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apostila infeccao hospitalar

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Unidade I 
 
 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE DAS 
INFECÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE 
SAÚDE 
 
 
 
 
 Profa. Ma. Giane Sanino 
Principais medidas de barreira na 
prevenção das IRAS 
 Higienização das mãos. 
 Uso de EPIs (Equipamentos de Proteção 
Individual). 
 Uso das precauções padrão/baseadas na 
transmissão. 
 Limpeza/desinfecção/esterilização 
(superfícies/artigos). 
 Descarte de resíduos de serviços de 
saúde. 
Higienização das mãos 
 Lavagem das mãos Higienização 
das mãos. 
 Medida individual mais simples e menos 
dispendiosa para prevenir a propagação 
das IRAS, visa à remoção das bactérias 
transitórias e residentes, células 
descamativas, pelos, suor, sujidades e 
oleosidade da pele, divide-se em: 
a) higienização simples; 
b) higienização antisséptica; 
c) fricção antisséptica; 
d) antissepsia cirúrgica das mãos. 
Higienização das mãos 
 Deve ser realizada antes e depois de 
contatos com pacientes com sangue, 
fluidos corpóreos, secreções, excreções, 
equipamentos e objetos contaminados. 
 Após a retirada das luvas. 
 Antes/após contato com paciente e entre 
um e outro procedimento, ou em ocasiões 
em que existe risco de transferência de 
patógenos para pacientes ou ambiente. 
 Entre procedimentos no mesmo paciente 
quando houver risco de infecção cruzada 
de diferentes sítios anatômicos. 
Técnica: 
1. Posição confortável, sem tocar na pia, abrir 
a torneira, de preferência, com a mão não 
dominante. 
2. Manter a água em temperatura agradável. 
Higienização das mãos 
3. Preferência para sabão líquido (2 ml): o 
uso de sabão comum líquido é suficiente 
para lavagem de rotina das mãos, exceto 
em situações especiais definidas pelas 
Comissões de Controle de Infecção 
Hospitalar (CCIH). 
4. Ensaboar as mãos e friccionar por cerca 
de 15 segundos, em todas as suas faces, 
espaços interdigitais, articulações, unhas 
e extremidades dos dedos. 
5. Enxaguar as mãos, retirando totalmente a 
espuma e os resíduos de sabão. 
6. Enxugar com papel-toalha descartável. 
7. Fechar a torneira utilizando o papel-toalha 
descartável (evitar se encostar 
nela ou na pia). 
Antissépticos 
 Substâncias providas de ação letal ou 
inibitória da reprodução microbiana, 
destinadas a aplicações em pele/mucosa. 
Devem atender aos seguintes requisitos: 
1. amplo espectro de ação antimicrobiana; 
2. ação rápida; 
3. efeito residual cumulativo; 
4. não absorção sistêmica; 
5. não causar hipersensibilidade e outros 
efeitos indesejáveis, como ressecamento, 
irritação e fissuras; 
6. odor agradável ou ausente; 
7. boa aceitação pelo usuário; 
Antissépticos 
8. baixo custo e veiculação funcional em 
dispensadores/embalagens de pronto 
uso. 
O MS – Ministério da Saúde – Portaria no 
930/92 – princípios ativos adequados para 
os antissépticos: 
 soluções alcoólicas (álcool etílico e 
isopropílico); 
 soluções iodadas (iodo em álcool); 
iodóforos (polivinilpirrolidona I – PVPI); 
 clorohexidina (biguanida); 
 solução aquosa de permanganato de 
potássio; 
Antissépticos 
 soluções aquosas à base de sais de prata. 
a) Triclosan: ação em período intermediário e 
residual contra bactérias Gram (+)/ maioria 
das Gram (–), exceto Pseudomonas 
aeruginosa, e pouca ação contra fungos. 
 Pode ser absorvido através da pele íntegra, 
sem consequências sistêmicas relevantes. 
 Minimamente afetado pela presença de 
matéria orgânica. 
b) Álcool (etílico/isopropílico): 
economicamente viável, rápida ação 
bactericida, tuberculicida, fungicida, 
estudos demonstraram ação virucida. 
 
