1954)Brown v. Board of Education, 347 U.S. 483 (1954)
“In approaching this problem, we cannot turn the clock 
back to 1868 when the Amendment was adopted, or even 
to 1896 when Plessy v. Ferguson was written. We must 
consider public education in the light of its full 
development and its present place in American life 
throughout the Nation. (…) We conclude that in the field 
of public education the doctrine of ‘separate but equal’
has no place. Separate educational facilities are 
inherently unequal. Therefore, we hold that the plaintiffs 
and others similarly situated for whom the actions have 
been brought are, by reason of the segregation 
complained of, deprived of the equal protection of the 
laws guaranteed by the Fourteenth Amendment.”
SegregaSegregaçção educacional no inão educacional no iníício da dcio da déécada de 1950 nos EUA cada de 1950 nos EUA 
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– Brown v. Board of Education, 347 U.S. 483 (1954)Brown v. Board of Education, 347 U.S. 483 (1954)
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– Brown v. Board of Education, 347 U.S. 483 (1954)Brown v. Board of Education, 347 U.S. 483 (1954)
DiscriminaDiscriminaçção racial e o caso Siegfried Ellwangerão racial e o caso Siegfried Ellwanger
STF STF –– HC 82.424HC 82.424--2 2 –– julgto. 17.09.2003 (caso Ellwanger)julgto. 17.09.2003 (caso Ellwanger)
“Raça humana. Subdivisão. Inexistência. Com a definição 
e o mapeamento do genoma humano, cientificamente não 
existem distinções entre os homens, seja pela segmentação 
da pele, formato dos olhos, altura, pêlos ou por quaisquer 
outras características físicas, visto que todos se qualificam 
como espécie humana. Não há diferenças biológicas entre 
os seres humanos. Na essência, todos são iguais. Raça e 
racismo. A divisão dos seres humanos em raças resulta de 
um processo de conteúdo meramente político-social. 
Desse pressuposto origina-se o racismo que, por sua vez, 
gera a discriminação e o preconceito segregacionista.”
Igualdade e as mulheres em AristIgualdade e as mulheres em Aristóótelesteles
“Na ordem natural, a menos que, como em certos lugares, 
isto tenha sido derrogado por alguma consideração 
particular, o macho está acima da fêmea (...). Na ordem 
política, tal como ela existe na maior parte dos povos, 
obedece-se e comanda-se alternadamente. Todos os 
homens livres são considerados iguais por natureza e todas 
as diferenças se eclipsam (...). Quanto ao sexo, a diferença 
é indelével: qualquer que seja a idade da mulher, o homem 
deve conservar sua superioridade.” (ARISTÓTELES, A 
Política).
Igualdade e RevoluIgualdade e Revoluçção Francesaão Francesa
DeclaraDeclaraçção dos Direitos do Homem e do Cidadãoão dos Direitos do Homem e do Cidadão (1791)
Article premier
Tous les êtres humains naissent libres et égaux en 
dignité et en droits. Ils sont doués de raison et de 
conscience et doivent agir les uns envers les autres 
dans un esprit de fraternité.
Artigo primeiro
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em 
dignidade e direitos. Dotados de razão e de 
consciência, devem agir uns para com os outros em 
espírito de fraternidade.
Igualdade e RevoluIgualdade e Revoluçção Francesa ão Francesa –– Olympe de GougesOlympe de Gouges
DeclaraDeclaraçção dos Direitos da Mulherão dos Direitos da Mulher (1793)
“Si ses contemporains ont pu admettre ses idées féministes, ils 
lui reprocheront ses prises de position politiques. Ils lui 
reprocheront la Déclaration des droits de la femme, parodie de 
l'autre Déclaration, où elle défend les droits des femmes, 
mariées ou non: droitsà la propriété, à la sûreté, à la liberté
d'expression, à la résistance à l'oppression, droit à la vie 
politique pour les citoyennes comme pour les hommes. (...) 
Révoltée par la Terreur, elle s'en prend violemment à Marat 
(‘avorton de l'humanité’) et à Robespierre (‘animal amphibie’). 
Celui-ci l'enverra à l'échafaud le 3 novembre 1793, où elle 
s'écrie, devant la guillotine: ‘Enfants de la patrie, vous vengerez 
ma mort’.” (LYCÉE OLYMPE DE GOUGES)
Igualdade e o direito da mulher ao exercIgualdade e o direito da mulher ao exercíício da advocaciacio da advocacia
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– BradwellBradwell v. v. TheThe StateState 83 83 U.S.U.S. 130 (1872)130 (1872)
“The civil law, as well as nature herself, has always recognized a wide 
difference in the respective spheres and destinies of man and 
woman. Man is, or should be, woman's protector and defender. The
natural and proper timidity and delicacy which belongs to the female 
sex evidently unfits it for many of the occupations of civil life. (...) 
