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* Agentes Antivirais Profa. Andréa Apolinário * INFECÇÕES VIRAIS Prevenção: Nutrição adequada Higiene pessoal Vacinação Saúde pública Rede pública de água Tratamento de esgotos Controle de insetos Práticas clínicas apropriadas Formação / informação Tratamento: Sintomático Potencialização do sistema imune Fármacos antivirais * Bactérias Muitos antibióticos Altamente seletivos X Vírus Poucos antivirais disponíveis Seletividade dificultada Utilizam o metabolismo do hospedeiro Certo grau de citotoxicidade TRATAMENTO * Fármaco ideal Amplo espectro Inibição completa da replicação Toxicidade mínima Deve atingir o alvo sem interferir com o sistema imune do hospedeiro Atividade frente a mutantes resistentes Hidrossolúvel Estabilidade química e metabólica Facilidade de absorção (apolar) Terapia antiviral Não deve ser: Tóxico Carcinogênico Alergênico Mutagênico Teratogênico * Descoberta de novos fármacos Primeiros antivirais (era pré-biologia molecular): Análogos de nucleosídeos foram desenvolvidos para inibir replicação do DNA – uso na terapia contra o câncer Após o conhecimento sobre a replicação viral: Desenvolvimento de compostos que interferem em fases específicas da replicação Década 70: aciclovir 1983 / HIV: anti-HIV e para tratar infecções oportunistas virais * Alvos para a terapia antiviral Ciclo de replicação viral Adsorção do vírus na célula Penetração do vírus e desnudamento Replicação dos componentes virais Maturação, montagem e liberação do vírus * Fármacos antivirais com diferentes mecanismos de ação Ação direta: virucidas ou com ação em etapas da replicação viral Ação indireta: estimulam o mecanismo de defesa do hospedeiro (imunomoduladores) Busca de alternativas, com mecanismos de ação complementares aos dos fármacos já existentes Especificidade pela célula infectada Eficácia Mínimo de toxicidade * * Fármacos Antiinfluenza * Antiinfluenza Adamantanas: Amantadina(1966) e Rimantadina(1993) * Inibidores da neuroaminidase: zanamivir e oseltamivir Antiinfluenza GLICOPROTEÍNAS DO ENVELOPE * Fármacos Anti-herpéticos * Uridinas Anti-herpéticos * Idoxiuridina ou IDU Anti-herpéticos * Idoxiuridina (5-iodo-2-desoxiuridina) Mecanismo de ação: incorporação de sua fração trifosfato ao DNA viral, diminuindo a produção do vírion. Por ser pouco seletiva, compromete também o DNA das células do hospedeiro, produzindo vários efeitos colaterais Nome comercial: Herpesine (Nikko) * Primeiro AV uso sistêmico a ser licenciado – 1960 (anticancer) Obtido por fermentação de culturas de Streptomyces antibioticus Mecanismo de ação: Ara-A, sob ação das quinases celulares, é convertido em sua forma trifosfato ativa, que é incorporada ao DNA viral, inibindo a DNA polimerase e atuando como finalizadora da cadeia viral. Não está disponível para uso no Brasil. Vidarabina (9-b-D-arabinofuranosiladenina) ou Ara-A: * Aciclovir Anti-herpéticos * Mecanismo de ação - Aciclovir Anti-herpéticos Pró-fármaco inativo Fármaco ativo A ausência do grupo 3'- hidroxila impede a incorporação dos novos nucleotídeos necessários para a síntese da cadeia de DNA viral, efetuando assim sua terminação obrigatória * FÁRMACOS ANTI-HEPATITES Hepatites A e B: vacinação Hepatites B/D e C: fármacos antivirais * Interferons * Administração oral, IV e por aerosol; se sistêmica pode causar neutropenia e anemia Teratogênica e mutagênica Ribavirina * Fármacos anti-retrovirais * Atualmente, o Brasil dispõe de 15 anti-retrovirais utilizados em esquemas terapêuticos triplos, sendo dois inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeo (ITRN) associados a um inibidor de transcriptase reversa não-análogo de nucleosídeo (ITRNN) ou a um inibidor da protease (IP). Deste total, oito são produzidos no Brasil. * Terapêutica combinada (AIDS, HIV+) Prós: Eficácia (80-85%) Brasil: MS/DST-AIDS – modelo internacional Contras: Resistência ao(s) fármaco(s) Vários comprimidos por dia Reações adversas significativas Freqüente abandono do esquema posológico (ADESÃO) Terapêutica e monitoramento dispendiosos * Vacinação Ativa Passiva “mãe para filho” transfusão de sangue Estratégias: Vírus atenuados Vírus inativados Recombinantes Ag purificados (subunidades) (HBV) Vacinas protéicas Vacinas de DNA (HIV?) Vacinas : Provocar resposta imune Proteção por longo período Segura Estável Baixo custo * * * Different modes of acquiring immunity Immunity Immunization is the means of providing specific protection against most common and damaging pathogens. Specific immunity can be acquired either by passive or by active immunization and both modes of immunization can occur by natural or artificial means (Figure 1). * Atenuação: eliminar ou reduzir a virulência do patógeno Obtida através de tratamento químico ou calor, crescimento em condições adversas ou propagação em hospedeiro não natural Vacinas Atenuadas Febre Amarela Poliomielite (Sabin) Caxumba Sarampo Rotavírus humano Rubéola Varicela Influenza (gripe) Varíola Exemplos * Inativação: obtida através de tratamento químico (acetona, formaldeído, propiolactona, fenol) e/ou calor A inativação deve ser 100% efetiva e o produto inativado deve reter as características imunológicas. Vacinas Inativadas Hepatites A e B Raiva Poliomielite (Salk) Exemplos: * Nem todos os agentes infecciosos crescem em cultura; A produção de vírus humano ou animal requer cultura celular animal; Cuidados intensos de segurança são necessários com o pessoal envolvido; Amostras de vacinas podem não estar inativadas ou podem estar insuficientemente atenuadas durante a produção; Espécies atenuadas podem se reverter; Nem todas as doenças virais podem ser prevenidas através do uso de vacinas tradicionais (Ex.: AIDS); Muitas vacinas atuais tem uma vida limitada e requerem refrigeração. Limitações nos métodos tradicionais de produção de vacinas: * Contêm 1 ou + subunidades de antígenos; Hepatite B: antes a vacina continha HBsAg de vírus de indivíduos contaminados, hoje o HBsAg vem de S. cerevisiae (1986) HPV Vacinas Recombinantes Walsh, 2003 Produção de vacina recombinante de HBsAg * Fármacos antineoplásicos * ANTINEOPLÁSICOS Desenvolvidos a partir do gás mostarda, usadas como arma química nas duas grandes guerras mundiais; Soldados expostos ao gás desenvolveram hipoplasia medular e linfóide; Agentes antineoplásicos não apresentam seletividade entre células normais e neoplásicas; * ANTINEOPLÁSICOS Atuação no ciclo celular: Ciclo-inespecíficos: atuam nas células que estão ou não no ciclo proliferativo, ex: Gás mostarda; Ciclo-específico: atuam somente nas células que se encontram em proliferação, ex: Ciclofosfamida; Fase-específicos: atuam em determinada fase do ciclo celular, ex: metrotexato (fase S), etoposídeo (fase G2) e a vincristina (fase M) * ANTINEOPLÁSICOS Tipo de quimioterapia Monoquimioterapia: uso de droga isolada e ineficaz em conduzir respostas completas; Poliquimioterapia: uso de vários agentes antineoplásicos, atinge populações celulares em diferentes fases do ciclo celular; Finalidade Curativa: controle completo do tumor; Adjuvante: após a cirurgia curativa – esteriliza células residuais locais ou circulante; Neoadjuvante ou prévia – redução parcial do tumor antes de cirurgia; Paliativa: não tem finalidade curativa. Melhora a qualidade de vida do paciente. * ANTINEOPLÁSICOS Toxicidade dos antineoplásicos Não atuam exclusivamente em células tumorais; Medula óssea, pêlos e mucosa do tubodigestivo – atingida pelos quimioterápicos; Ciclos periódicos de aplicação dos quimioterápicos: Células normais – tempo de recuperação previsível – células tumorais não; Intervalo entre uma aplicação e outra – período de recuperação da medula óssea e mucosa do tubo digestivo; * ANTINEOPLÁSICOS TOXICIDADE Depende do tempo de exposição e da