Antissépticos 
 Álcool etílico: concentração 70% – 
desnaturação das proteínas dos micro-
organismos. 
 Álcool isopropílico: concentração de 92% 
inativa a maioria dos picornavírus. 
 Redução de 99% da microbiota da pele, 
sendo de baixa irritabilidade cutânea, 
principalmente quando utilizado com um 
emoliente (1% de glicerol), é irritante de 
mucosa. 
 Não remove sujeira ou matéria orgânica. 
Indicação: 
 antisséptico de pele em procedimentos 
de baixo/médio risco; 
 
Antissépticos 
 degermação das mãos entre 
procedimentos. 
c) Iodo e iodóforos: imediata ação contra 
bactérias/vírus entéricos/cistos de 
protozoários/micobactérias/esporos de 
bacilos/clostrídios/atividade fungicida e 
tricomonicida. 
Formulações disponíveis: 
1. PVPI degermante: degermação das 
mãos/antebraços da equipe cirúrgica. 
2. PVPI alcoólico: aplicação em pele íntegra. 
3. PVPI aquoso: curativos/aplicação sobre 
mucosas. 
 Efeito residual: propriedade importante. 
 Absorção sem atingir níveis sistêmicos. 
Antissépticos 
d) Clorexidina: age contra bactérias 
vegetativas Gram(+)/(–), não age sobre 
formas esporuladas, exceto a 
temperaturas elevadas; inativa alguns 
vírus lipofílicos (influenza, vírus da 
herpes, HIV), ação fungicida varia com a 
espécie. 
 Uso regular resulta em um efeito 
cumulativo. 
 Mantém atividade, mesmo na presença de 
sangue. 
 Menos irritante que o PVPI. 
 Uso em degermação de mãos/antebraço 
da equipe; preparo da pele (pré-operatório 
e procedimentos invasivos); lavagem 
simples das mãos. 
 
Antissépticos 
e) Nitrato de prata: espectro de ação inclui 
bactérias Gram (+)/(–) positivos e fungos. 
 Solução a 1% é utilizada no método de 
Crede (profilaxia da conjuntivite 
gonocócica do recém-nascido). 
 Não atua sobre clamídias, tem sido 
substituída por PVPI solução ocular a 
2,5% ou colírio de eritromicina a 0,5% ou 
colírio de tetraciclina a 1,0%. 
 Há relatos do uso no tratamento de 
queimaduras. 
Interatividade 
Entre as medidas adotadas pelos profissionais de saúde, a higiene 
das mãos corresponde à ação mais simples e eficaz voltada ao 
combate às infecções hospitalares. No que diz respeito a esse 
procedimento, podemos dizer que: 
I. A microbiota transitória da pele é formada por micro-
organismos que se multiplicam na pele, colonizando-a. 
II. Os micro-organismos que fazem parte da microbiota residente 
podem ser totalmente removidos da pele através da lavagem 
das mãos com antissépticos. 
III. A técnica de higiene das mãos com álcool gel é mais simples, 
eficiente e rápida do que a técnica realizada com água e sabão. 
IV. Alguns micro-organismos, como os enterococos, podem 
sobreviver em superfícies e em condições adversas até por 7 
dias, podendo contaminar as mãos dos profissionais de saúde 
quando em contato com essas superfícies. 
Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s) que se afirma(am) em: 
a) II e IV. 
b) Apenas a alternativa I está correta. 
c) Apenas a alternativa III está correta. 
d) Apenas a alternativa IV está correta. 
e) NDA. 
Resposta 
d) Apenas a alternativa IV está correta. 
 A microbiota transitória, geralmente, não 
coloniza a pele. 
 Os antissépticos diminuem a carga 
microbiana, mas a higienização das mãos 
não consegue remover todos os micro-
organismos da pele. 
 Tanto a higienização simples como a 
fricção antisséptica são técnicas simples 
de serem realizadas. 
 Alguns micro-organismos, como os 
enterococos, podem sobreviver em 
superfícies e em condições adversas até 
por 7 dias, podendo contaminar as mãos 
dos profissionais de saúde quando em 
contato com essas superfícies. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Precauções-padrão 
Conjunto de medidas utilizadas para diminuir 
os riscos de transmissão de micro-
organismos nas instituições de saúde 
constitui-se em: 
1. Higienização das mãos. 
2. Uso de luvas: não estéreis, quando existir 
possibilidade de contato com sangue, 
fluidos corpóreos, secreções e excreções, 
membranas mucosas, pele não íntegra e 
qualquer item contaminado. 
 Mudar entre tarefas/procedimentosno 
mesmo paciente. 
 Retirar/descartar depois do uso, entre um 
paciente e outro, antes de tocar itens não 
contaminados/superfícies ambientais. 
Precauções-padrão 
 A lavagem das mãos após a retirada das 
luvas é obrigatória. 
3. Máscara, protetor de olhos, protetor de 
face: necessários em situações em que 
possam ocorrer respingos/espirros de 
sangue/secreções. 
4. Avental: usar avental limpo, não estéril, 
para proteger roupas e superfícies 
corporais sempre que houver 
possibilidade de ocorrer contaminação 
por líquidos corporais/sangue. 
 Retirada o mais breve possível com 
posterior lavagem das mãos. 
Precauções-padrão 
5. Equipamentos de cuidados ao paciente: 
manusear com proteção se sujos de 
sangue, secreções e excreções. Sua 
reutilização em outros pacientes deve ser 
precedida de limpeza/desinfecção. 
6. Controle ambiental: estabelecer 
procedimentos adequados para a 
limpeza/desinfecção das superfícies 
ambientais (camas, equipamentos de 
cabeceira e outras tocadas com 
frequência). 
Precauções-padrão 
7. Roupas: manipular/transportar/processar 
roupas sujas de sangue, secreções e 
excreções para prevenir exposição da 
pele/mucosa e a contaminação de roupas 
pessoais, para evitar a transferência de 
micro-organismos para outros 
pacientes/ambiente. 
 
