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Resenha crítica ULTRA A Busca pela liderança

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UNIVERSDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM LIDERANÇA E COACHING
ALUNA:LETICIA DOS SANTOS VALENTE
Resenha crítica: ULTRA: A Busca pela liderança.
Relata-se o caso da empresa Ultra, com fundação no ano de 1937, que se tornou pioneira no ramo de envasamento e distribuição de gás para uso doméstico no Brasil, cujo fundador foi Ernesto Igel. 
 Em 1959, quando o seu filho mais velho, Pery, assumiu a posição de CEO da Companhia, deu se início a um processo de diversificação de seu ramo de atuação. A empresa começou a atuar com alimentos, engenharia civil, agronegócio, fertilizantes e outros. Uma relevante mudança, sendo arrojada e agressiva. 
 No final dos anos 60, a Ultra encontrava-se em desiquilíbrio financeiro. Sendo assim, Pery convidou Beltrão para reverter seu processo de diversificação de segmentos, voltando o seu foco ao ramo inicial, o petroquímico. Então em 1982, Beltrão veio a assumir a posição de CEO da companhia, com a missão de profissionalizar a administração desta que era familiar, reestruturando processos internos e a cultura da empresa. Uma missão desafiadora, afinal visa a reestruturação de toda a empresa.
Em 1984, iniciou-se um plano de participação acionária para os principais executivos, projetado para garantir o alinhamento entre os interesses dos administradores e dos acionistas. Esta ação tinha como objetivo facilitar a reestruturação. Outra ação também utilizada foi o plano de sucessão, que objetivava transferir o controle da empresa aos seus executivos através da distribuição de ações com todos os direitos, exceto o de propriedade exercível em longo prazo. Igel acreditava que a distribuição destes, ao invés de opções de compra de ações, seria a maneira mais equilibrada para criar valor para os acionistas. Outra maneira mais atrativa para fazer com que a mudança acontecesse. Ele acreditou que esse seria o meio para criai na equipe o “sentimento de dono”, que se sentissem parte da empresa, e consequentemente atingir seu objetivo de mudança de paradigmas e obtenção máxima de resultados e do aumento da lucratividade. 
Igel também criou uma equipe de administração profissional, independente de influências familiares, através da fundação de uma nova estrutura de controle, composta por duas holdings, cada uma com 49 ,5% das ações ordinárias (com poder de voto) da Ultra. O resultado dessa estrutura foi uma equipe de administração capacitada e financeiramente conservadora com uma permanência média de 25 anos na Ultra. Com essas ações a visão de toda a equipe foi modificada, uma vez que os executivos não visavam apenas o aumento das vendas, como também o crescimento do lucro. Essa mudança agregou motivação a equipe. Após toda a reestruturação a Ultra desejava aumentar sua participação no mercado. Então a companhia identificou a oportunidade para consolidar o pólo de Camaçari, através do aumento da sua participação no capital da Copene. Isto propiciava a integração vertical do ciclo de produção, redução da carga tributária e racionalização dos esforços administrativos no interior da indústria. A Ultra estimava que o valor presente líquido dessas economias era de aproximadamente U S$100 milhões, caso seu plano de aquisição do controle da Copene e de outros ativos relacionados, e posterior consolidação em uma única empresa, funcionasse. Além disso, o controle de um fracionador seria essencial para uma estratégia de crescimento orgânico futuro, evitando os atuais impasses nas negociações com concorrentes sobre as expansões de capacidade da Copene. 
A aquisição da Copene pela Ultra oferecia à empresa uma solução para seus problemas estratégicos e estava alinhada à cultura de criação de valor da Ultra, porém, não era claro a viabilidade. Tendo trabalhado por tanto tempo no setor petroquímico , Cunha sabia que esse projeto era realmente atraente à Ultra. Mas, ele enfrentava um dilema crítico. Não comprar a Copene colocaria em risco os investimentos atuais da Ultra e seu crescimento no futuro. Por outro lado, uma oferta agressiva poderia destruir o valor dos acionistas no longo prazo. Diante do legado representado pelo exposto , ele sabia que era relevante tomar uma decisão correta nesse momento. 
Diante desses aspectos , a mudança de estrutura e de cultura da Ultra , com foco em determinado ramo e voltada a maior participação de sua equipe na companhia , motivando-a e desenvolvendo-a profissionalmente, oportunizou suas chances em entrar e aumentar sua fatia no mercado petroquímico. Isso ocorreu, uma vez que foi realizado o planejamento e execução de forma profissional, utilizando a expertise de uma profissional reconhecido no mercado pela sua experiência no ramo e sua habilidade em gestão de pessoas.

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