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TCC PROJETO DE ENSINO HISTORIA UNOPAR 2018

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sumÁrio
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3 
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................4
2.1 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................4 
2.2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................4 
2.3 SÉRIE/ ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA...................................11 
2.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................11 
2.5 PROBLEMATIZAÇÃO..........................................................................................12 
2.6 O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO..........................................................13
2.7 TEMPO PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO......................................................14
2.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS..............................................................15
2.9 AVALIAÇÃO.........................................................................................................15 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................16 
1 INTRODUÇÃO
A temática deste projeto de ensino será a Revolta da vacina, urbanização, reação da população e consequências, no entanto os fatos deste episódio serão retratados através de referenciais teóricos, bem como da utilização de cenas de filmes que irão demonstrar o que ocorreu na cidade do Rio de janeiro em 1904, através do movimento popular contra a campanha de vacinação obrigatória.
O projeto de ensino de história que será proposto sobre o estudo da Revolta da Vacina, é fundamental para o desenvolvimento do aluno como um cidadão crítico repleto de reflexões para entender de forma satisfatória o funcionamento do mundo por meio do ensino, ressaltando que na escola ou em outros espaços de ensino o aluno compreende de que forma as relações políticas e sociais possuem fatores determinantes para o conhecimento de uma determinada sociedade. Uma aula de história se torna rica e prazerosa quando são utilizadas diversas metodologias, inclusive a utilização de filmes, livros, revistas, jornais etc. Pois estes provocam a curiosidade do aluno em conhecer melhor os fatos ocorridos no passado relacionados as mudanças nos dias atuais, portanto o aluno precisa de motivação para buscar tal compreensão crítica do mundo em que vive.
Estudar história de fato, é imprescindível na construção do conhecimento, contudo na medida em que é apresentada aos alunos pelos professores em sala de aula e/ou espaços diferentes proporcionarão novas possibilidades de estudar mais e consequentemente formar novos conhecimentos, pois o ensino de história está presente em todo o campo da educação, isto é, nas universidades, escolas privadas e públicas, no cotidiano das pessoas etc. Desta forma é fundamental para que os alunos estabeleçam uma conexão entre o passado e o presente, bem como as modificações sofridas através de fatos marcantes, principalmente através dos movimentos populares que ocorreram no Brasil, no tocante, a Revolta da Vacina, que demonstrou ser um movimento de contestação em que o governo impôs a população o total desrespeito, cultural, social e religioso, ou seja, a discriminação e o desleixo do ser humano que foi tratado como lixo, causando grandes consequências que afetaram as pessoas mais pobres de forma negativa.
 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 JUSTIFICATIVA
O motivo que me levou a elaborar esse projeto de ensino história sobre a “Revolta da Vacina” é poder trabalhar com meninas e meninos do 8º ano do ensino fundamental, onde eles estão no início de sua formação intelectual, sendo determinante para ajudar a conhecer e discutir sobre políticas públicas e mudanças sociais, envolvendo eles como sujeito histórico no tempo, assim sendo capazes de construir a sua autonomia e criticidade, se tornando ativos na sociedade os quais pertence. Ratificando que o tema fala acerca das manifestações populares no Brasil e os primeiros passos em busca da consciência politica. É um conteúdo relacionado ao estudo de história direcionado ao ensino da educação básica, sobretudo relevante para a implementação do conhecimento aos alunos do ensino fundamental, tendo em vista os principais fatores que determinaram o movimento popular de contestação contra o governo a cerca das questões políticas e sociais, onde as pessoas foram excluídas da sociedade por interesses da burguesia local para realização do processo de urbanização do Rio de Janeiro.
A importância de escolher trechos de filmes que englobam o tema é a possibilidade de trazer o mundo para dentro da sala de aula. Causando impacto nos alunos e curiosidade onde eles vão procurar conhecer mais sobre o tema. Haja vista, que trabalhar com imagens e muito gratificante para eles ficando gravado para sempre na memória.
