Buscar

Analgésicos opioides

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
 
 Analgésicos Opióides
*
Papaver somniferum
*
HISTÓRICO DO ANALGÉSICO OPIÓIDE
		O ópio, a substância bruta, e a morfina, um de seus componentes ativos, são obtidos da papoula,Papaver somniferum, por incisão da casca da semente após as pétalas da flor terem caído, o látex branco que escorre torna-se marrom, e endurece quando deixado em repouso, essa goma marrom viscosa é o ópio. As propriedades dessa planta são conhecidas há milhares de anos, e podem ser encontrados relatos de seu uso em documentos dos egípcios, gregos e romanos antigos.
		
		Sertuner, um farmacêutico alemão, isolou uma substância ativa pura do ópio, em 1803. Esse acontecimento representou um marco histórico, visto que tornou possível obter uma potência padronizada de um produto natural. Após testar o composto nele e em alguns amigos, Serturner propôs o nome de “morfina” para a substância, em homenagem a Morfeu, o Deus grego dos sonhos. 
*
		O ópio contém cerca de 20 alcalóides, incluindo morfina, codeína, tebaína e papaverina.
A tebaína e a papaverina não são analgésicos, porém a tebaína é a precursora de vários agonistas opióides semi-sintéticos.
A papaverina é um vasodilatador sem aplicações clinicas estabelecidas, que entretanto inspirou o desenvolvimento do verapamil, um importante agente bloqueador dos canais de sódio.
O principal alcalóide no ópio é a morfina, presente numa concentração de cerca de 10%.
A codeína está presente numa concentração de menos de 0,5% é sintetizada comercialmente a partir da morfina.
*
CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES
Os opióides incluem:
Agonistas integrais são também conhecidos agonistas de alta eficácia ou fortes.
Agonistas parciais Podem induzir efeitos agonistas, mas também podem deslocar agonistas integrais dos sítios de ligação dos opióides e, assim, reduzir seu efeito biológico, dessa maneira os agonistas parciais podem atuar com agonistas ou como antagonistas, dependendo das circunstância em que são utilizados. 
Antagonistas
*
FARMACOCINÉTICA
*
ABSORÇÃO
Os analgésicos opióides são, em sua maioria, bem absorvidos a partir de locais subcutâneos e intramusculares, bem como das superfícies mucosas do nariz ou da boca.
Dispositivos recentemente introduzidos permitem a insuflação nasal de opióides de alta eficácia, produzindo níveis sanguíneos terapeuticamente úteis e evitando, ao mesmo tempo, o metabolismo de primeira passagem que ocorre com a administração do fármaco . 
*
DISTRIBUIÇÃO
A captação por opióides por diversos órgãos e tecido constitui uma função de fatores tanto fisiológicos quanto químicos. Embora todos os opióides se liguem às proteínas plasmáticas com afinidade variável, as drogas saem rapidamente do sangue e localizam-se em concentrações mais altas nos tecidos acentuadamente perfundidos, como o cérebro, pulmões, fígado, rins e o baço.
 
Devido a barreira hematoencefálica, as concentrações de opióides no cérebro são, em geral, relativamente baixas em comparação com a maioria dos outros órgãos.
Como os analgésicos opióides atravessam facilmente a placenta, seu uso para analgesia obstétrica pode levar ao nascimento de um lactente com depressão respiratória 
*
METABOLISMO
Os opióides são convertidos, em grande parte, em metabolismo polares, que são facilmente excretados pelos rins.
*
EXCREÇÃO
Os metabólitos polares dos opióides são excretados principalmente na urina.Pequenas quantidades da droga inalterada também podem ser encontrados na urina. 
*
Analgésicos opióides comuns
*
FARMACODINÂMICA
*
Mecanismo de ação
 Os agonistas opióides produzem analgesia através de sua ligação a receptores específicos, que se localizam principalmente no cérebro e em regiões da medula espinhal envolvidas na transmissão e modulação da dor. 
Foram identificados 3 classes principais de receptores opióides em vários locais do sistema nervoso e em outros tecidos. As principais classes de receptores são: 
  (mu para a morfina),  (delta),  (kappa)
	
	Todos são membros da família de receptores acopladas à proteína G e exibem homologias significativas na sua seqüência de aminoácidos.
*
 
 A nível molecular os receptores opióides estão ligados a proteínas G e portanto são capazes de afetar a regulação iônica, o processamento do Ca+ intracelular e a fosforilação das proteínas. Os opióides possuem duas ações diretas bem estabelecidas sobre os neurônios:
Eles fecham um canal de Ca+ regulado por voltagem as terminações nervosas pré-sinápticas.
 reduzem a liberação de transmissor, ou hiperpolarizam e,assim, inibem neurônios pós-sinápticos através da abertura dos canais de K+. 
*
*
Efeito sobre o sistema nervoso central
Graus de tolerância desenvolvida a alguns dos efeitos dos opióides
Analgesia
Euforia/disforia
Obnubilação mental
Sedação
Depressão respiratória
Antidiurese
Náusea e vômitos
Supressão da tosse
*
Efeitos adversos dos analgésicos opióides
 Comportamento agitado, tremor,hiperatividade
Depressão respiratória
Náuseas e vômitos
Aumento da pressão intracraniana
Hipotensão postural acentuada por hipovolemia
Constipação
Retenção urinária
Prurido em torno do nariz, urticária(mais freqüente com administração parenteral)
Tolerância e dependência
*
AGONISTAS
E 
ANTAGONISTAS 
OPIÓIDES
*
Agonistas fortes
 Fenantremos Morfina,hidromorfona e oximorfona: São agonistas fortes, úteis no tratamento da dor intensa.
Fenil-heptilaminas Metadona: possui um perfil farmacodinâmico muito semelhante ao da morfina, porém sua ação é ligeiramentemais longa.
Fenilpiperidinas Meperidina e fentanil: São drogas mais amplamente utilizadas dessa familia de opióides sintéticos.
Morfinanos Levorfanol: É um analgésico opióide sintéticamente preparado, que se assemelha muito à morfina na sua ação.
*
Agonistas leves e moderados
 Fenantremos Codeína, oxicodona, diidrocodeína, hidrocodona: são todas ligeiramente menos eficazes do que a morfina.
Fenil-heptilaminas Propoxifeno: É quimicamente relacionado à metadona, porém exibe baixa atividade analgésica.
Fenilpiperidinas Difenoxilato: Não é utilizado para analgesia, mas para o tratamento da diarréia.
*
Antagonistas opióides
 Os antagonistas opióides puros, naloxona, naltrexona e nalmefeno, são derivados da morfina com substituintes mais volumosos na posição N.
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando