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TÉCNICAS CIRURGICAS 3

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TÉCNICAS CIRURGICAS 
INTRODUÇÃO 
 A cirurgia é uma especialidade médica caracterizada por procedimentos invasivos executados, 
que conforme metodização técnica, que representam um método terapêutico ou diagnóstico. 
 
 Apesar de constantemente utilizarmos o termo operação como sinônimo para cirurgia, existe uma 
diferença, pois operação significa o ato cirúrgico propriamente dito, ou seja, manobras técnicas 
utilizadas para executar o ato operatório. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA CIRÚRGIA 
A cirurgia pode ser classificada quanto ao: 
• Campo de Ação 
➢ Geral 
➢ Especial – cardíaca, oftálmica, ortopédica, oncológica e neurológica. 
• Finalidade da Cirurgia 
➢ Diagnóstica; 
➢ Curativa; 
➢ Conveniência; 
➢ Experimental; 
➢ Estética. 
• Tipo de Sangramento 
➢ Cruenta – sangra muito 
➢ Incruenta – não sangra quase nada. 
• Tempo Cirúrgico 
➢ Eletiva – pode ser agendada; 
➢ Urgente – com até 2 dias de sobrevida; 
➢ Emergencial – se não fizer no momento o animal vem a óbito. 
• Presença de Microrganismos: 
➢ Asséptica – limpa 
➢ Séptica/Contaminada – com pus e outras secreções, sendo necessário entrar com 
antibiótico, e ter cuidado para não deixar extravasar conteúdo do TGI. 
➢ Potencialmente séptica – no caso da bexiga que corre o risco de extravasar conteúdo. 
• Risco de morte 
➢ Leve – tranquilo mas pode ter risco de intercorrências 
➢ Moderado 
➢ Grave – alto risco de morte. 
*sempre prevenir o proprietário, avisando o risco de morte. 
 
NOMENCLATURA 
 A nomenclatura agrega elementos referindo-se à palavra primitiva, e oferecendo um novo 
significado: 
• Centese – punção 
• Tomia – incisão 
• Rafia – sutura 
• Ectomia – retirada 
• Stomia – fistulização com a superfície da pele ou de outro órgão. 
• Plastia – reconstrução 
• Pexia – fixação 
• Clise – fechamento ou lavagem 
• Dese – fusão ou mobilização 
• Lise – dissolução 
• Stasia – detenção ou parada 
• Tripsia – esmagamento 
• Síntese – sutura 
• Clase – fraturar 
• Scopia – visualização 
 Os epônimos representam a utilização de nomes próprios para designar um procedimento ou 
instrumento: 
• Operação de Wertheim – histerectomia para remoção de tumor 
• Pinça de Bakey 
• Cirurgia de Billroth 
*os sinônimos são termos médicos com grafias diferentes e o mesmo significado, por exemplo, enxerto 
autólogo ou autoenxerto. 
 Há também termos híbridos que são compostos por palavras que empregam elementos de 
procedências linguísticas diferentes, como por exemplo, na palavra apendicite (latim – appendice; grego 
- itis). 
EQUIPE CIRÚRGICA 
 
A equipe cirúrgica básica constitui-se por: 
• Cirurgião – tem grande responsabilidade sobre o procedimento, devendo manter o equilíbrio 
emocional, incentivar e promover um bom ambiente para a equipe. 
➢ Funções: 
▪ Liderar equipe; 
▪ Avaliar paciente; 
▪ Possuir conhecimentos das disciplinas básicas (anatomia, fisiologia, farmacologia, 
semiologia, clínica e radiologia), além de conhecimentos profundos em técnicas 
cirúrgicas; 
▪ Ser hábil; 
▪ Saber conduzir os períodos pré, trans e pós-operatórios, tanto em condições 
normais quanto patológicas; 
▪ Tomar decisões necessárias durante procedimento operatório. 
• Anestesista 
➢ Funções: 
▪ Monitorar o paciente (funções vitais); 
▪ Prevenir choque e suprimir dor; 
▪ Trabalhar em harmonia com o cirurgião; 
• Auxiliar ou assistente 
➢ Funções 
▪ Saber efetuar o procedimento realizado (capaz de substituir o cirurgião); 
▪ Proporcionar, afastamento de órgãos, hemostasia, manipular instrumentais e 
tecidos; 
▪ Auxiliar no pré e no pós-operatório. 
• Instrumentador 
➢ Funções 
▪ Escolher material específico para a cirurgia; 
▪ Dispor mesa, campo cirúrgico e material da cirurgia; 
▪ Entregar instrumentos para o cirurgião de maneira correta; 
▪ Conservar campo operatório limpo e em ordem; 
▪ Antecipar pedidos do cirurgião; 
▪ Responsável pelos materiais retirados para exame; 
▪ Realizar curativo na ferida cirúrgica; 
▪ Separar instrumental perfurantes e cortantes, evitando acidentes; 
• Volante – é responsável pela sala de operações 
➢ Funções: 
▪ Auxiliar instrumentador caso necessite de material não previsto; 
▪ Organizar gama de equipamentos e monitorar paciente; 
▪ Organizar curativos, medicações e soluções; 
▪ Auxiliar anestesista; 
▪ Ajudar equipe antes e durante a cirurgia nos cuidados com o paciente. 
*o número de membros varia conforme a cirurgia realizada. 
*há também o perfusionista, profissão relativamente nova, ligada à cirurgia cardíaca. 
 As responsabilidades de cada membro da equipe devem ser bem definidas, estabelecendo regras 
de conduta, seguidas com cuidados e executadas de forma estrita, assegurando assim um procedimento 
cirúrgico seguro e eficaz. São exigidas dos profissionais que atuam num ambiente cirúrgico: 
• Atenção constante; 
• Técnicas específicas; 
• Agilidade; 
• Concentração no procedimento. 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA ASSEPSIA CIRÚRGICA 
 
 
Técnica Asséptica 
 Métodos e práticas praticados para evitar a contaminação cirúrgica. Inclui o preparo adequado 
das instalações, do ambiente, do instrumental e da equipe. 
• Microrganismos: 
➢ Exógenos – presentes no ar, instrumentais, equipe ou paciente. 
➢ Endógenos – presentes no próprio paciente. 
 
• Esterilização – destruição de todos os microrganismos (bactérias, vírus, fungos e esporos), pode 
ser feita no pano de campo, aventais, instrumental e luvas. 
➢ Métodos de esterilização: 
✓ Físicos 
▪ Estufa (seco) - 160°C por 2 horas ou 180°C por 1 hora. 
▪ Autoclave (vapor) – 132-134°C por 10-25min ou 121°C por 15-30min. 
▪ Radiação ionozação com cobalto 60 – restrito a uso comercial, feito em fios 
de sutura, luvas e pano de campo. 
✓ Químicos 
▪ Óxido de etileno (gás) – altera o DNA de microrganismos, usado em 
instrumentos e óticas. A esterilização é potencializada pelo vapor e a 
umidade. 
▪ Glutaraldeído 2% (frio) – não é corrosível, sendo ideal para lentes opticas. 
Seu efeito depende do tempo de imersão – 20-25°C por 10min 
(desinfecção); ou por 10 horas (esterilização) 
▪ Formaldeído – pastilhas ou esponjas com formol que promove coagulação de 
proteínas, garantindo uma desinfecção em 30 minutos; e uma esterilização 
em 10 horas. Utilizado em material cirúrgico e panos. 
• Desinfecção – Não mata esporos, causando apenas a destruição da maior parte dos 
microrganismos patogênicos presentes em objetos (piso, mesa cirúrgica e calha). Para 
desinfecção são utilizados álcool etílico e isopropílico, hipoclorito, iodoforos e glutaraldeídos. 
➢ Desinfetante ideal – atóxico, solúvel em água, que não apresenta diminuição do poder na 
presença de proteínas e sabões. 
➢ Hipoclorito e compostos liberadores de cloro – irrita pele, mucosas e são corrosivos para 
metais. (10-30 min) 
➢ Alcool etílico 70%/isopropílico 50-70% - recomendado para desinfecção e antissepsia (5-
10min). 
➢ Compostos iodados – age sobre variação de pH, promovendo indução e oxidação de 
moléculas. Tem sua atividade reduzida em matéria orgânica, coram tecidos vivos e 
sistêmicos, utilizados como desinfetantes e antissépticos. (Ex.: PVPI – 
Polivilpirrolidona+iodo) 
 