2.2 REFERENCIAL TEÓRICO
O Rio de Janeiro em 1904 passava por sérios problemas de urbanização como insuficiência de água e sistema de esgoto, acúmulo de lixo nas ruas, cortiços lotados, consistindo em um ambiente propício a proliferação de doenças infectocontagiosas como varíola, peste bubônica e febre amarela, que estavam incluídas no projeto da Lei da vacina obrigatória, elaborada pelo médico sanitarista Osvaldo Cruz, no entanto diante desta Lei a população sai as ruas por uma semana enfrentando os militares, ocorrendo varias mortes, deixando vários feridos e centenas de presos. Devido a falta de informação sobre a importância da vacinação da população do Rio de Janeiro, confundiu-se a vacinação obrigatória com o processo de urbanização que visava a demolição de cortiços e prédios antigos e consequentemente o desalojamento de milhares de famílias, imposta pelo prefeito Pereira Passos e apoiada pelo presidente Rodrigues Alves ambos com a ideia de modernizar a capital. 
Para Sevcenko (2010, p. 3):
A Revolta da Vacina, ocorrida num momento decisivo de transformação da sociedade brasileira, nos fornece uma visão particularmente esclarecedora de alguns elementos estruturais que preponderaram em nosso passado recente – repercutindo inclusive nos dias atuais. A constituição de uma sociedade predominantemente urbanizada e de forte teor burguês no início da fase republicana, resultado do enquadramento do Brasil nos termos da nova ordem econômica mundial instaurada pela Revolução Científico-Tecnológica [...]
O presidente Rodrigues Alves enviou um ofício ao instituto Pasteur, de Paris solicitando a indicação de um competente bacteriologista sanitarista para erradicar a febre amarela do centro urbano da cidade do Rio de Janeiro, haja vista que sua filha tinha morrido de febre amarela, mas recebeu a resposta que o melhor especialista estava aqui no Brasil. Osvaldo Gonçalves Cruz. Então se iniciou uma forte ligação com o sanitarista para erradicar a febre amarela dos centros urbanos, o mesmo prometeu que acabaria com o surto em pouco tempo.
Para Sevcenko (2010, p.6):
O argumento do governo era de que a vacinação era de inegável e imprescindível interesse para a saúde pública. E não havia como duvidar dessa afirmação, visto existirem inúmeros focos endêmicos da varíola no Brasil, o maior deles justamente a cidade do Rio de Janeiro. Esse mesmo ano de 1904 atestou um amplo surto epidêmico: até o mês de junho haviam sido contabilizados oficialmente mais de 1800 casos de internações no Hospital de São Sebastião, no Distrito Federal, e o total anual de óbitos devidos à varíola seria de 4201.
Os responsáveis pela oposição chamada “Liga contra a vacina obrigatória”, respondiam enraivecidos que o governo atual era cruel e os aplicadores da vacina não eram confiáveis,bem como os funcionários como fiscais, enfermeiros, policiais, entre outros responsáveis da campanha que demonstravam instintos brutais, todavia os maus exemplos já tinham um histórico da campanha anterior contra a febre amarela, inclusive toda a população os conhecia. (SEVCENKO, 2010, p. 7).
Segundo Braga (2006, p. 28, 29):
A oposição reagia com argumentos que iam da truculência dos métodos de aplicação no Brasil, à pouca confiabilidade dos soros e, principalmente, dos vacinadores, e mesmo à moralidade discutível dos encarregados da campanha. Os opositores, de modo geral, não eram contra a necessidade da vacina, e sim contra as condições para sua aplicação e, principalmente, contra o seu caráter compulsório. 
O projeto de regulamentação da vacina obrigatória elaborado por Osvaldo Cruz foi apelidado de “Código de Torturas”. Debates agitados no congresso eram acompanhados pela agitação nas ruas, promovida pela oposição formada, por adeptos do positivismo como oficiais descontentes do exercito, monarquistas e lideres operário, ambos envolvidos na liga contra a vacina obrigatória. No entanto para os positivistas a vacinação obrigatória não deixava de ser uma manifestação do despotismo sanitário e um atentado a liberdade espiritual, inclusive a visão de modernidade de Osvaldo Cruz e Pereira Passos, diante dos fatos estava previsto um golpe militar. (BRAGA, 2006, p.15).
Para Sevcenko (2010, p.4):
Essas oposições eram constituídas basicamente de dois agrupamentos. O primeiro, muito difuso, se compunha genericamente do núcleo de forças que ascenderam e se impuseram ao país durante a primeira fase do regime republicano, os governos militares de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto – sobretudo este último. Tratava-se primeiramente de jovens oficiais, formados nas escolas técnicas de preparação de cadetes, onde pontificavam as novas teorias científicas que propunham uma reorganização geral da sociedade, inspirada na teoria de Augusto Comte, o positivismo, o qual preconizava uma nova civilização industrial [...]
