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23/05/2018 1 CURSO DE CAPACITAÇÃO EM FERIDASCurso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Feridas cirúrgicas: avaliação e manejo clínico Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Feridas cirúrgicas Considerações iniciais: As feridas cirúrgicas são consideradas intencionais; Podem ser agudas e traumáticas; O seu tratamento objetiva manter o processo de cicatrização sem complicação; Quando não se complicam, duram pouco tempo; Através delas, inúmeros microrganismos podem adentrar e causar complicações no sítio cirúrgico e representar grandes riscos para o paciente. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 2 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Causas das feridas cirúrgicas Traumáticas; Doenças crônicas. Queimaduras; Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Fatores que podem interferir no tempo da cicatrização das feridas cirúrgicas Hidratação; Infecção.Nutrição; kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 3 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Classificação das feridas operatórias Quanto a causa; Quanto à etiologia; Quanto ao agente causador. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Classificação das feridas operatórias quanto à causa Intencional ou cirúrgica; Acidental ou traumática. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 4 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Classificação das feridas operatórias quanto à Etiologia Aguda; Crônica. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 5 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br CURSO DE CAPACITAÇÃO EM FERIDAS Classificação da ferida cirúrgica quanto ao potencial de contaminação Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Classificação da ferida cirúrgica quanto ao potencial de contaminação Ferida limpa; Potencialmente contaminada; Contaminadas; Infectadas. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 6 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Feridas operatórias limpas Feridas em que não há processo inflamatório; Feridas onde não foi envolvido o trato respiratório, digestório e geniturinário; Não houve infração nos princípios da técnica cirúrgica. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Feridas operatórias potencialmente contaminadas Feridas em que houve penetração no trato respiratório, digestório e geniturinário sem contaminação significativa; Feridas onde houve pequenas infrações nos princípios da técnica cirúrgica; Feridas drenadas por meios mecânicos; Feridas de difícil antissepsia. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 7 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Feridas operatórias contaminadas Feridas em que houve grande contaminação a partir do trato gastrintestinal; Feridas onde houve infrações nos princípios da técnica cirúrgica; Feridas traumáticas recentes; Feridas com penetração nos tratos geniturinários ou biliar (presença de urina ou bile). Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Feridas operatórias Infectadas Feridas em que os microrganismos patogênicos já se encontram no campo operatório antes da cirurgia; Feridas que apresentam coleção purulenta; Feridas traumáticas com tecido desvitalizado; Feridas onde há presença de corpo estranho; Feridas onde há vísceras perfuradas e/ou contaminação fecal. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 8 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Complicações das feridas cirúrgicas kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 9 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Principais complicações das feridas operatórias Infecção; Hemorragia; Deiscência; Sinus; Fístula. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Hemorragias das feridas operatórias Primária; Intermediária; Secundária. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 10 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Hemorragias primárias das feridas operatórias Ocorre no transoperatório; Decorre da hemostasia inadequada ou falha da técnica cirúrgica. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Hemorragias Intermediárias das feridas operatórias ocorre no pós-operatório imediato; Decorre da hemostasia insuficiente; complicações inerentes ao paciente como crise hipertensiva; Falha na técnica cirúrgica (ruptura da sutura). kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 11 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Hemorragias Secundárias das feridas operatórias Podem acontecer até o décimo dia do pós-operatório; Geralmente tem a infecção como causa. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Deiscência Cirúrgica Ocorre de maneira precoce no intercurso do pós-operatório; É a ruptura parcial ou total da camada fascial da pele; Quando parcial, há ruptura de um plano de sutura superficial e não há risco de saída das alças intestinais da cavidade abdominal; kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 12 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Deiscência Cirúrgica Quando total, há ruptura de um plano de sutura das camadas mais profundas com risco de exteriorização das alças intestinais e órgãos; Predispõe a penetração de microrganismos patogênicos Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Deiscência Cirúrgica Está relacionada com distensão abdominal; Hematomas; Complicações pulmonares (hipóxia, tosse); Obesidade (o tecido adiposo é muito friável); kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 13 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Deiscência Cirúrgica Hipersensibilidade ao material da sutura; Infecção do sítio cirúrgico; Técnica de sutura inadequada Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Deiscência Cirúrgica por técnica de sutura inadequada Provoca tensão na área da sutura; laceração; má vascularização; Necrose Apresenta risco de evisceração Sutura apertada Sutura frouxa kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 14 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Fístula Comunicação anómala entre duas ou mais estruturas do corpo que, em condições normais, não comunicam entre si; Pode ser congênita ou adquirida; Pode ocorrer nas mais variadas localizações, sendo as mais comuns as que ocorrem no sistema digestivo, urinário, reprodutor e circulatório; A sua origem adquirida pode resultar de infeção, traumatismo ou cirurgia; Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Fístula Se não tratada, pode evoluir para quadros de gravidade significativa; Pode permitir a passagem de urina, fezes ou secreções para o exterior; Apresentar sintomas como dor, irritação, náuseas, dermatites irritativas, dentre outros. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 15 • Sistema Fístula • A solução inclui um adesivo de longa duração, folha de demarcação de ferida, tampa removível, saída de dreno e um clamp • Adesivo de dupla camada – flexível e de longa duração, protege a pele do efluente • Folha de demarcação de ferida – projetada para aumentar a precisão do corte no padrão da fístula ou ferida • Tampa removível – flexível e fácil de aplicar e remover, permitindo que enfermeirosacessem a façam curativos nas feridas • O Sistema Fístula da Coloplast inclui uma série de acessórios de apoio ao sistema: • Bolsa de cama • Tubulação da bolsa projetado especificamente para a produção da fístula. • Armazena até 200 ml • A longa tubulação permite que os enfermeiros encontrem o comprimento certo para drenagem noturna • Pode ser facilmente cortado • Tampas flexíveis • Cada sistema possui uma tampa flexível, tampas extras podem ser adquiridas separadamente • Fácil de aplicar e remover, permite que os enfermeiros troquem os curativos de feridas • Disponível em tamanhos mini, midi e maxi • Saída de dreno • Cada sistema contém uma saída de dreno, saídas de dreno extras podem ser pedidas separadamente • A saída de dreno pode ser facilmente aplicada à tampa para permitir a inserção do cateter • Veja as instruções de uso para o modo correto de aplicar a saída de dreno Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 16 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Infecção da ferida operatória Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Infecção da ferida operatória Complicação mais frequente; Está intimamente relacionada ao sítio cirúrgico e a técnica cirúrgica; colaboram para aumentar as taxas de morbidade, mortalidade e custos hospitalares; Prolongam o tempo de internação dos pacientes nas unidades hospitalares; kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 17 Possíveis fontes de contaminação Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Inicialmente não há replicação importante; Haverá repercussões clínicas e imunológicas consideráveis. Conforme a quantidade e tempo de exposição patogênica; Aspectos fisiopatológicos na infecção da ferida operatória www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em Feridas Curso de Capacitação em Feridas kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 18 A partir da área perilesional; Pode ocorrer durante o ato cirúrgico devido a infrações na técnica antisséptica; Contaminação durante o curativo. Invasão bacteriana para infecção da ferida operatória www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em Feridas Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Período de manifestação da infecção de sítio cirúrgico (ISC) Pode ocorrer entre 4 e 6 dias após o procedimento; Manifestar até 30 dias do procedimento; Até um ano mais tarde, quando tratar-se de prótese implantada; Obs: Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), 98% da ISC pode se manifestar até 30 dias após a cirurgia. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 19 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Manifestações clínicas da infecção de sítio cirúrgico (ISC) Podem ser inespecíficos; Febre; Sinais clínicos de inflamação local; Anorexia. Intensificação da dor e das reações de inflamação local; Destruição tecidual considerável pela liberação de toxinas; Manifestações clínicas locais na infecção da ferida operatória Aumento da produção do exsudato/Drenagem purulenta (usualmente fétido). Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 20 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Diagnóstico de infecção das feridas cirúrgicas Diagnóstico de infecção nas feridas Diagnóstico clínico; Exames sanguíneos e culturas microbiológicas; Cultura quantitativa e qualitativa; Diagnóstico de infecção: quantitativos de bactérias iguais ou maiores do que 100.000 UFC por grama de tecido. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 21 Sinalizam presença de infecção: • PCR: aumentado • LEUCOGRAMA: leucocitose neutrofilia com desvio à esquerda EXAMES SANGUÍNEOS Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Técnicas de Cultura SWAB ASPIRADO BIÓPSIA Curso Completo de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 22 Baixo custo em relação a biópsia; Fácil acesso; Procedimento não invasivo. VANTAGENS TÉCNICA DE SWAB Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br TÉCNICA DE SWAB DESVANTAGENS Pode indicar as bactérias que estão apenas na superfície da lesão e não coincidir com os microrganismos que estão diretamente envolvidos no processo infeccioso. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 23 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Classificação da infecção de sítio cirúrgico kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 24 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Infecção na ferida cirúrgica Dentre as várias complicações cirúrgicas a infecção é uma das causas de maior preocupação; Quando está instalada pode receber a denominação de infecção de sítio cirúrgico (ISC); Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br A infecção de sítio cirúrgico (ISC) Pode ser compreendida como a entrada, o estabelecimento e a multiplicação do patógeno na incisão cirúrgica; ANVISA, 2009; SANTOS ET. AL 2016 kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 25 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Aspectos epidemiológicos na infecção do sítio cirúrgico No Brasil, a ISC ocupa a terceira posição entre todas as infecções presentes em serviços de saúde; Abrange de 14 a 16% das infecções em pacientes hospitalizados; Sua incidência depende do tipo da vigilância e particularidades do hospital, do paciente e do procedimento cirúrgico. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Classificação da infecção de sítio cirúrgico Infecção de sítio cirúrgico incisional superficial; Infecção de sítio cirúrgico incisional profunda; Infecção de sítio cirúrgico em órgão/cavidade kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 26 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Infecção de sítio cirúrgico incisional superficial Ocorre nos primeiros 30 dias de pós-operatório; Envolver pele e tecido subcultâneo da incisão. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Critérios que caracterizam infecção de sítio cirúrgico incisional superficial Drenagem purulenta proveniente dos tecidos superficiais; Cultura positiva dos fluidos ou tecidos da incisão superficial; Diagnóstico de infecção incisional superficial por cirurgião ou clínico. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 27 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Infecção de sítio cirúrgico incisional Profunda Ocorre nos primeiros 30 dias de pós-operatório; Em casos de implantes considerar por um período de até um ano; Envolve tecidos moles profundos (fáscia e músculos). Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Critérios que caracterizam infecção de sítio cirúrgico incisional profunda Drenagem de secreção purulenta da incisão profunda, não há envolvimento de órgãos ou cavidades; Deiscência incisional profunda espontânea ou abertura deliberada feita por cirurgião quando o cliente apresentar temperatura axilar superior a 38°C, dor e/ou sensibilidade local, a menos que a cultura seja negativa; kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 28 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Critérios que caracterizam infecção de sítio cirúrgicoincisional profunda Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda, baseada em exame direto durante a reoperação ou por meio de exames radiológicos ou histopatológicos; Diagnóstico de infecção de sítio cirúrgico incisional profundo por cirurgião ou clínico. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Infecção de sítio cirúrgico em órgão/cavidade Ocorre nos primeiros 30 dias de pós-operatório; Em casos de implante de prótese, considerar um período de até um ano (considerar somente infecções no local do implante); Envolve qualquer parte do corpo que tenha sido aberta e manipulada durante procedimento cirúrgico (órgãos e cavidades) kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 29 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Critérios que caracterizam infecção de sítio cirúrgico em órgão/cavidade Drenagem de secreção purulenta proveniente do dreno colocado dentro de algum órgão ou espaço através de incisão contralateral; Cultura positiva de fluido ou tecido de órgão/espaço obtido assepticamente ; Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo órgão/espaço baseado em exame direto durante reoperação ou por meio de exames radiológicos ou histopatológicos; Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Critérios que caracterizam infecção de sítio cirúrgico em órgão/cavidade Diagnóstico de infecção de sítio cirúrgico em órgão/espaço por cirurgião ou clínico. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 30 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Estratégias para prevenção de ISC Avaliação minuciosa do ambiente e instrumentais quanto técnica de esterilização, data de validade, avaria e acondicionamento; Técnicas assépticas adequadas, antes, durante e após o procedimento cirúrgico; Antibioticoterapia profilática nas cirurgias com potencial de contaminação; Investir na educação com o intuito de aprimorar a assistência. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Controvérsia sobre a antibioticoterapia profilática Devido à exposição ao fármacos utilizados na antibioticoterapia profilática; Muitas bactérias presentes no ambiente hospitalar tornaram-se resistentes; Prejudica a recuperação do paciente e aumenta os custos do hospital. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 31 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Fatores que influenciam nas infecções das feridas cirúrgicas kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 32 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Principais pré-requisitos para desenvolvimento de uma infecção destituição e o crescimento bacteriano ; tipo de microrganismo ; Toxinas sintetizadas pelos microrganismos. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Predisposição para infecção da ferida cirúrgica Pacientes com idade superior a 50 anos; Portadores de diabetes mellitus; imunodeprimidos; Com comprometimento do estado nutricional; Obesidade; kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 33 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Predisposição para infecção da ferida cirúrgica Tabagismo; Pacientes com tempo de internação acima de dez dias; Pacientes que já apresentam infecção em outro local do corpo; Pacientes com histórico de anemias; Cirurgias de emergência/urgência. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Fatores que influenciam nas infecções das feridas cirúrgicas Ambiente; Ferida.Cliente; kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 34 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Fatores que influenciam na infecção da ferida operatória relacionados ao Ambiente Hospitalização pré-operatória ou pós-operatória prolongada; Baixos padrões de assepsia no centro cirúrgico Materiais e equipamentos em excesso na sala de operações. www.romulopassos.com.br Fatores que influenciam na infecção da ferida operatória relacionados ao cliente Idade; Obesidade; Má nutrição; Diabetes; Curso de Capacitação em Feridas kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 35 www.romulopassos.com.br Fatores que influenciam na infecção da ferida operatória relacionados ao cliente Uso de drogas imunossupressoras; Lesões adicionais (lesão por pressão); Tricotomia (podem ocorrer microlesões e colonização indesejável). Curso de Capacitação em Feridas Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Fatores que influenciam na infecção da ferida operatória relacionados a ferida Tipo de cirurgia; Duração da cirurgia; Extensão da cirurgia; Posição dos drenos. Técnica cirúrgica inadequada; kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 36 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Infecção ferida operatória X Infecção hospitalar kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 37 www.romulopassos.com.br Infecção da ferida operatória X infecção hospitalar É motivo de grande preocupação nos hospitais, devido à alta taxa de morbidade e mortalidade; Maior permanência do indivíduo no ambiente hospitalar; Aumenta os custos médico-hospitalares; Curso de Capacitação em Feridas Causa danos físicos e emocionais ao paciente. www.romulopassos.com.br Infecção hospitalar, segundo a Portaria nº 2616/98 do Ministério da Saúde Adquirida antes da internação do paciente; Adquirida após admissão do paciente. Curso de Capacitação em Feridas kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 38 www.romulopassos.com.br Classificação da Infecção hospitalar adquirida antes da internação do paciente É a infecção manifestadas antes de 72 horas da internação; Associada a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados neste período. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Infecção hospitalar adquirida após admissão do paciente Quando relacionada com a internação ou a procedimentos hospitalares/ambulatoriais; Se manifesta durante a internação ou após a alta do paciente. Curso de Capacitação em Feridas kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 39 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Microrganismos infectantes das feridas cirúrgicas kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 40 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Microbiota infectante de feridas cirúrgicas As bactérias são as que mais afetam as incisões cirúrgicas; Alguns desses patógenos fazem parte da própria flora da pele em condições normais; Tornam-se patogênicos conforme as condições favoráveis para sua proliferação. www.romulopassos.com.br Infecção hospitalar adquirida após admissão do paciente Vários patógenos possuem componentes específicosque aumentam a sua virulência ; Contribuem para a resistência aos antibióticos. Curso de Capacitação em