• Antissepsia – destruição da maioria dos microrganismos patogênicos presentes no paciente. 
Refere-se à preparação cutânea, tanto do cirurgião quanto do paciente, para a cirurgia. 
Centro Cirúrgico 
• Sala de preparo anestésico e cirurgia – local adjacente ao centro cirúrgico, onde é preparado o 
paciente, fazendo MPA, tricotomia e cateterização. 
 
• Vestuário – pijama cirúrgico, propés, gorro e mascara 
 
• Área de paramentação – local adjacente à área cirúrgica, local para limpeza e desinfecção das 
mãos, antebraços e colocaçãodo avental e luvas cirúrgicas. 
 
• Sala Cirúrgica – precisa ser grande o suficiente para locomoção de pessoas, com superfícies livres 
de fácil limpeza. Os pisos, teto e outras superfícies não podem ser porosas, para não acumular 
microrganismos. Nesta sala deve ter o aparelho de anestesia, monitores, eletro bisturi, mesa 
cirúrgica e auxiliares, armário para os suprimentos cirúrgicos, e ar condicionado com filtros. Não 
pode haver janelas, as paredes e piso devem ter cantos arredondados, e as portas devem ficar 
fechadas. 
 
• Equipe cirúrgica – Não elevar as mãos acima do pescoço e abaixo da cintura, e sempre ter 
cuidado onde estiver encostando após paramentado. Não falar alto, não dar gargalhadas nem 
fazer comentários desagradáveis, não usar adornos (anéis, brincos e relógio), não comer ou 
beber, e sempre manter postura de equipe. 
 
• Instrumentador – a pinça de antissepsia não deverá voltar para a mesa de instrumental, separar 
todo o material perfurocortante utilizado ao final da cirurgia. Sempre que for utilizar álcool ou 
tintura de benjoin desligar o bisturi elétrico. 
 
• Área de recuperação pós-operatória – é uma sala adjacente à sala cirúrgica, com gaiolas 
individuais com aquecimento, equipamentos para situações de emergência. Consiste numa área 
calma, utilizada também para monitorizar os parâmetros. 
*Profilaxia de infecção – preparar a equipe cirúrgica, o paciente e a sala cirúrgica. 
Fatores que Determinam a Infecção Cirúrgica 
✓ Quantidade de microrganismos; 
✓ Coágulos, seroma e hematoma; 
✓ Aporte sanguíneo deficiente; 
✓ Conteúdo do trato gastrintestinal; 
✓ Cirurgião – tempo e destreza; 
✓ Corpos estranhos; 
✓ Ferimentos traumáticos; 
✓ Tratamento tardio. 
Classificação das Feridas Cirúrgicas 
• Limpa – atraumática, técnica apurada. 
• Limpa/contaminada – trato gastrintestinal sem derrame de fezes (pequena quebra técnica). 
• Contaminada – intestino com derrame de fezes (grande quebra de técnica). 
• Suja – pus. 
Paramentação 
 Todas as pessoas, ao entrarem na sala de cirurgia, independente se há cirurgia ou não, devem 
estar trajadas usando pijama cirúrgico, gorro, máscara e propé. A roupa deve estar sempre limpa e 
passada, devendo a camisa ficar por baixo da calça, evitando contaminar o ambiente cirúrgico 
(descamação do corpo). A camisa deve ser de manga curta para possibilitar a antissepsia das mão e 
antebraço. 
 O pijama cirúrgico não deve ser utilizado para outra atividade fora da sala de cirurgia, se for 
necessário sair, deve cobri-lo com um jaleco. 
 A equipe cirúrgica é uma importante fonte de contaminação microbiana durante um 
procedimento cirúrgico. Para minimizar esta contaminação, a equipe deve seguir parâmetros rigorosos, 
como usar vestimentas cirúrgicas, fazer antissepsia das mãos e antebraços. A conversação e 
movimentação dentro da sala cirúrgica devem ser evitadas, minimizando a ocorrência de contaminação. 
 O gorro deve cobrir todo o cabelo e os pelos do rosto, caso tenha cabeço volumoso utilizar touca; 
caso tenha barba e costeleta utilizar capuz. As mascaras devem cobrir a boca e o nariz, pois durante a 
cirurgia os profissionais falam, tossem, espirram, respiram. Na área cirúrgica é permitido o uso de 
sapatos confortáveis fechados, mas o uso de propés deve ser feito ao se entrar na primeira vez na área 
cirúrgica e também ao sair (contaminação hospitalar), colocando novos propés ao retornar. 
 O avental cirúrgico deve ser estéril, formando uma barreira contra a dispersão de bactérias 
levadas com a descamação da pele, e também evita o contato com sangue e fluidos do paciente. Deve 
ter mangas que vão além dos dedos, com comprimento da altura do pescoço até os joelhos, faixa de 
ajuste nas costas. 
Preparação Cutânea 
 Também chamada de escarificação cirúrgica, consiste numa escovação e antissepsia das mãos e 
antebraços, por todos da equipe, que deve ocorrer antes da colocação do avental e das luvas cirúrgicas. 
Os objetivos da escovação são: 
• Retirar sujidades e detritos; 
• Reduzir ou eliminar população bacteriana transitória da pele; 
• Reduzir parcialmente população bacteriana residente da pele (impossível eliminar); 
• Impedir por um tempo determinado a multiplicação dos microrganismos residentes. 
➢ Clorexidine – se a cirurgia durar menos de 2 horas, inicio de ação rápido, largo espectro, 
bom viricida, eficaz na presença de material orgânico, excelente atividade persistente e 
residual, causa irritação cutânea mínima. 
➢ Iodopovidona (PVPI) – se a cirurgia durar mais que duas horas, inicio de ação rápido, 
atividade reduzida na presença de material orgânico, requer no mínimo dois minutos de 
contato para destruir bactérias, tem amplo espectro e atividade contra esporos, não 
possui atividade residual, uso limitado pelo odor, manchas, irritação e corrosividade. 
• Método de Escarificação 
1. Molhar as mãos e antebraços; 
2. Realizar a desinquinação; 
3. Fazer 20 movimentos de escovação por área cutânea: 
✓ Unhas; 
✓ Dorso da mão; 
✓ Palma da mão 
✓ Entre os dedos; 
✓ Frente e verso do antebraço; 
✓ Cotovelo. 
*Evite abrasões ou irritações cutâneas durante uma escovação excessiva e forçada, uma 
vez que estas lesões exporiam as bactérias residentes das camadas mais profundas da pele 
as superficiais, aumentando o risco de contaminação 
• Secagem – Utilizar os quadrantes da toalha, usando uma face+quadrante para cada região. 
Colocação de Luvas 
• Método fechado – as mãos ficam dentro dos aventais, segurar a luva esquerda com a mão 
esquerda, colocar dentro da luva, depois repetir com a mão direita. 
 