The harmony, not to say identity, of interest and views which 
belong, or should belong, to the family institution is repugnant to 
the idea of a woman adopting a distinct and independent career 
from that of her husband. So firmly fixed was this sentiment in the 
founders of the common law that it became a maxim of that system
of jurisprudence that a woman had no legal existence separate from 
her husband. (…) The paramount destiny and mission of woman are 
to fulfill the noble and benign offices of wife and mother. This is the 
law of the Creator.”
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– BradwellBradwell v. v. TheThe StateState 83 83 U.S.U.S. 130 (1872)130 (1872)
BBííblia Sagrada, Gênesis 3/16blia Sagrada, Gênesis 3/16--1919
“16. À mulher, ele declarou: ‘Multiplicarei grandemente 
o seu sofrimento na gravidez; com sofrimento você dará
à luz filhos. Seu desejo será para o seu marido, e ele a 
dominará’. 17. E ao homem declarou: ‘Visto que você 
deu ouvidos à sua mulher e comeu do fruto da árvore da 
qual ordenei a você que não comesse, maldita é a terra 
por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela 
todos os dias da sua vida. 18. Ela lhe dará espinhos e 
ervas daninhas, e você terá que alimentar-se das plantas 
do campo. 19. Com o suor do seu rosto você comerá o 
seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; 
porque você é pó, e ao pó voltará’.”
Igualdade e o adultIgualdade e o adultéério no Crio no Cóódigo Civil italianodigo Civil italiano
“Art. 559. La moglie adultera è punita con la reclusione 
fino a un anno. (...) Il delitto è punibile a querela del 
marito.” (ITÁLIA. Codice Penale (1930). 
“Art. 3º. Tutti i cittadini hanno pari dignità sociale e sono 
eguali davanti alla legge, senza distinzione di sesso, di 
razza, di lingua, di religione, di opinioni politiche, di 
condizioni personali e sociali.” (ITÁLIA. Costituzione 
Della Reppublica Italiana (1948))
A interpretaA interpretaçção da Corte Constitucional italianaão da Corte Constitucional italiana
“É innegabile che anche l'adulterio del marito può, in date circostanze, 
manifestarsi coefficiente di disgregazione della unità familiare; ma, come 
per la fedeltà coniugale, così per la unità familiare il legislatore ha 
evidentemente ritenuto di avvertire una diversa e maggiore entità della 
illecita condotta della moglie, rappresentandosi la più grave influenza che 
tale condotta può esercitare sulle più delicate strutture e sui più vitali 
interessi di una famiglia: in primo luogo, l'azione disgregatrice che sulla 
intera famiglia e sulla sua coesione morale cagiona la sminuita reputazione 
nell'ambito sociale; quindi, il turbamento psichico, con tutte le sue 
conseguenze sulla educazione e sulla disciplina morale che, in ispecie nelle 
famiglie (e sono la maggior parte) tuttora governate da sani principi morali, 
il pensiero della madre fra le braccia di un estraneo determina nei giovani 
figli, particolarmente nell'età in cui appena si annunciano gli stimoli e le 
immagini della vita sessuale; non ultimo il pericolo della introduzione nella 
famiglia di prole non appartenente al marito, e che a lui viene, tuttavia, 
attribuita per presunzione di legge, a parte la eventuale - rigorosamente 
condizionata - azione di disconoscimento. Tutti questi coefficienti hanno 
agito sulle direttive del legislatore; e ciò senza punto far calcolo, in quanto 
fatti anormali e che si auspicano destinati a scomparire, delle reazioni 
violente e delittuose cui, in ispecie in certi ambienti, può in particolare dar 
luogo la infedeltà della moglie.” (Sentenza 64, Anno 1961)
Igualdade e o direito da mulher trabalhar em baresIgualdade e o direito da mulher trabalhar em bares
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– GoesaertGoesaert v. Cleary, 335 U.S. 464 (1948)v. Cleary, 335 U.S. 464 (1948)
“Michigan could, beyond question, forbid all women 
from working behind a bar. This is so despite the 
vast changes in the social and legal position of 
women. The fact that women may now have 
achieved the virtues that men have long claimed as 
their prerogatives, and now indulge in vices that men 
have long practiced, does not preclude the States 
from drawing a sharp line between the sexes, 
certainly in such matters as the regulation of the 
liquor traffic.”
