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ACROPOSTITE - FIMOSE EM TOURO: RELATO DE CASO
Acropostite fimose in taurus: Case report
A acropostite-fimose acomete reprodutores de várias espécies
animais, afetando principalmente touros, acarretando graves
prejuízos econômicos, já que os animais ficam impossibilitados de
realizar a cópula e impossibilitados de realizar a coleta de sêmen. O
objetivo deste trabalho, foi relatar técnica cirúrgica como forma de
tratamento da acropostite-fimose em touro.
Muriel Magda Lustosa Pimentel1; Camila Marinho de Miranda Oliveira2; Regina Valéria da Cunha 
Dias3; Antônio Carlos Lopes Câmara4; Eraldo Barbosa Calado3.
1Doutoranda em Ciência Animal - UFERSA. 2 Mestranda em Ciência Animal – UFRPE;
3Prof.(a). Dr. (a). Departamento de Ciências Agrárias – UFERSA. E-mail: regina@ufersa.edu.br
INTRODUÇÃO
RELATO DE CASO
Foi atendido no Serviço de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais do
Hospital Veterinário (HOVET) da Universidade Federal Rural do Semi-
Árido, um touro da raça gir, com aproximadamente dois anos de
idade, 380 kg de peso corporal, apresentando, segundo o
proprietário, dificuldade de micção e inabilidade na realização da
cópula. Também foram reportados microtraumas prepuciais como
principal predisponente a desencadear o processo inflamatório. O
paciente foi contido em brete, para exame clínico. Observou-se
prolapso mucoso do folheto prepucial interno e impossibilidade de
avaliar presença de possíveis aderências no pênis. Ambas as regiões
anatômicas apresentavam-se inflamadas, com áreas de fibrose e
ulcerações, sendo evidenciado comprometimento isquêmico da
extremidade prepucial, fato associado à exposição crônica da
mucosa, folheto prepucial e incapacidade de exposição peniana.
Notou-se também, estenose do óstio prepucial (Figura 3),
dificultando a micção. Após avaliação clínica foi indicada a
necessidade de intervenção cirúrgica. Procedeu-se a contenção e
garroteamento (Figura 1) prepucial do paciente, tricotomia e
antissepssia. Foi utilizada técnica cirúrgica conforme preconizada por
Wilwerth (1944), com “V” ventrocaudal (Figuras 1, 2, 4, 5 e 6).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir, que apesar de ser uma enfermidade de relativa
incidência, o procedimento cirúrgico não apresentou complicações
relevantes; tendo ocorrida adequada cicatrização por primeira
intenção, e por segunda intenção na diérese para o “V” ventrocaudal
prepucial, com retorno à normalidade da capacidade de urinar e
exposição peniana após a correção cirúrgica (Figura 7).
Figura 1: Ilustração de dissecação cirúrgica
após garroteamento prepucial em touro
acometido por acropostite-fimose.
Figura 7: Touro após resolução de
acropostite-fimose, com alta
hospitalar.
Iniciou-se diérese cirúrgica com bisturi acima do ponto de transição
da pele acometida e mucosa prepucial, de forma perimetral. Em
seguida fez-se dissecação com tesoura Metzenbaum, identificando a
mucosa prepucial e preservando os tecidos íntegros. Após
retirada da área acometida (Figura 1, 2 e 4) suturou-se a mucosa
prepucial à pele, utilizando fio de ácido poliglactina 910, n.1, em
padrão simples separado, em todo o perímetro incisado. Neste
procedimento foi realizada incisão ventrocaudal com sutura finalizada
em “V” na mucosa prepucial a nível da rafe mediana prepucial
caudal, proporcionando adequada drenagem a possíveis secreções.
Ao término do procedimento foram colocadas bolsas de gelo por 30
minutos. Até a alta hospitalar, o animal ficou internado por 24 horas
(Figura 7).
Figura 2: Ilustração de dissecação prepucial e
de vasos para ligaduras de Mayo em touro
acometido por acropostite-fimose.
Figura 4: Ilustração de finalização de
dissecação prepucial em touro acometido por
acropostite-fimose.
Figura 5: Ilustração de crioterapia pós-
cirúrgica em prepúcio de touro acometido por
acropostite-fimose.
Figura 3: Ilustração de tecido prepucial após
exérese, mostrando estenose de óstio
prepucial (seta) na resolução de acropostite-
fimose de touro.
Figura 6: Ilustração, em detalhe da técnica
Wilwerth (1944) com vicryl®, em touro
acometido por acropostite-fimose.

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