Precauções-padrão 
8. Prevenção de acidentes pérfuro-
cortantes: 
 Não retirar agulhas usadas das seringas 
descartáveis, não dobrá-las e não 
reencapá-las. 
 O descarte de agulhas, bisturis e outros 
materiais pérfuro-cortantes deve ser feito 
em caixas apropriadas. 
Precauções-padrão 
9. Local de internação: pacientes com 
micro-organismos altamente 
transmissíveis e/ou epidemiologicamente 
importantes devem ser colocados em 
quartos privativos com banheiro e pia 
próprios. 
Precauções baseadas na 
transmissão 
Precauções de isolamento: prevenir 
propagação de patógenos, fundamentadas 
no modo de transmissão. 
 Baseiam-se em todos os cuidados 
utilizados nas precauções-padrão, 
acrescidos de cuidados especiais 
referentes ao modo de transmissão: 
 Informar ao paciente as maneiras de 
auxiliar na prevenção da disseminação 
de seus micro-organismos. 
 Pratos, copos e talheres: usar pratos e 
utensílios descartáveis para pacientes 
em isolamento. 
 
 
 
Precauções baseadas na 
transmissão 
 Utensílios reutilizáveis devem ser 
descontaminados com água quente e 
detergentes. 
 Limpeza concorrente/terminal: a limpeza 
deve ser feita da mesma maneira que a 
do quarto do paciente que não está em 
isolamento – uso de desinfetantes na 
limpeza concorrente e desinfecção do 
equipamento de cabeceira, de cama e 
superfícies ambientais (prevenção de 
patógenos multirresistentes). 
Mecanismos de transmissão: 
a) Transmissão aérea por gotículas. 
 
Precauções baseadas na 
transmissão 
 Disseminação por gotículas maiores do 
que 5 mm, geradas durante tosse, 
espirro, conversação ou realização de 
diversos procedimentos (broncoscopia, 
inalação etc.). 
 Não são necessários sistemas especiais 
de circulação e purificação do ar. 
 Uso de máscara cirúrgica. 
 
 
 
 
b) Transmissão aérea por aerossol. 
 
 
Precauções baseadas na 
transmissão 
 Disseminação de partículas com tamanho 
de 5 mm ou menores: permanecem 
suspensas no ar por longos períodos e 
podem ser dispersas a longas distâncias. 
 Quarto obrigatório, com porta fechada, 
sistema de ventilação com pressão 
negativa e 6 trocas de ar por hora, com o 
uso do filtro HEPA. 
 Obrigatório uso de máscara tipo N95 
(possui capacidade de filtrar partículas < 
3 mm de diâmetro) por todo o profissional 
que prestar assistência a pacientes com 
suspeita/confirmação de 
varicela, sarampo e 
tuberculose. 
Precauções baseadas na 
transmissão 
 Colocada antes de entrar no quarto/ 
retirada somente após a saída. 
 Transporte do paciente deverá ser 
evitado. Quando necessário, o paciente 
deverá sair do quarto utilizando máscara 
cirúrgica. 
c) Transmissão por contato: modo comum 
de transmissão, envolve o contato direto 
(pessoa-pessoa) ou indireto (objetos 
contaminados, superfícies ambientais, 
itens de uso do paciente, roupas etc.), 
promovendo a transferência física de 
micro-organismos epidemiologicamente 
importantes para um hospedeiro 
susceptível. 
Precauções baseadas na 
transmissão 
d) Transmissão por exposição a sangue e 
outros fluidos corpóreos: ocorre pela 
exposição de pele não íntegra ou mucosa 
a esses líquidos, na presença de agente 
infectante. 
 Exemplos: HIV, vírus da hepatite B, vírus 
da hepatite C, malária, HTLV I e II, 
Treponema pallidum e Trypanossoma 
cruzii. 
 O risco de infecção varia de acordo com 
características próprias do micro-
organismo e com o tipo de gravidade da 
exposição. 
. 
 
 
 
 
 
Interatividade 
A transmissão de micro-organismos em hospitais pode ocorrer 
por diferentes vias. Assinale a alternativa incorreta quanto aos 
principais mecanismos de transmissão. 
a) Transmissão aérea por gotículas ocorre pela disseminação 
por gotículas maiores do que 5 mm. Podem ser geradas 
durante tosse, espirro, conversação ou realização de 
diversos procedimentos (broncoscopia, inalação etc.). 
b) Transmissão aérea por aerossol quando ocorre pela 
disseminação de partículas, cujo tamanho é de 5 mm ou 
menos. Tais partículas permanecem suspensas no ar por 
longos períodos e podem ser dispersas a longas distâncias. 
c) Transmissão por contato é o modo mais comum de 
transmissão de infecções. Envolve o contato direto (pessoa-
pessoa) ou indireto (objetos contaminados, superfícies 
ambientais, itens de uso do paciente, roupas etc.). 
d) Transmissão por exposição a sangue e outros fluídos 
corpóreos ocorre pela exposição de pele não íntegra ou 
mucosa a esses líquidos, na presença de agente infectante. 
e) O risco de infecção é fixo e não varia de acordo com 
características próprias do micro-organismo e com o tipo de 
gravidade da exposição. 
Resposta 
e) O risco de infecção é fixo e não varia de 
acordo com características próprias do 
micro-organismo e com o tipo de 
gravidade da exposição. 
 O risco de infecção varia de acordo com 
características próprias do micro-
organismo e com o tipo de gravidade da 
exposição. 
 
 
Limpeza/desinfecção/esterilização 
Os materiais utilizados nos estabelecimentos 
de saúde podem ser classificados segundo 
os riscos potenciais de transmissão de 
infecções em: 
1. Artigos não críticos: destinados ao 
contato com a pele íntegra, ou não, entram 
em contato direto com o paciente – 
requerem limpeza ou desinfecção de 
baixo/médio nível, dependendo do uso a 
que se destinam ou do último uso 
realizado, devem passar por um processo 
de desinfecção intermediário. Ex.: 
termômetro, materiais usados em banho 
de leito como bacias, cuba rim, 
estetoscópio, roupas de cama 
do paciente etc. 
Limpeza/desinfecção/esterilização 
2. Semicríticos: entram em contato direto 
ou indireto com mucosa, flora própria ou 
com lesões superficiais de pele, devem 
passar por desinfecção de alto nível. Ex.: 
equipamentos respiratórios e de 
anestesia. 
3. Críticos: têm contato direto ou indireto 
com áreas estéreis do corpo, 
independente de serem mucosas ou 
tecidos epiteliais, devem ser 
esterilizados. Ex.: sonda vesical, 
instrumentais, agulhas, cateteres 
intravenosos, materiais de implante etc. 
Limpeza/desinfecção 
 Limpeza: remoção de sujidade/detritos 
dos artigos, reduz a carga microbiana, 
deve preceder os procedimentos de 
desinfecção/esterilização. 
 Desinfecção: processo de eliminação de 
todos os micro-organismos na forma 
vegetativa, presentes nos artigos e nos 
objetos inanimados,também pode 
ocorrer destruição de algumas bactérias 
na forma esporulada. Divide-se em 
níveis: baixo, intermediário e alto. 
Limpeza/desinfecção 
 Desinfetantes: princípios ativos 
permitidos pelo MS – Portaria no 15/88: 
aldeídos, fenólicos, quaternário de 
amônia, compostos orgânicos liberados 
de cloro ativo, iodo e derivados, alcoóis e 
glicóis, biguanidas e outros. 
Desinfecção 
Características de seleção: 
 amplo espectro de ação antimicrobiana; 
 inativar rapidamente os micro-
organismos; 
 não ser corrosivo para metais; 
 não danificar artigos ou acessórios de 
borracha, plásticos ou equipamento 
ótico; 
 sofrer pouca interferência na sua 
atividade, na presença de matéria 
orgânica; 
Desinfecção 
 não ser irritante para pele e mucosas – 
possuir baixa toxicidade; 
 tolerar pequenas variações de 
temperatura e pH; 
 ter ação residual sobre superfícies 
quando aplicado no ambiente; 
 manter sua atividade mesmo sofrendo 
pequenas diluições; 
Desinfecção 
 ser um bom agente umectante; 
 ser de fácil uso; 
 ser inodoro ou ter odor agradável; 
 ter baixo custo; 
 ser compatível com sabões e 
detergentes; 
 ser estável quando concentrado ou 
diluído. 
Desinfecção 
Princípios ativos usados como 
desinfetantes: 
1. Aldeídos: 
 Glutaraldeído: uso na desinfecção de 
artigos semicríticos/instrumentos 
sensíveis ao calor 
(endoscópios/aparelhos com lentes) – 
concentração de 2% por um período de 
exposição de 30 min. 
 Exposição de 8 a 12 horas: esterilizante 
de artigos críticos termossensíveis – 
acrílicos, cateteres, drenos, nylon, 
silicone, teflon, PVC, laringoscópios. 
 
