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SUJESTu00D5ES DE LEITURAS SOBRE CAPACIDADES FISICAS

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Capacidades Físicas	- Definições enviadas pelos alunos da disciplina Fundamentos da EF.
Força:	
É a capacidade física capaz de gerar tensão muscular com (dinâmica) ou sem movimento aparente (estática). Permite deslocar um objeto, o corpo de um adversário ou o próprio corpo através da contração dos músculos. 
Dinâmica: Este tipo de Força apresenta duas ações musculares, concêntrica (trabalho positivo) e excêntrica (trabalho negativo).
Na primeira, o músculo sofre tensão e se encurta e na segunda o mesmo músculo sofre tensão e se alonga. 
Estática: Esta força apresenta apenas uma ação muscular conhecida como isométrica. Esta gera tensão muscular sem movimento articular (GOBBI, VILLAR; ZAGO, 2005). 
Capacidades Físicas são definidas como todo atributo físico treinável num organismo humano. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas e motoras passíveis de treinamento comumente, classificadas em: Resistência, Força, Velocidade, Agilidade, Equilíbrio, Flexibilidade, Coordenação Motora, Ritmo e Descontração Muscular.
Resistência Aeróbica e Anaeróbica -1 
O que é resistência? É a capacidade que tem o corpo de suportar uma atividade, adiando a aparição da fadiga.
A resistência aeróbica é a capacidade que o indivíduo tem para realizar um esforço de intensidade média e durante um tempo o mais longo possível. Atualmente a resistência é relacionada com a saúde, de tal forma que os indivíduos mais resistentes são também os mais saudáveis.
Qualquer esforço repercute em nosso organismo, e a resistência aeróbica produz efeitos que nos ajudam a superar os esforços de maneira favorável. Entre outros, melhora a capacidade cardíaca, aumenta o volume do sangue mandando para o coração a cada sístole, diminui a frequência de pulsações, coloca em funcionamento maior número de capilares quando o músculo está em movimento.
A Resistência Anaeróbica inclui os esforços de curta duração, e de grande intensidade. Alguns exemplos: saltos, lançamentos, arrancadas, batidas, chutes, socos. Estes esforços são tão intensos, que rapidamente provocam a falta de oxigênio durante o esforço, do que nosso sangue pode mandar.
- RESISTÊNCIA ANAERÓBICA LÁCTICA: É a realizada com esforços intensos e com duração de 30 segundos ou mais, não dando tempo ao organismo de se recuperar, assim o sangue se sobrecarrega de ácido láctico (AL), produzindo a partir deste momento efeitos negativos no rendimento, pelo que se deve deixar um tempo de pausa antes de recomeçar. Alguns exemplos: uma corrida de 400m; socar o saco de treino durante mais de 30 segundos; luta pesada, dentre outras.
- RESISTÊNCIA ANAERÓBICA ALÁCTICA: Como o nome indica, há falta de ácido láctico. O tempo de atuação é tão curto que não há tempo para que o ácido lático se acumule no sangue, sendo o esforço igual ou mais intenso que o anterior. 
Exemplos: todos os gestos que não passam de 15 a 20 segundos. Exemplos: arrancada de um chute ou de um soco, um lançamento de um dardo ou um salto.
Este tipo de treino pretende aumentar as reservas alcalinas do nosso organismo e desta forma podemos suportar o acúmulo de ácido láctico no sangue, o que permite que continuemos a atividade; também aumenta o calibre das paredes do coração; nos permite aguentar esforços em que sobem muito as pulsações (190 a 200 pulsações, ou até mais).
Os esforços que aumentam muito nosso ritmo cardíaco (palpitações fortes e rápidas) são anaeróbicos e os que as pulsações não superam 170 a 180 pulsações por minuto, são aeróbicos. Sabendo disto podemos controlar um pouco nosso esforço, dirigidos por um treinador.
	
Resistência Aeróbica -2 
É a qualidade física que permite a um atleta sustentar por um período longo de tempo uma atividade física relativamente generalizada em condições aeróbicas. As variáveis fisiológicas que atuam diretamente no treinamento da resistência aeróbica são: O desenvolvimento da capacidade funcional do coração; A melhoria do transporte de oxigênio pelo aparelho circulatório e uma consequente situação de boas condições para as trocas gasosas; O aumento da capacidade das fibras musculares para oxidar os açúcares e as gorduras. 
