Buscar

MONOGRAFIA - DANOS MORAIS PELO NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS, NA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE SANTA ÚRSULA
CURSO DE DIREITO
BARBARA REGINA GONÇALVES DE CARVALHO
DANO MORAL PELO NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS NA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA
RIO DE JANEIRO 
2014
BARBARA REGINA GONÇALVES DE CARVALHO
DANO MORAL NO NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESIGUILITÓRIAS, NA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA
TCC apresentado à Universidade Santa Ursula, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel de Direito 
Rio de Janeiro 
2014
BARBARA REGINA GONÇALVES DE CARVALHO
DANO MORAL NO NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISSÓRIAS, NA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA
RESULTADO________________________________________________
Banca examinadora.
1-___________________________________________
2____________________________________________
3____________________________________________
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter me dado força para superar as dificuldades.
Ao ilustríssimo orientador Luiz Claudio Silva, por sua paciência, orientação e dedicação, para o resultado positivo do presente trabalho.
Aos meus pais por sempre me apoiarem, por em momentos mais difíceis me darem as mãos e me fazer continuar e jamais desistir.
Ao meu marido e filha por entenderam que minha ausência, dedicada aos estudos, era a um degrau para uma vitória alcançada no futuro.
Aos amigos e familiares que direta e indiretamente contribuíram, torceram pela minha tão sonhada Formação!
RESUMO
O presente trabalho monográfico te por finalidade conceituar a Responsabilidade Civil, seu fundamento histórico, suas espécies e caracterização. Conceituar o que é dano moral na esfera trabalhista, nos casos do não pagamento na dispensa sem justa causa. Demonstrar o porque de sua caracterização nos atos ilícitos praticados pelo empregador. Pesquisar a evolução histórica do dano moral. Apresentar e definir a relação de emprego e trabalho, sua extinção. Apresentar o que o a CLT prevê no caso de dispensa sem justa causa. Pesquisar o dano moral no não pagamento das verbas rescisórias, tanto doutrinariamente, quanto juridicamente, pesquisa sobre a quantificação no arbitramento do dano moral e demonstra que não existe um valor especifico, para o arbitramento do quantum.
Palavrra Chave: Arbitramento, Dano Moral, Reponsabilidade Civil
Ficha Catalográfica
CARVALHO, Barbara Regina Gonçalves
Não pagamento das verbas rescisórias, na dispensa sem justa causa.
Rio de Janeiro, 06, Universidade Santa Úrsula, 2014
5 f.
TCC apresentado à Universidade Santa Úrsula, como requisito parcial à obtenção do Grau de Bacharel em Direito.
	Direito do Trabalho. Universidade Santa Úrsula da Cidade do Rio de Janeiro.
MDir 14/07
INTRODUÇÃO
O presente trabalho monográfico é de grande relevância, pois analisa o dano moral como um instrumento jurídico que busca sanar ou amenizar uma ofensa, uma lesão sofrida, pela parte mais fraca da relação de emprego, no momento da dispensa sem justa causa quando o empregador não realiza o pagamento das verbas rescisórias, o que por lei é garantido ao empregado, ferindo gravemente um principio institucional, principio este da dignidade da pessoa humana, previsto em nossa Carta Magna de 1988.
Cabe dano moral no não pagamento das verbas rescisórias, quando ocorre dispensa sem justa causa?
O objetivo geral da presente pesquisa é discutir o cabimento do dano moral sobre a grave ofensa sofrida das pessoas humana, no momento onde ocorre o rompimento do vinculo empregatício, onde não é pago ao funcionário o valor referente ao tempo trabalhado, neste momento, não tendo este nenhuma fonte de renda financeira para custear as despesas de sua família até mesmo ter valores para que possa se locomover em busca de um novo trabalho.
Objetivo específico do projeto monográfico é pesquisar sobre a responsabilidade civil, conceituar doutrinariamente a responsabilidade Civil, pesquisar a evolução histórica da responsabilidade civil.
Apresentar os pressupostos da responsabilidade civil, suas espécies, Sua fundamentação, a responsabilidade civil na esfera trabalhista, a qual vem sendo utilizada subsidiariamente que vem sendo caracterizado nos atos ilícitos praticados pela empresa de maneiras rotineiras. Que os funcionários só estão tendo os seus direitos quando buscam a maquina judiciária, pleiteando assim, também a indenização por dano moral.