Segundo Braga (2006, p. 33), o golpe militar era uma tentativa de devolver aos militares o governo do Brasil, a base dos revoltosos queria retornar aos fundamentos de uma nova república, baseada na ideologia de Bejamin Constant e seus discípulos, que eram representados por jovens militares da escola militar da Praia Vermelha. Diante do golpe de estado os militares retornariam a implantação do verdadeiro espirito republicano, pois segundo eles não existia mais, aviltado pelas políticas dos governos civis de Prudente de Morais, Campos Sales e Rodrigues Alves.
Sevcenko (2010, p. 20 ), diz que:
O golpe militar estava previsto originalmente para ocorrer no dia 15 de novembro. Por duas razões decisivas. Primeiramente, porque os insurretos pretendiam dar início a “uma nova República”, que retornasse à inspiração original de seus fundadores positivistas, em particular Benjamin Constant e seus alunos, que formavam a oficialidade jovem da Escola Militar do Brasil, na Praia Vermelha. O 15 de novembro, data simbólica da primeira vitória desse grupo, marcaria agora o renascimento daquele espírito perdido e conspurcado pela politicagem grosseira dos civis, com a elite paulista à frente.
As consequências da urbanização da cidade causou o desalojamento de milhares moradores que não tendo para onde ir foram construir barracos nos morros. Tal fato demonstra que houve falta de planejamento por parte da gestão daquela época quanto a urbanização da cidade, pois além de demolir as casas, as pessoas eram obrigadas a tomar vacina de forma compulsória. Sem respeito às questões religiosas e culturais. (BRAGA, 2006)
Para Sevcenko (2010, p.65):
Esse processo de reurbanização trouxe consigo fórmulas particularmente drásticas de discriminação, exclusão e controle social, voltadas contra os grupos destituídos da sociedade. E foi na intersecção sufocante dessa malha densa e perversa que a população humilde da cidade viu reduzirem-se a sua condição humana e sua capacidade de sobrevivência ao mais baixo nível.
O Rio de Janeiro era considerado o “Tumulo dos Estrangeiros”, devido ser um local infestado de doenças tropicais, como a febre amarela e a varíola. Acreditava-se também que a acumulação de pessoas em espaços reduzidos eram as causas dessas doenças. Os miseráveis do centro do Rio de Janeiro eram considerados apontados pelas autoridades de espalhar as doenças e disseminar a violência. As elites acreditavam que eles deveriam ser retirados da região, para transformá-la numa região sem risco de contaminação e adequada a burguesia local. 
Os cafeicultores consideravam uma vergonha nacional, as condições sanitárias do Rio de Janeiro (capital do Brasil) que impediam a chegada de investimentos e mão de obra estrangeira. Combater as enfermidades tornou-se uma medida urgente e a capital do Brasil precisava estar dentro dos padrões salubres quanto ao avanço do urbanismo para estar em condições de absorver a burguesia moderna, como as grandes empresas estrangeiras e trabalhadores europeus, no entanto seria essencial eliminar a sujeira das ruas espalhadas pelas calçadas, destruir casas e cortiços, acabar com a prostituição nas áreas portuárias e com as epidemias frequentes. Logo com a urbanização e a reforma do Porto seriam fundamentais para o comércio internacional. (BRAGA, 2006, p. 22, 23 e 24).
Para Sevecenko (2010, p. 39):
Inúmeros fatores colaboraram para a definição desse crescimento tão prodigioso na sua escalada, quanto crítico nas suas conseqüências. O refluxo para o Rio das pessoas egressas de fazendas arruinadas no Vale do Paraíba após a lei da Abolição, as miríades de migrantes internos atraídos pela febre fiduciária do Encilhamento e pelas promessas do que se apresentava concretamente como o maior mercado de trabalho, comercial, industrial e de serviços do país; além, é claro, dos grandes contingentes de imigrantes estrangeiros despejados anualmente naquele porto, atraídos pela avidez infrene dos cafeicultores e empurrados pela desventura implacável da própria miséria.