• Método Aberto – as mãos ficam para fora dos aventais, segurar a luva esquerda com a mão 
direita, colocar dentro da luva, repetir com a outra mão. 
 
• Método com Assistência 
 
 
 
TEMPO CIRÚRGICO E SEUS INSTRUMENTAIS 
 O cirurgião já entra no centro cirúrgico paramentado, é então distribuído o pano de campo, e os 
instrumentais. Os instrumentais utilizados na cirurgia são classificados de acordo com os tempos de 
cirurgia que são 
Diérese 
Tem a função de criar vias de acesso, que podem ser: 
• Cruentas – promove sangramento, como por exemplo, curetagem, debridamento, escarificação, 
exérese/ressecção, punção, incisão. 
• Incruentas - sem perda sanguínea ou com perda mínima, como por exemplo, arrancamento, 
divulsão, esmagamento linear, secção com busturi elétrico/laser, criocirurgia, diérese óssea. 
A incisão pode ser: 
• Simples 
➢ Único sentido com único movimento 
➢ Curva ou reta; 
➢ Único plano – seja ele longitudinal, transversal ou oblíqua; 
➢ Extensão – longa ou curta 
➢ Profundidade – superficial ou profunda. 
• Composta – cirurgias oncológicas, onde combina incisões. 
 
Os instrumentos utilizados para a diérese são: 
 
• Bisturi – utilizados para realizar inscrições precisas nos tecidos, causando o mínimo de dano às 
estruturas adjacentes. A lâmina deve ser encaixada com auxílio de uma pinça de preenção. 
 
 
➢ Cabo 3 – lâminas 10, 11, 15, mais delicadas. 
➢ Cabo 4 – lâminas 22 e 24, menos delicadas. 
• Bisturi Elétrico – incisa e coagula ao mesmo tempo, promovendo um menor tempo cirúrgico e um 
menor sangramento. Possui dois tipos de sistemas: 
➢ Monopolar – utiliza-se uma placa para puxar a energia, a caneta é acionada com um 
pedal, aumentando a temperatura, coagulando proteínas sem chamuscar. 
*plasma de argônio – isolante térmico usado em cima do feixe. 
*cuidado pois álcool é inflamável, depois da assepsia pulverizar clorexidine. 
➢ Bipolar – não utiliza-se placa, sendo mais seguro pois coagula o local sem dissipar calor, 
além de substituir ligaduras vasculares (só ligar as pontas no vaso aberto). Um bom 
equipamento não gruda no vaso, sendo utilizado em neurocirurgia.*sempre limpar a ponteira no transcirúrgico 
• Laser Cirúrgico – mais utilizados são o de CO2 e o de iodo, emite uma raio, conseguindo cortar 
pele sem queimar musculatura (não aumenta temperatura). Não utiliza placas. 
 
• Trépano – lâmina circular similar ao punch, utilizado para biópsia óssea e trepanação, podendo 
ser acoplada a condutores manuais ou elétricos. É necessário utilizar um descartável, pois este 
instrumental, semelhante ao bisturi perde o corte. 
 
• Tesouras – existem diversos modelos, com diferentes finalidades, onde suas funções incluem 
cortar, dissecar, desbridar e divulsionar tecidos orgânicos, além de cortar fios cirúrgicos, gaze, 
borrachas, plásticos, etc. 
 forma correta de segurar 
Existem dois tipos de lâminas: 
➢ Curvas – mais manobrável, garantindo uma maior visualização, além de promover incisão 
em corte curvo, cortar fio sem traumatizar tecido (ponta pra cima) e dissecação; 
➢ Retas – menos manobrável, interfere na visualização, mas facilita o corte retilíneo. 
A ponta da tesoura podem ser: 
➢ Romba - redonda, não servido para perfurar 
➢ Fina/afiada 
 
As tesouras cirúrgicas mais amplamente utilizadas em medicina veterinária são as: 
➢ Tesoura de Metzenbaum – utilizada para corte e dissecção de tecidos mais delicados, 
amplamente utilizadas em cavidades e estruturas mais profundas. 
*perde o fio rápido se usada para cortar fios de sutura. 
 
➢ Tesoura de Mayo – mais robustas que as anteriores, utilizadas para desbridar e cortar 
tecidos mais densos, como fáscias e músculos. 
 
➢ Tesoura de Ponto (Spencer, Littauer) – uma extremidade da lâmina em gancho, utilizada 
para cortar pontos de sutura. 
 
➢ Tesoura de Iris – mais precisas, utilizadas para estruturas menor 
 
➢ Tesoura de Castroviejo - utilizada para cirurgias oftalmológicas 
 
Preensão 
Ato no qual ocorre a manipulação de estruturas, utilizando os seguintes instrumentos: 
• Pinças de campo – projetadas para pender panos à pele do paciente impedindo que deslizem no 
campo operatório durante o ato cirúrgico. São utilizadas também para fixar mangueiras de 
sucção, borrachas, cabos de eletrocautério, etc. Dentre as mais utilizadas temos: 
➢ Pinça Backhaus – mais comuns, penetram na pele, devendo ser afiadas e sem farpas, 
indicadas para preensão de órgãos e tecidos. 
 
➢ Pinça de Edna-Lorna – não penetrantes, não contaminando o campo cirúrgico quando 
movimentadas, indicadas para fixar equipamentos. 
 
• Pinças teciduais – destinadas a preensão de tecidos, podendo ser traumáticas ou atraumáticas. 
➢ Pinça Allis - traumática, possuindo dentes na sua superfície de preensão, indicada para 
uso em tecido conjuntivo ou planos fasciais. 
 
➢ Pinça de Babcock – menos traumática que a Allis, sendo que sua superfície de preensão 
tem pequenas estrias longitudinais. 
 
Hemostasia 
Ato no qual controla-se e previne-se sangramentos, utilizando os seguintes instrumentos: 
• Pinças Hemostáticas – podem ser retas ou curvas, previnem ou detém uma hemorragia, além de 
impedir uma circulação temporária de uma determinada região. Podem ser traumáticas (com 
ranhuras internamente) ou atraumáticas (lisas internamente) 
➢ Pinça de Ronchester – pinça maior, usada para fazer hemostasia de grandes vasos. 
 
*algumas tem nomes diferentes, por terem estruturas especializadas, por exemplo dente 
de rato. 
➢ Pinça de Halsted/Mosquito – pinça mais delicada, apresentando ranhuras transversais em 
toda a porção compressora, indicada para pinçar de vasos de menor calibre e reparo de 
fios. 
 
➢ Pinça de Kelly – intermediaria entre a mosquito e a Rochester, com ranhuras transversais 
nos terços iniciais da garra, indicadas para pinçar vasos e fios calibrosos. 
 
➢ Pinça de Crile – robusta, com ranhuras transversais, permitindo pinçar pedículos sem que 
eles deslizem. 
 
➢ Pinça de Kocker – pinça de apreensão grande, com dente de rato na ponta. 
 
 
manuseio é semelhante ao das tesouras 
Auxiliar 
Ato no qual é exposto o campo operatório, utilizando os seguintes instrumentos: 
• Instrumental Auxiliar 
➢ Pinças de dissecação (Adson ou Cushing) – auxiliam na manipulação de tecidos e diérese, 
variando de comprimento e formato de pontas. As com dentes de rato são utilizadas para 
preensão de tecidos mais densos como pele e aponeurose. Já as sem dentes apresentam 
ranhuras transversais para manipular tecidos delicados, como vasos, nervos e parede de 
vísceras. 
 
manuseio correto 
• Afastadores Manuais 
➢ Afastadores de Farabeuf – mais utilizados, constituídos por lâmina metálica com 
extremidades dobradas, operados pelo auxiliar, indicados para afastar pele, subcutâneo e 
músculos superficiais. 
 