Conceituar o dano moral como um instrumento jurídico, analisar a sua revolução histórica, pesquisar como tem sido absolvida juridicamente no ordenamento jurídico, a materialização do dano moral. Discutir a relação de emprego e a relação de trabalho.
Pesquisar e apresentar sobre a dispensa sem justa causa e os direitos que surgem sendo estes direito a receber aviso prévio, férias proporcionais, FGTS e multa de 40%.
Discutir sobre a o dano mora e o não pagamento das verbas rescisórias, na dispensa sem justa causa. Demonstrar que no passar dos anos, houve um amadurecimento da classe trabalhadora, o qual começou a enxergar de fato os seus direitos e lutar por eles, gerando assim uma quantidade enorme de demandas trabalhista neste sentido.
Apresentar a quantificação no arbitramento do dano moral, o qual será apresentado que está sendo visto por outros olhos pelos magistrados, não tão somente para fins de enriquecimento, mas sim satisfazer e compensar um dano grave sofrido. 
	O presente trabalho monográfico será utilizado à metodologia através de será de jurisprudência, doutrina, bibliográfica e fonte eletrônica.
SUMÁRIO
RESUMO_________________________________________________________
INTRODUÇÃO_____________________________________________________
CAPITULO I
RESNSABILIDADE CIVIL
1.1 CONCEITO
1.2 EVOLUÇÃO HISTORICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL
1.3 PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
1.3.1 AÇÃO
1.3.2 DANO
1.3.2 NEXO DE CAUSALIDADE
1.3.4 DA CULPA COMO FUNDAMENTO DA REPONSABILIDADE CIVIL
1.4 DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA
1.4.1 RESPONSABILIDADE OBJETIVA
1-4-2 REPONSABILIDADE SUBJETIVA
CAPITULO II
DANO MORAL
1.1 CONCEITO DE DANO MORAL
1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DANO MORAL
1.2.1 ORIGEM DO DANO MORAL
2.1 RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO
2.2 DA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA
2.2.1 DO PRAZO PAARA PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIS
2.2.2 DO AVISO PRÉVIO
2.2.3 DO FGTS
CAPITULO III				 
3.1 DANO MORAL NO NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESILITÓRIAS, NA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA
3.2 DA QUANTIFICAÇÃO POR ARBITRAMENTO.
CONCLUSÃO
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
RESPONSABILIDADE CIVIL
1.1 CONCEITO 
Antes de abordar o tema especifico do presente trabalho monográfico, vamos definir responsabilidade civil, pois da reponsabilidade civil surge o dano moral. 
Conceitua Maria Helena Diniz no ordenamento jurídico do código civil, a reponsabilidade civil como: “Aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar o dano moral ou patrimonial causado a terceiro em razão de ato próprio imputado, de pessoas por quem ele responda, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda ou, ainda, de simples imposição legal" ¹
A reponsabilidade civil surge no momento que é praticado um ato ilícito, que gera um prejuízo a terceiro, gerando assim um obrigação de reparação do dano. Sendo este um instituto jurídico que vive em mudança constante, visando proteger as necessidades sociais que surgem.
Já o nobre escritor Arnoldo Wald, entende que o instituto da responsabilidade civil se define da maneira que : "a situação de quem sofre as consequências da violação de uma norma (Marton), ou como a obrigação que incumbe a alguém de reparar o prejuízo causado a outrem, pela sua atuação ou em virtude de danos provocados por pessoas ou coisas dele dependentes (Savatier)". ²
Define Rui Stoco:
“A noção da responsabilidade pode ser haurida da própria origem da palavra, que vem do latim respondere, responder a alguma coisa, ou seja, a necessidade que existe de responsabilizar alguém pelos seus atos danosos. Essa imposição estabelecida pelo meio social regrado, através dos integrantes da sociedadehumana, de impor a todos o dever de responder por seus atos, traduz a própria noção de justiça existente no grupo social estratificado. Revela-se, pois, como algo inarredável da natureza humana” (STOCO, 2007, p.114).
_________________________________________
¹ Curso de DIREITO CIVIL BRASILEIRO, Maria Helena Diniz, v.7, 17. Ed, São Paulo, Saraiva. 2003, p.36
² Curso de Direito Civil Brasileiro: obrigações e contratos, p. 687.