	O grau de resistência aeróbica de um atleta será sempre função da capacidade do mesmo em absolver o mais rápido possível o oxigênio ao nível dos pulmões, e transportá-lo na maior quantidade possível por unidade de tempo, até chegar aos grupos musculares envolvidos na atividade física em execução, assegurando as trocas gasosas a nível celular. 
	A obtenção da resistência aeróbica por atletas submetidos a uma preparação em altos padrões possibilita aos mesmos um aumento na duração de trabalho e no número de esforços, além de criar meios para uma elevação do ritmo de movimentos, sem deixar que apareça um débito de oxigênio indesejável. Além disso, atletas com boa resistência aeróbica apresentam-se com melhores condições de recuperação após esforços intensos. 
	A frequência cardíaca (FC) é um dos meios mais eficazes para a orientação do treinamento que visa a melhoria da resistência aeróbica. Neste sentido, existem indicações para uma adequação da frequência cardíaca ao treino: Para a melhoria da eficácia do transporte de oxigênio, o trabalho deve ser efetuado a uma frequência cardíaca entre 40 e 60% da reserva de frequência cardíaca (RFC) individual, isto é, a uma frequência que permita ao atleta realizar o esforço. 
	Existe uma tendência natural de denominar treinamento aeróbico aos meios utilizados para desenvolver a Potência Aeróbica Máxima, e treinamento anaeróbico aos procedimentos que visam o aperfeiçoamento da capacidade anaeróbica. É importante ressaltar que qualquer treinamento aeróbico interfere, dentro de certa dose, nos processos anaeróbicos, ao mesmo tempo em que a aplicação de um treinamento anaeróbico leva também a um envolvimento parcial dos mecanismos fisiológicos aeróbicos (DUREYAKOV;FRUTKOV, 1975).
	O pesquisador Tate (1975) preconizou o treinamento aeróbico em quatro fases: A primeira fase com corridas lentas, mas observando-se uma frequência cardíaca sem ultrapassar os 70% da RFC individual; A segunda fase, constituída de corridas lentas, utilizadas de forma intervalada, mas com os esforços realizados na faixa entre 60 e 70% da RFC individual; A terceira fase, com o emprego do treinamento intervalado, com estímulos de duração entre 16 e 17s e intervalos de 30segundos, observando-se que na aplicação continuada dos estímulos, a FC deve chegar à faixa entre 85 e 100% da RFC individual, quando terminará o treino;
Na quarta fase, seria indicado um trabalho de velocidade e de força, combinando-se os estímulos das três fases anteriores com algumas novas especificações. Fauconnier (1968), ao comparar os efeitos dos treinamentos contínuo e intervalado, quando utilizados para o desenvolvimento da resistência aeróbica, concluiu que os resultados aparecem mais rapidamente na aplicação de cargas intervaladas, mas que os efeitos da aplicação de cargas continuas são mais estáveis e duradouros.
Resistência Anaeróbica 
	Um esforço anaeróbico pode ser explicado pelas solicitações fisiológicas de oxigênio de um atleta no esforço, em condições superiores a sua capacidade de consumo, provocando um débito de oxigênio, que deverá ser reparado após o término desse esforço. Sabendo-se que o trabalho em débito de oxigênio tem com fator principal o desenvolvimento da resistência anaeróbica, fazem-se necessárias algumas considerações sobre esse fenômeno fisiológico. 
Sobre estudos da resistência anaeróbica, existe um número bem grande de pesquisas, as quais resultaram em indicações e conclusões, que têm facilitado o entendimento dessa valência física, e que são: O desenvolvimento da resistência anaeróbica em atletas de alto nível possibilita aos mesmos prolongar esforços máximos, mantendo a velocidade e o ritmo de movimento, apesar do crescente débito de oxigênio, da consequente fadiga muscular e do aparecimento de um estresse mental progressivo. 
A variável principal na medição da capacidade anaeróbicaé o tempo que os atletas conseguem suportar o esforço anaeróbico. Em um estudo realizado com 112 participantes da “V Maratona do Rio de Janeiro”, Moreira (1985), constatou que os desempenhos que os corredores são capazes de realizar na, distância de 15km, fornecem excelentes informações sobre suas possibilidades em uma Maratona corrida nas mesmas condições ambientais.
