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PROTEÇÃO COMPLEXO DENTINA-POLPA Para preservar a vitalidade, saúde e função de todo o órgão dental. Propagação e desenvolvimento da cárie: Esmalte: Composição mineral, maior dureza do corpo, disposição e estruturação dos cristais de hidroxiapatitas faz com que a cárie demore mais a penetrar na dentina. Dentina: menor porção mineral. Os túbulos dentinarios são variáveis em tamanho e em quantidade a medida da profundidade, ou seja, quanto mais fundo, maior o diâmetro do túbulo e maior quantidade dos mesmos. Espaço intratubular ou peritubular: É altamente mineralizada, circunda os túbulos dentinários e é 40% mais mineralizada que a intertubular (deposição gradativa de minerais ao longo do espaço periodontoblástico). Espaço intertubular: Está entre os anéis da peritubular e é a massa principal da dentina. Permeabilidade dentinária: Mantém a vitalidade pulpar (trocas boas, como ions), remineralização, mas também permite infiltrações (microorganismos e substancias nocivas). Os principais obstáculos dessa permeabilidade são: os prolongamentos odontoblásticos, o fluido dentinário, a forma dos túbulos dentinários e as lesões Cariosas Dentina primária – formada por camada de odontoblasticos Dentina secundária – formada ao longo da vida, diminuindo a camada pulpar. (ou seja, ao classificar o tamanho da cavidade pulpar devemos levar em consideração a idade do paciente) Dentina terciaria ou esclerosada – formado quando temos estímulos (agressão), diminui mais ainda a câmera pulpar para “fugir” da agressão, vemos com ela o fechamento dos túbulos fazendo com que os microorganismos não consigam penetrar. Essa dentina é escura então por vezes podemos ficar em duvida se há ou não presença de cárie, mas para tirarmos a dúvida devemos passar a cureta pois se tiver duro é dentina esclerosada e a cárie vem na cureta em forma de lascas. Polpa: Tecido conjuntivo, situado numa cavidade revestida por paredes inelásticas (logo, não pode sofrer alterações volumétricas), protegida por dentina que se comunica com o ligamento periodontal e osso alveolar através do forame apical. Ricamente inervado e vascularizado, proporciona nutrição a dentina através dos prolongamentos odontoblásticos. Sensibilidade dental: calor (deixar a irrigação ligada), ar (não secar muito), profundidade (a cárie quem vai definir), pressão (usar brocas novas). Preparo Cavitário (resposta do complexo dentinho pulpar) Fatores Técnicos: pressão do corte, calor friccional, desidratação da dentina Fatores Clínicos: Condição inic.1 ial da polpa e quantidade e qualidade de dentina remanescente Instrumentos Rotatórios: Causam a movimentação do fluido dentinário Refrigeração: Essencial para minimizar o aumento de temperatura, +6 ° é suficiente pra causar a injuria á polpa Como minimizar o trauma do preparo cavitário: Utilizar instrumentos rotatórios novos, refrigeração abundante, aplicar menor pressão de corte, realizar corte intermitente, hidratação constante da cavidade e minimizar a secagem com ar. Trauma Oclusal Restauração com contatos exagerados transferem sobrecargas mastigatórias para o dente restaurado, estimulando o periodonto e a pressão intrapulpar. Importante usar o papel carbono para conferir se a restauração está correta (nem alta, nem baixa) O aumento da pressão intrapulpar torna o dente mais sensível as variações térmicas, principalmente ao frio. O mínimo excesso oclusal causa suficiente desconforto para motivar o retorno do paciente ao dentista. Como minimizar o trauma oclusal: Ajustar os contatos após a confecção da restauração em: relação Centrica, MIH, lateralidade e protrusão. LAMA DENTINÁRIA: filme biológico que reveste a dentina após sua instrumentação. É composta por resíduos minerais e orgânicos. (0,5 a 5m) MICROINFILTRAÇÃO: passagem de íons fluidos e bactérias pela interface dente-restauração. Em geral, devido à falta de selamento ou contato efetivo entre material restaurador e preparo cavitário. Idade do paciente e a relação dentino pulpar A idade do paciente assim como a condição pulpar e profundidade da cavidade são aspectos que devem ser considerados ao realizar a proteção. Fatores determinantes na proteção do complexo dentina-polpa Diagnostico da condição pulpar, profundidade da cavidade, permeabilidade dentinária, lembrar de observar a idade do paciente, qualidade e quantidade da dentina remanescente. (Quando há uma cavidade extensa pode haver exposição da polpa e nós temos que nos