STOCO, Rui. Tratado de responsabilidade civil: doutrina e jurisprudência. 7 ed.. São Paulo Editora Revista dos Tribunais, 2007.p.114
³Curso de Direito Civil Brasileiro: obrigações e contratos, p. 687.
A responsabilidade Civil Tem previsão legal no codigo civil Brasilero, o qual apresenta dispositivos para responsabilizar o causador de danos a terceiro. 4
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudên-cia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente de-senvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem” 
Ora vanti destaca nossa extríssima Maria Helena Diniz: “da análise do art. 1º do Código Civil surge a noção de capacidade, que é a maior ou menor extensão dos direitos e dos deveres de uma pessoa” 5
O prejuízo causado a terceiro pela norma jurica é o pressuposto para a responsabilidade civil, sem o prejuízo não existe responsabilidade civil. O dano causado a outrem é medido em sua extensão . Sendo assim nobre destar que o entendimento e conceito sobre responsabilidade civil por Caio Mario da Silva Pereira:
A responsabilidade civil consiste na efetivação da reparabilidade abstrata do dano em relação a um sujeito passivo da relação jurídica que se forma. Reparação e sujeito passivo compõem o binômio da responsabilidade civil, que então se enuncia como o princípio que subordina a reparação à sua incidência na pessoa do causador do dano.6
_______________________________________
4 VADEMECOM 
5 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral do Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2009. 26ª ed. pg 152.
6 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Responsabilidade civil. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998. p.11.
1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Nos primórdios a civilização humana, dominando a assim a vingança coletiva, quando um causava dano a terceiro este se submetia a imposição do agente que sofreu o dano, sendo compensado o dano causado através de retaliações, não sendo imposto pela sociedade qualquer tipo de limite a retaliação, para a reparação do dano.
Conforme entendimento do ilustríssimo doutrinador Luiz Claúdio Silva: “Nas sociedade primitivas, já se impunham relações de convivência e a necessidade de conduta respeitosa, sendo reguladas através de normas, as quais, quando violadas por qualquer membro do grupo, tinham como consequência a aplicação de penalidade correspondente ao mal praticado, na forma da tipicidade do talião (relatiatio), como na forma de vingança e comensurada.”7
Discorre Maria Helena Diniz:
Num primeiro estágio de evolução histórica da responsabilidade civil, comum a todos os povos, não se levava em consideração a culpa do agente causador do dano, bastando, tão somente, a ação ou omissão deste e o prejuízo sofrido pela vítima para que aquele fosse responsabilizado. Nesta época os costumes regiam as regras de convivência social, levando os ofendidos a reagir de forma direta e violenta contra o causador do dano. Essa ação lesiva do ofendido era exercida mediante a vingança coletiva, caracterizada pela “reação conjunta do grupo contra o agressor pela ofensa a um de seus componentes” 8
7 - SILVA, Luiz Claudio..Responsabilidade Civil – Teoria e Prática das Ações: Rio de Janeiro: Forense.1999,p.3
8 - DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral do Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2009,p.11
Evolui e “Note-se, contudo, que às vezes não era possível ao lesado reagir desde logo, mesmo porque ele nem sempre estava presente no momento da prática do ato danoso. Nesses casos o castigo era posterior. A necessidade de regulamentação desse castigo posterior deu origem à pena do “olho por olho, dente por dente”, prevista na Lei de Talião.” 9 
		“O talião, aplicado primeiramente pelos povos do Oriente Médio e depois por outros que foram influenciados por eles, como os da bacia mediterrânea (chegando à Roma do tempo da Lei das XII Tábuas, que é de meados do século V a.C.), representou outro progresso, com a reciprocidade que representava, entre ofensa e castigo – mesmo que hoje pareçam chocantes preceitos como o contido no § 230 do Código de Hammurabi (de começos do século XVIII a.C.), segundo o qual se a casa construída ruísse e matasse o filho do proprietário, o filho do construtor deveria ser morto” (NORONHA, 2007, p. 528).10
Em um segundo momento, deixa-se claro que a compensação voluntária seria muito mais vantajoso e tão logo surgiu a necessidade de substituir a pena de Talião pela compensação econômica. Elucida-se com um claro exemplo Luiz Claúdio Silva:
“Se um escravo (awilum) roubasse um boi, uma ovelha um asno, porco ou uma barca, caso pertencesse a um Deus ou palácio, deveria pagar 30 vezes mais; se pertencesse a um cidadão livre, dentre as classe dos proprietários, soldados, pastores e outros (umskênum), restituiria até 10 vezes mais. Se o ladrão não tivesse como restituir, seria morto.11
Esse diploma alcançou-se significativa evolução no ciclo romano, pois foi introduzida a “lei Aquília perante os conceitos jus-romanísticos, precisamente na época de Justiniano, que realmente se observa uma evolução do tema “Responsabilidade Civil”.” 12
	
____________________________________________________________
09 - http://sisnet.aduaneiras.com.br/lex/doutrinas/arquivos/280207.pdf Acessado 31/05/2014" http://sisnet.aduaneiras.com.br/lex/doutrinas/arquivos/280207.pdf Acessado 31/05/2014 - 16:19m.		
