Buscar

A Queda Inevitável da Burguesia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Disciplina: CIÊNCIAS POLÍTICAS
Nome da Atividade: Atividade Avaliativa 
Nome do Aluno: Maria Orminda Aparecida de Almeida
Polo: Tres Rios. Matricula: 1721310300
 
A última frase da seção I do Manifesto ( "Burgueses e Proletários", p. 7-27) afirma: "A burguesia
produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do proletariado são igualmente
inevitáveis". Explique a frase acima, abordando os seguintes pontos: 
 - a relação entre o desenvolvimento dos meios de produção e as formas de dominação
- o caráter revolucionário da burguesia;
- a posição dos trabalhadores na sociedade burguesa. 
 
No capitalismo, o direito da propriedade dos meios de produção pertence à uma minoria, obrigando
o trabalhador a vender a sua força de trabalho aos membros desta classe em troca de um salário. As
relações de produção capitalistas baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela
burguesia, houve apenas uma substituição do senhor feudal pelos burgueses, e os servos passam a
ser os trabalhadores assalariados. O capitalismo trata-se de uma produção essencialmente voltada à
acumulação e à obtenção de lucros, com base na exploração dos trabalhadores, os quais se
encontram obrigados, pelas determinações da economia de mercado, a vender sua força de trabalho
para sobreviver. Portanto, existem basicamente duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores
assalariados. A crescente competitividade entre as empresas, a necessidade permanente de
investimento em produtividade e criação de novas formas de dominação sobre os trabalhadores, em
decorrência do aumento da luta de classes, foram responsáveis pelo surgimento de sistemas de
gerenciamento da produção cada vez mais sofisticados.. A burguesia rasgou o véu de sentimento
que envolvia as relações de socialismo, familiaridade e amizade a simples relações monetárias,
revolucionando os instrumentos e as relações produtivas, assim como todas as relações sociais
antigas e cristalizadas, motivadas pela necessidade de novos mercados, imprimindo um caráter
dominador à produção e ao consumo em todo o mundo. Este modelo de desenvolvimento dos meios
de produção, mostra o caráter revolucionário da burguesia. Indústrias são substituídas por outras
que não empregam mais matérias-primas do próprio lugar. Agora tudo vem de regiões mais
distantes e cujos produtos se consomem em todas as partes do mundo, criando um intercâmbio
universal, uma interdependência das nações, tanto na produção material quanto intelectual. Deixam
de existir a estreiteza e o exclusivismo nacional. Os preços baixos tornam-se artilharia pesada,
obrigando todas as nações a adotarem o modelo burguês de produção e civilização. Criou grandes
centros urbanos, a glomerou as populações, e concentrou a propriedade em poucas mãos, com uma
política centralizada, com um governo, um só interesse. Nesse contexto, a burguesia produziu
homens que manejaram as armas ensinadas e introduzidas por ela mesma. Como a essa altura não
há mais diferença entre idade e sexo para a classe operária, todos podem aprender. A antiga classe
média das pequenas indústrias, caem nas fileiras do proletariado que vão passando por fases
distintas, que da luta isolada começa a organizar diferentes grupos e se fortalecer para lutar contra o
burguês que o explora diretamente, esforçando-se para reconquistar a posição perdida. Para atingir
seu s próprios fins políticos de dominação, a burguesia é levada a pôr em movimento todo o
proletariado que cresce com sua força e adquire maior consciência dela, com os choques entre
operários e burgueses tornando-se o choque de duas classes. Os operários atuam em defesa de seus
salários e a união dos trabalhadores é cada vez mais ampla. A burguesia, em sua guerra perpétua,
tem que apelar para o proletariado, arrastando-o para o movimento político onde cada vez mais lhes
mostra e ensina a manejar as armas c om as quais estes irão lutar cada vez mais fortes e preparados,
pois o operário moderno desce cada vez mais abaixo das condições de sua classe e a burguesia
cresce ainda mais rapidamente que a população e a riqueza. Assim, a posição do trabalhador só
pode ser a de lutar sempre e, portanto, a burguesia vem construindo no decorrer da história, um
exército que irá destruí-la, pois sua queda será inevitável.
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Estud. av., São Paulo, v. 12,
n. 34, p. 7-46, Dec. 1998.

Continue navegando

Outros materiais