Muitos autores têm proposto diversos métodos para se prever a "performance" em Maratonas, principalmente partindo de tempos obtidos nos 10Km. A grande diferença entre esses métodos e o proposto em 1985 é que, neste, o cálculo, leva em conta a capacidade do atleta em sustentar, durante o maior tempo possível, uma elevada potência aeróbica relativa. De início, esta qualidade foi identificada como resistência aeróbica (MOREIRA 1985,1996). 
Hoje, todavia, considerando que a sustentação da maior possível exige um considerável componente anaeróbico para a realização do esforço, parece mais adequada à denominação de Resistência anaeróbica. Em outras palavras, se dois corredores fazem o mesmo tempo em uma corrida de 15 km, isto não significa que ambos tenham condições de fazer tempos idênticos em 42, 195 km. É preciso que se analise a resistência anaeróbica de cada um. 
Entre dois corredores aparentemente iguais, o melhor tempo na Maratona pertencerá a aquele que possuir a maior resistência anaeróbica, pois ele será capaz de correr durante mais tempo a uma elevada potência aeróbica relativa. Muitos perguntam o porquê da escolha da distância de 15 km. Na verdade, como o objetivo é uma avaliação da resistência anaeróbica, basta considerar que, em qualquer distância abaixo dos 15 km, não é possível a uma pessoa normal o esgotamento de suas reservas de glicogênio muscular. Assim é fácil percebermos que distâncias inferiores a 15 km não permitem uma estimativa confiável sobre a resistência anaeróbica do atleta, pois não exigem o suficiente do organismo, por não propiciarem a presença de fatores que o corredor enfrentará na competição-alvo, como os baixos níveis de glicogênio mus​cular, as alterações na glicemia, ou grandes perdas hídricas, fatores esses que "minam” significativamente a resistência anaeróbica. Dessa forma, já que o objetivo era analisar o estágio de desenvolvimento físico do atleta visando um desempenho em Maratona, era preciso que sua resistência anaeróbica fosse testada no ponto onde esses fatores, altamente estressantes, começavam a atuar. E 15 km parece ser a menor distância que atende a essa finalidade.
Ritmo- 1:
É a qualidade física explicada por um encadeamento de tempo, dinâmico-energético, uma mudança de tensão e repouso, enfim, uma variação regular de repetições periódicas. A sensibilidade ao ritmo é importante para novas performances. Cada pessoa possui um ritmo diário próprio que deve ser levado em consideração na preparação do treinamento; é a capacidade de compreensão, acumulação e interpretação de estruturas temporais e dinâmicas pretendidas ou contidas na evolução do movimento. 
	O ritmo é outra valência física, intimamente ligada ao sistema nervoso, e que está presente em todas as modalidades esportivas, embora muitas vezes não mereça uma atenção particular em treinamento, o ritmo é uma qualidade física característica de esportes como a Ginástica Artística, a Ginástica Rítmica, a Patinação, as provas de fundo e meio-fundo (atletismo) e que, por esta razão, merece na preparação dessas modalidades uma ênfase maior. Assim sendo, justifica-se um treinamento de ritmo, direcionando as progressões pedagógicas para a maximização das técnicas visadas e a aquisição da chamada "sensibilidade de ritmo". A sensibilidade de ritmo é imprescindível no Atletismo, Natação, Remo e Ciclismo. Ela é obtida através de um bom período de treinamento em percursos demarcados. O atleta que obtém a sensibilidade de ritmo nas distâncias de suas especialidades e nos percursos de treino possui mais possibilidades para direcionar novas metas em termos de performance. No Atletismo, Ciclismo e Natação é muito útil o emprego um tipo de regulação do ritmo, que consiste num julgamento constante do ritmo em três ou quatro partes em que são divididos os percursos.
Ritmo- 2:
Ritmo é o que determina a velocidade ou ação do movimento num determinado tempo.
Quando falamos em ritmo, logo vem à mente uma dança, ou um esporte, mas vai além isso, ele está presente no nosso dia a dia, desde sempre, por mais que nunca tenhamos prestado atenção. Por exemplo: a batida do coração segue um ritmo, os órgãos tem seu ritmo para fazer acontecer cada função dentro da gente, o andar e o correr também são impulsionados pelo ritmo. 
Cada pessoa tem um ritmo próprio, e isso tem que ser avaliado, levado em consideração numa preparação de treinamento.