 
Desinfecção 
b) Formaldeído: usado em estado líquido e 
gasoso, é mais utilizado a formalina, 
solução em água a 10% ou em álcool a 
8%, sendo bactericida, tuberculicida, 
fungicida e viruscida – 30 min. 
Desinfecção 
 Esterilizante, no tempo mínimo de 18 
horas, solução alcoólica a 8%/ solução 
aquosa a 10%. 
 Indicado para a desinfecção de vidraria e 
capilares do sistema dialisador do 
mesmo paciente, na concentração de 4% 
por 24 horas. 
 Carcinogenicidade em potencial, 
corrosivo, tóxico, irritante de vias aéreas, 
pele e olhos. 
 
Desinfecção 
2. Compostos fenólicos: desinfecção de 
nível médio/intermediário, período de 
exposição de 10 minutos para superfície/ 
30min/artigos. 
 Pesquisas relatam despigmentação da 
pele. 
 Indicado para artigos que entrem em 
contato com vias respiratórias e 
alimentos, objetos de borracha, látex e 
acrílico (penetrar em materiais 
porosos/ação residual). 
Desinfecção 
3. Quaternário de amônia 
 Utilizado em associação com outros 
desinfetantes (isoladamente não tem 
ação micobactericida), para desinfecção 
de baixo nível por um período de 30 
minutos em superfícies, equipamentos e 
áreas onde se manipule alimentos. 
 
 
Desinfecção 
 Baixa toxicidade. 
4. Iodo: além de antisséptico, pode ser 
usado na desinfecção de vidros, 
ampolas, estetoscópio, otoscópio, 
termômetros, endoscópios, metais 
resistentes à oxidação e bancadas. 
Desinfecção 
4. Cloro: amplo espectro, barato, não 
tóxico, uso na desinfecção/ 
descontaminação de superfícies, artigos 
plásticos e borracha (inaladores, 
nebulizadores, cânulas de Guedel, 
banheiras infantis, superfícies de áreas 
(lavanderia, lactário, copa, cozinha, 
balcões de laboratório, banco de 
sangue), pisos, berços, cadeiras. 
5. Álcool: etílico 70%/ isopropílico 92%, 
germicida, menor custo/pouca 
toxicidade, uso restrito pela falta de 
atividade esporicida, rápida evaporação e 
inabilidade em penetrar na 
matéria proteica. 
 
Desinfecção/esterilização 
 Não é recomendado para borracha e 
plásticos. Uso para desinfecção de nível 
médio de artigos e superfícies, exposição 
de 10 minutos, sendo recomendáveis 3 
aplicações intercaladas pela secagem 
natural. 
Desinfecção/esterilização 
 Esterilização: processo de destruição de 
todas as formas de vida microbiana – 
bactérias vegetativas/esporuladas, 
fungos/vírus, mediante a aplicação de 
agentes físicos (calor: úmido/seco, 
radiação, filtração) e químicos (líquido 
/gasoso). 
a) Agentes físicos: 
1. Vapor saturado sob pressão: 
seguro/eficiente/rápido/econômico. 
 
