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EXAME FÍSICO DOS PULSOS

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1 Arilson Lima da Silva – HP1 
EXAME FÍSICO DOS PULSOS 
INTRODUÇÃO 
• O aparelho circulatório e o próprio funcionamento 
do coração podem ser avaliados pela análise das 
pulsações arteriais, venosas e capilares. 
• Examina-se os seguintes pulos: 
♥ Pulso radial; 
♥ Pulsos periféricos; 
♥ Pulso capilar; 
♥ Pulso venoso. 
PULSO RADIAL 
SEMIOTÉCNICA 
 
• A artéria situa-se entre a apófise do rádio e o 
tendão dos flexores 
• Na face lateral da superfície flexora do punho, 
com a ponta dos dedos. A flexão parcial do punho 
do paciente auxilia a palpação desse pulso. 
Compare os pulsos arteriais nos dois braços. 
• Para palpá-la, empregam-se as polpas dos dedos 
indicador e médio, variando força de compressão 
até obter-se impulso máximo. 
• O polegar fixa-se delicadamente no dorso do 
punho do paciente. 
• O examinador usa a mão direita para examinar o 
pulso esquerdo e vice-versa. Ademais, a mão do 
paciente deve repousar no leito ou na mesa de 
exame com completa supinação. 
CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS 
♥ Estado da parede arterial; 
♥ Frequência; 
♥ Ritmo; 
♥ Amplitude ou magnitude; 
♥ Tensão ou dureza; 
♥ Tipos de onda; 
♥ Comparação com o lado homólogo. 
ESTADO DA PAREDE ARTERIAL 
• Normalmente, percebe-se uma parede lisa, sem 
tortuosidades e que se deprime facilmente. 
• Caso se note uma parede vascular endurecida, 
irregular e tortuosa, comparada a “traqueia de 
passarinho”, é sinal de uma vasculopatia, 
denominada genericamente de arteriosclerose. 
• No caso da artéria radial, a afecção seria a 
mediosclerose de Mönckeberg. 
MANOBRA DE OSLER 
• Baseia-se na palpação da artéria radial após 
insuflação do manguito acima da pressão sistólica; 
• Manobra de Osler é positiva quando a artéria 
permanece palpável, mas sem pulsações. 
• Frequentemente positiva em idosos; 
• É considerada indicação de pseudo-hipertensão 
arterial; porém, a sensibilidade e a especificidade 
desta manobra são baixas. 
FREQUÊNCIA 
• Faz-se necessário contar o número de pulsações 
durante um minuto inteiro, comparando-se estes 
valores com o número de batimentos cardíacos. 
• A frequência varia com a idade e com outras 
condições fisiológicas. 
• Em pessoas adultas, considera-se normal a 
frequência de 60 a 100 bpm, em repouso. 
• Acima de 100 bpm taquisfigmia (taquicardia) 
• Abaixo de 60 pulsações por minuto, bradisfigmia 
(bradicardia) 
VALORES 
Taquisfigmia  100 bpm 
Normal 60 – 100 bpm 
Bradisfigmia  60 bpm 
DÉFICIT DE PULSO 
• Quando o número de batimentos cardíacos é 
maior que o número de pulsações na artéria 
radial. 
RITMO 
• É dado pela sequência das pulsações. 
➢ REGULAR → ocorrem a intervalos 
iguais 
➢ IRREGULAR → intervalos variáveis, 
ora mais longos ora mis curtos. 
 