Ritmo é ter a capacidade de compreensão, e está presente em todas as modalidades esportivas, embora às vezes não seja o principal a ser dado tanta atenção em um treinamento.
Essa capacidade é característica de esportes como a Ginástica Rítmica, a Patinação, a Natação, Ciclismo, Corrida, Dança e merece um treinamento, uma preparação dessas modalidades numa atenção maior.
Coordenação Motora:
A coordenação motora é uma das habilidades que deve ser desenvolvidas principalmente na educação infantil que abrange o ensino de crianças de zero até seis anos e devem ser desenvolvidas durante essa fase. A criança responde aos estímulos de várias formas e cabe ao professor, nas primeiras séries, trabalhar a motricidade da criança. Uma série de atividades bem elaboradas além de desenvolverem nas crianças habilidades motoras, proporciona a aceitação, a participação e a evolução da criança nesse novo ambiente, que é o escolar.
Coordenação motora é definida como a capacidade de usar de forma eficiente os músculos do corpo obedecendo aos comandos que o cérebro envia. Existem três tipos de coordenação motora: a geral, a específica e a fina. Abaixo o funcionamento de cada uma delas:
Coordenação motora geral: Esse tipo de coordenação motora faz com que os adultos e as crianças consigam dominar os próprios corpos e assim controlar todos os movimentos, até os mais rudes. A coordenação motora geral é essencial para que as pessoas andem, rastejem, pulem e façam outros exercícios do mesmo tipo.
Coordenação motora específica: A coordenação motora específica permite que as pessoas possam controlar os movimentos específicos para realizar um tipo determinado de atividade. Jogar futebol e jogar basquete usam de coordenações diferentes.
Coordenação motora fina: A coordenação motora fina é responsável pela capacidade de usar de forma precisa e mais eficiente os pequenos músculos que estão no nosso corpo, para que assim eles produzam movimentos mais delicados e específicos que outros tipos de coordenação motora. A coordenação motora fina é usada para costurar, escrever, recortar ou para digitar.
O professor da educação infantil, conhecedor dessas especificidades, deve elaborar atividades que possam auxiliar o desenvolvimento de todas as coordenações. Para trabalhar a coordenação motora geral, músicas gestuais e danças podem ser usadas para estimular as partes do corpo.
Rasgar papéis, modelar massinhas, ligar os pontos, desenhar traços geométricos e pintar dentro dos limites dos desenhos são atividades que auxiliam a evolução das habilidades motoras das crianças. No momento em que a criança precisa ser alfabetizada, ela já deve ter o mínimo do domínio da coordenação motora fina, para conseguir realizar tarefas simples, como segurar o lápis de maneira correta e fazer as curvas das letras.
Velocidade:
Segundo Tubino(1977) a mais completa definição é a do pesquisador belga Fauconnier que define velocidade como “a qualidade particular do músculo e das coordenações neuromusculares que permite a execução de uma sucessão rápida de gestos que, em seu encadeamento, constituem uma só e mesma ação, de uma intensidade máxima e de uma duração breve ou muito breve.” Tubino(1977) classifica velocidade em três tipos:-VELOCIDADE DE REAÇÃO: “entendemos por velocidade de reação o tempo requerido para ser iniciado uma resposta a um estímulo específico.”
-VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO: “é a capacidade máxima de um indivíduo deslocar-se de um ponto para o outro. Também é conhecida como velocidade de movimento, se destaca nos esportes coletivos e também em provas de velocidade do atletismo.”
-VELOCIDADE DE MOVIMENTO DOS MEMBROS (INFERIORES E/OU SUPERIORES) : “é muito importante em vários desportos e há também uma grande necessidade de seu reconhecimento em atletas por parte dos treinadores . Como o próprio nome já diz velocidade de movimento dos membros (superiores e inferiores) é a habilidade de mover braços e/ ou pernas tão rápido quanto o possível .”
Em variados esportes a Velocidade é a principal capacidade física exigida durante as competições. Em outros ela auxilia o atleta a alcançar melhores resultados. Destes dois casos seguem exemplos de modalidades esportivas que a velocidade se destaca:
Atletismo
Definição resumida: o mais tradicional de todos os esportes. Indica quem corre ou marcha mais rápido, quem salta mais longe ou mais alto e quem arremessa objetos mais longe.
Canoagem.
Definição resumida: a canoagem de velocidade consiste em disputas realizadas em águas calmas com a utilização de canoas ou caiaques, em diferentes raias e distâncias.