10 - NORONHA, Fernando. Direito das obrigações. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2007. Vol. I.,p 528			11- SILVA, Luiz Claudio..Responsabilidade Civil – Teoria e Prática das Ações: Rio de Janeiro: Forense.1999,p.3												12 http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/5415-5407-1-PB.htm,acessado" http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/5415-5407-1-PB.htm,acessado 31/05/2014-16:53		
A Lex Aquília, entende Silvio Venosa: 
“foi um plebiscito aprovado provavelmente em fins do século III ou início do século II a.c., que possibilitou atribuir ao titular de bens o direito de obter o pagamento de uma penalidade em dinheiro de quem tivesse destruído ou deteriorado seus bens”.13
	
Afirmando ainda, Silvio Venosa, que “o princípio pelo qual se pune a culpa por danos injustamente provocados, independente de relação obrigacional preexistente”.14
Sobre a histórica evolução da Responsabilidade Civil, Discorre em sua obra Luiz Claudio Silva: 
Historicamente, a responsabilidade civil vem evoluindo no tempo com a lei das XII Tábuas, com impéricos Inca e Maia, com as tribos indígenas, com o império romano, a Revolução Francesa, com as ordenações portuguesas, com marco d independência brasileira, onde seis anos após foi elaborado o Código Criminal de 1830, que previa regras voltadas à responsabilidade civil, e assim sucessivas leis, princípios e teorias buscando a modernização nesse campo de direito. 15
A responsabilidade civil em sua evolução histórica é marcada pela noção de reparabilidade de dano, isto é, um mal causado à alguém, quer seja no período de vingança, quer seja no período de compensação. 
O Código Civil baseia a responsabilidade civil na culpa, acolhendo o instituto da teoria do risco, onde não necessita a parte lesada comprovar a culpa do agente causador de dano, previsto no atr.927, parágrafo único.
 __________________________________________________________________
13- . Silvio de Salvo Venosa. Op. cit.,p.18.								14 - Silvio de Salvo Venosa.. Op. cit. , p.26.						15 - SILVA, Luiz Claudio..Responsabilidade Civil – Teoria e Prática das Ações: Rio de Janeiro: Forense.1999,p.4
PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
AÇÃO
	A responsabilidade civil surge necessariamente da inexecução de uma obrigação, sendo está caracterizada de ação, ação pela qual, é praticada pela conduta humana, neste sentido, conceitua Maria Helena Diniz a ação como:
	A ação, elemento constitutivo da responsabilidade, vem a ser um ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou ilícito, voluntário e objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiro, ou o fato de animal ou coisa inanimada, que cause dano a outrem, gerando o dever de satisfazer os direito do lesado. A ação fato gerador da responsabilidade, poderá ser ilícita ou lícita. A responsabilidade decorrente de ato ilícito baseia-se na idéia de culpa, e a responsabilidade sem culpa funda-se no risco, que se vem impondo na atualidade, principalmente ante a insuficiência da culpa para solucionar todos os danos. O comportamento do agente Poderá ser um comissão ou uma omissão. A comissão vem a ser a prática de um ato que não se deveria efetivar, e a omissão, a não observância de um dever de agir ou da prática de certo ato que deveria realizar-se. A omissão é, em regra mais frequente no âmbito da inexecução das obrigações contratuais. Deverá ser voluntária no sentido de ser controlável pela vontade a qual se imputa o fato, de sorte excluídos estarão os atos praticados sobre coação absoluta, em estado de inconsciência, sob o efeito de hipnose, delírio febril, ataque epilético, sonambulismo, ou por provocação de fatos invencíveis como tempestades, incêndios, desencadeados por raios, naufrágios, terremotos, inundações e etc.16
Vale ressaltar que somente existirá responsabilidade civil, quando através de um ato humano, ferir o ordenamento jurídico e causar dano a terceiro. Assim dispõe em sua obra Rui Stoco:
“o elemento primário de todo ilícito é uma conduta humana e voluntária”. Ou seja “a lesão a bem jurídico cuja existência se verificará no plano normativo da culpa está condicionada à existência, no plano naturalístico da conduta, de uma ação ou omissão que constitui a base do resultado lesivo.” Stoco (2007, p. 129) 17
_______________________________________________________________________
16 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro –Responsabilidade Civil, 7°Volume,ed. São Paulo, Saraiva, 2002. P.37/38.								17 STOCO, Rui. Tratado de responsabilidade civil: doutrina e jurisprudência. 7 ed.. São Paulo Editora Revista dos Tribunais, 2007.p.129
DANO
Sem o dano não há em que se falar em responsabilidade civil, visto que, para haver reparação, tem que ocorre o dano. 