➢ Afastadores de Hohmann – possui bico na extremidade, indicados para cirurgias 
ortopédicas, apoiando o bico sob o osso para exercer tração. Sua lâmina afasta a 
musculatura para baixo e para fora. 
 
➢ Afastadores de Senn – possuem três dentes em uma das extremidades, e na outra uma 
lâmina perpendicular ao eixo longitudinal do afastador, servindo de apoio ao dedo. 
Utilizadas para afastar tecidos superficiais, como pele, subcutâneo e musculatura. 
 
• Afastadores Autoestáticos – se mantém estáveis após abertos, utilizados por cirurgiões que 
operam sozinhos, ou que necessitam da ajuda do auxiliar durante a execução da operação. 
➢ Afastadores de Gosset – utilizado para afastar parede abdominal e musculos, 
apresentando duas hastes paralelas. 
 
➢ Afastadores de Balfour – mais robusto que o Gosset, utilizado para separar paredes 
abdominais, também afasta as extremidades superior e inferior pela ação da lâmina 
central. 
 
➢ Afastadores de Weitlaner – possuem pontas múltiplas em sua lâmina, com mecanismo de 
trava para manter as lâminas afastadas. 
 
➢ Afastadores de Gelpi – pontas agudas anguladas, com porções esféricas nas extremidades, 
para limitar a profundidade de penetração. 
 
Síntese 
Ato no qual ocorre o fechamento dos tecidos seccionados, utilizando os seguintes instrumentos: 
• Porta Agulhas – variam de tamanho e modelo, a escolha depende do tamanho da agulha e o tipo 
de tecido a ser suturado. 
➢ Porta Agulhas de Mayo-Hegar – um dos mais utilizados, sua lâmina é mais curta e mais 
larga, com ranhuras e algumas possuem fenda central. proporciona uma melhor preensão 
com uma durabilidade maior. 
 
➢ Porta Agulhas de Olsen-Hegar – é ao mesmo tempo porta-agulha e tesoura, excelente 
para cirurgiões que operam sozinhos, diminuindo o tempo de sutura. A desvantagem é que 
pode ocorrer cortes do fio de sutura durante a realização do ponto. 
 
*Material cirúrgico do cabo dourado possui ponta de videa, aço muito forte, a proteção 
metálica e muito maior e é muito resistente. 
➢ Porta Agulhas de Mathieu – não possui anéis digitais, sendo aberto por uma mola em 
forma de lâmina, possui travas nos finais das hastes. 
 
• Agulhas – descritas mais detalhadamente adiante. 
Especial 
Instrumentos com função peculiar, depende da especialidade cirúrgica, que são: 
 
• Pinças de antissepsia – hastes longas, encontradas em vários tamanhos podendo ser retas ou 
curvas. 
➢ Pinça de Cheron – porção compressora em formato oval, com ranhuras transversais que 
auxiliam na preensão de gaze. 
 
➢ Pinça de Foerster – formado de anel na extremidade de sua parte compressora. 
 
• Pinça de Tecidos 
➢ Pinça Intestinal de Doyen – possui pequenos sulcos longitudinais, utilizada para preensão 
atraumática, em ressecções de segmentos do tubo digestivo, evita passagem de secreções 
para o campo operatório, promove hemostasia temporária, e também ajuda a posicionar 
segmentos durantes anastomoses intestinais 
 
• Instrumentos Ortopédicos 
➢ Pinça de redução – utilizadaspara manter fragmentos ósseos na posição desejada 
rapidamente. 
 
➢ Alicate cortador de osso 
 
➢ Furadeira 
 
• Curetas – conchas com bordas afiadas, utiliza-se para coleta de materiais, raspagem de tecidos, e 
na neurocirurgia. 
• Ruginas – pinças com lâminas em formato de concha, utilizadas para remover ou fragmentar 
pedaços de ossos. 
➢ Rugina de Kerrison – indicada para neurocirurgia e durante execução de descompressivas. 
 
• Serras – utilizadas para osteotomia 
➢ Serra Manual 
➢ Serra de Gigli 
 
• Osteótomos – uso em conjunto com martelo, mas tem risco maior de fraturas iatrogênicas. 
 
 
 
LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTAIS 
 
 O material cirúrgico deve ser previamente lavado com água destilada e o lado amarelo da esponja 
(para não desgastar ou riscar), antes de ser esterilizado. Após o uso o instrumental deve ser lavado 
imediatamente, impedindo que sangue, tecidos e outros materiais sequem sobre os instrumentos. 
A esterilização pode ser feita utilizando: 
• Estufa – pouco utilizada, pois não garante boa esterilização, além de manchar os instrumentais, 
que ficam com aspecto de prata velha. 
• Autoclave – esteriliza utilizando vapor, sendo necessário utilizar: 
➢ Caixa de Instrumentais – é furada pois precisa passar vapor por dentro para garantir a 
esterilização dos instrumentais. 
 
• Cuba de lavagem – enzimas destroem microrganismos 
• Lavadora Ultrassônica - vibração da água, quebrando o material orgânico. 
 
ORGANIZAÇÃO DA MESA CIRÚRGICA 
 
A posição dos instrumentos varia de acordo com o integrante da equipe: 
• Instrumentador – extremidade voltada para si; 
• Cirurgião – cabo voltado para si; 
• Auxiliar – cabo voltado para si. 
 A disposição dos materiais irá variar de acordo com a posição do instrumentador, cirurgião, 
auxiliar e paciente, agrupando os instrumentais sempre em quadrantes: 
 
. 
FATORES QUE INFLUÊNCIAM A CICATRIZAÇÃO 
 Dentre os fatores temos trauma cirúrgicos (super incisão), lesões que causam processos 
inflamatórios, e fatores ligados ao paciente como local, sistêmicos (nutrição) e obesidade. 
 
FIOS DE SUTURA 
 
 Os fios de suturas são compostos por material de várias origens, que podem ser orgânicos ou 
sintéticos, apresentar configurações diferentes, e seu uso ser norteado de acordo com a sua indicação 
em diferentes situações e tecidos orgânicos. 
• Fio ideal 
✓ Grande resistência a tração e torção; 
✓ Calibre fino e regular; 
✓ Mole, flexível e pouco elástico; 
✓ Ausência de reação tecidual; 
✓ Não alérgico, não cancerígeno e não capilar; 
✓ Baixo custo; 
✓ Fácil esterilização. 
Características Gerais 
 Servem para a escolha do fio a ser utilizado em determinada situação, considerando ainda o tipo 
de tecido e condição no momento do uso, por exemplo, a presença de infecção, contaminação, isquemia 
e necrose. As características importantes são: 
• Flexibildiade do fio – capacidade de torção e diâmetro 
• Resistência à tração – tensão do nó é mensurada pela força exercida na sutura em “pounds” 
• Capilaridade – processo pelo qual o fluido e bactérias são levadas para dentro do interstício das 
fibras multifilamentosas. Não são utilizados em infecções e neoplasias. 
• Diâmetro – calibre do fio em milímetros, expresso comercialmente com uma numeração 
específica utilizando zeros (United 
States Phamacopeia): 
➢ 5 (mais grosso), 4, 3, 2, 1, 2-0, 3-0, 4-0, 5-0, 6-0, 7-0, 8-0, 9-0, 10-0 (mais fino) 
 Fios absorvíveis apresentam um calibre maior que os inabsorvíveis mesmo que a 
numeração seja idêntica. 
• Força tênsil – somatória de forças necessárias para romper o fio. 
• Fixação de nó – relacionada com o coeficiente de atrito do fio; 
• Elasticidade – capacidade de distensão do fio e seu retorno a forma original; 
• Memória – capacidade de retornar a sua forma original, possibilitando desfazer o nó; 
• Pliabiliade – facilidade do cirurgião manusear o fio. 
• Coeficiente de atrito – capacidade do fio deslizar pelos tecidos, e também de desfazer os nós. 
• Reação Local capacidade de induzir reação tecidual, seja pelo material utilizado no fio, pelo 
trauma na passagem da agulha, ou pela isquemia provocada pela confecção do fio. 
Os fios cirúrgicos podem ser: 
• Monofilamentados – náilon 
• Multifilamentados – algodão e categute, que também pode ser: 
➢ Torcidos 
➢ Trançados (revestido ou não) 
 