 
 
 
 
 
Esterilização 
 O vapor entra em contato com a superfície 
fria dos materiais, condensa-se liberando o 
calor latente, que é o responsável pela 
desnaturação dos micro-organismos. 
2. Calor seco: esterilização é feita em estufas 
elétricas equipadas com termostato e 
ventilador, a fim de promover um 
aquecimento mais rápido, controlado e 
uniforme dentro da câmara. 
 Deve se restringir a artigos que não 
possam ser esterilizados pelo vapor 
saturado sob pressão, pelo dano que a 
umidade pode lhes causar ou quando são 
permeáveis, como vaselina, óleos e pós. 
 A inativação dos micro-organismos é 
resultante da oxidação/dessecação. 
 
Esterilização 
3. Radiação: emissão/propagação de energia 
através de um meio material, sobre a 
forma de ondas eletromagnéticas, 
sonoras ou partículas. 
 Alternativa na esterilização de artigos 
termossensíveis, por atuar em baixas 
temperaturas, disponível em escala 
industrial (elevados custos de 
implantação e controle). 
 Uso em seringas, agulhas, luvas, fios e 
demais artigos, na indústria farmacêutica 
para esterilização de medicamentos. 
4. Filtração: elimina mecanicamente os 
micro-organismos/partículas através da 
passagem por filtro microbiológico. 
 
 
 
Esterilização 
 Não é considerada infalível, sendo 
recomendada quando não é possível 
aplicar métodos mais eficazes. 
 Empregada em medicamentos 
endovenosos, drogas, vacinas e 
esterilização de ar em áreas onde esteja 
envolvida produção asséptica de 
produtos farmacêuticos, em salas 
cirúrgicas, salas para pacientes 
imunodeprimidos etc. 
b) Agentes químicos: a monitorização é de 
difícil execução, exceção aos processos 
realizados em câmara de formaldeído, 
óxido de etileno e plasma de hidrogênio. 
1. Aldeídos. 
 
Esterilização 
2. Ácido peracético: uso em materiais 
termossensíveis, esporicida em baixas 
concentrações – os produtos de sua 
decomposição (ácido acético, água, 
oxigênio e peróxido de hidrogênio) não 
são tóxicos. 
Esterilização 
3. Óxido de etileno: gás inflamável, 
explosivo, carcinogênico – misturado 
com gás inerte e em determinadas 
condições – opções para materiais 
termossensíveis. 
4. Peróxido de hidrogênio: forma líquida, 
gasosa e plasma (perspectivas de 
substituir o uso do gás óxido de etileno 
para esterilização de artigos 
termossensíveis), altamente oxidante, 
podendo ser ativo em presença de 
matéria orgânica, sendo tóxico, irritante 
da pele e dos olhos. 
Interatividade 
Os processos infecciosos de origem exógena, 
cujas fontes podem ser os profissionais da 
área da saúde, os materiais utilizados em 
procedimentos e o ambiente merecem atenção 
especial no controle das IRAS. Como uma das 
medidas preventivas para evitar as IRAS 
quanto ao material utilizado, é realizado o 
processo de esterilização em autoclave, sendo 
segura e econômica, é indicada para vários 
tipos de materiais. O processo se dá por meio 
de? Assinale a alternativa correta. 
a) Óxido de etileno. 
b) Vapor sob pressão. 
c) Radiação. 
d) Calor seco. 
e) Agentes químicos. 
Resposta 
b) Vapor sob pressão. 
 O processo de esterilização da autoclave 
utiliza o vapor sobre pressão para 
desnaturar os micro-organismos. 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
 Resíduo de Serviço de Saúde (RSS): 
produto residual, não utilizável, 
resultante de atividades exercidas por 
estabelecimentoprestador de serviço de 
saúde. 
 Representam 1% do total dos resíduos 
gerados: 10 a 30% são considerados 
infectantes – 20% poderiam ser 
reciclados. 
Resolução CONAMA 358/05: 
a) Cabe aos estabelecimentos geradores o 
gerenciamento de seus resíduos, desde a 
geração até a disposição final, de forma a 
atender aos requisitos ambientais e de 
saúde pública. 
 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
b) Na elaboração do plano de 
gerenciamento de resíduos sólidos 
devem ser considerados princípios que 
conduzam à reciclagem, bem como de 
soluções integradas para os sistemas de 
tratamento e disposição final, de acordo 
com diretrizes estabelecidas pelos 
órgãos de meio ambiente e de saúde 
competentes. 
 Plano de Gerenciamento de Resíduos de 
Serviços de Saúde – PGRSS 
 Obrigatório a todos os estabelecimentos 
de saúde: hospitais, clínicas, postos de 
saúde, clínica odontológica, clínica 
veterinária, médica etc. 
 