concentração plasmática do fármaco; Nem todos ocasionam mielo-depressão, alopecia e alterações gastrointestinais (vômitos, náuseas e diarréia); Dosagem menores para pessoas idosas * ANTINEOPLÁSICOS CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO DA QUIMIOTERAPIA Variados e dependem das condições clínicas do paciente; Condições gerais do paciente: Menos de 10% de perda do peso corpóreo desde o início da doença; Ausência de contra indicação clinica para as drogas indicadas; Ausência de infecções ou infecções presentes controlada; Contagem de células do sangue e dosagem de hemoglobina: Leucócito > 4.000/mm³ Neutrófilo >2. 000/mm³ Plaquetas >150. 000/mm³ Hemoglobina >10 g/dl * ANTINEOPLÁSICOS RESISTENCIA AOS QUIMIOTERÁPICOS Populações celulares desenvolvem nova codificação genética (mutação); Desenvolvimento de tipos celulares resistentes ao serem expostas às drogas o que permite enveredar por novas vias metabólicas alternativas através da síntese de novas enzimas; Tratamento descontinuado, intervalos irregulares e dosagens subterapeutica; * Afetam estruturas normais que se renovam constantemente, como a medula óssea, os pêlos e a mucosa do tubo digestivo. As células normais apresentam um tempo de recuperação previsível, sendo possível que a quimioterapia seja aplicada repetidamente, desde que observado o intervalo de tempo necessário para a recuperação da medula óssea e da mucosa do tubo digestivo. (ciclos periódicos) A toxicidade é variável para os diversos tecidos e depende da droga utilizada. TOXICIDADE DOS ANTINEOPLÁSICOS * ANTINEOPLÁSICOS * ANTINEOPLÁSICOS PRINCIPAIS DROGAS ANTINEOPLÁSICAS ALQUILANTES: Substituem um átomo de hidrogênio por um radical alquil; Ligam-se ao DNA e impede a separação de dois filamentos de DNA de modo a impedir a separação dos filamentos da dupla hélice – impede a replicação; Afetam as células em todas as fases do ciclo celular de modo inespecífico; Associado a outro agente fase-específico do ciclo; Ex: mostarda nitrogenada, ciclofosfamida, cisplatina, entre outros. * Espectro de atividade amplo. Diferentes protocolos. Leucemias linfocíticas aguda e crônica, linfomas, mieloma. Neuroblastoma. Câncer genital: mamario, ovario, colo uterino, testicular. Câncer pulmonar e sarcomas. CICLOFOSFAMIDA * ANTINEOPLÁSICOS PRINCIPAIS DROGAS ANTINEOPLÁSICAS ANTIMETABÓLITOS Mecanismo de ação: afetam a célula inibindo a biossíntese dos componentes essenciais do DNA e do RNA; Impede a multiplicação e a função normal da célula; Atuam em células que estão na fase da síntese do ciclo celular ( fase S); As células são impedidas de entrar em mitose; * Antimetabólicos: Análogos do ácido fólico, análogos das primidinas, análogos de purinas; Fludarabina: Análogo de nucleotídeo fluorado.Utilizado para o tratamento de leucemia linfocítica crônica; AGENTES ANTIMETABÓLICOS * Metotrexato Em doses menores apresenta efeito imunossupressor: artrite reumatóide Indicações: Leucemias agudas, linfomas malignos, coricarcinomas, sarcoma osteogênico. Mecanismo de Ação: Inibe a síntese de purinas. Inibe a redutase fólica. Posologia: 2,5 a 10mg/dia V.O. ou 30 mg/m2 I.V. duas vezes por semana. * ANTINEOPLÁSICOS PRINCIPAIS DROGAS ANTINEOPLÁSICAS INIBIDORES MITÓTICOS Mecanismo de ação: paralisam a mitose na metáfase, agem na tubulina (proteína formadora dos microtúbulos que constituem o fuso espiralar) Cromossomos ficam impedidos de migrar; Associado a outros antineoplásicos; Ex: vincristina, Vimblastina; * ANTINEOPLÁSICOS OUTROS AGENTES Fármacos que não podem ser agrupadas em uma determinada classe de ação farmacológica; Dacarbazina – usada no tratamento do mieloma avançado; L-asparginase – hidrolisa a asparagina e impede a síntese protéica; Bevacizumab – atua contra o fator de crescimento endotelial vascular; Imatinib – inibidor de vários tipos de tirosinaquinases; * *
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