preocupar mais com os matérias que iremos colocar pois quanto mais profundo maior a permeabilidade dentinária) Variáveis associadas a injuria pulpar Cárie Corte dos instrumentos Pressão exercida; Vibrações; Preparo cavitário Profundidade do preparo; Extensão do preparo; Refrigeração durante o preparo (calor exagerado) Desidratação Uso da seringa de ar; (secagem em excesso) Sistemas adesivos atuais Limpeza Interferência oclusal Espessura da dentina remanescente Pesquisas relacionam calor com necrose pulpar; OBS.: 5,5°C = necrose 15%; | 11°C = necrose 60%; Requisitos para os materiais de forramento: Ser bactericida ou bacteriostático Proteger contra estímulos térmicos e elétricos Reduzir a microinfiltração marginal Selar túbulos para evitar escurecimento (AMG) Resistencia mecânica satisfatória Biocompatibilidade Compatibilidade com materiais restauradores Evitar penetração de materiais tóxicos nos túbulos dentinarios Nenhum material obedece a todos esses requisitos, mas o hidróxido de cálcio é o que mais se aproxima por isso é o que utilizamos em cavidades mais profundas, ele é o que mais apresenta biocompatibilidade, mas não reduz infiltração marginal por ser solúvel aos fluidos bucais, ele não tem resistência mecânica nenhuma por isso só o utilizamos nas áreas mais profundas e também não evita a penetração dos materiais tóxicos nos túbulos. Materiais de forramento: Hidróxido de cálcio (cimento e pó) – O cimento de hidróxido de cálcio é o único material adequado para a cobertura direta ou indireta do complexo dentina-polpa em preparos muito profundos (necrose superficial) Cimento de ionômero de vidro (convencional que é o autopolimeralizavel e modificado que é o resinoso) Adesivos dentinários Cimento de oxido de zinco e eugenol Classificações das cavidades segundo GBPD (não usamos) Rasa – 0,5 a 1,00mm abaixo junção amelo dentinaria Média – 1,00mm ou mais dentina remanescente Profunda – até 0,5mm de dentina remanescente Muito profunda – 0,5mm ou menos de dentina remanescente Proteção complexo dentina-polpa CAVIDADE RASA – AMALGAMA Preparo cavitário – limpeza cavitária - inserção do amalgama CAVIDADE RASA – RESINA COMPOSTA Preparo cavitário – limpeza cavitária - Ataque ácido – sistema adesivo (só porque faz parte do protocolo da resina e não porque precisa proteger) – inserção RC CAVIDADE MÉDIA – AMALGAMA Preparo cavitário – limpeza cavitária – cimento de hidróxido de cálcio (nas áreas mais profundas) - inserção do amalgama CAVIDADE MÉDIA – RESINA COMPOSTA Preparo cavitário – limpeza cavitária – CIV - Ataque ácido – Sistema adesivo – Inserção RC CAVIDADE PROFUNDA – AMALGAMA Preparo cavitário – limpeza cavitária – forramento com cimento de hidróxido de cálcio – sobreforro Cimento de oxido de zinco e eugenol tipo II ou III - inserção do amalgama OU Preparo cavitário – limpeza cavitária – forramento com cimento de hidróxido de cálcio – sobreforro CIV - inserção do amalgama CAVIDADE PROFUNDA – RESINA COMPOSTA Preparo cavitário – limpeza cavitária – cimento de hidróxido de cálcio – CIV – Ataque ácido – Sistema adesivo – Inserção da RC CAVIDADE MUITO PROFUNDA COM SUSPEITA DE EXPOSIÇÃO PULPAR (MICROEXPOSIÇÃO) – AMALGAMA Preparo cavitário – limpeza cavitária – Pó de hidróxido de cálcio – cimento de hidróxido de cálcio - sobreforro OZE tipo II ou III (IRM) - inserção do amalgamaOU Preparo cavitário – limpeza cavitária – Pó de hidróxido de cálcio – cimento de hidróxido de cálcio – sobreforro CIV - inserção do amalgama CAVIDADE MUITO PROFUNDA COM SUSPEITA DE EXPOSIÇÃO PULPAR (MICROEXPOSIÇÃO) – RESINA COMPOSTA Preparo cavitário – limpeza cavitária – Pó de hidróxido de cálcio - Cimento de hidróxido de cálcio – CIV - Ataque ácido - Sistema adesivo - Inserção da rc Limpeza da cavidade após o preparo Tergensol com bolinha de algodão, lavar com água e secar, aplicar Clorexidina 0,12% com bolinha de algodão, deixar 10”, secar com bolinha de algodão estéril e iniciar a proteção pulpar Capeamento pulpar direto (Quando tem exposição da polpa): Limpeza da cavidade após o preparo, capeamento pulpar direto, curetagem superficial, lavar com água de hidróxido de cálcio ou soro fisiológico, secar com bolinha de algodão estéril NÃO PODE SECAR COM AR, aplicar corticosteroides por 5min, secar com bolinha de algodão estéril, aplicar pó de hidróxido de cálcio P.A, cobrir com cimento de hidróxido de cálcio e proteção provisória com cimento de oxido de zinco e eugenol até restaurar.
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