Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Abordagem Sociotécnica Origem Instituto Tavistock de Relações Humanas Eric e Fred Emery (1949) Alguns subsídios Estudo sobre divisões de Panzer – eficiência homens e máquinas 1º estudo das minas de carvão Estudos sobre produtividade VS moral dos empregados Davis – EUA – Qualidade de Vida no Trabalho Conceitos da Teoria Geral dos Sistemas Metodologia de pesquisa-ação resolver DIF observar Pós-Guerra na Inglaterra – as minas de carvão Reconstrução econômica – o papel das minas Mecanização – critérios tayloristas (investiu-se em mecanização) Para aumentar a produção, adotou-se o modelo taylorisma, mas que não deu muito certo. Antes o sistema era handgot e mudou para longwall. O handgot se baseava no trabalho de pequenos grupos, que cuidavam do ciclo inteiro da produção, eles controlavam e organizavam seus trabalhos. Já o longwall baseava-se no trabalho individual, especializado, com supervisão coercitiva e salários diferenciados. Os resultados não foram bons: Aumento da produtividade inferior ao esperado Absenteísmo, rotatividade e conflito entre gerência e trabalhadores A Mina de Haighmoor Iniciativa de gerentes, supervisores e trabalhadores: Resolveram voltar para o modelo antigo com algumas modificações, como a mecanização que haviam investido. Organização do trabalho em grupos (tradição das minas): Coordenação com mínima supervisão (funcionários se autodeterminam) Treinamento para nivelar qualificação – condicionante para dar certo Mesmo ganho diário (salários iguais) – condicionante para dar certo Mecanização (que haviam investido antes) Resultados: Produtividade aumentou Taxas de absenteísmo diminuíram Cooperação entre grupos Comprometimento com o trabalho Rompimento com a ideia de determinismo tecnológico maior escala – maior mecanização – maior burocratização Introdução do conceito de escolha organizacional Sistema de grupos semi-autônomos adotado em outras minas mas em algumas não funcionou (pois não tinha igualdade de pagamento entre os operadores) Ponto de partida para estudos sobre relações entre base técnica e trabalhadores Abordagem Sociotécnica – Nova maneira de focar as organizações produtivas Empresa – sistema sociotécnico aberto Espécie de antítese à administração científica, em que cada um fazia seu próprio trabalho e era muito especializado. Na organização sociotécnica, todo mundo pode realizar qualquer tarefa e o trabalho é feito em grupo. “DESVANTAGEM” – necessita-se de trabalhador muito treinado e maduro, pois há pouca supervisão Qualquer empresa: 1 sistema técnico + 1 sistema social (equipamentos e pessoas) Ação conjunta entre máquinas e pessoas para obter a melhor forma (melhor combinação/mais otimizada) de trabalho/interação, para que haja a maximização da produção. Objetivo da administração: otimização conjunta Interrelacionamento entre empresa e ambiente Administração interna sempre tendo em vista o ambiente (mudanças) – adaptação/sobrevivência Flexibilidade para atender às necessidades do macroambiente externo (ambiente turbulento e em constante mudança – fonte de incertezas) pessoas se reorganizam Diferentes Domínios do Conhecimento Sistema Social Pessoas; relações de trabalho; relações sociais (psicologia e ciências sociais) Sistema Técnico Materiais; ferramentas; equipamentos; instalações; tecnologia ciências exatas e naturais Pessoas se autogeram; tentam tirar o máximo proveito dessa relação/interação. Princípios Sociotécnicos – Para facilitar Otimização Conjunta Unidade Básica de Trabalho Conjunto de atividades formando um todo funcional - processo Foco nos grupos de trabalho (Antítese da tese Taylorista) Ênfase no trabalho em equipe; redução dos níveis hierárquicos Autorregulação interna dos sistemas Controle interno sobre algumas decisões; se reorganizam para atingir objetivos Variedade de funções Versus Variedade de Partes (Taylorismo e fordismo) Múltiplas habilidades – treinamento: funções variadas Aprendizagem, autodesenvolvimento; pessoas com múltiplas habilidades, em que cada dia podem mudar de função no trabalho Satisfação no trabalho Autonomia e Liberdade de Ação Poder de iniciativa e regras para ter liberdade de buscar soluções Partes complementares Indivíduo e máquina – complemento X extensão (complementariedade entre pessoas e máquinas) Corpo gerencial e operários – sistema mais democrático, não autocrático Diversidade Indivíduo – diversas funções (treinado para fazer todas elas) Organização – flexibilidade técnico-produtiva (flexibilidade de responder o mundo externo) Níveis de Estudo Sistema Macrossocial – organização e macroambiente Contexto legal, político, econômico, cultural, tecnológico, demográfico, etc. Sistema Organizacional Ambiente imediato – organizações que exercem trocas diretas com o sistema em estudo (clientes, concorrentes, fornecedores, sindicatos) Fatores ambientais – impossível controlar (fonte de incerteza) Nível Organizacional Relações entre organização e ambiente Conturbado reativo – taylorismo Turbulento – incerteza – sociotécnico (variações muito grandes que afetam) Gestão – processo dinâmico e iterativo (permite flexibilidade maior) Envolvimento dos altos níveis da gerência Contexto organizacional atual – incerteza, competição, pressões por flexibilidade, qualidade, rapidez no fluxo de informações, baixo custo e inovação novo tipo de trabalhador Sistemas Primários de Trabalho – Subsistemas Propriedades