Ciclismo:
Definição resumida: corridas de bicicleta disputadas em pista (no velódromo), estrada, mountain bike e bicicross (BMX).
Natação:
Definição resumida: provas de velocidade e de resistência em piscina de 50 metros.
Patinação de Velocidade:
Definição resumida: corrida sobre patins in-line.
Agilidade:
É a capacidade que o indivíduo tem de realizar movimentos rápidos e precisos com mudança de direção e sentido. 
Para Matsudo (1980) a agilidade é um componente neuromuscular caracterizado pela troca rápida de direção, sentido e deslocamento da altura do centro de gravidade e de todo corpo ou parte dele.
Fatores que influenciam no desempenho da agilidade:
Força;
Velocidade;
Flexibilidade;
Coordenação.
Podemos então dizer que a agilidade depende de outros fatores físicos, como o equilíbrio, e o treinamento diário desses fatores independente que sejam em uma academia, desde que seja orientado por uma pessoa qualificada proporcionam uma vida ativa e faz com que o individuo desenvolva cada vez mais sua agilidade. A agilidade pode ser considerada um fator fundamental para o dia a dia de um ser humano.
Para ser ágil dependemos de outros fatores físicos, força, velocidade, flexibilidade, coordenação. Estes se tornam indispensáveis na vida de um ser humano para exerce atividades normais e rotineiras do nosso dia a dia, como, por exemplo, pegar um objeto que escorregou das mãos, ou ao descer de um ônibus que parou distante da calçada próximo a um buraco, subir ou descer uma escada ou rampa muito movimentada. Se não tivermos todos os fatores físicos necessários com certeza essas atividades citadas se tornariam mais difíceis. Portanto, pratiquem atividades físicas, alimentem-se bem e vivam por muitos anos com qualidade. 
Equilíbrio:
É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade. 
Divide-se em: estático, dinâmico e recuperado.
1-Estático: equilíbrio conseguido em uma determinada posição; 
2- Dinâmico: equilíbrio conseguido durante o movimento;
3-Recuperado: recuperação do equilíbrio em uma posição qualquer, depois de haver estado no ar (TUBINO; MACEDO, 2006).
Descontração Muscular:
Descontração é quando diminuímos a quantidade de tensão na musculatura. Vivemos quase sempre em estado de tensão, em tração, em quase todas as circunstâncias; daí estarmos em contração, que é o crescimento, o aumento da tensão no organismo. Quando exageramos, o organismo tende ao cansaço, a se ‘desgastar’ continuadamente, como, por exemplo, a borracha do pneu numa freada brusca do motorista, o que não deixa de ser outra contração na sua panturrilha.
Assim, para o bem estar do organismo, é necessário que este faça um movimento contrário a essas mais frequentes ‘freadas’, como forma de equilibrar as trações, para tentar reduzir o tanto que foi aumentado, tendendo ao menor esforço possível para se manter funcionando bem e com saúde, ou seja, para se ter um menor gasto de energia e ter um relaxamento, reduzindo-se ao máximo o nível de tensão.
Se observarmos bem, quase todas as capacidades físicas são geradoras de tensão, exceto ritmo e coordenação. Porém, o ritmo deve ser entendido no seu modo ‘ideal’, como a situação das batidas do coração por minutos (BPM), normais entre 70/80 por 110/120; e do caminhar, por exemplo; se estivermos com pressa, o ritmo será outro e com pressão maior, estresse, sudorese, dentre outros fatores.
O mesmo ocorrerá com a coordenação em se alterando a força e a velocidade envolvidas, por exemplo. Dessa forma, no organismo, a descontração é a própria capacitação para gerar diminuição das tensões, das pressões. Senão vejamos:
Agilidade: quando se esperava uma associação com a flexibilidade e o equilíbrio, até serenos, ela está relacionada com maior rapidez, velocidade, tensão;
Força: é para empurrar, segurar firme, sustentar certa situação com tensão;
Flexibilidade: é “abrir-se” em angulação máxima, o que gera tensão;
Equilíbrio: é mais sutil, mas é ‘força para se sustentar contra a força da gravidade em posturas estáticas ou dinâmicas, principalmente após evoluções corporais aéreas’;
Resistência: é para resistir, oferecer esforço contínuo, prolongado, o que gera tensão;
Velocidade: é ‘atirar-se’ em direção a um lugar, é correr no menor tempo possível certa distância, o que é pura tensão.