Quanto a absorção temos fios: 
• Absorvíveis – fios estéreis, preparados com colágeno de tecidos de mamíferos ou polímeros 
sintéticos. 
• Não absorvíveis – não são biodegradáveis, sendo encapsulados por fibroblastos, permanecendo 
onde eles estão enterrados dentro dos tecidos. Quanto utilizado para fechar pele, deve ser 
removido no pós operatório. derivados de três fontes: 
➢ Animal – seda trançada. 
➢ Vegetal – linho torcido e algodão torcido 
➢ Sintético – poliamida, polipropleno, , poliéster, aço, etc. 
A Escolha do Fio 
 O cirurgião deve pautar a escolha do fio para uma determinada operação, considerado os diversos 
aspectos que podem interferir na cicatrização dos tecidos. Deve observar: 
• Estrutura e tensão necessária para o tecido; 
• Menor calibre compatível com a sutura; 
• Absorção, pois se desejamos que a tensão da sutura se mantenha por um maior tempo, optar pelo 
fio não absorvível; 
• Considerar processo inflamatório, necrose tecidual, contaminação e infecção; 
• Custo do fio; 
• Órgãos, presença de fluidos corporais (bexiga, vesícula biliar), pois fio não absorvível pode levar a 
precipitação de cistaloides, e formação de cálculos. 
Tipos de Fios 
• Categute – produzido a partir do colágeno de origem animal, sendo monofilamentar torcido, onde 
o simples é absorvido entre 5-7 dias e o cromado entre 15-20 dias. Indicado para tecidos de pouca 
resistência, ligadura de vasos sanguíneos e vias urinárias. 
 Possui alta reação tecidual inflamatória, com absorção irregular (enzimas proteolíticas dos 
lisossomos) e baixa força tênsil sendo sujeito a deiscência; 
 
• Ácido Poliglicólico – é um fio absorvível sintético, multifilamentar, sendo absorvido entre 40 e 70 
dias (hidrólise), possui boa pliabilidade. É um fio estável, com pouca reação inflamatória, baixa 
aderência bacteriana. É indicado para todos tecidos até infectados, mas não deve utilizar no 
pâncreas pois sofre ação da lipase e amilase, em neurocirurgias e cirurgias cardiovasculares. 
 
• Poliglactina 910 – semelhante ao anterior, mas é mais maleável devido ao fato de receber 
revestimento lubrificado, sendo contra indicado para oftalmologia, neurologia e cirurgia 
cardiovascular. 
 
 
• Poliglecaprona – sintético monofilamentar, absorvido por hidrólise entre 90 e 120 dias. Apresenta 
boa pliabilidade, forsa tênsil regular, baixa memória e pouca reação tecidual, sendo 
contraindicado para aponeurose, microcirurgia, neurologia, oftalmologia e cirurgia 
cardiovascular. 
 
• Polidioxonona – fio absorvível sintético (hidrólise, 180 dias), induz pequena reação tecidual, boa 
segurança no nó, pliabilidade razoável e baixa memória. Pode ser usado em cirurgia pancreática e 
tecidos infectados, tem alto custo. 
 
 
• Poligliconato – sintético, monofilamentar, absorvido por hidrólise entre 120 e 160 dias, podendo 
ser utilizado em todos os tecidos, apresentando a melhor força tênsil, e menor coeficiente de 
atrito, produzindo menor arrasto tecidual. Tem baixa memória, boa segurança dos nós e 
pliabilidade, baixa absorção de fluidos e baixa reação tecidual. 
 
• Seda – multifilamentar transado, não absorvível, originado do casulo da larva do bicho-da-seda. É 
de baixo custo, boa pliabilidade, baixa memória e boa força tênsil. Indicado para cirurgia 
gastrointestinal e ligaduras de vasos sanguíneos,mas não deve utilizar em sistema urinário e 
quando houver sensibilidade e alergia ao linho. 
 
 
• Algodão – não absorvível, multifilamentar torcido, apresentando boa pliabilidade e menor 
resistência que o fio de seda, podendo vir associado ao poliéster. Tem as mesmas indicações que 
a seda, no entanto apresenta intensa reação tecidual e tende a desfiar. Não deve ser usado em 
tecido infectado. 
 
• Linho – não absorvível, multifilamentar, que possui grande capilaridade e boa pliabilidade, 
aumentando sua resistência se for umedecido previamente. Possui reação tecidual tecidual 
elevada não devendo ser utilizado em tecidos infectados. Apresenta as mesmas vantagens e 
desvantagens que a seda e o algodão. 
 
 
• Náilon – não absorvível sintético, monofilamentar ou multifilamentar trançado. Induz pouca 
reação tecidual, tem alta memória, boa força tênsil, baixa capilaridade e coeficiente de atrito, 
sendo um fio inerte e pouco flexível, utilizado em diversos tecidos, mas não utilizar em tecidos 
que requerem manutenção permanente de força tênsil como as vias urinárias. 
 
• Polipropileno – não absorvível sintético e monofilamentar, apresentando baixa reação tecidual e 
coeficiente de atrito, boa plasticidade, alta memória, elasticidade baixa. É muito utilizado em 
anastomose vascular, não induzindo formação de trombos, além de ser um bom fio para sutura 
intradérmica, e para fixar próteses cardíacas (resistência tênsil estável). 
• Poliéster – não absorvível sintético multifilamentar trançado, podendo ser revestido, apresenta 
baixa reação tecidual, memória média, pouca segurança de nó, podendo ser usado para síntese 
de apneuroses. 
 
• Aço – não absorvível, mono ou multifilamentar, torcido ou trançado. Baixa flexibilidadeApresenta 
a maior força tensil e menor reação tecidual, baixa pliabildiade e pouca flexibilidade, podendo 
causar lesões teciduais e necrose. 
 
AGULHAS 
 Várias formas e tamanhos estão disponíveis, e a seleção depende do tipo de tecido a ser suturado 
(penetrabilidade, densidade, elasticidade e espessura), da topografia da ferida (profundas ou estreitas) e 
das características da agulha que são: 
• Cilíndricas ou atraumáticas 
• Triangulares ou traumáticas 
• Curvatura: 
✓ Curvas; 
✓ Semicurvas 
✓ Retas 
 
Fatores que Influenciam a Cicatrização 
✓ Trauma cirúrgico; 
✓ Paciente; 
✓ Local; 
✓ Problemas sistêmicos – diabetes mellitus, obesidade, uso de medicamentos e hipoproteinemia. 
 