Segundo Braga (2006, p. 25), enquanto Osvaldo Cruz se encarregava da reforma sanitária da cidade do rio de janeiro, o engenheiro Pereira Passos atual prefeito da cidade ficou com a responsabilidade de realizar a reforma urbana, isto é, mandou derrubar casas e cortiços no centro da cidade e expulsar as pessoas, o fato ficou conhecido como “bota abaixo”, pois essas edificações eram consideradas como produtores de gases e odores de matéria orgânica se decompondo na atmosfera, sendo estas responsáveis por doenças contagiosas e epidemias. 
Para Sevcenko (2010, p. 53):
A rigor, no contexto do processo da Regeneração, tratava-se de livrar a cidade desse entulho humano, como uma extensão da política de saneamento e profilaxia definida pelo projeto de reurbanização. Pelo menos, é o que se depreende das palavras do chefe de polícia, comandante dessa operação, que a caracteriza como uma operação de limpeza, falando em varrer as ruas infestadas.
Cronograma da Revolta da Vacina:
Dia 9 de novembro de 1904 ocorre a regulamentação da vacina obrigatória, a informação vaza para o jornal local, ocorre a insatisfação da população contra a vacina e a ideia reagir com o governo.
Dia 10 de novembro de 1904, começam as agitações da população no centro da cidade, na Rua do ouvidor, inicia-se o primeiro confronto da policia com os manifestantes em protesto contra a vacinação obrigatória. Bondes são atacados, lojas são apedrejadas e muitos gritos, dizendo “abaixo a vacina”. A polícia prendeu 15 pessoas. 
Dia 11 de novembro de 1904, no Largo do São Francisco pela parte da manhã inicia-se uma nova aglomeração de pessoas contra vacinação obrigatória, a chamada Liga contra a vacina obrigatória. A polícia enfrenta e tenta reprimir novamente a população, mas é recebida a pedradas com fragmentos das casas demolidas do pelo “bota abaixo”. Houve vários feridos de ambos os lados. A polícia prendeu 18 pessoas por uso indevido dearmas de fogo. Durante a noite aproximadamente 3 mil manifestantes se organizam na Rua do Espirito santo, logo depois se deslocam para o palácio do Catete, há ocorrência de tiroteios e a morte de um manifestante. A polícia reforça a segurança para proteção do Palácio do Catete, visando uma possível invasão do local.
Dia 12 de novembro de 1904, às 14 horas os manifestantes tomam a Praça Tiradentes mais uma vez convocados pela Liga contra a vacinação obrigatória, mais tarde se concentram no Largo de São Francisco, liderados por Lauro Sodré e Barbosa Lima, porém sem resultado. Novamente a polícia entra em cena, os comércios fecham as portas, a polícia montada em seus cavalos avança contra os manifestantes que os recebem com pedradas e novas ocorrências de tiros e prisões. Os soldados avançaram e ocuparam todas as ruas de acesso à praça, logo então a população demonstra reação, mas, não aguenta a pressão da polícia e refugia-se nas casas em ruínas da Rua do Sacramento, a cavalaria avança novamente e durante o tiroteio um menino foi morto e um grupo enfurecido começa a formar barreiras e bondes são virados e incendiados. O tumulto se espalha para vários bairros. Na mesma noite aproximadamente 4 mil pessoas se reúnem convocadas pela Liga contra a vacinação obrigatória. 
Dia 13 de novembro de 1904, às 18 horas o general Piragibe ordena as tropas de infantaria que atirem contra os manifestantes revoltosos, às 18 horas e 40 minutos o exercito se desloca para as ruas para se unir aos policiais. Às 19 horas e 30minutos a população entra em combate com os militares na Rua 13 de maio, bondes são incendiados, a companhia de gás e atacada e linhas telefônicas são cortadas pelos revoltosos.
Dia 14 de novembro de 1904, na manhã das vésperas da Proclamação da república não houve festejos como nos anos anteriores, pois a cidade se encontrava como um local de guerra. Houve uma grande concentração de revoltosos na Praça 11 de junho e nos locais das obras urbanas. O centro do Rio de janeiro se transformou em um campo de batalha, um cenário de completa destruição. Os revoltosos invadiram hospitais e delegacias, tomaram casas à força e fizeram de pequenas fortalezas. O senador Lauro Sodré apoiado por militares da Praia Vermelha tentaram se aproveitar da situação e dar o golpe planejado para tomar o governo, porém foram duramente reprimidos pelo exercito do general Piragibe, o confronto ocorreu na Rua da Passagem deixando vários mortos e feridos de ambos os lados.