U. S. U. S. SupremeSupreme CourtCourt –– GoesaertGoesaert v. Cleary, 335 U.S. 464 (1948)v. Cleary, 335 U.S. 464 (1948)
CCóódigodigo de Manu (1300 a 800 de Manu (1300 a 800 a.Ca.C.) .) –– art. 430art. 430
“Art. 430. Beber licores inebriantes, frequentar 
má companhia, separar-se de seu esposo, correr 
de um lado e de outro, entregar-se ao sono em 
horas indevidas e ficar em casa de outra, são seis 
ações desonrosas para mulheres casadas.”
DISCRIMINAÇÃO E IGUALDADE NO DIREITO DO TRABALHO
DISCRIMINAÇÃO E IGUALDADE NO DIREITO DO TRABALHO
DISCRIMINAÇÃO E IGUALDADE NO DIREITO DO TRABALHO
ConsolidaConsolidaçção das Leis do Trabalhoão das Leis do Trabalho
Art. 446. PresumeArt. 446. Presume--se autorizado o trabalho da mulher se autorizado o trabalho da mulher 
casada e do menor de 21 anos e maior de 18. Em caso de casada e do menor de 21 anos e maior de 18. Em caso de 
oposioposiçção conjugal ou paterna, poderão conjugal ou paterna, poderáá a mulher ou o a mulher ou o 
menor recorrer ao suprimento da autoridade judicimenor recorrer ao suprimento da autoridade judiciáária ria 
competente.competente.
ParParáágrafo grafo úúnico. Ao marido ou pai nico. Ao marido ou pai éé facultado pleitear a facultado pleitear a 
recisãorecisão do contrato de trabalho, quando a sua continuado contrato de trabalho, quando a sua continuaçção ão 
for suscetfor suscetíível de acarretar ameavel de acarretar ameaçça aos va aos víínculos da famnculos da famíília, lia, 
perigo manifesto perigo manifesto ààs condis condiçções peculiares da mulher ou ões peculiares da mulher ou 
prejuprejuíízo de ordem fzo de ordem fíísica ou moral para o menor.sica ou moral para o menor.
(Revogado pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989, DOU 
25.10.1989)
DISCRIMINAÇÃO E IGUALDADE NO DIREITO DO TRABALHO
““O teu cabelo não nega, mulata,O teu cabelo não nega, mulata,
Porque Porque éés mulata na cor,s mulata na cor,
Mas como a cor não pega, mulata,Mas como a cor não pega, mulata,
Mulata eu quero o teu amor.Mulata eu quero o teu amor.
Mulata, mulatinha, meu amor,Mulata, mulatinha, meu amor,
Fui nomeado seu tenente interventor.Fui nomeado seu tenente interventor.””
((Teu cabelo não nega. Teu cabelo não nega. VALENVALENÇÇA, João; VALENA, João; VALENÇÇA, A, 
Raul; BABO, Lamartine, 1932, 1937, 1941 e 1952)Raul; BABO, Lamartine, 1932, 1937, 1941 e 1952)
DiscriminaDiscriminaçção de gênero na legislaão de gênero na legislaçção trabalhista e ão trabalhista e 
previdenciprevidenciáária ria –– regramentode aposentadoriaregramento de aposentadoria
CF. Art. 201. CF. Art. 201. §§ 77ºº. . ÉÉ assegurada aposentadoria no assegurada aposentadoria no 
regime geral de previdência social, nos termos da lei, regime geral de previdência social, nos termos da lei, 
obedecidas as seguintes condiobedecidas as seguintes condiçções: I ões: I -- trinta e cinco trinta e cinco 
anos de contribuianos de contribuiçção, se homem, e trinta anos de ão, se homem, e trinta anos de 
contribuicontribuiçção, se mulher; II ão, se mulher; II -- sessenta e cinco anos de sessenta e cinco anos de 
idade, se homem, e sessenta anos de idade, se idade, se homem, e sessenta anos de idade, se 
mulher, reduzido em cinco anos o limite para os mulher, reduzido em cinco anos o limite para os 
trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que 
exerexerççam suas atividades em regime de economia am suas atividades em regime de economia 
familiar, nestes inclufamiliar, nestes incluíídos o produtor rural, o dos o produtor rural, o 
garimpeiro e o pescador artesanal.garimpeiro e o pescador artesanal.