Feridas kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 41 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Microrganismos Infectantes da ferida operatória Estudos demonstram que os patógenos da microbiologia das ISC variam; dependendo do tipo de operação e dos procedimentos realizados; O Staphylococcus aureus foi o microrganismo isolado que mais predominou em ISC; Seguido da Klebisiella pneumoniae, da Escherichia coli e da Klebsiela ozonae. Curso de Capacitação em Feridaswww.romulopassos.com.br Cinco mais comuns e representaram mais de 90% dos casos: Acinetobacter baumannii,36,3%; Pseudomonas aeruginosa, 21,9%; Staphylococcus aureus resistente à meticilina, 14,7%; Klebsiella pneumonia, 11%; Escherichia coli, 7,8%). Publicações sobre ISC por microrganismos resistentes kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 42 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Publicações sobre ISC por microrganismos não resistentes Microrganismos mais comuns: Candida albicans (18,5%); Escherichia coli (15,1%); Pseudomonas aeruginosa (8,9%); Enterobacter cloacae (8,2%); Enterococcus faecalis (8,2%). www.romulopassos.com.br Infecção do sítio cirúrgico por Staphylococus Dos patógenos Gram-positivos, o Staphylococus é responsável por muitas das infecções hospitalares; Pode apresentar alta resistência a antibióticos. Aumenta os custos médico-hospitalares; Curso de Capacitação em Feridas Causa danos físicos e emocionais ao paciente. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 43 www.romulopassos.com.br Formas de transmissão ISC por Staphylococus Por contato direto ou indireto Própria flora normal da pele do paciente Migração durante a consumação dos procedimentos; Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Gravidade da ISC por Staphylococus Susceptibilidade do hospedeiro; Resistência; Quantidade de microrganismo. Curso de Capacitação em Feridas kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 44 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Cuidados tópicos com as feridas cirúrgicas Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Cuidados com o paciente com feridas cirúrgicas É de competência da equipe multidisciplinar; A equipe de enfermagem tem papel fundamental com a realização dos curativos; Deve avaliar o andamento do processo de reparação tecidual; Considerar as limitações do paciente e promover e estimular a boa nutrição e hidratação do paciente; Promover analgesia conforme fármacos prescrito, para evitar ansiedade e desconforto pelo procedimento cirúrgico ou realização de curativos kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 45 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Avaliação da ferida operatória Avaliar o tipo da cicatrização; Avaliar presença de edema creptante; Áreas de flutuação; Presença de Induração; Coloração da periferida; Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Avaliação da ferida operatória Presença de secreção e características da mesma; Observar sinais de sangramento local da ferida operatória. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 46 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Cuidados de enfermagem para realização do curativo da ferida operatória Prever e prover antecipadamente o material necessário para o curativo; Evitar a exposição desnecessária da ferida durante a inspeção e trocas de curativos; Escolher o tipo do curativo conforme o aspecto da lesão, localização tamanho e quantitativo de exsudato; Em casos de exsudação inesperada, coletar material para exame microbiológico e coletar a amostra antes de antibioticoterapia. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Curativo ideal para ferida operatória capaz de diminuir a manipulação e possibilidade de contaminação; coberturas de remoção atraumática que evitem a perda tecidual; coberturas que evitem desconforto e minimizem a dor do paciente no local da ferida. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 47 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Objetivos para realização de curativo da ferida operatória Proteger a lesão contra traumas nas primeiras 24 ou 48 horas; Absorver umidade e manter o local da ferida seco; Evitar a exposição precoce da ferida operatória. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Procedimento para realização de curativo da ferida operatória com cicatrização de 1ª intenção Os profissionais devem lavar bem as mãos para evitar contaminação do material a ser utilizado; Proteger a incisão durante o banho nas primeiras 48 horas colocar o paciente na posição adequada para realização do curativo; Abrir o pacote de curativo com a técnica asséptica; kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 48 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Procedimentos para realização de curativo da ferida cirúrgica Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Procedimento para realização de curativo da ferida operatória com cicatrização de 1ª intenção Utilizar material estéril; Utilizar solução fisiológica a 0,9% para a limpeza; Pode-se usar antisséptico degermante com PHMB durante a limpeza para prevenir infecção; nas incisões com pontos mais distantes pode proceder a limpeza com a irrigação com pressão ( seringa de 20ml); kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 49 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Procedimento para realização de curativo da ferida operatória com cicatrização de 1ª intenção Secar o local da ferida e manter cobertura seca. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Procedimento para realização de curativo da ferida operatória com cicatrização de 2ª ou 3ª intenção Os profissionais devem lavar bem as mãos com solução antisséptica para evitar contaminação; Proteger a incisão durante o banho nas primeiras 48 horas colocar o paciente na posição adequada para realização do curativo; Abrir o pacote de curativo com a técnica asséptica; kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 50 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Procedimento para realização de curativo da ferida operatória com cicatrização de 2ª ou 3ª intenção Utilizar material estéril; Utilizar solução fisiológica a 0,9% para a limpeza ; Pode-se usar antisséptico degermante com PHMB durante a limpeza para prevenir infecção. Utilizar a técnica de limpeza de irrigação com pressão (seringa 20ml+agulha 40x12); Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Procedimento para realização de curativo da ferida operatória com cicatrização de 2ª ou 3ª intenção utilizar cobertura que mantenha o leito da ferida no meio úmido ideal. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 51 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Complicações pela técnica de curativo inadequada Perda tecidual; Prolongamento da fase inflamatória; Aumento dos riscos de contaminação e infeção por germes hospitalares; Retardo cicatricial; Prolongamento da internação hospitalar; Demora no retorno das atividades laborativas. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 52 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Processo cicatricial da ferida cirúrgica Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Formas de fechamento das feridas operatórias Fechamento por primeira intenção ou fechamento primário; Fechamento por segunda intenção; Fechamento por terceira intenção. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 53 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Fechamento das feridas operatórias 1ª Intenção ocorre aproximação das bordas por meio de sutura cirúrgica; Não há grande perda de área tecidual; Estima-se cerca de 24 horas para surgimento dos queratinócitos; Recomenda-se a retirada do curativo primário após 24 horas Curso de Capacitação em Feridaswww.romulopassos.com.br Fechamento das feridas operatórias 2ª Intenção A ferida cirúrgica mantém-se aberta para que a lesão cicatrize seguindo os processos naturais de: granulação; contração; epitelização. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 54 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Fechamento das feridas operatórias 2ª Intenção Ocorre principalmente devido à perda tecidual extensa; O espaço morto é preenchido por fibras de colágeno; Pode ocorrer a hipergranulação; Compromete a estética cicatricial. Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Fechamento das feridas operatórias 3ª Intenção Tipo de cicatrização que pode ocorrer em casos de infecções e complicações operatórias graves; A ferida a priori fica aberta fechando por segunda intenção; Posteriormente as bordas são aproximadas por meio de sutura cirúrgica. kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 55 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Coberturas para feridas cirúrgicas kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 56 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Coberturas para feridas superficiais não infectadas 3m.com.br Coloplast.com.br 3m.com.br Coberturas para feridas cirúrgicas infectadas Antibióticos tópicos Antissépticos: (solução, gel, gazes) Coberturas: Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 57 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Coberturas para feridas Feridas cavitárias ou sangrantes sem infecção Coberturas para feridas Feridas cavitárias ou sangrantes com infecção Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Coberturas para feridas superficiais não infectadas 3m.com.br Coloplast.com.br 3m.com.br kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 58 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Sistema Fístula Possui um adesivo de longa duração, Folha de demarcação de ferida Tampa removível Saída de dreno Clamp Fonte: www.coloplast.com.br/fistula-and-wound-management- Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br Sistema Fístula Adesivo de dupla camada – flexível e de longa duração, protege a pele do efluente; Folha de demarcação de ferida – projetada para aumentar a precisão do corte no padrão da fístula ou ferida; Tampa removível – flexível e fácil de aplicar e remover, permitindo que enfermeiros acessem a façam curativos nas feridas. Fonte: www.coloplast.com.br/fistula-and-wound-management- kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50 23/05/2018 59 Curso de Capacitação em Feridas www.romulopassos.com.br kaÃ-la dos santos silva - 108.646.474-50
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