Dia 15 de novembro de 1904, na madrugada, sob pressão do navio de guerra da Marinha os militares da Praia Vermelha se rendem e fracassa a tentativa de golpe. No mesmo dia os manifestantes entram em choque com a polícia e o exército. Diante da situação o governo solicitou reforços para Marinha, Exército, Guarda Nacional e Corpo de Bombeiros sendo este último recebendo armamento de fogo para utilizar contra os revoltosos, todavia a cidade foi dividida em três zonas militares, para facilitar a destituição da revolta e manter a ordem.
Dia 16 de novembro de 1904, os revoltosos já armados e organizados de forma militar tomaram o bairro da Saúde, o exercito avança destruído trincheiras e no Largo do Depósito ocorre uma batalha com muitos mortos e feridos, o líder da revolta do bairro da Saúde é preso e levado junto com seus soldados fieis que somavam 150. Apesar de revogada a lei da vacina obrigatória, porém conflitos isolados ocorreram nos bairros da Gamboa e da Saúde. O governo decreta estado de sítio por um período de 30 dias na cidade do Rio de janeiro e comarca de Niterói.
Dia 20 de novembro de 1904, ocorreu o fim da revolta, bem como a tentativa de golpe militar, com aproximadamente 1.000 pessoas presas e 460 deportados. Houve o fechamento da Escola da Praia Vermelha e os cadetes exilados, os populares e os lideres da revolta foram presos e punidos pelo governo de forma cruel e excludente. A operação foi chamada de “Limpeza”. (BRAGA, 2006, p. 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44):
Para sevcenko (2010, p. 65):
A cidade ressurge da revolta irreconhecível. Calçamentos revolvidos, casas ruídas, janelas estilhaçadas, portas arrombadas, trilhos arrancados, restos de bondes, carros e carroças calcinados nas ruas, crateras de dinamite e petardos, ruínas de prédios incendiados, lâmpadas quebradas, postes, bancas, relógios e estátuas arrancadas, trincheiras improvisadas dos mais variados materiais, barreiras de arame farpado, perfurações de bala por toda parte, manchas de sangue, cavalos mortos, cinzas fumegantes. Um número incalculado de mortos e feridos, perdas e danos materiais inestimáveis [...] Foi nesse contexto que observamos o conjunto de transformações que culminaram com a reformulação da sociedade brasileira, constituindo a sua feição material mais aparente e ostensiva, o processo de Regeneração, ou seja, a metamorfose urbana da Capital Federal, acompanhada das medidas de saneamento e da redistribuição espacial dos vários grupos sociais. Esse processo de reurbanização trouxe consigo fórmulas particularmente drásticas de discriminação, exclusão e controle social, voltadas contra os grupos destituídos da sociedade.
Segundo Meirelles (2004), “O uso do filme como recurso didático no ensino de história é de grande importância, pois não podemos entender a história da sociedade humana a partir do século XX sem conhecer o cinema por ela produzido”. No entanto são através de obras cinematográficas que podemos observar seus personagens as questões sociais e culturais, seus lugares diante da sociedade, as lutas reivindicações e desafios presentes no enredo, bem como o modo como é apresentada a organização social, as hierarquias, as relações entre as áreas rurais e urbanas, pessoas pobres e ricas, entre outros.
O cinema é uma importante ferramenta metodológica de trabalho, pois é relevante para professores de qualquer disciplina, além do mais, é um método inovador que pode melhorar consideravelmente o nível de aprendizagem do aluno.
Chagas (2018) diz que:
 
[...] é fundamental que o professor use de estratégias para acompanhar como o aluno elabora e organiza o conhecimento. A aplicação da ferramenta cinematográfica, sob o contexto da arte-educação pela mídia na educação, é uma ação bastante positiva devido à inovação, atratividade e multidisciplinalidade que vem proporcionar ao âmbito escolar, e que funciona como suporte, na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio, tendo em vista que as atividades propostas irão contribuir, de forma bastante significativa, para o desenvolvimento das crianças e adolescente, permitindo-os a desenvolverem seu potencial máximo como responsáveis cidadãos do mundo, através de oficinas culturais e produções cinematográficas, a serem aplicadas por educadores [...] 
2.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA 
O presente projeto foi elaborado para o 8ª ano do ensino fundamental. 