	
Alguns Conceitos importantes: 
 
A Atividade Física é toda forma de movimentação corporal, com gasto energético acima dos níveis de repouso (CASPERSEN et al., 1985), e quando esta movimentação passa a ser planejada, sistematizada e repetitiva, torna-se um exercício físico. Este, sempre tem um objetivo a ser alcançado, geralmente relacionado a manutenção, desenvolvimento ou recuperação de um ou mais componentes de aptidão física. Então, entende-se que o exercício físico é um tipo de atividade física. 
 
O Esporte, em sua definição citada pelo Conselho Federal de Educação Física, CONFEF (documento de Intervenção do Profissional de Educação Física), apresenta-se de forma bastante generalizada. Este será especificado através das dimensões sociais referenciadas por Manoel José Gomes Tubino no livro “Dimensões Sociais do Esporte”. 
No Esporte Performance ou alto rendimento, o conceito de Fair Play deve ser compreendido. 
Já no Esporte Participação ou do tempo livre, a busca pelo prazer para criar o hábito de atividade física é de extrema importância para a sociedade. 
E, por último, o Esporte Educação deve ser compreendido como uma forma privilegiada de desenvolver cidadania na escola ou fora dela. 
O MANIFESTO MUNDIAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA - FIEP 2000
Art. 1 - A Educação Física, pelos seus valores, deve ser compreendida como um dos direitos fundamentais de todas as pessoas.
Art. 2 - A Educação Física, como direito de todas as pessoas, é um processo de Educação, seja por vias formais ou não – formais.
Que ao Interagir com as influências culturais e naturais (água, ar, sol etc.) de cada região e instalações e equipamentos artificiais adequados; 
Que ao Utilizar atividades físicas na forma de exercícios ginásticos, jogos, esportes, danças, atividades de aventura, relaxamento e outras opções de lazer ativo, com propósitos educativos; 
Que ao Objetivar aprendizagem e desenvolvimento de habilidades motoras de crianças, jovens, adultos e idosos, aumentando as suas condições pessoais para a aquisição de conhecimentos e atitudes favoráveispara a consolidação de hábitos sistemáticos de prática física; 
Que ao Promover uma educação efetiva para a saúde e ocupação saudável do tempo livre de lazer; 
Que ao Reconhecer que práticas corporais relacionadas ao desenvolvimento de valores, podem levar à participação de caminhos sociais responsáveis e busca da cidadania; 
CONSTITUI - SE num meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo dos seres humanos.
Art. 3 - As atividades físicas, com fins educativos, nas suas possíveis formas de expressão, reconhecidas em todos os tempos como os meios específicos da Educação Física, constituem - se em caminhos privilegiados de Educação.
Art. 4 - A Educação Física, pelo seu conceito e abrangência, deve ser considerada como parte do processo educativo das pessoas, seja dentro ou fora do ambiente escolar, por constituir - se na melhor opção de experiências corporais sem excluir a totalidade das pessoas, criando estilos de vida que incorporem o uso de variadas formas de atividades físicas.
Art. 5 - A Educação Física, deve ser assegurada e promovida durante toda a vida das pessoas, ocupando um lugar de importância nos processos de educação continuada, integrando - se com os outros componentes educacionais, sem deixar, em nenhum momento, de fortalecer o exercício democrático expresso pela igualdade de condições oferecidas nas suas práticas.
Art. 6 - A Educação Física, pelas suas possibilidades de desenvolver a dimensão psicomotora das pessoas, principalmente nas crianças e adolescentes, conjuntamente com os domínios cognitivos e sociais, deve ser disciplina obrigatória nas escolas primárias e secundárias, devendo fazer parte de um currículo longitudinal; 
Art 7 - A Educação Física, para que exerça sua função de Educação para a 
Saúde e possa atuar preventivamente na redução de enfermidades relacionadas com a obesidade, as enfermidades cardíacas, a hipertensão, algumas formas de câncer e depressões, contribuindo para a qualidade de vida de seus beneficiários, deve desenvolver nas pessoas os hábitos de prática regular de atividades físicas. 
Art. 8 - A Educação Física deverá sempre constituir - se de práticas prazerosas para que possa criar hábitos e atitudes favoráveis nas pessoas quanto ao uso das diversas formas de atividades físicas no tempo para o lazer. 