 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
 Classificação dos RSS 
1. Grupo A – infectante ou biológico: 
apresentam risco potencial à saúde 
pública e ao meio ambiente devido à 
presença de agentes biológicos. Ex.: 
sangue/hemoderivados, animais usados 
em experimentação, excreções, 
secreções e líquidos orgânicos, meios de 
cultura, tecidos, órgãos, fetos e peças 
anatômicas, filtros de gases aspirados de 
áreas contaminadas, resíduos de áreas 
de isolamento, de laboratórios de 
análises clínicas, de unidades de 
atendimento ambulatorial. 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
2. Grupo B – tóxico ou químico 
 Apresentam risco potencial à saúde 
pública e ao meio ambiente devido suas 
características químicas. Ex.: drogas 
quimioterápicas, medicamentos vencidos, 
contaminados, saneantes, reagentes para 
laboratórios, reveladores e fixadores de 
imagem, produtos tóxicos, corrosivos, 
inflamáveis e reativos, metais pesados 
(pilhas, baterias, lâmpadas reagentes). 
3. Grupo C – rejeitos radioativos: materiais 
radioativos ou contaminados com 
radionuclídeos – provenientes de 
laboratórios de análises clínicas, serviço 
de medicina nuclear e 
radioterapia. 
 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
4. Grupo D – resíduos comuns 
 Todos os que não se enquadram nos 
grupos descritos anteriormente. Ex.: 
papel de uso sanitário, fralda, absorvente 
higiênico, peças descartáveis de 
vestuário, resto alimentar de 
refeitório/paciente, sobras de alimentos e 
do seu preparo, resíduos das áreas 
administrativas, resíduos de varrição, 
flores, podas e jardins, embalagens. 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
5. Grupo E – perfurocortantes 
 Agulhas, escalpes, lancetas, ampolas de 
vidro, lâminas (bisturi, barbear) e 
lamínulas, tubos capilares, vidro 
quebrado, outros materiais 
escarificantes. 
Segregação dos RSS: momento/local de sua 
geração, acondicionando-o imediatamente, 
de acordo com a sua espécie e grupo visa: 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
a) reduzir o volume de resíduos 
contaminados pelo contato por outros; 
b) diminuir os riscos de acidentes; 
c) adotar melhor processo para o 
tratamento dos resíduos infectantes. 
 Acondicionamento: contenedores/cestos 
resistentes e impermeáveis, no 
momento/local de geração, de acordo 
com a classificação e o estado físico do 
resíduo – fundo de cor do reciclável, 
desenho preto. 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
Resíduos sólidos dos grupos A, B e C: 
1. Acondicionar em saco branco leitoso, 
resistente, impermeável, utilizando-se 
saco duplo para resíduos úmidos e 
pesados. Devem ser: 
a) sustentados por recipiente de plástico, 
acrílico, metal ou outro material 
resistente, com tampa movida a pedal, 
com cantos e arestas arredondados; 
b) preenchidos somente até os 2/3 de sua 
capacidade, estando proibido o seu 
esvaziamento ou reaproveitamento. 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
2. Identificar com rótulos diferenciados por 
cor, símbolo e expressão correspondente 
ao grupo de resíduos a que se destina: 
 