do trabalho: Extrínsecas (REQUISITOS CONTRATUAIS): Pagamento justo e adequado/Benefícios Segurança no trabalho/física Saúde Processo justo Intrínsecas (REQUITOS PSICOLÓGICOS): Variedade e desafio Aprendizagem contínua Autonomia e liberdade de ação Reconhecimento e apoio Contribuição social Futuro desejável Requisitos contratuais + requisitos psicológicos Reformulação constante e negociação – negociação interna para atender às novas demandas e troca isso com a gerência Trabalho em grupos semiautônomos atende da melhor forma Trabalho Individual Alguns casos: tecnologia avançada (desenvolver um game); produtos muito diversificados; layout (o próprio layout às vezes define que o empregado irá trabalhar sozinho) Questões a serem atendidas: Variedade e significado das tarefas – visão global do produto Tamanho do ciclo Possibilidade de participação Feedback Demanda por cuidado, conhecimento ou esforço Grupo Semiautônomo de Trabalho Equipe de trabalhadores que executa cooperativamente as tarefas sem que haja uma predefinição de funções Implica necessariamente em TREINAMENTO (necessário à autonomia) e SISTEMAS EFICIENTES DE INFORMAÇÕES Maior controle sobre decisões operacionais, melhores resultados, mais satisfação O que diferencia uma Equipe de Trabalho de um GSA (Grupo Semiautonômo)? Nos GSAs: Baixo nível de detalhamento da tarefa Qualificação equivalente dos componentes Remuneração equiparada Autonomia para distribuição de tarefas Responsabilização por resultados Supervisão interna, autorregulação No máximo, pode existir um líder interno, eleito pelo grupo Função de líder sujeita a rodízio Mudança no Papel do Supervisor Coordenação entre grupos Verificação de resultados Apoio técnico Treinamento e avaliação Desenvolvimento técnico Novos projetos Elo entre gerência e trabalhadores – negociação GSAs Permitem otimização conjunta dos sistemas técnico e social Atendem às propriedades intrínsecas do trabalho – satisfazem as necessidades sociais e psicológicas de seus membros e há ganhos de produtividade e redução de custos – autonomia permite a correção de desvios e reduz as camadas hierárquicas e necessidades de pessoal O arranjo mais satisfatório e eficiente para empresa e trabalhadores Distribuição interna das tarefas Rodízio das tarefas menos interessantes e melhor aproveitamento das habilidades individuais Diferentes Empresas – Diferentes graus de Autonomia (crescente) – estudo de Gulowsen Determinação dos métodos individuais de produção Questões relativas à liderança internaQuestões de recrutamento Distribuição interna das tarefas Questões referentes ao método de produção Quando trabalhar Execução de trabalhos adicionais Questões de liderança externa Influência sobre metas quantitativas (discutem prazos de metas quantitativas) Influência sobre metas de qualidade (não encontrou nenhuma empresa que fazia esse item) OBS: Se o grau 5 foi atingido, todos os outros acima também foram atingidos. GSAs – Combinação ótima entre sistema Técnico e Sistema Social Alternativas para implementação: Criação de uma área piloto: uma ou mais unidades produtivas – replicação Conversão Implantada: etapas sucessidas – o sistema mais comum Imersão total: simultaneamente em toda a organização Exemplos bem-sucedidos de implantação de GSAs no Brasil: Michelin, BASF, Chrysler, Elma Chips, Volvo do Brasil Fontes de resistência: democratização das relações de trabalho Padrões de Organização ENTRE GSAs Grupos em série – se organizam internamente para ocorrer tal processo sucessivo com sucesso. Cada etapa em linha é trabalhada por um grupo semiautonômo. Grupos em pararelo (cada grupo faz o mesmo produto) – não dependem um do outro. Grupos independentes (cada grupo faz produtos diferentes) – não dependem um do outro. Padrões de Organização interna dos grupos Cada trabalhador produz produtos completos: autonomia de se gerenciar e cada um faz o seu. O grupo trabalha cooperativamente para produzir o produto completo: grupo tem que definir o que cada um realizará. Modo progressivo – cada pessoa desenvolve um estágio: Parece taylorismo, mas existe uma autonomia para determinar quem faz o que, por quanto tempo, podem mudar de função. Se fosse como Taylor, cada 1 ficaria fixo fazendo a mesma tarefa. Velho Paradigma Novo Paradigma Compomente tecnológico é imperativo (opera segundo a máquina) Tecnologia como limite (faz a tarefa como quiser mas depende de como a máquina opera) Homem é extensão da máquina Homem e máquina são complementares Homem é componente substituível Homem é recurso a ser desenvolvido (treina) Divisão do trabalho dirigida a exigir baixas habilidades Trabalho em grupo e incremento das habilidades Controle externo, supervisão Controle interno, autoregulação – enquanto o grupo entregar resultados Autocracia Negociação Grande número de níveis hierárquicos, estilo autocrático – formato piramidal Baixo número de níveis hierárquicos, estilo participativo – pirâmide mais achatada; todo mundo treinado e praticamente não tem supervisão Competição Cooperação no trabalho São considerados apenas os interesses da organização – monta a linha segundo interesses da organização São considerados os interesses individuais e sociais, além dos organizacionais (mas tem que dar resultado) Burocracia e regras Especificações mínimas (liberdade maior) Descomprometimento – não enxerga o todo Comprometimento – vê do início ao fim Baixa taxa de mudança Inovações
Compartilhar