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controle de infecções hospitalares

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CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Projeto de Intervensão - Disciplina de Extensão III
IVANARA - ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO:
  A Infecção Hospitalar é a infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta. Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS INFECÇÕES?
Segundo especialistas, as principais infecções relacionadas à assistência à saúde são:
Infecção da corrente sanguínea associada a cateter venoso central;
Pneumonia associada à ventilação mecânica;
Infecção do trato urinário associada a cateter vesical;
Infecção de sítio cirúrgico.
O QUE CAUSA UMA INFECÇÃO HOSPITALAR?
Pode-se observar que essas infecções estão, na maioria dos casos, relacionadas à manutenção (uso) de dispositivos chamados “invasivos”, pois são colocados dentro do corpo do paciente — como o cateter venoso central, o cateter vesical, o ventilador mecânico — ou, no caso da infecção de sítio cirúrgico, relacionadas a procedimentos cirúrgicos.
Por isso, é tão importante estabelecer estratégias de prevenção, relacionadas ao controle de qualidade da inserção e manutenção dos dispositivos invasivos ou do controle do pré, do intra e do pós-operatório.
O trabalho preventivo não se limita apenas ao hospital. O paciente e sua família também devem assumir alguns cuidados simples, mas fundamentais.
TIPOS DE INFECÇÃO HOSPITALAR: 
infecções do Trato Urinário (ITU): Essas infecções ocorrem quando bactérias entram no sistema urinário, geralmente através da uretra. Pacientes com cateteres urinários estão em maior risco, pois os cateteres podem fornecer uma via direta para as bactérias chegarem à bexiga.
Pneumonia Hospitalar: Essa infecção afeta os pulmões e pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos. Pacientes que estão em ventiladores mecânicos (respiradores) têm um risco aumentado, pois o tubo de respiração pode facilitar a entrada de microorganismos nos pulmões.
Infecções da Corrente Sanguínea (Bacteremia): Essas infecções ocorrem quando bactérias ou outros patógenos entram na corrente sanguínea. Isso pode ocorrer devido a procedimentos invasivos, como inserção de cateteres intravenosos.
Infecções de Feridas Cirúrgicas: Após cirurgias, as incisões cirúrgicas podem se tornar locais de entrada para bactérias, causando infecções nas feridas.
Infecções Respiratórias: Além da pneumonia, outras infecções respiratórias podem ocorrer em pacientes hospitalizados, incluindo bronquite e traqueíte.
Infecções Gastrointestinais: Essas infecções podem ser causadas por bactérias como Clostridium difficile, resultando em diarreia grave e outros sintomas gastrointestinais.
Infecções de Sítios Cirúrgicos: Além das feridas cirúrgicas, outros sítios onde procedimentos cirúrgicos foram realizados (como órgãos internos) também podem ser afetados por infecções.
Infecções do Trato Respiratório Inferior: Além da pneumonia, bronquite e outras infecções respiratórias podem afetar as vias respiratórias inferiores.
Infecções da Pele e Tecidos Moles: Lesões cutâneas, queimaduras ou incisões podem se tornar infectadas, resultando em celulite ou outras complicações.
Infecções por Cateter Intravenoso: Cateteres intravenosos podem ser fontes de infecção, especialmente se não forem inseridos ou mantidos adequadamente.
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE INFECÇÃO HOSPITALAR E SEPSE? 
Muitas pessoas costumam confundir infecção hospitalar com sepse. Porém, os termos, no meio médico, apontam situações diferentes. A infecção hospitalar, hoje chamada de IRAS, é toda manifestação clínica de infecção que se apresenta a partir de 72 horas do ingresso (entrada) em ambiente hospitalar quando se desconhece o período de incubação do agente etiológico (responsável pela infecção). Já a sepse é o resultado da reação exagerada do corpo a uma infecção.