DiscriminaDiscriminaçção de gênero e legislaão de gênero e legislaçção trabalhista e ão trabalhista e 
previdenciprevidenciáária ria –– regramento de aposentadoriaregramento de aposentadoria
Expectativa de vida dos brasileiros
Mulheres = 77,5 anos
Homens = 70,2 anos
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E 
ESTATÍSTICA. Tábuas Abreviadas de Mortalidade 
por Sexo e Idade: Brasil, Grandes Regiões e Unidades 
da Federação: 2010)
U. S. Supreme Court U. S. Supreme Court –– CalifanoCalifano v. Webster 430 U.S. 313 (1977)v. Webster 430 U.S. 313 (1977)
“Whether from overt discrimination or from the socialization process of a male-
dominated culture, the job market is inhospitable to the woman seeking any but 
the lowest paid jobs. (…) I think we went into this at great length some years ago I think we went into this at great length some years ago 
when we adopted the 62when we adopted the 62--year provision for women and the theory was that a year provision for women and the theory was that a 
woman at that age was less apt to have employment opportunities woman at that age was less apt to have employment opportunities than a man, than a man, 
and despite the fact of some statistics to the effect that womenand despite the fact of some statistics to the effect that women live longer than live longer than 
men, i think the other fact is equally commanding, so there is smen, i think the other fact is equally commanding, so there is some justification ome justification 
for a distinction between men and women. (for a distinction between men and women. (……) Moreover, elimination of the ) Moreover, elimination of the 
more favorable benefit computation for women wage earners, even more favorable benefit computation for women wage earners, even in the in the 
remedial context, is wholly consistent with those reforms, whichremedial context, is wholly consistent with those reforms, which require equal require equal 
treatment of men and women in preference to the attitudes of "rotreatment of men and women in preference to the attitudes of "romantic mantic 
paternalism" that have contributed to the "long and unfortunate paternalism" that have contributed to the "long and unfortunate history of sex history of sex 
discrimination.discrimination.””
Cour dCour d’’arbitrage de Belgique arbitrage de Belgique -- Arrêt nArrêt n°° 9/949/94
«(...) Les règles constitutionnelles de l'égalité et de la non-discrimination 
n'excluent pas qu'une différence de traitement soit établie entre des 
catégories de personnes, pour autant qu'elle repose sur un critère 
objectif et qu'elle soit raisonnablement justifiée. (...) Le Conseil des 
ministres fait valoir qu'en raison des « héritages du passé », qui jouent 
au détriment des femmes, il n'est nullement en contradiction avec le 
principe de l'égalité de traitement entre hommes et femmes de 
maintenir certaines différenciations en faveur des femmes pendant le 
temps qui, selon une appréciation raisonnable, sera nécessaire pour 
effacer les handicaps dont elles ont souffert.
(...) D(...) Dèès lors que, comme le permet la loi en cause, une personne a drois lors que, comme le permet la loi en cause, une personne a droit t 
àà des moyens d'existence plus ou moins importants selon qu'elle edes moyens d'existence plus ou moins importants selon qu'elle est st 
homme ou femme, toutes autres choses homme ou femme, toutes autres choses éétant tant éégales, la Cour ne peut gales, la Cour ne peut 
que constater une violation des articles 6 et 6bis de la Constitque constater une violation des articles 6 et 6bis de la Constitution par ution par 
une discrimination en fonction du sexe.une discrimination en fonction du sexe. »»
Regramento de aposentadoria e realidade brasileira
O problema da “dupla jornada”
PEA – Horas gastas por semana em afazeres 
domésticos de acordo com o sexo:
Mulheres – 20,8 horas
Homens – 10,0 horas
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA 
E ESTATÍSTICA - IBGE. Síntese de indicadores 
sociais: uma análise das condições de vida da 
população brasileira: 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 
2013. p. 165) 
Regramento de aposentadoria e os ônus exclusivos da 
paternidade e do cuidado com os filhos 
CLT. Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver 
guarda judicial para fins de adoção de criança será
concedida licença-maternidade nos termos do art. 392, 
observado o disposto no seu § 5o. § 1o No caso de adoção 
ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, o 
período de licença será de 120 (cento e vinte) dias. § 2o 
No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir 
de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de idade, o período de 
licença será de 60 (sessenta) dias. § 3o No caso de adoção 
ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos 
até 8 (oito) anos de idade, o período de licença será de 30 
(trinta) dias. (Lei 10.421/2002)
Regramento de aposentadoria e os ônus exclusivos da 
paternidade e do cuidado com os filhos 
CLT. Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda 
judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-
maternidade nos termos do art. 392. 