2.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Desenvolver as habilidades dos alunos para o entendimento do tema “A Revolta da Vacina, urbanização, reação da população e consequências”, inserindo eles em um contexto de constantes mudanças, valorizando o ensino de história com responsabilidade.
Desenvolver no aluno a capacidade de raciocinar, analisar, argumentar criticamente sobre a temática para posicionar-se e expressar-se com clareza.
Fazer com que os alunos sintam-se motivados, e sentir que eles são capazes de aprender o conteúdo proposto. 
2.5 PROBLEMATIZAÇÃO
Na problematização deste projeto de ensino de história, sobre a temática “A Revolta da Vacina, urbanização, reação da população e consequências” abordaremos da seguinte forma:
Ao analisar e discutir a respeito do conteúdo referente ao tema compreendemos de que forma ocorreu a urbanização do rio de Janeiro durante a “Revolta da Vacina” e de que forma repercutiu na sociedade daquela época, e como eram as condições de moradia das pessoas, como a população era tratada diante da vacinação obrigatória, a influência dos opositores políticos que provocaram a revolta da populaçãoe as consequências que afetaram as camadas mais pobres. No entanto, existe vacinação obrigatória hoje em dia? Como a população era vacinada no inicio século XX no Brasil república? 
Sabemos que para a construção do saber histórico, e preciso usar práticas de ensino na escola, só assim vamos produzir conhecimento que resultem em mudanças no ensino dos alunos, associando as novas técnicas de ensino como filmes, imagens, músicas e integrando trabalhos que desenvolvam dinâmicas ativas de produção de conhecimentos, caracterizando o espaço onde os alunos se sintam sujeitos históricos.
Segundo Brasil (1998, p. 40, 101)
No processo de aprendizagem, o professor é o principal responsável pela criação das situações de trocas, de estímulo na construção de relações entre o estudado e o vivido, [...] cabe a ele problematizar, confrontar, informar, instigar questionamentos, enfim criar novas situações para que o aprendizado aconteça. [...] Deve-se estudar relações e estabelecer distinções ao se realizar estudos de épocas. Dessa forma, os alunos podem encarar de modo crítico os valores que predominam na sociedade atual [...]
O estudo de história deve ter um professor que não seja só mediador, mais que derrube as barreiras de que a história seja uma ciência decorativa. De forma que favoreça a participação social, politica e de atitude crítica diante da realidade que o aluno é inserido. 
Durante a apresentação das cenas dos filmes propostos utilizaremos à temática dos referenciais teóricos que serão utilizados no desenvolvimento do projeto, relacionando o tempo passado com o presente, mostrando para os alunos as transformações ocorridas referentes ao tema, todavia, provocando nos mesmos a reflexão dos principais problemas que envolveram a sociedade a se deparar com as mudanças ocorridas durante a implantação da república no início século XX.
A partir da elaboração e desenvolvimento deste projeto de ensino, buscaremos através de pesquisas e estudos sobre o tema, responder as questões propostas nesta problematização. 
2.6 O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO 
No processo de desenvolvimento utilizaremos o estudo do referencial teórico dos autores Sevcenko e Braga, acompanhado de cenas de filmes que retratam os fatos relevantes sobre a Revolta da Vacina ocorrida no Rio de Janeiro em 1904.
Primeiramente será realizada a apresentação de cenas de filmes, sendo dividas nas seguintes etapas:
Etapa 1
Serão selecionadas cenas de filmes que apresentem, de que forma ocorreu a urbanização do Rio de Janeiro durante a Revolta da Vacina e como repercutiu na sociedade daquela época, como eram as condições de moradia das pessoas, como a população era tratada diante da vacinação obrigatória, a influência dos opositores políticos que provocaram a revolta da população e as consequências que afetaram as camadas mais pobres. Os fragmentos do filme serão as primeiras informações que os alunos terão contato.
Etapa 2 
Provocar os alunos para a realização de debates sobre as cenas do filme, sobre as questões politicas e sociais que o Rio de Janeiro se encontrava naquela época a respeito da temática “A Revolta da Vacina, urbanização, reação da população e consequências”. Nesse momento será utilizado o referencial teórico para sanar duvidas e responder as perguntas dos alunos.
Etapa 3
Comparar a vacinação obrigatória do inicio do século XX com dias atuais.
 2.7 TEMPO PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO
	CRONOGRAMA PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO
	TEMA
	A revolta da vacina, urbanização, reação da população e consequências.