 
SUTURAS 
 União de estruturas com um ou mais pontos por fios, com o objetivo de alcançar a integridade da 
ferida, por meio de uma boa cicatrização. São classificadas quanto a: 
➢ Profundidade 
✓ Superficiais – abrange a pele e subcutâneo; 
✓ Profundas – abaixo do plano aponeurotico. 
➢ Planos anatômicos 
✓ Por planos; 
✓ Em massa; 
✓ Mista. 
➢ Fio usado 
✓ Absorvível; 
✓ Inabsorvível. 
➢ Tipo de ponto 
✓ Simples 
✓ Contínuo 
➢ Finalidade da sutura 
✓ Hemostasia; 
✓ Aproximação ou união; 
✓ Sustentação; 
✓ Estética. 
➢ Espessura do tecido 
✓ Perfurante total 
✓ Perfurante parcial 
➢ Sequência de ponto 
✓ Separados – cada ponto um nó, são mais seguras, mas de lenta elaboração. 
✓ Contínua – continuidade entre pontos, com nó inicial e final, pode estreitar o calibre das 
estruturas. 
➢ Posição de bordas: 
✓ Sutura de confrontamento – pele e nervos; 
✓ Sutura invaginante – aplicada em vísceras ocas, como bexiga urinária e alça intestinal; 
✓ Sutura de eversão – bordas ficam evertidas, feitas em suturas vasculares. 
 
Elaboração da Sutura 
 As suturas devem ser elaboradas da direita para a esquerda, circulares no sentido anti-horário. 
Dentre elas podemos fazer as seguintes suturas: 
• Descontínuas ou em pontos separados – cada ponto um nó, sendo mais seguro evitando 
deiscência pois o afrouxamento de um ponto não interfere na sutura, embora tenha lenta 
confecção e gastar mais material. Lembrar de deixar os nós do lado da incisão cirúrgica evitando 
o acumulo de secreções, e instalação de processo infeccioso. 
➢ Ponto simples – fácil e rápida, sendo uma das mais utilizadas. Também pode ser feita com 
o nó para o interior. 
 
➢ Ponto em U vertical ou Donatti U – pode ser utilizada em pele e fígado 
➢ Ponto em U horizontal ou Wolf – não oferece boa estética após a cicatrização, podendo 
ser utilizada em pele, hérnias, aponeuroses, ferimentos extensos na pele. 
➢ Ponto em X horizontal ou Sultan – pode ser utilizada na linha média e fáscia muscular. 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Afrouxamento de um ponto não interfere na 
sutura 
Mais trabalhosa 
Menos corpos estranhos Mais demorada 
Menos tecidos isquêmicos 
 
• Contínuas – fazer primeiro um ponto simples, dando um nó inicial, não são cortadas a cada 
repasse nas bordas, fazendo outro nó no final da ferida. Tem alto risco de deiscência, pode 
estreitar o calibre das estruturas (glândulas e vasos). 
➢ Contínua Simples – execução rápida e fácil 
➢ Festonada – empregado quando se tem necessidade de uma sutura mais firme, com mais 
resistência. Utilizada em pele, fáscia muscular, vesícula urinária e estômago. 
➢ Sutura com U contínuo ou barra grega. 
➢ Sutura com U vertical superficial ou de Lambert – invaginante, podendo ser utilizada em 
vísceras ocas. 
➢ Sutura com U profundo ou Donati 
➢ Bolsa de Fumo – realizada em circulo, pra fechamento de orifícios naturais como ânus, 
evitando contaminação e saída de líquidos para o campo operatórios. 
➢ Perfurante Parcial invaginante ou Cushing 
➢ Perfurante total não invaginante ou Schimiden 
 
NÓ CIRÚRGICO 
Algumas regras devem ser seguidas para confeccionar nós cirúrgicos com segurança: 
• Optar por diâmetros menores, que tornam a ligadura mais segura; 
• Não apertar muito, evitando isquemia, mas também não deixar frouxo. 
• Não realizar semi-nó apenas para um único lado, pois ele fica deslizante; 
• Evitar realizar vários nós; 
Existem três tipos de técnica pra elaborar nós: 
1. Manual – utilizar apenas as mãos 
 
2. Instrumental – utiliza-se material cirúrgico 
 
3. Mista- realizada com ambos. 
 
 
 
 
CIRURGIAS DO SISTEMA REPRODUTIVO E GENITAL 
 
Definições 
 A indicação primária é para limitar a reprodução, mas também pode ser feita para aliviar a 
distocia, prevenir ou tratar tumores influenciados pelos hormônios reprodutivos, controlar certas 
doenças do trato reprodutivo (piometra, mastite, prostatites... ) e estabilizar doenças sistêmicas. 
 
Anatomia do Trato Reprodutivo Feminino 
 
Constituído por: 
• Ovários – junto a eles encontramos a artéria ovariana que é um ramo da aorta; a veia direita que 
drena para a veia cava, e a veia esquerda que drena para a veia renal. Topograficamente temos: 
➢ Ovário direito – próximo ao pâncreas, sendo mais fácil de localizar. 
➢ Ovário esquerdo – sobreposto ao baço (entre o intestino e o baço). 
• Tubas uterinas – artéria ovariana e uterina e as veias satélites. 
• Útero – artéria uterina e veia uterina. 
 
Anatomia do Trato Reprodutivo Masculino 
 
Constituido por: 
• Pênis – dividido em raiz, corpo e glande, composto por corpo cavernoso envolto pela túnica 
albugínea. 
• Próstata – envolve completamente o colo da bexiga e o início da uretra. As artérias prostáticas 
são originadas do ramo da artéria urogenital. 
• Escroto – bolsa membranosa com septo medial que aloja os testículos. 
• Testículos e anexos – os testículos, epidídimos, ductos deferentes e vasos são cobertos pela 
túnica vaginal parietal e visceral e a fáscia espermática. 
 
 
ORQUIECTOMIA 
 
 
Técnica Aberta 
 Colocar o paciente em decúbito dorsal, verificar a presença dos testículos na bolsa escrotal. 
Depilar e preparar assepticamente o abdomecaudal e a face medial da coxa. Aplicar uma pressão no 
escroto para avançar um dos testículos o máximo possível para dentro da área pré-escrotal. 
 Fazer uma incisão na pele e no tecido subcutâneo ao longo da rafe medial, por cima do testículo 
deslocado, continuando através da fáscia espermática para exteriorizar o testículo. Fazer uma incisão na 
túnica parietal vaginal sobre o testículo, mas não incisar a túnica albugínea pois isso pode expor o 
parênquima testicular. Colocar uma pinça hemostática na túnica vaginal, onde esta se liga ao epidídimo. 
Separe o ligamento digitalmente da cauda do epidídimo da túnica enquanto aplica tração com a pinça 
hemostática. 
 Exteriorizar o testículo aplicando uma tração caudal e para fora, identificar o plexo pampiniforme 
e o ducto deferente, fazer a técnica das três pinças ao longo do cordão espermático. Pode ser feito uma 
transfixação para auxiliar o nó. Depois fazer síntese do subcutâneo e dermorrafia. 
 
 
Técnica Fechada 
 Nesta não é feita incisão na túnica vaginal parietal. Fazer incisão cutânea pré-escrotal, 
exteriorizar o cordão espermático, e rebater a gordura e a fáscia da túnica com uma gaze. Tracionar o 
testículo enquanto os ligamentos fibrosos entre a túnica do cordão espermático e o escroto são 
rompidos. Executar a técnica das três pinças, e se preferir uma transfixação. Depois realizar o mesmo 
procedimento com o testículo contralateral. Fazer síntese do subcutâneo e dermorrafia. 
 
Criptorquidismo 
 É uma falha congênita dos testículos, que consiste na ausência do deslocamento uni ou bilateral 
dos testículos da cavidade abdominal para o escroto. O testículo pode estar retido no tecido subcutâneo 
da área pré-escrotal, o abdome ou na área do anel inguinal. 
 