A sepse é uma manifestação grave do organismo durante a resposta a uma infecção. Na busca de proteger o corpo, o sistema imunológico libera substâncias químicas na corrente sanguínea para combater a infecção. Porém, a depender da quantidade e da forma liberada, pode ocorrer uma inflamação em todo o corpo, danificando órgãos e sistemas. A situação pode se agravar, levando, inclusive, a óbito.
Os dois casos apresentam situações de alto risco e que estão também relacionadas: uma infecção hospitalar pode levar o corpo a uma reação exagerada, gerando a sepse. Por isso, é imprescindível o controle das infecções.
HISTÓRICO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES: 
Existem inúmeros de relatos na literatura sobre a transmissão de literatura sobre a transmissão de doenças infecciosas a profissionais de saúde. A partir da pandemia de HIV/AIDS a preocupação coma prevenção tornou-se mais evidente. 
HISTÓRICO DAS INFECÇÕES HOSPITALARES: 
O atendimento nos hospitais ( durante o século XIX), segundo o relatório Tenon ( 1777) no Hotel – Dieu (Paris): 
Mortos juntos com vivos mortos;
Sujeira, umidade e pestilência;
Compartilhamento de camas; 
Sarna presente em pacientes, profissionais de saúde e seus familiares; 
Morriam anualmente 6% a cada 12% dos funcionários; 
IGNAS PHIILIPP SEMMELWEIS: 
Pioneiro da Epidemiologia Hospitalar IGNAS PHIILIPP SEMMELWEIS ( 1818 – 1865). 
Médico obstetra, sendo considerado o pai do controle de infecções hospitalares,
IGNAS PHIILIPP SEMMELWEIS : 
Lavagem obrigatória das mãos ao entrar na unidade reduziu sua incidência de contaminação;
Surtos posteriores identificaram o papel do paciente contaminado fazendo-o introduzir a lavagem das mãos entre exames e medidas de isolamento;
Novo surto relacionado a roupas de cama com secreções purulentas (SEMMELWEIS, levou a roupa suja ao diretor solicitando sua higienização);
FLORENCE NIGHTTINGALE: 
GUERRA DA CRIMÉIA - Florence Nightingale (1854 – 1856).
Situações: Doentes deitados no chão sob acúmulos de palha com uniforme sujo, carnes cozidas na própria enfermaria atiradas em sua direção, mortos e detritos acumulados, sem sistema de água corrente e esgoto a céu aberto no porão ( sanitário), prostituição das viúvas dos soldados dentro dos hospitais. 
ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM: 
GUERRA DA CRIMÉIA - FLORENCE NIGHTINGALE ( 1854-1856)
Utilização de dados estatísticos para administração e avaliação de resultados;
Colchões de palhas individuais; 
Escovões para limpeza do ambiente; 
Criou a cozinha (cozinheiros, pratos, bandejas e talheres) e fez a criação do cardápio dietético. 
ORGANIZAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM: 
Construiu caldeirão e lavanderias ( com esposas dos soldados); 
Rede de Esgoto e água quente nas enfermarias; 
Criou atividades de recreação;
Seu índice de mortalidade institucional teve redução de 20%. 
JOSEPH LISTER (1876 – 1912): 
Implementação das técnicas de: 
Assepsia: prevenção da contaminação de determinado ambiente por agentes patogênicos.
Antissepsia: é a utilização de produtos em determinados locais contaminados por agentes infecciosos, com o objetivo de eliminá-los ou diminuir a sua proliferação para outras áreas.
REGULAMENTAÇÃO DA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL: 
1983 – Portaria 196 (constitui CCIH); 
1987 – Portaria 140 ( cria CNIH);
1988 – Portaria 232 ( Oficializa a CNIH como programa Nacional);  
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
https://bvsms.saude.gov.br/15-5-dia-nacional-do-controle-das-infeccoes-hospitalares
https://vidasaudavel.einstein.br/infeccao-hospitalar/
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste
https://www.microbiologia.ufrj.br/
https://www.rbac.org.br/artigos/volume-52-no-1-editorial/

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