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ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Prof. Dr. Esperidião Fecury Pinheiro de Lima Vigas T Em estruturas de concreto armado moldados na obra (lajes do tipo maciça), as vigas que estão ligadas as lajes arrastam na sua deformação parte das mesmas. 2 Vigas T Então, apesar de imperceptível, existe um aumento significativo de concreto na zona comprimida da viga (𝐴𝑐′). A seção T é composta pela nervura (alma) e pela mesa. 3 Vigas T A mesa pode estar parcial ou totalmente comprimida. A laje deve estar obrigatoriamente no lado da viga, inferior ou superior. 4 Vigas T Observar a Viga Invertida: Obs.: Geralmente, apesar da economia, só se utiliza na prática, quando a seção é inviável mesmo com armadura dupla. Largura colaborante ou mesa da viga T 5 Vigas T 𝒃𝒇 = 𝒃𝝎 + 𝒃𝟏 + 𝒃𝟑 𝑏𝑓 = 𝑏𝜔 + 𝑏1 + 𝑏3 Onde: 𝑏1 ≤ 0,1𝑎 0,5𝑏2 e 𝑏3 ≤ 0,1𝑎 𝑏4 𝑎→ distância entre momento fletor nulo viga simples: 𝑎 = 𝑙 viga com momento em uma só extremidade 𝑎 = 0,75𝑙 tramo com momento nas duas extremidades 𝑎 = 0,60𝑙 tramo em balanço 𝑎 = 2𝑙 𝑏2→ distância entre as faces de duas nervuras; 6 Vigas T Conforme a posição relativa das vigas tem-se as seguintes situações: • 𝑏𝑓 = 𝑏𝜔 + 𝑏1𝑒𝑠𝑞 + 𝑏1𝑑𝑖𝑟 : Seção T com duas vigas adjacentes; • 𝑏𝑓 = 𝑏𝜔 + 𝑏1 + 𝑏3: Seção T com uma viga e um bordo livre adjacentes; • 𝑏𝑓 = 𝑏𝜔 + 2𝑏3 : Seção T isolada (em geral, viga pré- moldada); • 𝑏𝑓 = 𝑏𝜔 + 𝑏1 : Viga extrema (cálculo como T ainda é viável, pois em virtude da rigidez relativa, a laje ainda colabora com a viga). 7 Vigas T “ No caso de vigas contínuas, permite-se calcula-las com uma largura colaborante única para todas as seções, inclusive nos apoios sob momentos negativos, desde que essa largura seja calculada a partir do trecho de momentos positivos onde a largura resulte mínima.”(NBR 6118:2014 – 14.6.2.2) 8 Vigas T Seção T com Armadura Simples Como na armadura simples de vigas retangulares não necessita-se de armadura longitudinal comprimida, apenas a armadura tracionada. 9 Vigas T , Ferros guia , Ferros guia - Utiliza-se esse cálculo para o Grupo I (fck ≤ 50 Mpa); - Seção T com Armadura Dupla; Do diagrama retangular simplificado com profundidade y = 0,8x, observa-se duas situações 10 Vigas T a) 0,8𝑥 ≤ ℎ𝑓 (LN cai dentro da mesa) 11 Vigas T A parte comprimida da viga (𝐴𝑐′) é retangular com área 𝑏𝑓. 0.8x A viga é calculada como retangular de largura 𝑏𝑓 e altura h, aplicando-se as equações de ¨seção retangular com armadura simples¨. b) 0,8𝑥 > ℎ𝑓(LN cai fora da mesa) A seção comprimida é composta pelos retângulos I, II e III. Como a seção de concreto comprimido (𝐴′𝑐) não é retangular, não pode-se aplicar as fórmulas, já deduzidas, para ¨seção retangular de armadura simples”. 12 Vigas T Subdivide-se a seção T em estudo em duas seções equivalentes: - O concreto comprimido da mesa (II e III) é equilibrado por uma parcela 𝐴𝑠1da armadura longitudinal 𝐴𝑠; 13 Vigas T - O concreto comprimido da nervura (I) é equilibrado pela segunda parcela 𝐴𝑠2 da armadura longitudinal 𝐴𝑠. 14 Vigas T 15 Vigas T Equilíbrio de Forças Normais Na flexão simples não existe força normal solicitante externa, a força resultante do concreto comprimido deve equilibrar a força resultante da armadura tracionada. 