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DOCENTE: JOSÉ EDUARDO ADELINO Trichomonas Campina Grande – 26/02/2018 Parasitologia - Biomedicina Trichomonas Trichomonas Trichomonas Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora Ordem: Trichomonadida Família: Trichomonadidae Gênero: Trichomonas Trichomonas Quatro espécies: Trichomonas vaginalis patogênica, provoca vaginite e uretrite Trichomonas tenax não-patogênico, vive na cavidade bucal humana e também de chipanzés e macacos. Trichomonas hominis não-patogênico, habita o trato intestinal humano. Trichomonas fecalis foi encontrado em um único paciente, não existindo certeza se o homem seria seu hospedeiro primário Morfologia Características gerais: Formato elipsoide ou oval Protozoário plástico (capacidade de formar pseudópodes) 9,7um de comprimento (variando entre 4,5 e 19um) por 7um de largura Não possui forma cística; apresenta apenas a forma trofozoítica Epidemiologia Ampla distribuição geográfica Faixa etária: 16 a 35 anos Mais frequente entre as mulheres Promiscuidade e falta de higiene favorecem a transmissão Permanência fora do habitat: – Toalhas úmidas: 24 horas – Urina coletada: 3 horas – Sêmem ejaculado: 6 horas – Podem sobreviver a temperaturas de até 40 graus Morfologia Características estruturais: Morfologia Trichomonas O Trichomonas vaginalis habita o trato genitourinário do homem e da mulher, onde produz a infecção. Fissão binária Não há formação de cistos Local de infecção Reprodução Fisiologia Desenvolvimento em pH 5,0 e 7,5 O pH vaginal varia de 3,5-4,5 Temperatura entre 20 a 40 °C Anaeróbio facultativo cresce bem na ausência de oxigênio Reserva de glicogênio Desprovido de mitocôndrias Utilização de glicose,maltose e galactose Presença de ferredoxina-oxidorredutase que converte o piruvato em acetato para liberação de ATP. Transmissão Relação sexual : Parasito sobrevive por uma semana sobre prepúcio do homem sadio Tempo de incubação: 5 – 28 dias Levados à vagina pela ejaculação Fraca transmissão através de fômites Tricomoníase neonatal em meninas Ciclo Patogênese pH da vagina: ácido Controle do crescimento de parasitas e bactérias patogênicas Não patogênico Epitélio vaginal (rico em glicogênio) Ácido lático Adesão Adesão - moléculas de superfície Efeito citopático enzimas hidrolíticas - cisteíno-proteases fatores de descolamento de células Processo inflamatório das células epiteliais - secreção branca e sem sangue (leucorréia) - descamação do epitélio que pode levar à ulceração PatogêneseMulher sob influência de gravidez, menstruação Stress, tratamento prévio com antibióticos Aumento do pH vaginal Os trofozoítos crescem rapidamente Vaginite Sinais e sintomas 77% Assintomáticos Homem sintomáticos 73% Mulher Sinais e sintomas femininos Período de incubação: 20 dias Vaginite caracterizada por : Leucorreia abundante Odor fétido Prurido e irritação vulvovaginal pH alcalino Dor e dificuldade de manter relações sexuais Disúria e frequência miccional Sinais e sintomas no homem Quando sintomática: Uretrite com fluxo leitoso ou purulento Sensação de prurido na uretra Secreção matinal (antes da primeira urina ) clara , viscosa e pouco abundante Desconforto ao urinar Prostatite – Balanopostite (glande e prepúcio) - Cistite – Epididimite Sequelas Problemas relacionados com a gravidez:parto prematuro, baixo peso de recém-nascido, endometrite pós-parto, natimorto e morte neonatal. A resposta inflamatória gerada pela infecção por Trichomonas vaginalis pode conduzir direta ou indiretamente a alterações na membrana fetal ou decídua. Problemas relacionados com a fertilidade: 2 x maior em mulheres com histórico de tricomoníase Sequelas HIV Formação de pontos hemorrágicos O Trichomonas vaginalis pode amplificar a transmissão do vírus da imunodeficiência humana através de: Aumento das lesões e sangramento de mucosa que produz estímulo da migração de leucócitos, inclusive Linfócitos T CD4+ e macrófagos Aumento em 8x a probabilidade de infecção pelo HIV Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico laboratorial Colheita de amostra (no homem) No dia da coleta: sem ter urinado e sem ter tomado nenhum medicamento tricomonicida há 15 dias. O material uretral é colhido com uma alça de platina ou com swab de algodão não- absorvente ou de poliéster. Uma amostra fresca poderá ser obtida pela masturbação em um recipiente limpo e estéril. Também deve ser examinado o sedimento centrifugado (600G por 5 min) dos primeiros 20ml da urina matinal. A secreção prostática e o material subprepucial são coletados com um swab molhado em solução salina isotônica (0,15M) tépida. Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial Colheita de amostra (na mulher) Não realizar a higiene vaginal entre de 18 a 24 horas antes da coleta Não deve ter feito uso de medicamentos tricomonicidas O material é coletado na vagina com swab de algodão não-absorvente ou de poliéster, com o auxílio de um espéculo não-lubrificado. Diagnóstico Laboratorial Cuidados com a amostra Preservação do material em líquidos ou em meios de transporte: Solução salina isotônica (0,15M) glicosada a 0,2% pode ser usada como líquido de transporte a 37°C. Os meios de transporte de Stuart e Amies modificados mantêm os organismos por um período de 24 horas. Álcool polivinílico (fixador APV) mantém a preservação sem alterar a sua morfologia Coloração: Leishman, Giemsa, e pela hematoxilinaférrica Diagnóstico Laboratorial Exame direto de esfregaços à fresco Visualização da motilidade do parasito: análise imediata do material Corados ou não corados Coloração: laranja de acridina, Giemsa, Leishman, Gram e hematoxilina férrica. Cultura em meios específicos contendo penicilina e streptomicina Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial Imunofluorescência Tratamento Tratamento para paciente e parceiro Metroinidazol: 10 dias Ornidazol: 5 dias Tinidazol: dose única Nimorazol: 6 dias Profilaxia Educação sanitária Diagnóstico precoce Uso de preservativos Medidas higiênicas
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