O resultado da lesão ao bem jurídico é o dano, ou seja, a perda ou diminuição de um patrimônio, quer seja material ou moral, resultado este decorrente da conduta de um agente, neste sentido, afirma Silvo de Salvo Venosa:
	”Somente haverá possibilidade de indenização se o ato ilícito ocasionar dano. Cuida-se, portanto, do dano injusto. Em concepção mais moderna, pode-se entender que a expressão dano injusto traduz a mesma noção de lesão a um interesse, expressão que se torna mais própria modernamente, tendo em vista ao vulto que tomou a responsabilidade civil. [...] Trata-se, em última análise, de interesse que são atingidos injustamente. O dano ou interesse deve ser atual e certo; não sendo indenizáveis, a principio, danos hipotéticos. Sem dano ou sem interesse violado, patrimonial ou moral, não se corporifica a indenização. A materialização do dano acorre com a definição do efetivo prejuízo suportado pela vítima”.18
A Constituição Federal assegura no caput do artigo 5° e inciso X o direito a reparação do dano, seja ele moral ou material:
 
“Art. 5°todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito á vida, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes:
[...]
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
Maria Helena Diniz (2003, pag. 112) conceitua o Dano como: como a “lesão (diminuição ou destruição) que, devido a certo evento, sofre uma pessoa, contra sua vontade, em vontade, em qualquer bem ou interesse jurídico, patrimonial ou moral.”20
18 -VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil. Vol.4. 3°ed. São Paulo: Atlas S.A., 2003.												19 – VadeMecum –Saraiva, 2010,p.8 								20-DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito civil Brasileiro: Responsabilidade Civil. Vol.7. 17°ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
NEXO DE CAUSALIDADE
	É o pressuposto jurídico que se identificada o motivo pelo qual que ocorreu o resultado da ação, configurando-se a responsabilidade civil e identificando o causador do dano. Sílvio de Salvo Venosa (2003, pag. 39) em uma de suas obras, define nexo de causalidade, conforme segue a baixo:
	“O conceito de nexo causal, nexo etimológico ou relação de causalidade deriva das leis naturais. É o liame que une a conduta do agente ao dano. É por meio do exame da relação causal que concluímos quem foi o causador do dano. Trata-se de elemento indispensável. A responsabilidade objetiva dispensa a culpa, mas nunca dispensará o nexo causal. Se a vítima, que experimentou um dano, não identificar o nexo causal que leva o ato danoso ao responsável, não há como ser ressarcida”. ¹9
O entendimento da jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL ­ REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS ­ MORTE DO FETO POR DESCOLAMENTO DA PLACENTA ­ PROVA TÉCNICA ­ MORTE OCORRIDA POR UM EVENTO ABRUPTO, DRAMÁTICO, IMPREVISÍVEL E INEVITÁVEL ­ AUSÊNCIA DE PROVA INEQUÍVOCA DE NEGLIGÊNCIA OU IMPERÍCIA MÉDICA ­ ATO ILÍCITO E NEXO CAUSAL NÃO CONFIGURADO ­ AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR ­ RESPONSABILIDADE DO HOSPITAL QUE, MESMO SENDO OBJETIVA, DEVE SER AFASTADA ­ NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A CONDUTA E O DANO INEXISTENTE ­ AUSÊNCIA DE EVIDÊNCIA DE QUE QUALQUER CONDUTA REALIZADA PELO HOSPITAL OU POR SEUS PREPOSTOS TENHA DADO CAUSA AO EVENTO DANOSO ­ AFASTADA EXPRESSAMENTE QUALQUER RESPONSABILIZAÇÃO DOS RÉUS ­ AÇÃO IMPROCEDENTE ­ HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ­ REDUÇÃO DEVIDA ­ SENTENÇA REFORMADA NESSE PONTO ­ RECURSO DE APELAÇÃO ­ PARCIAL PROVIMENTO. Não restou evidenciado nos autos, notadamente após a prova técnica realizada, o nexo de causalidade entre qualquer atitude dos apelados e o evento danoso narrado na inicial, devendo ser confirmada a sentença que julgou improcedente a ação.