 
 
 
OVÁRIO-HISTERECTOMIA 
Acesso Medial 
Localizar a cicatriz umbilical, fazer incisão de 3-8cm caudal a ela, depende do tamanho do 
paciente. Com o auxiliar utilizando o afastador, identificar as estruturas segura pelo corno 
uterino, e fazer tração no ligamento. Após isso deve-se utilizar as três pinças para cortar o plexo 
vascular uterino da seguinte maneira: 
1) Coloco as três pinças no plexo vascular; 
2) Cortar vaso entre a primeira e a segunda, tirando o ovário e colocando-o na lateral. 
3) Iniciar o nó abaixo da terceira pinça, mas não apertar; 
4) Retirar a terceira para liberar tecido e depois apertar o nó. 
5) Deixar o fio comprido e fazer teste da hemostasia para ver se extravasa sangue ao soltar a 
segunda pinça; 
6) Pode ser feito uma transfixação acima do laço auxiliar o nó. 
 
 
 Expor um ovário e depois buscar o outro corno uterino e fazer a técnica novamente. Por 
fim excisar o útero acima da cérvix. 
 
Acesso Lateral 
 
 É um tipo de cirurgia comum em bovinos, equinos e animais silvestres, tem 0% de complicação 
cirúrgica, e o paciente não volta para tirar os pontos. 
• Vantagens 
✓ Observar ferida a distância; 
✓ Pode ser feita em animais com hiperplasia mamária ou lactação; 
✓ Indicada para gatos e cadelas pré-púberes; 
✓ Menor probabilidade de evisceração dos órgãos ou abertura espontânea da incisão. 
• Desvantagens 
✓ Menor visualização da cavidade abdominal; 
✓ Não tem uso em casos de piometra e distensão uterina; 
✓ Longa curva de aprendizado; 
✓ Difícil identificar previamente se o animal foi castrado. 
A técnica deve ser feita da seguinte maneira: 
1. Colocar o animal em decúbito lateral esquerdo. 
 
2. Após incisar a pele, terá três camadas musculares: 
▪ Musculo obíquo externo; 
▪ Músculo transverso do abdome; 
▪ Músculo oblíquo interno. 
3. Após atravessas estas camadas, a membrana branca indica o peritônio; 
4. Utilizar gancho (esfera na ponta ) e identificar o corno direito 
*nesta técnica os ovários ficam próximos; 
*quanto mais quadrado o abdome, mais difícil de acessar os dois lados. 
5. Utilizar tesoura de íris que é mais delicada. 
6. Fazer hemostasia e corte do plexo vascular e também do corno uterino, utilizando a técnica das 
três pinças ou o bisturi elétrico bifásico. 
7. Reposicionar estruturas, suturar o subcutâneo e fazer dermorrafia. 
 
• Complicações 
✓ Em caso de hemorragia, terá baixa vizualização; 
✓ Animais no cio; 
✓ Uso de materiais de baixa qualidade. 
 
COMPLICAÇÕES DA OVÁRIO HISTERECTOMIA EM CADELAS E GATAS 
Síndrome do Ovário Remanescente 
 
 É um distúrbio iatrogênico em cadelas e gatas caracterizado pelo retorno do estro após 
contracepção cirúrgica devido à presença de fragmento de tecido ovariano na cavidade abdominal. 
Frequentemente, o ovário remanescente está situado no pedículo ovariano direito, sobretudo devido a 
sua posição topográfica mais profunda e cranial em comparação ao ovário esquerdo. Os principais sinais 
clínicos de SOR em pequenos animais são cio e presença de edemaciamento/secreção vulvar/vaginal, 
especialmente em caninos. 
Piometra de Coto 
 É o pedacinho do útero que permanece na cadela após a cirurgia da castração. Geralmente a 
piometra de coto acontece quando, na cirurgia de castração, os ovários não são completamente 
removidos, ficando parte(s) dele(s) dentro da fêmea. Em casos assim, a cirurgia é indicada não apenas 
para corrigir a piometra, mas também para a remoção completa dos vestígios dos ovários, que podem se 
transformar em tumores. 
 
CIRURGIAS DA CAVIDADE ORAL E OROFARINGE 
Anatomia Cirúrgica 
Cavidade oral - é dividida em vestíbulo e cavidade oral propriamente dita. 
Língua - é presa no assoalho da cavidade oral pelo frênulo lingual. 
Orofaringe – delimitada dorsalmente pelo palato mole e ventralmente pela raiz da língua. 
Tonsilas – encontram-se na parede lateral da orogaringe. 
 A irrigação sanguínea desta região origina-se dos ramos das artérias carótidas comuns. As artérias 
palatinas maiores se anastomosam caudalmente aos incisivos ; já as menores entram no palato, caudal 
ao último molar e lateral a artéria palatina maior. 
 
*A infecção é rara e a cura rápida após a cirurgia, devido ao excelente fornecimento de sangue. 
*A mordedura favorece o animal a tirar os pontos. 
*É importante retirar os dentes decíduos, pois eles mudam a angulação do definitivo. 
 
FENDA PALATINA 
 É um defeito congênito que consiste numa comunicação anômala entre a cavidade nasal e oral 
envolvendo o palato mole, palato duro, pré-maxila e/ou lábio. Alguns recém nascidos acometidos são 
incapazes de mamar efetivamente e morrem logo após o nascimento. Outros apresentam a cavidade 
nasal contaminada por saliva e alimento. 
 
 Até que os animais acometidos estejam com idade suficiente para a cirurgia, deve-se introduzir o 
tubo de alimentação para manter um estado nutricional adequado e evitar pneumonia aspirativa. 
 
Fechamento de Defeitos no Palato Duro 
 
Existem dois procedimentos utilizados para reparar fendas secundárias: 
• Primeira técnica – deslizar abas bipediculadas e sobrepondo técnicas de retalhos, sua 
desvantagem é que o reparo não tem sustentação, ficando diretamente sobre o defeito. 
1) Incisar margens do defeito e fazer incisões liberadaoras bilaterais ao longo das margens da 
arcada dentária; 
2) Elevar camada mucoperióstica de ambos os lados com elevador periosteal; 
3) Fazer aposição das margens da mucosa nasal ou do periósteo à margem do defeito com 
sutura simples descontínua (nós dentro da cavidade nasal). 
*utilizar agulha traumática, com linha absorvível ou inabsorvível. 
4) Deslisar abas mucoperiósticas elevadas em todo o defeito e apor com suturas 
interrompidas simples. 
 
 
• Segunda técnica – técnica do “sanduíche” sobreposto, é vantajosa pois não posiciona o reparo 
sobre o defeito palatino. 
1) Incisar uma margem do defeito, separando a mucosa nasal e oral; 
2) Elevar o mucoperiósteonesta margem aproximadamente 5mm; 
3) No lado oposto criar uma aba rotativa suficientemente grande para cobrir o defeito; 
4) Iniciar a incisão próxima e paralela a arcada dentária, criando um retalho de 2 a 4 mm 
maior que o defeito; 
5) Fazer uma rotação da aba criada através do defeito, colocando a ponta da aba sobre a aba 
do lado oposto; 
6) Realizar sutura de colchoeiro horizontal. 
 
 
FISTULA ORONASAL 
 
 Defeitos palatais adquiridos, que consiste numa comunicação entre as cavidades nasal e oral, 
frequentemente causados por doenças dentárias, podendo resultar de trauma, complicação cirúrgica, 
radiação e tratamento hipertérmico de lesões orais. As técnicas utilizadas são: 
• Aposição direta – incisar ou debridar margem, elevar bastante as bordas para permitir 
aproximação sem tensão excessiva. Unir mucosas com suturas simples interrompidas. 
 