𝑹𝑪𝑪 = 𝑹𝑺𝑻 Equilíbrio de Momento Fletores O concreto comprimido e a armadura tracionada proporcionam forças internas resistentes que formam um binário oposto ao momento fletor solicitante, ou seja: 𝑀𝑠𝑜𝑙𝑖𝑐 = 𝑀𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡(concreto comprimido e aço tracionado) = 𝑀𝑑(cálculo) 16 Vigas T 𝑀𝑑 = 𝑀1𝑑 + 𝑀2𝑑 𝑀𝑑 → 𝑒𝑚 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 17 Vigas T 𝑀1𝑑 = 𝑏𝑓 − 𝑏𝜔 . ℎ𝑓. 0,85. 𝑓𝑐𝑑(𝑑 − 0,5ℎ𝑓) Geralmente adota-se valores para todas as variáveis (𝑏𝑓, 𝑏𝜔, ℎ𝑓, 𝑓𝑐𝑑 , 𝑑) e calcula-se o 𝑀1𝑑. 18 Vigas T 𝑀2𝑑 = 𝑀𝑑 − 𝑀1𝑑 Foi visto em armadura simples que: 𝑀2𝑑 = 0,68𝑏𝜔. 𝑥. 𝑓𝑐𝑑 𝑑 − 0,4𝑥 Conhecendo-se 𝑀2𝑑 , 𝑏𝜔 , 𝑓𝑐𝑑 𝑒 𝑑 é possível determinar 𝑥 da LN → determina-se, então em qual domínio a seção T se encontra. Segundo NBR 6118-14.6.4.3 a posição da LN deve obedecer os seguintes limites: 𝑥 𝑑 ≤ 0,45 para concretos com 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎 𝑥 𝑑 ≤ 0,35 para concretos com 50 𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎 19 Vigas T Com o equilíbrio de momentos fletores em torno do CG das áreas comprimidas de concreto e considerando o dimensionamento dos domínios 2 ou 3, onde 𝜎𝑠𝑑 = 𝑓𝑦𝑑, temos: 𝑀1𝑑 = 𝜎𝑠𝑑𝐴𝑠1 𝑑 − 0,5ℎ𝑓 𝑀2𝑑 = 𝜎𝑠𝑑𝐴𝑠2(𝑑 − 0,4𝑥) 𝐴𝑠1 = 𝑀1𝑑 𝑓𝑦𝑑 𝑑−0,5ℎ𝑓 𝐴𝑠2 = 𝑀2𝑑 𝑓𝑦𝑑 𝑑−0,4𝑥 Digite a equação aqui. Digite a equação aqui. 𝐴𝑠 = 𝐴𝑠1 + 𝐴𝑠2 20 Vigas T Aplicando Bernoulli e por semelhança de triângulos, têm-se: 𝜀𝑐𝑑 𝜀𝑠𝑑 = 𝑥 𝑑 − 𝑥 𝛽𝑥 = 𝜀𝑐𝑑 𝜀𝑐𝑑 + 𝜀𝑠𝑑 Cálculo utilizando o coeficiente K 𝐾𝑐 = 𝑏𝑓. 𝑑 2 𝑀𝑑 Com 𝐾𝑐 𝑇𝑎𝑏.𝐴−1 𝑜𝑢 𝑇𝑎𝑏.𝐴−2 determina-se 𝛽𝑥 e 𝐾𝑠 𝛽𝑥 = 𝑥 𝑑 ∴ 𝑥 = 𝛽𝑥 . 𝑑 21 Vigas T Obedecendo os limites: a) 𝑥 𝑑 ≤ 0,45 para concretos com 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎 b) 𝑥 𝑑 ≤ 0,35 para concretos com 50 𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎 22 Vigas T Com o diagrama retangular simplificado: I. Se 0,8𝑥 ≤ ℎ𝑓 → Calcula-se como uma viga de seção retangular com largura 𝑏𝑓 e altura h. 𝐴𝑠 = 𝐾𝑠 𝑀𝑑 𝑑 23 Vigas T II. Se 0,8𝑥 > ℎ𝑓 → faz-se o dimensionamento com as equações desenvolvidas para a seção T. 𝑥 → Inicialmente determinado em função de 𝐾𝑐, não é o verdadeiro e serviu apenas para definir que o dimensionamento deve ser feito com as equações desenvolvidas para a seção T. 24 Vigas T Para o cálculo de momento fletor resistente 𝑀1𝑑, proporcionado pela área da mesa comprimida, adota-se: 0,8𝑥 ∗ = ℎ𝑓 𝑥 ∗ = ℎ𝑓 0,8 = 1,25ℎ𝑓 𝛽𝑥 ∗ = 1,25ℎ𝑓 𝑑 Com 𝛽𝑥 ∗ determinam-se 𝐾𝑐 ∗ (Tab. A-1) 𝑀1𝑑 = 𝑏𝑓 − 𝑏𝜔 𝑑 2 𝐾𝑐 ∗ 25 Vigas T Logo, 𝑀2𝑑 = 𝑀𝑑 − 𝑀1 (𝑀𝑑 em valor absoluto) Com 𝑀2𝑑 determina-se a posição x carreta para a LN. 𝐾𝑐 = 𝑏𝜔𝑑 2 𝑀2𝑑 Com 𝐾𝑐, na tabela A-1, determina-se 𝐾𝑠 e 𝛽𝑥 (𝛽𝑥 = 𝑥 𝑑 ) A posição da LN deve obedecer os limites já citados 𝑥 𝑑 ≤ 0,45 para concretos com 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎 𝑥 𝑑 ≤ 0,35 para concretos com 50 𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎 26 Vigas T A armadura tracionada é: 𝐴𝑠 = 𝑀1𝑑 𝑓𝑦𝑑 𝑑−0,5ℎ𝑓 + 𝐾𝑠 𝑀2𝑑 𝑑 Obs.: Os coeficientes K foram calculados com as unidades KN e cm. 27 Vigas T EXERCÍCIOS
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