(TJ-PR 8201778 PR 820177-8 (Acórdão), Relator: Sérgio Luiz Patitucci, Data de Julgamento: 21/06/2012, 9ª Câmara Cível) 20
 19- VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Responsabilidade Civil. Vol.4. 3°ed. São Paulo: Atlas S.2003.
20- (TJ-PR 8201778 PR 820177-8 (Acórdão), Relator: Sérgio Luiz Patitucci, Data de Julgamento: 21/06/2012,9ªCâmaraCível),http://tj-pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/22441795/8201778-pr-820177-8-acordao-tjpr.
DA CULPA COMO FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE CIVIL
	
A culpa é um elemento essencial para a caracterização da responsabilidade civil, indo além da ação ou omissão, pois sua conduta culposa deve ser capaz de gerar um dano a terceiro, o obrigando assim a repara-lo.
Explica Maria Helena Diniz em sua doutrina que: 
	“No nosso ordenamento jurídico, vigora a regra geral que o dever ressarcitório pela pratica de atos ilícitos decorre da culpa, ou seja, da reprovabilidade ou censsuraliade da conduta do agente. O comportamento do agente será reprovado ou censurado quando, ante circunstancias concretas do caso, se entende que ele poderia ou deveria ter agido de modo diferente. Portanto, o ato ilícito, qualifica-se pela culpa. Não havendo culpa, não haverá, em regra qualquer responsabilidade”...21Conforme posicionamento de Cavalieri Filho: “três são os elementos imprescindíveis para a caracterização da culpa: a) conduta voluntária com resultado involuntário; b) previsão ou previsibilidade e c) falta de cuidado, cautela, diligência ou atenção.” Cavalieri Filho (2009, p. 35) 22
Stoco (2007, p. 130) apresenta três modos de revelação da culpa: a) imprudência, visto como o comportamento apressado, exagerado ou excessivo; b) negligência, que ocorre quando o agente se omite e deixa de agir quando deveria fazê-lo ou deixa de observar regras de bom senso, que recomendam zelo e cuidado; e c) imperícia, verificada pela atuação profissional desqualificada, sem conhecimento técnico e científico, conduzindo ao dano.23
O terceiro prejudicado por um ato ilícito praticado, com fundamento na ação praticada, busca o poder judiciário, para que assim possa ser indenizado e venha ter a reparação do dano sofrido. Nesse sentido, conseguimos entender que do ato ilícito, ato este, que vai em desacordo com a lei, ou seja, com a norma jurídica, surge a obrigação de indenizar.
________________________________________________________
21-DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro –Responsabilidade Civil, 7°Volume,ed. São Paulo, Saraiva, 2002. P.38.										22-CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de responsabilidade civil. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.p.35
23 - STOCO, Rui. Tratado de responsabilidade civil: doutrina e jurisprudência. 7 ed.. São Paulo Editora Revista dos Tribunais, 2007.
DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA
Ambas tem como finalidade a responsabilidade de reparar um dano causado a outrem, sendo que uma advém da causalidade e outra surge da culpa e nesse contexto a responsabilidade civil no direito brasileiro demonstra claramente os três principais requisitos para que possamos distinguir a responsabilidade civil objetiva e subjetiva, tais são: o dano, o nexo causal e ato ilícito, ou seja, o ato praticado causando um dano a outro gera um dever obrigacional de reparação de dano advindo da culpa e a extensão do dano sofrido pelo terceiro prejudicado.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA.

Continue navegando