 
2 Arilson Lima da Silva – HP1 
Ritmo do pulso: ritmo regular (A), taquicardia (B), bradicardia (C) 
AMPLITUDE OU MAGNITUDE 
• É avaliada pela sensação captada em cada 
pulsação e está relacionada com o grau de 
enchimento da artéria durante a sístole e seus 
esvaziamentos na diástole. 
• Classifica-se em: 
➢ Pulso amplo 
➢ Pulso mediano 
➢ Pulso pequeno 
• Existem diversos sistemas para classificar a 
amplitude dos pulsos arteriais. Um deles consiste 
em empregar a escala de 0 a 3, como mostrado a 
seguir: 
 
TENSÃO OU DUREZA 
• Avalia-se pela compressão progressiva da artéria. 
➢ PULSO MOLE → a pressão necessária para 
interromper as pulsações é pequena. 
Indica hipotensão arterial. 
➢ PULSO DURO → a interrupção da onda 
sanguínea exigir forte pressão. Indica 
hipertensão arterial. 
➢ PULSO DE TENSÃO MEDIANA → 
situação intermediária. 
• A dureza do pulso depende da pressão diastólica e 
não deve ser confundida com endurecimento da 
parede arterial; 
TIPOS DE ONDA 
♥ ONDA DE PULSO NORMAL → características 
aprendidas pelo exame de pacientes saudáveis; 
 
♥ PULSO CÉLERE OU EM MARTELO D ’ÁGUA: 
aparece e some com rapidez, lembrando a 
sensação tátil provocada pelo martelo d’água 
(Antigo instrumento de Física para mostrar que a 
água, no vácuo, se desloca em blocos) 
♥ Para melhor percepção do pulso célere, adota-se 
uma técnica especial: o braço do paciente é 
levantado acima de sua cabeça, tendo sua mão 
segura pela mão esquerda do examinador, 
enquanto a face anterior do punho do paciente é 
envolvida pela mão direita do médico. O polegar 
fecha a pinça, apoiando-se no dorso do punho. 
Nessa técnica, apercepção do pulso não se faz com 
as polpas digitais, mas, sim, com toda a face 
ventral dos dedos e a parte palmar da mão 
 
♥ PULSO PEQUENO OU PARVUS → tensão do 
pulso apresenta-se diminuída, e o pulso parece 
fraco e pequeno. A ascensão da onda de pulso 
é lenta, e o pico é prolongado. 
 
♥ PULSO FILIFORME → ao mesmo tempo de 
pequena amplitude e mole. Indica quase 
sempre colapso circulatório periférico. Não 
confundir com pulso parvus. 
♥ PULSO ALTERNANTE→ percebe-se uma onda 
ampla seguida de outra mais fraca. A 
compressão da artéria deve ser calculada para 
a percepção da onda mais débil. O pulso 
alternante constitui sinal de insuficiência 
ventricular esquerda, e não deve ser 
confundido com o pulso bigeminado. 
- É mais bem detectado durante a medida da 
pressão arterial, usando-se a seguinte técnica: 
 
Ao desinsuflar o manguito, fica-se atento à 
intensidade dos primeiros ruídos que surgem 
(fase I da escala de Korotkoff), pois o pulso 
alternante se expressa neste momento pela 
alternância de um ruído mais forte e um mais 
fraco. Se deixarmos o manguito insuflado neste 
nível, o mesmo fenômeno é percebido no pulso 
radial, ou seja, é possível sentir uma onda de 
pulso mais fraca após uma mais forte, com 
intervalos iguais entre elas, o que diferencia o 
pulso alternante do pulso bigeminado 
 
♥ PULSO PARADOXAL → De modo similar ao pulso 
alternante, é por meio da medida da pressão 
arterial pelo método auscultatório que é possível 
detectar com mais facilidade e precisão o pulso 
paradoxal. Assim, o encontro de uma diminuição 
de 10 mmHg na pressão sistólica durante a 
inspiração profunda sugere pulso paradoxal 
♥ VÁRIOS OUTROS TIPOS DE PULSO DÃO 
DESCRITOS 
➢ DICRÓTICO: quando se percebe uma 
dupla onda em cada pulsação; 
 
➢ ANACRÓTICO: caracteriza-se por uma 
pequena onda inscrita no ramo 
ascendente da onda pulsátil. 
➢ BISFERIENS: percebem-se duas 
ondulações no ápice da onda de pulso, 
sendo observado na dupla lesão aórtica.

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