Art. 392-B. Em caso de morte da genitora, é assegurado ao 
cônjuge ou companheiro empregado o gozo de licença por 
todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo restante 
a que teria direito a mãe, exceto no caso de falecimento do 
filho ou de seu abandono.
Art. 392-C. Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 392-A e 
392-B ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial 
para fins de adoção. (acrescidos pela da Lei nº. 12.873, de 24 de 
outubro de 2013)
Ônus da paternidade e cuidado com os filhos - Suécia 
The persons who are subject to the Act
Section 1 An employee has the right, as a parent, to leave from her or 
his employment in accordance with this Act.
The same right extends to an employee who:
1. although not a parent, is the legal custodian and takes care of a child;
2. has taken a child for permanent care and fosterage into her or his 
home;
3. is permanently living together with a parent provided that the 
employee is, or has been married to, or has, or has had, a child with 
that parent.
(SUÉCIA. Parental Leave Act (1995:584) Issued 24 May 1995)
DiscriminaDiscriminaçção de gênero e legislaão de gênero e legislaçção trabalhista e ão trabalhista e 
previdenciprevidenciáária ria –– o intervalo anterior o intervalo anterior àà sobrejornadasobrejornada
CLT, Art. 384 - Em caso de prorrogação do 
horário normal, será obrigatório um descanso 
de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do 
início do período extraordinário do trabalho.
Tribunal Superior do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho –– art. 384 da CLTart. 384 da CLT
RECURSO DE REVISTA - INTERVALOPRÉVIO À
PRORROGAÇÃO DE JORNADA - ARTIGO 384 DA CLT -
PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER O intervalo de quinze 
minutos previsto no artigo 384, da CLT, como uma forma de proteção do 
labor da mulher, constitui uma discriminação plenamente justificável, em 
face das diferenças de constituição física entre os sexos, em suas diversas 
matizes. Portanto, compatibiliza-se com o preceito constitucional da 
isonomia, porque este veda apenas as discriminações odiosas e 
injustificáveis. Trata-se, assim, de diferenciar para igualar, seguindo o 
preceito de igualdade aristotélica, plenamente compatibilizado com o 
disposto no artigo 5º, da Lei Maior.” (BRASIL. Tribunal Superior do 
Trabalho. 5ª Turma. RR 177900-84.2009.5.03.0053. Relator: Emmanoel
Pereira. Diário da Justiça eletrônico 08 abr. 2011, p. 1.090)
Tribunal Superior do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho –– art. 384 da CLTart. 384 da CLT
HORAS EXTRAS - INTERVALO PREVISTO NO ART. 384 DA 
CLT - 1- O art. 384 da CLT foi recepcionado pela Constituição 
Federal, conforme decisão proferida pelo Tribunal Pleno desta 
Corte Superior, no julgamento do TST-IIN-RR-1.540/2005-046-12-
00.5, em 17/11/2008. 2- A não observância do intervalo previsto no 
aludido preceito consolidado enseja, por aplicação analógica, os 
mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT em relação ao 
descumprimento do intervalo intrajornada. Revista conhecida e 
provida, no tema. (BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. 1ª
Turma. RR 123-14.2011.5.09.0009. Relator: Hugo Carlos 
Scheuermann. Diário da Justiça eletrônico 17 maio 2013, p. 433)
Tribunal Superior do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho –– art. 384 da CLTart. 384 da CLT
“Conquanto homens e mulheres, à luz do inciso I do art. 5º da Constituição da 
República/88, sejam iguais em direitos e obrigações, é forçoso reconhecer que 
elas se distinguem dos homens, sobretudo em relação às condições de trabalho, 
pela sua peculiar identidade biossocial. II. Inspirado nela é que o legislador, no 
artigo 384 da CLT, concedeu às mulheres, no caso de prorrogação da jornada 
normal, um intervalo de quinze minutos antes do início do período de 
sobretrabalho, cujo sentido protetivo, claramente discernível na ratio legis da 
norma consolidada, afasta, a um só tempo, a pretensa agressão ao princípio da 
isonomia e a avantajada idéia de capitis deminutio em relação às mulheres. III. 