	( x ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio, ano escolar: 
	Data das aulas
	Atividades
	1ª aula 
	Analisar e debater sobre as cenas do filme, que demonstrem de que forma ocorreu a urbanização do rio de Janeiro durante a “Revolta da Vacina” e como repercutiu na sociedade daquela época. Utilizar o referencial teórico para sanar dúvidas e responder as perguntas dos alunos.
	2ª aula
	Analisar e debater sobre as cenas do filme, que demonstrem como eram as condições de moradia das pessoas e a expulsão de suas casas. Utilizar o referencial teórico para sanar dúvidas e responder as perguntas dos alunos.
	3ª aula
	Analisar e debater sobre as cenas do filme, que demonstrem o confronto da população com os militares. Utilizar o referencial teórico para sanar dúvidas e responder as perguntas dos alunos.
	4ª aula
	Analisar e debater sobre as cenas do filme, que demonstrem a invasão das casas pelos soldados de Osvaldo Cruz e como a população era tratada diante da vacinação obrigatória. Utilizar o referencial teórico para sanar dúvidas e responder as perguntas dos alunos.
	5ª aula
	Analisar e debater sobre as cenas do filme, que demonstrem a influência dos opositores políticos que provocaram a revolta da população. Utilizar o referencial teórico para sanar dúvidas e responder as perguntas dos alunos.
	6ª aula
	Analisar e debater sobre as cenas do filme, que demonstrem os interesses políticos e sociais adotados pela burguesia durante a urbanização do Rio de Janeiro. Utilizar o referencial teórico para sanar dúvidas e responder as perguntas dos alunos.
	7ª aula
	Analisar e debater sobre as cenas do filme, que demonstrem a cerca das consequências da revolta que afetaram as camadas mais pobres. Utilizar o referencial teórico para sanar dúvidas e responder as perguntas dos alunos.
	8ª aula
	Comparar a vacinação obrigatória do início do século XX com os dias atuais. Realizar debates com perguntas e respostas.
2.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS 
Recursos humanos: 
Professor de história 
Alunos do 8ª ano do ensino fundamental
Recursos materiais: 
Computador ou aparelho de DVD.
DVD com o filme.
Datashow.
Caixa de som.
Apostila com material teórico.
Canetas. 
Papel. 
Sala ou auditório. 
Cadeiras. 
Mesas. 
2.9 AVALIAÇÃO
Após a apresentação das cenas do filme que retrata sobre a Revolta da Vacina, será proposto aos alunos que se dividem e formem grupos de cinco, para apresentar uma atividade em sala de aula expondo os assuntos que foram abordados durante a apresentação das cenas do filme, entretanto, os alunos deverão elaborar um questionário baseado no referencial teórico com cinco perguntas, com suas devidas respostas e entregar ao professor de história.
REFERÊNCIAS
BRAGA, Regina Stela (Ed.). 1904 - A revolta da vacina: A maior batalha do Rio. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro: A Secretaria, 2006. Caderno das comunicações. Série memórias.
Brasil. Parametros curriculares Nacionais de história. Brasilia, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pcn_5a8_historia.pdf>. Acesso em: 14 abr. 2018.
CHAGAS, Moysés Faria das. Cinema na Escola. 2012. Disponível em: <http://www.faeterj-caxias.net/revista/index.php/edutec/article/download/208/215>. Acesso em: 17 abr. 2018.
MEIRELLES, William Reis. O cinema na história. O uso do filme como recurso didático no ensino de história. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/viewFile/11966/10560>. Acesso em: 21 abr. 2018.
NICOLAU SEVCENKO. Editora: Cosac Naify. Revolta da Vacina - resumo, causas: Resumo sobre a revolta da vacina, causas e consequências, o que foi e o que aconteceu durante a revolta. Disponível em: <http://www.historiadobrasil.net/resumos/revolta_da_vacina.htm>. Acesso em: 05 abril 2018
Sistema de Ensino Presencial Conectado
HISTORIA LICENCIATURA 
IVETE SOUZA ARAGÃO 
a revolta da vacina, urbanização, reação dA POPULAÇÃO e CONSEQUêNCIAS.
Breves
2018
IVETE SOUZA ARAGÃO
a revolta da vacina, urbanização, reação da população e CONSEQUêNCIAS.
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do titulo de Licenciatura em História.
Orientador:Profª. Érica Ramos Moimaz
 
Breves 
2018

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