Reparo com retalho em camada simples – debridar a margem epitelial da fistula, incisar mucosa 
gengival e bucal para delinear uma aba 2-4mm maior que a fistula. Liberar mucosa até a aba poder ser 
avançada através do defeito sem tensão. E por fim suturar o retalho ao mucoperiósteo com padrão 
descontínuo. 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO RADICAL 
Mandibulectomia 
 É a remoção de uma parte da mandíbula, que pode ser rostral – uni ou bilateral; ou uma 
hemimandibulectomia que pode ser caudal, total ou central. O paciente deve fazer a tricotomia da 
cavidade nasal e oral, e assepsia com clorexidine aquoso para não ressecar. Para esta cirurgia o paciente 
deve ser posicionado em decúbito lateral, utilizar serra gigli, osteótomo dentre outros, sempre evitando 
a área da raiz do dente canino (dificulta o corte). 
 
 
Maxilectomia 
 É a remoção de uma parte da maxila, realizada para ressecação de neolplasia oral. As 
maxilectomias podem ser classificadas como rostral (uni ou bilateral), central (ou central bilateral) ou 
caudal (caudal bilateral). 
 
1) Fazer tricotomia e assepsia da pele nasal e maxilar, posicionando o animal em decúbito dorsal 
(lesões da pré-maxila) ou decúbito lateral (lesões caudais a pré-maxila) 
2) Cortar amassa e no mínimo 1-2cm de tecido mole normal e osso em todas as bordas; 
3) Se a lesão se estender até o terceiro pré-molar, deve-se ressectar todos os dentes pré-molares e 
molares, devido a aversão da arcada dentária; 
4) Na maxilectomia caudal remover uma porção arco zogomático e da órbita, se necessário para 
obter bordas limpas. 
5) 
COMPLICAÇÕES CIRURGICAS 
✓ Hemorragias; 
✓ Dor; 
✓ Deiscência; 
✓ Infecções; 
✓ Problemas dentários; 
✓ Dificuldade de alimentação; 
✓ Cicatrização. 
Mandibulectomias 
✓ Instabilidade mandibular; 
✓ Língua protusa. 
Maxilectomias 
✓ Descargas nasais; 
✓ Enfisema subcutâneo; 
✓ Ulceração do lábio e “flap” 
✓ Secreção ocular; 
✓ Fistulas orais. 
CIRURGIAS DO OLHO 
 
 O manejo cirúrgico é indicado no caso de traumas, glaucoma intratável, endoftalmite 
incontrolável, pan-oftalmite e neoplasias intraoculares. Os acessos podem ser: 
✓ Subconjuntival 
✓ Transpalpebral 
 
• Preparação do paciente - realizar Tricotomia da pele periorbitária e pálpebras, e antissepsia com 
clorexidine aquosa para não ressecar. Lavando a superfície ocular e saco conjuntival com Iodo 
Povidona (PVPI) diluído em solução salina 50%. 
Enucleação 
 Procedimento cirúrgico orbital mais comum, realizado na prática de pequenos animais. Indicado 
no caso de danos irreparáveis na córnea ou intraocular, endoftalmite incontrolável, neoplasia 
intraocular, glaucoma intratável, proptose severa e uveíte intratável. 
• Subconjuntival 
• 
• Transpalpebral – tem como vantagem o confinamento superior da superfície ocular, a partir do 
local da cirurgia, importante quando há infecção ou neoplasia sobre a superfície. As desvantagens 
incluem o aumento do sangramento e uma maior tração do nervo óptico. 
1) Suturar pálpebras fechadas com sutura descontínua simples; 
2) Incisar circunferencialmente a camada da pele orbicular anterior da pálpebra; 
3) A partir das incisões cutâneas iniciais, dissecar os tecidos subcutâneos com uma pequena 
tesoura de Metzenbaum curvada em torno do globo; 
4) Cortar tendões do canto medial e lateral, para liberar áreas correspondentes; 
 
*não puxar o globo ou colocar qualquer tração, pois isto pode lesionar o quiasma optico e 
promover cegueira do outro olho. 
 
 
ANASPLASTIAS E CIRURGIAS RAPARADORAS DA PELE 
 
 Chamamos de anaplastia o ato de reparar o tecido, unir bordos, transferir pele de locais distintos, 
seja por objetivo funcional ou estético (para o tutor). O planejamento é importante pois existe uma 
grande variedade de técnicas e associações. O cirurgião deve sempre conhecer o sistema vascular, da 
região a ser reparada, melhorando a cicatrização. 
 Este tipo de cirurgia requer uma boa hemostasia, aproximação anatômica dos tecidos sem tensão, 
fechamento dos espaços mortos, e uso apropriado de fios de sutura e implantes. 
 
 
Suturas 
✓ Donatti – longe, longe, perto, perto 
 
✓ Captonada – distribui tensão nos captons 
 
✓ Intradermica 
✓ Suturas móveis – movimentam a pele através de um defeito , obloterar o espaço morto e 
distribuir a tensão sobre a superfície da ferida. 
✓ 
Fases da Cicatrização 
• Inflamação – resposta protetora do tecido, iniciada por um dano, caracterizada por aumento da 
permeabilidade vascular, quimiotaxia, liberação de citocinas e fatores de crescimento, presença 
de células inflamatórias. 
• Debridamento – um exudato, composto de glóbulos brancos, tecido morto e fluidos, forma-se nos 
ferimentos durante esta fase. 
• Reparação – começa de 3-5 dias após a lesão, na qual ocorre proliferação de fibroblastos e 
deposição de colágeno. É formado um tecido de granulação que deve ser rosado (saudável). 
 
• Maturação – nesta ocorre um aumento da força do ferimento, devido a uma reorientação das 
fibras colágenas, que são substituídas pelo tipo I. 
 
Linhas de Tensão 
 
 São linhas formadas pela tração prediminante do tecido fibroso dentro da pele, que pode variar 
de acordo com a raça, conformação, sexo e idade. São importantes pois conhece-las favorece ao 
cirurgião, um bom aproveitamento da pele, melhorando a cicatrização, a estética, e diminuindo a 
probabilidade de deiscência. 
 Para cada linha de tensão, deve-se eleger uma sutura, lembrando de suturar o subcutâneo 
divulsionado nas plastias evitando a formação de espaço morto. 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE ANAPLASTIAS 
 
Incisões Simples ou Múltiplas 
 
 
Z plastia 
 É uma incisão em forma de Z, feita a 3cm da ferida, promovendo um relaxamento da pele suficiente para o 
fechamento da mesma. O tecido deve ser divulsionado até a incisão em Z, depois é fechada a ferida, e por último é 
aplicado uma sutura de alivio de tensão e alterna os triângulos da incisão em Z antes de suturá-la. 
 
 
H plastia 
 Usado para fechar grandes defeitos que tem pele móvel disponível em dois lados do mesmo. 
 
 
V-Y plastia 
 Incisão de relaxamento que proporciona um Flap de avanço para cobrir uma ferida. Usado para fechar 
feridas crônicas e inelásticas, ou que podem distorcer estruturas adjacentes se fechadas sob tensão. É feita uma 
incisão em forma de V a cerca de 3cm da ferida, depois é divulsionada a pele e fechada a ferida. Por fim a incisão em 
V é fechada formando um Y. 
 
 
 
Retalho Pediculado ou ”Flap 
• Suprimento sanguíneo 
✓ Randomizado 
✓ Axial 
• Localização do Retalho 
✓ Adjacente ao defeito 
✓ À distancia 
o Diretos – um estágio para confecção outro para liberação 
o Indiretos 
• Tipo de Retalho 
➢ Por avanço único 
 
➢ Por rotação 
 
➢ Portransposição

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