Aliás, a se levar as últimas conseqüências o que prescreve o inciso I do artigo 5º da 
Constituição, a conclusão então deveria ser no sentido de estender aos homens o 
mesmo direito reconhecido às mulheres, considerando a penosidade inerente ao 
sobretrabalho, comum a ambos os sexos, e não a que preconizam aqui e acolá de 
o princípio da isonomia, expresso também no tratamento desigual dos desiguais 
na medida das respectivas desigualdades, prestar-se como fundamento para a 
extinção do direito consagrado no artigo 384 da CLT.” (TST – RR 12600/2003-
008-09-00.3 – 4ª T. – Rel. Min. Barros Levenhagen – DJU 27.04.2007)
STF – RE 658.312 – Reconheceu repercussão geral da matéria
Enunciado n. 22 da 1Enunciado n. 22 da 1ªª Jornada de Direito Material e Jornada de Direito Material e 
Processual da JustiProcessual da Justiçça do Trabalhoa do Trabalho
22. ART. 384 DA CLT. NORMA DE ORDEM 
PÚBLICA. RECEPÇÃO PELA CF DE 1988. 
Constitui norma de ordem pública que 
prestigia a prevenção de acidentes de trabalho 
(CF, 7º, XXII) e foi recepcionada pela 
Constituição Federal, em interpretação 
conforme (artigo 5º, I, e 7º, XXX), para os 
trabalhadores de ambos os sexos.
DiscriminaDiscriminaçção de gênero e legislaão de gênero e legislaçção trabalhista e ão trabalhista e 
previdenciprevidenciáária ria –– as revistas as revistas ííntimasntimas
CLT. Art. 373-A. Ressalvadas as disposições 
legais destinadas a corrigir as distorções que 
afetam o acesso da mulher ao mercado de 
trabalho e certas especificidades estabelecidas 
nos acordos trabalhistas, é vedado: VI -
proceder o empregador ou preposto a revistas 
íntimas nas empregadas ou funcionárias.
Revistas Revistas ííntimas e a questão de gênero ntimas e a questão de gênero -- TSTTST
DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. REVISTA PESSOAL. -
ABUSIVIDADE-. No caso concreto, ficou evidenciada a situação 
ensejadora de indenização por dano moral. A revista pessoal era realizada 
de forma abusiva e ofensiva à dignidade da pessoa humana, uma vez que 
os empregados, homens, de forma discriminatória eram submetidos à
revista íntima, motivo pelo qual deve ser restabelecida a sentença que 
deferiu o pagamento de indenização por dano moral. Nessa esteira, 
configurada a extrapolação do exercício regular do poder diretivo da 
empresa, é devida a reparação civil correspondente, nos termos dos art. 
5.º, X, da Constituição Federal. Recurso de revista conhecido e provido. 
(Processo: RR - 69700-32.2005.5.09.0513 Data de Julgamento: 
10/04/2013, Relatora Ministra: Delaíde Miranda Arantes, 7ª Turma, Data 
de Publicação: DEJT 19/04/2013) 
Revistas Revistas ííntimas ntimas –– 11ªª Jornada de Direito Material e Processual do TSTJornada de Direito Material e Processual do TST
Enunciado 15 da 1ª Jornada de Direito Material e 
Processual do Trabalho do TST
15. REVISTA DE EMPREGADO. 
I – REVISTA – ILICITUDE. Toda e qualquer revista, íntima 
ou não, promovida pelo empregador ou seus prepostos em 
seus empregados e/ou em seus pertences, é ilegal, por ofensa 
aos direitos fundamentais da dignidade e intimidade do 
trabalhador.
II – REVISTA ÍNTIMA – VEDAÇÃO A AMBOS OS 
SEXOS. A norma do art. 373-A, inc. VI, da CLT, que veda 
revistas íntimas nas empregadas, também se aplica aos homens 
em face da igualdade entre os sexos inscrita no art. 5º, inc. I, da 
Constituição da República.
Discriminação e diferenciação – Boaventura de Souza Santos
Código do Trabalho de Portugal – Lei 7/2009 de 12 de fevereiro
Artigo 25.º
Proibição de discriminação
1 — O empregador não pode praticar qualquer discriminação, 
directa ou indirecta, em razão nomeadamente dos factores
referidos no n.º 1 do artigo anterior.
2 — Não constitui discriminação o comportamento baseado em 
factor de discriminação que constitua um requisito justificável 
e determinante para o exercício da actividade profissional, em 
virtude da natureza da actividade em causa ou do contexto da 
sua execução, devendo o objectivo ser legítimo e o requisito 
proporcional.
Discriminação Indireta – Suprema Corte norte-americana
“The Court of Appeals' opinion, and the partial dissent, agreed 
that, on the record in the present case, ‘whites register far 
better on the Company's alternative requirements’ than 
Negroes. This consequence would appear to be directly 
traceable to race. Basic intelligence must have the means of 
articulation to manifest itself fairly in a testing process. Because 
they are Negroes, petitioners have long received inferior 
education in segregated schools. (...) . Under the Act, practices, 
procedures, or tests neutral on their face, and even neutral in 
terms of intent, cannot be maintained if they operate to ‘freeze’
the status quo of prior discriminatory employment practices.”