 
Fundo 
vermelho, 
desenho 
preto 
 
Fundo 
vermelho, 
desenho 
preto 
Fundo 
amarelo, 
desenho 
preto 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
Transporte interno 
 Traslado dos resíduos dos locais de 
geração até a sala de resíduos da 
unidade para a guarda temporária. 
 No local deverá ser disposto em carro de 
acondicionamento que transportará os 
resíduos para a área externa de 
armazenamento temporário, quando sua 
capacidade estiver cheia. 
Armazenamento externo 
 Também denominado de abrigo externo 
ou abrigo de contêineres de resíduos – 
destina-se a abrigar os resíduos 
previamente acondicionados. 
 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
 Deve ser construído em local afastado 
das edificações da instituição. 
 Possuir três boxes para acondicionar 
resíduos A, B e D separadamente. 
 Fácil acesso a carros coletores de 
transporte e aos veículos de coleta e 
transporte externo. 
 Abrigo ou área de higienização: local 
exclusivo para limpeza/higienização dos 
utensílios (contêineres, carros coletores 
de resíduos, recipientes de suporte de 
sacos de resíduos, baldes, pás, 
vassouras, panos de chão e outros 
materiais destinados ao 
gerenciamento dos RSS). 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
 Remoção dos RSS do abrigo externo até 
a fase final ou disposição final, 
utilizando-se de técnicas/condições de 
segurança que garantam a preservação 
da integridade física do 
pessoal/população e do meio ambiente. 
Tratamento final 
 Aplicação de tecnologia que induz a 
redução da carga microbiana ou 
neutralização dos agentes nocivos à 
saúde e ao meio ambiente, podendo estar 
associada à redução de 
volume/peso/umidade devendo ser de 
uso exclusivo. 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
 Grupo A: tratamento por desinfecção 
através de micro-ondas. 
 Grupo B: tratamento através de 
incineração. 
 Grupo C: tratamento específico conforme 
CNEN. 
 Grupo D: recicláveis – reaproveitamento 
– orgânicos, compostagem e os demais 
irão para o aterro sanitário. 
 A equipe envolvida no PGRSS deve ser 
capacitada/conscientizada e protegida 
contra agravos à saúde. 
 
 
 
 
Descarte de resíduos de 
serviços de saúde 
EPIs devem ser corretamente utilizados, 
sempre: 
a) luvas de borracha de cano longo; 
b) avental impermeável e de manga longa; 
c) óculos de proteção; 
d) máscara micropartículas (N95); 
e) botas de borracha de cano alto. 
Interatividade 
Quanto aos RSS, é correto afirmar que: 
I. Os resíduos gerados em clínicas odontológicas não 
podem ser classificados como RSS. 
II. Fazem parte do grupo E: objetos perfurantes ou 
cortantes, capazes de causar punctura ou corte, tais 
como lâminas de barbear, bisturi, agulhas, escalpes, 
vidros quebrados etc. 
III. A disposição final dos resíduos é de responsabilidade 
dos próprios geradores de resíduos. 
IV. Devido ao risco de adquirir infecção hospitalar, 
qualquer resíduo gerado no hospital não pode ser 
reciclado. 
V. Fazem parte do grupo C: materiais radioativos ou 
contaminados com radionuclídeos. 
Estão corretas as questões que se afirmam em: 
a) II e IV 
b) I, II e V 
c) II, III e V 
d) III, IV e V 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
Resposta 
c) II, III e V 
 São as únicas afirmações corretas, pois 
os resíduos das clínicas odontológicas 
são considerados RSS. Os resíduos do 
grupo D podem ser reciclados, pois são 
considerados resíduos comuns, 
semelhantes ao resíduo doméstico e os 
resíduos do grupo C são considerados 
radioativos ou contaminados com 
radionuclídeos. 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA! 
 
	Slide Number 1Principais medidas de barreira na prevenção das IRAS
	Higienização das mãos 
	Higienização das mãos 
	Higienização das mãos
	Antissépticos 
	Antissépticos 
	Antissépticos 
	Antissépticos 
	Antissépticos
	Antissépticos 
	Antissépticos 
	Interatividade
	Resposta
	Precauções-padrão 
	Precauções-padrão
	Precauções-padrão
	Precauções-padrão
	Precauções-padrão
	Precauções-padrão
	Precauções baseadas na transmissão
	Precauções baseadas na transmissão
	Precauções baseadas na transmissão 
	Precauções baseadas na transmissão 
	Precauções baseadas na transmissão 
	Precauções baseadas na transmissão 
	Interatividade 
	Resposta 
	Limpeza/desinfecção/esterilização
	Limpeza/desinfecção/esterilização
	Limpeza/desinfecção 
	Limpeza/desinfecção 
	Desinfecção 
	Desinfecção 
	Desinfecção 
	Desinfecção 
	Desinfecção 
	Desinfecção 
	Desinfecção 
	Desinfecção 
	Desinfecção 
	Desinfecção 
	Desinfecção/esterilização
	Desinfecção/esterilização
	Esterilização
	Esterilização
	Esterilização
	Esterilização 
	Esterilização 
	Interatividade
	Resposta
	Descarte de resíduos de �serviços de saúde 
	Descarte de resíduos de �serviços de saúde
	Descarte de resíduos de �serviços de saúde
	Descarte de resíduos de �serviços de saúde
	Descarte de resíduos de �serviços de saúde
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	Interatividade
	Resposta
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