Art. 9 - A Educação Física, deverá eticamente ser utilizada sempre como um meio adequado de respeito e de reforço às diversidades culturais.
Art. 10 - A Educação para o Esporte, pelo potencial humanístico e social que o fenômeno sociocultural esportivo representa, deve ser estimulada e promovida em todos os processos de Educação Física.
Art. 11 - O Esporte Educacional e o Esporte - Lazer ou de Tempo Livre devem ser considerados como conteúdo da Educação Física pela similaridade de objetivos, meios e possibilidades de utilização ao longo da vida das pessoas.
Art. 12 - A Educação Física, como campo de atuação essencial para as pessoas, necessita que todos os organismos e instituições que a consideram como objeto principal, prossigam desenvolvendo eventos e estudos que permitam uma sustentação científica para a ação dos profissionais nela envolvidos.
Art.13 - A Educação Física, pelas suas características e potencial de oferecimento de atividades físicas nas suas diferentes formas, pode e deve constituir - se como uma das opções principais nos programas de Turismo.
Art. 14 - A formação de profissionais, considerada necessária para a atuação na área da Educação Física, deve ser revista para que possa atender os novos sentidos conceituais desta área;
Art. 15 - Os atuais professores de Educação Física precisam readaptar suas atuações e seus processos de aperfeiçoamento em função dos caminhos propostos por este Manifesto. 
Art. 16 - Todos os responsáveis pelos processos de Educação Física devem empenhar - se na busca de instalações e meios materiais adequados para que não seja prejudicada nos seus objetivos. 
Art. 17 - A Educação Física, ao ser reconhecida como meio eficaz de equilíbrio e melhoria em diversas situações, quando oferecida a pessoas com necessidades especiais, deverá ser cuidadosamente adaptada às características de cada caso.
Art. 18 - A Educação Física deve ser utilizada na luta contra a discriminação e a exclusão social de qualquer tipo, democratizando as oportunidades de participação das pessoas, com infra - estruturas e condições favoráveis e acessíveis. 
Art. 19 - Os profissionais responsáveis pela Educação Física em países e nações subdesenvolvidas, em situações de escassez, deverão buscar competência e criatividade na busca de estratégias pedagógicas, para que os beneficiários, mesmo assim, possam atingir as intenções educativas propostas. 
Art. 20 - A Educação Física, pelo que representa na promoção das pessoas de acordo com este Manifesto, deve ser um foco de atenção dos países desenvolvidos, para que possam através de programas desprovidos de assistencialismo, contribuir com os países subdesenvolvidos, procurando diminuir as desigualdades de condições entre os povos.
Art. 21 - A Educação Física deve contribuir para a Cultura da Paz , ao ser usada no sentido de uma sociedade pacífica de preservação da dignidade humana através de iniciativas de aproximação das pessoas e dos povos, com programas que promovam cooperações e intercâmbios nacionais e internacionais. 
Art. 22 – Todos os responsáveis por qualquer manifestação de Educação Física deverão contribuir com efetividade para que ela seja desenvolvida e oferecida numa convivência saudável com o meio ambiente, sem causar impactos negativos, inclusive, utilizando instalações planejadas neste objetivo e equipamentos, preferencialmente, reciclados sem materiais poluentes.
Art. 23 - A cooperação internacional usando a Educação Física como meio, pela sua tradição e novas possibilidades, deve ser mais ainda incentivada e desenvolvida, através de intercâmbios de cooperação técnica, programas de bolsas e estágios, facilidades para participação em eventos, e outras formas que reforcem a cooperação, a amizade e a solidariedade entre os diferentes povos.
Art. 24 - Os responsáveis pela Educação Física devem, nas suas estratégias de valorização da Educação Física para as pessoas, buscar todas as formas de comunicação que possam reforçar o conhecimento dos seus benefícios.
Art. 25 - Os governos e as autoridades responsáveis pela Educação Física devem reforçar suas políticas e ações, reconhecendo os valores da Educação Física, priorizando os meios sociais desfavorecidos economicamente.
Art. 26 - A Fédération Internationale d’Education Physique, ao apresentar o Manifesto Mundial da Educação Física FIEP 2000 será a responsável pela tradução nos idiomas principais e pela sua difusão por todo o mundo, através da rede de seus delegados nacionais.

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