(Griggs v. Dukes Power Co. 401 U. S. 424 (1971))
Discriminação Indireta – Corte de Justiça da União Europeia
“Si une condition ou exigence qui doit être remplie pour 
obtenir une rémunération égale pour un même travail finit
par exclure les femmes et il n’est pas possible de prouver
qu’elle a un lien manifeste avec les prestations inhérentes
au poste de travail, l’application de cette condition ou
exigence devrait être considérée comme contraire au 
principe de l’égalité des rémunérations.” (Jenkins v. 
Kingsgate Ltd., 96/80, 31.3.1981)
DiscriminaDiscriminaçção por idade ão por idade –– ““a face de dois gumesa face de dois gumes””
Estatuto do IdosoEstatuto do IdosoArt. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é
vedada a discriminação e a fixação de limite máximo de idade, 
inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do 
cargo o exigir. Parágrafo único. O primeiro critério de desempate 
em concurso público será a idade, dando-se preferência ao de idade 
mais elevada.
Estatuto da CrianEstatuto da Criançça e do Adolescentea e do Adolescente
Lei 8.069/90. Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a 
supervisão da autoridade competente, a realização dos seguintes 
encargos, entre outros:
III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de 
sua inserção no mercado de trabalho;
LEY 931 DE 2004 (diciembre 30) LEY 931 DE 2004 (diciembre 30) -- ColombiaColombia
ARTÍCULO 2o. PROHIBICIÓN. Ninguna persona 
natural o jurídica, de derecho público o privado, 
podrá exigir a los aspirantes a ocupar un cargo o 
ejercer un trabajo, cumplir con un rango de edad 
determinado para ser tenido en cuenta en la decisión 
que defina la aprobación de su aspiración laboral.
Los requisitos para acceder a un cargo que se 
encuentre vacante o a ejercer un trabajo deberán 
referirse a méritos o calidades de experiencia, 
profesión u ocupación.
DiscriminaDiscriminaçção por idade ão por idade –– ““a face de dois gumesa face de dois gumes””
Orientação Jurisprudencial n. 26 da SDC-TST. Salário 
Normativo. Menor Empregado. Art. 7º, XXX, da CF/88. 
Violação. Inserida em 25.05.1998. Os empregados menores não 
podem ser discriminados em cláusula que fixa salário mínimo 
profissional para a categoria.
STF – Súmula 683 - O limite de idade para a inscrição em 
concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da 
Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido.
Art. 442Art. 442--A. Para fins de contrataA. Para fins de contrataçção, o empregador não exigirão, o empregador não exigiráá do do 
candidato a emprego comprovacandidato a emprego comprovaçção de experiência prão de experiência préévia por via por 
tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade.tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade.
PolPolíítica dos Estados Unidos para as Fortica dos Estados Unidos para as Forçças Armadasas Armadas
““Não pergunte, não reveleNão pergunte, não revele”” –– 10 U.S.C. 10 U.S.C. §§ 654 654 
(15) The presence in the armed forces of persons who demonstrate a 
propensity or intent to engage in homosexual acts would create an 
unacceptable risk to the high standards of morale, good order and 
discipline, and unit cohesion that are the essence of military capability.
(b) Policy. - A member of the armed forces shall be separated from the 
armed forces under regulations prescribed by the Secretary of Defense if 
one or more of the following findings is made and approved in accordance 
with procedures set forth in such regulations:
(2) That the member has stated that he or she is a homosexual or bisexual, 
or words to that effect, unless there is a further finding, made and approved 
in accordance with procedures set forth in the regulations, that the member 
has demonstrated that he or she is not a person who engages in, attempts 
to engage in, has a propensity to engage in, or intends to engage in 
homosexual acts.
(RevogadaRevogada pelopelo ““Don't Ask, Don't Tell Repeal ActDon't Ask, Don't Tell Repeal Act””, Lei 111, Lei 111--321, de 22 321, de 22 
dez.2010)dez.2010)
DiscriminaDiscriminaçção e ão e ““empregadores de tendênciaempregadores de tendência””
“La legittima esistenza di libere università, caratterizzate dalla 
finalità di diffondere un credo religioso, é senza dubbio uno 
strumento di libertà (...). Nella specie - ma giova aggiungere che 
l'argomentazione ha validità più generale - la libertà dei cattolici 
sarebbe gravemente compromessa ove l'Università Cattolica 
non potesse recedere dal rapporto con un docente che più non 
ne condivida le fondamentali e caratterizzanti finalità. Invero, il 
docente che accetta di insegnare in una università
confessionalmente o ideologicamente caratterizzata, lo fa per 
un atto di libero consenso, che implica l'adesione ai principi e
alle finalità cui quella istituzione scolastica é informata.” (Corte 
Costituzionale, sentenza195, del 14 dicembre 1972)
DiscriminaDiscriminaçção e ão e ““empregadores de tendênciaempregadores de tendência””
“L'adesione di quei dipendenti e di quei docenti agli insegnamenti 
della Chiesa cattolica e la coerenza con essi della loro vita privata 
soddisfa solo la tendenza della congregazione religiosa, che gestisce 
la scuola cattolica, ma non la tendenza confessionale della scuola, 
che nessun attentato può ricevere da un diverso orientamento 
ideologico di dipendenti e di insegnanti, che svolgono attività o 
insegnamenti in nessun modo influenzati dalla tendenza della scuola. 
Fra tali insegnamenti vi è certamente quello di educazione fisica 
impartito dal professor Consigli, trattandosi di una materia che
prescinde completamente dall'orientamento ideologico del docente.”
(Cassazione civile sez. lav., 16 giugno 1994 n. 5832)
DiscriminaDiscriminaççãoão e e ônusônus dada provaprova –– inversãoinversão do do ônusônus
ESPANHA
Real Decreto Legislativo 2/1995, de 7 de abril, por el que se 
aprueba el texto refundido de la Ley de Procedimiento 
Laboral.
Artículo 96.
En aquellos procesos en que de las alegaciones de la parte 
actora se deduzca la existencia de indicios fundados de 
discriminación por razón de sexo, origen racial o étnico, 
religión o convicciones, discapacidad, edad u orientación 
sexual, corresponderá al demandado la aportación de una 
justificación objetiva y razonable, suficientemente probada, de 
las medidas adoptadas y de su proporcionalidad.
DiscriminaDiscriminaççãoão e e ônusônus dada provaprova –– inversãoinversão do do ônusônus desdedesde
queque hajahaja um um ““prima facie caseprima facie case””
The complainant in a Title VII trial must carry the initial 
burden under the statute of establishing a prima facie case of 
racial discrimination. This may be done by showing (i) that he 
belongs to a racial minority; (ii) that he applied and was 
qualified for a job for which the employer was seeking 
applicants; (iii) that, despite his qualifications, he was rejected; 
and (iv) that, after his rejection, the position remained open 
and the employer continued to seek applicants from persons of 
complainant's qualifications. (United States Supreme Court. 
McDonnell Douglas Corp. v. Green, 411 U.S. 792 (1973))
DiscriminaDiscriminaççãoão e e ônusônus dada provaprova –– distribuidistribuiççãoão inteligenteinteligente
do do ônusônus dada provaprova
Código do Trabalho de Portugal
Lei 7/2009 de 12 de fevereiro
Artigo 25.º
Proibição de discriminação
5 — Cabe a quem alega discriminação indicar o trabalhador ou 
trabalhadores em relação a quem se considera discriminado, 
incumbindo ao empregador provar que a diferença de 
tratamento não assenta em qualquer factor de discriminação.
DiscriminaDiscriminaçção e ônus da prova ão e ônus da prova 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. ATO 
DISCRIMINATÓRIO. INEXISTÊNCIA. Apesar de incontroverso 
nos autos que o autor não foi convidado para participar da festa
oferecida pelo reclamado em homenagem e para premiação de 
empregados com trinta anos de serviço prestados à instituição, a 
prova produzida nos autos não induz conclusão de que seja um ato
discriminatório. Isso porque não há norma legal, convencional ou 
interna corporis que lhe imponha a obrigação da espécie para todos os 
empregados que se encontrem nessa condição, de modo que a 
realização dessa festa, a homenagem e a entrega de prêmios é mera 
liberalidade do reclamado, inserindo-se na sua discricionariedade. 
(...). (TRT 24ª Região,Processo n. 0000425-87.2011.5.24.0021-RO.1, 
Julgado em: 05/10/2011).
DiscriminaDiscriminaççãoão e e ônusônus dada provaprova –– sistemasistema de de presunpresunççõesões
TST. SÚMULA 443. DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. 
PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA 
GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À
REINTEGRAÇÃO – (Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 
26 e 27.09.2012)
Presume-se discriminatória a despedida de empregado 
portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite 
estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem 
direito à reintegração no emprego.

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