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MATEMÁTICA FINANCEIRA Unidade Barra – Noite 5ª Feira – 18:25 às 20:25hs. 2018-2 Prof. Antonio Gonçalves CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS ECONÔMICAS E CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Ementa A disciplina aborda os conceitos e cálculos da Matemática Financeira que envolve juros simples, desconto simples, juros compostos, desconto composto, taxa de juros, séries financeiras, amortização e empréstimos. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1. Entender o conceito de juros e saber diferenciar taxas nominais, taxas efetivas e taxas reais de juro; 2. Aplicar juros simples e juros compostos e descontos para resolver problemas do cotidiano; 3. Analisar alternativas de investimentos e analisar o custo benefício. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 – Conceitos Iniciais da Matemática Financeira – Porcentagem - Equivalência no tempo 2 – Juros simples - Aplicações financeiras em juros simples 3 –Juros Simples - Taxas proporcionais em juros Simples 4 – Juros Compostos - Aplicações financeiras de juros compostos 5 –Juros Compostos - Taxas Equivalentes em Juro Composto- Juros composto usando a calculadora HP-12C 6 – Desconto Simples - Aplicações financeiras em desconto simples 7 – Desconto Composto - Desconto Composto no regime racional 8 – Desconto Composto - Desconto Composto no regime comercial 9 –Fluxo de Caixa -Classificação dos Fluxos de Caixas - Séries Uniformes postecipadas 10 – Fluxo de Caixa - Séries Uniformes antecipadas 11– Fluxo de Caixa - Séries perpétuas 12 – Amortização - Conceitos iniciais de amortização de empréstimos 13 – Sistema de amortização de empréstimo - Sistema de Amortização Constante (SAC) 14 – Sistema de amortização de empréstimo - Sistema de Amortização Constante (SAC) 15 – Sistema de amortização de empréstimo - Sistema de Amortização Francês (SAF) 16 – Sistema de amortização de empréstimo - Sistema de Amortização Francês (SAF) MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves BIBLIOGRAFIA BÁSICA -SAMANEZ, Carlos P. Matemática Financeira: aplicações à análise de investimentos- 5ª edição. -São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. [Disponível na biblioteca virtual] -CASTANHEIRA, Nelson P.; MACEDO, Luiz Roberto D. Matemática Financeira Aplicada - 1ª edição. -Curitiba:Intersaberes, 2012.[Disponível na biblioteca virtual] -GIMENES, Cristiano M. Matemática financeira com Hp 12c e excel: uma abordagem descomplicada. - São Paulo: Person Prentice Hall, 2006.[Disponível na biblioteca virtual] BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR -MERCHEDE, Alberto. HP-12C: cálculos e aplicações financeiras: exercícios interativos. -São Paulo: Atlas, 2009. [Disponível na biblioteca virtual] -NASCIMENTO, Marco Aurélio. Introdução à matemática financeira. -São Paulo: Saraiva, 2007. [Disponível na biblioteca virtual] -WAKAMATSU, A. Matemática financeira. São Paulo: Person Prentice Hall, 2012. - [Disponível na biblioteca virtual] -VIEIRA SOBRINHO, José Dutra. Manual de aplicações financeiras HP-12C: - tradicional, platinum, prestige. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. [Disponível na biblioteca virtual] -ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira: edição universitária. Rio de Janeiro: Atlas, 2017. [Disponível na biblioteca virtual] MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves PROCESSOS E PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO 1ª Avaliação ( AV1 ) Prova escrita individual valendo 10 pontos – 27/09/2018 2ª Avaliação ( AV2 ) Prova escrita individual valendo 10 pontos – 06/12/2018 3ª Avaliação ( AV3 ) Prova escrita individual valendo 10 pontos – 20/12/2018 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Definição: Matemática Financeira Ciência que estuda o valor do dinheiro no tempo. É uma ferramenta que auxilia no processo de tomada de decisões financeiras. Uma decisão financeira é aquela que visa a maximização da rentabilidade do capital empregado. Essa rentabilidade se estabelece a partir do valor do dinheiro no tempo. Partindo da premissa de que existem aplicações financeiras disponíveis no mercado – poupança, renda fixa, títulos do governo... – podemos, hoje, aplicar R$ 100,00 e, no futuro, teremos R$ 100,00 mais os juros referentes a essa aplicação. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Uso da Matemática Financeira A Matemática Financeira trata dos cálculos que nos permitem manipular valores financeiros ao longo do tempo, com o objetivo de fazer comparações consistentes entre diferentes alternativas de investimentos. Na prática, a Matemática Financeira é uma ferramenta que nos permite: Calcular o valor de uma prestação; Calcular o saldo devedor de um financiamento; Decidir qual a melhor forma de financiamento; Checar se um determinado investimento vai dar lucro ou prejuízo; Verificar se é melhor alugar ou comprar um equipamento / imóvel; Saber quanto devemos poupar mensalmente para atingir um determinado objetivo; Verificar a viabilidade econômica de um projeto de investimento; Saber quanto tempo um projeto leva para dar lucro; Saber qual é a taxa que o projeto vai render ao longo do tempo; Verificar se a taxa paga pelo projeto é atrativa, etc. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Conceitos Básicos – Introdução A seguir são apresentados os conceitos básicos e os principais fundamentos que se baseia o estudo da Matemática Financeira. Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa – Conceitos e Convenções Básicas Denomina-se fluxo de caixa o conjunto de entradas e saídas de dinheiro (caixa) ao longo do tempo. Podem-se ter fluxos de caixa de empresas, de investimentos, de projetos, de operações financeiras etc. A elaboração do fluxo de caixa é indispensável na análise de rentabilidades e custos de operações financeiras, e no estudo de viabilidade econômica de projetos e investimentos. O diagrama do fluxo de caixa é apresentado conforme o esquema abaixo: Eixo Horizontal do Tempo (Período) ( + ) Recebimento (entrada) Linha do Tempo ( - ) Pagamento (saída) 0 1 2 ... n MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Convenções: • As entradas de caixa que correspondem aos recebimentos são representadas por setas apontadas para cima, têm sinais positivos; • As saídas de caixa que correspondem aos pagamentos são representadas por setas apontadas para baixo, têm sinais negativos; • A escala horizontal representa o tempo, divididos em períodos e são expressos em dias, semanas, meses, trimestres, semestres ou anos. Assim o ponto 0 representa a data inicial (hoje) e o ponto 1 indica o final do 1° período, e assim por diante. • Os intervalos de tempo de todos os períodos são iguais; • Os valores monetários ( $ ) só podem ser colocados no início ou no final de cada período, dependendo da convenção adotada. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Juros Conceito: - Define-se juros como sendo a remuneração do capital, a qualquer título. Desta forma, são aceitas algumas expressões como conceito de juros: • remuneração do capital empregado em atividades produtivas; • custo do capital de terceiros; • remuneração paga pelas instituições financeiras sobre o capital investido; • remuneração cobrada pelas instituições financeiras sobre o capital emprestado. Unidade de Medida Os juros são fixados por meio de uma taxa percentual que sempre se refere a uma unidade de tempo (ano, semestre, trimestre, mês, dia). Exemplos: 15% ao ano = 15% a.a. 5% ao semestre = 5% a.s. 10% ao trimestre = 10% a.t. 4% ao mês = 4% a.m. 1% ao dia = 1% a.d. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Regimes de Juros Na Matemática Financeirasão estudados os regimes de Juros Simples e de Juros Compostos. No regime de Juros Simples, apenas o capital inicial, também denominado de principal, rende juros. Neste caso, os juros não são capitalizados, portanto não rendem juros. No regime de Juros Compostos, o capital inicial é acumulado aos juros do período e aplica-se novamente gerando novos juros sobre esse novo total, e assim sucessivamente. Os regimes de juros serão abordados de maneira específica ao longo deste estudo. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves O Valor do Dinheiro no Tempo A Matemática Financeira estuda o valor do dinheiro no tempo, que está interligada à existência da taxa de juros. O conceito de valor do dinheiro no tempo define que um mesmo valor financeiro em momentos diferentes possui valores diferentes em razão da taxa de juros. A partir desse conceito, $ 1.000,00 hoje não são iguais a $ 1.000,00 em qualquer outra data, pois o dinheiro é reajustado ao longo do tempo devido à taxa de juros do período. Desta forma, um capital de $ 1.000,00 aplicado hoje a uma taxa de juros de 5% ao ano, irá gerar um rendimento de $ 50,00 ao final de um ano, proporcionando assim um montante de $ 1.050,00 ao final do período (1 ano). Pode-se afirmar então que $ 1.000,00 hoje ou $ 1.050,00 daqui a um ano são indiferentes se a taxa de juros do período for igual a 5% ao ano. Como conclusão, é possível afirmar que um determinado valor só será igual em momentos diferentes, se a taxa de juros do período for igual a zero. O que é considerado irreal no ambiente financeiro. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Taxa de Juros ( i ) Definição: É a razão entre os juros recebidos (ou pagos) no fim de um período de tempo e o capital inicialmente empregado. É a renumeração da unidade de capital empregado por um prazo igual aquele da taxa. Ex: 12% a.a. Se empregarmos um certo capital àquela taxa, por um ano obteremos 12% do capital. São apresentadas de dois modos: Forma Percentual: A taxa é aplicada a centos do capital, ou seja, se obtém após dividir o capital por 100. Forma Unitária/Decimal: A taxa refere-se à unidade do capital, ou seja, estamos calculando o que rende a aplicação de uma Unidade de capital no intervalo de tempo referido pela taxa. Se tivermos uma taxa de 0,12 ao ano, então a aplicação de R$1,00 por um ano gera de juros R$ 0,12. Para transformar forma percentual em decimal, basta dividir a taxa expressa na forma porcentual por 100. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves A transformação da taxa percentual em unitária se processa simplesmente pela divisão da notação em percentual por 100. Para a transformação inversa, basta multiplicar a taxa unitária por 100. Nas fórmulas de Matemática Financeira todos os cálculos são efetuados utilizando-se a taxa unitária de juros. Porém, nos enunciados e respostas dos exercícios devem ser sempre indicados pela taxa percentual. Abaixo, exemplos de conversão das taxas: Taxa Percentual Taxa Unitária 1,5% 0,015 17% 0,17 120% 1,20 1.500% 15,0 Transformação de Taxa de Juros MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Tempo ( n ) Definição: É o prazo em que o capital é investido ou prazo de compra de determinado bem ou investimento. Esse prazo pode ser mensal, semestral, anual, etc. Juros ( J ) Definição: É a remuneração do capital emprestado, podendo ser entendido, de forma simplificada, como sendo o aluguel pago pelo uso do dinheiro. Para calcularmos os juros, precisamos da taxa de juros, do valor da operação (Capital) e do prazo. Ex: Qual os juros de um capital de R$ 100, 00, investido por um mês a uma taxa de 10% a.m.? Juros ( J ) = Capital ( C ) x Taxa ( i ) x Tempo ( n ) J = C x i x n J = R$ 100,00 x 10% x 1 = R$ 10,00 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Montante (M) ou Valor Futuro (VF) Definição: É o resultado final do capital investido (capital) mais a remuneração do capital (juros). Ex: Qual será o montante, ao investir um capital de R$ 100, 00, por um mês a uma taxa de 10% a.m.? Montante ( M ) = Capital ( C ) + Juros ( J ) M = C + J J = C x i x n J = R$ 100,00 x 10% x 1 = R$10,00 M = C + J M = R$ 100,00 + R$ 10,00 = R$ 110,00 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Juros Simples Definição: Neste regime, a remuneração pelo capital inicial aplicado (também chamado Principal) é diretamente proporcional ao valor e ao tempo de aplicação. O fator de proporcionalidade é a taxa de juros. No regime de capitalização simples os juros incidem somente sobre o capital inicial da operação (aplicação ou empréstimo). O valor dos juros simples é calculado a partir da expressão: J = C x i x n Onde: J = valor dos juros expressos em unidades monetárias; C = capital. É o valor (em $) representativo de determinado momento; i = taxa de juros, expressa na forma unitária n = prazo MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Esta fórmula é básica tanto para o cálculo dos juros como dos outros valores financeiros mediante simples dedução algébrica: Para o Capital: Para a Taxa de Juro: Para o Prazo: J J J C = ─────── i = ─────── n = ─────── i x n C x n C x i MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Nas fórmulas de matemática financeira, tanto o prazo da operação como a taxa de juros devem necessariamente estar expressos na mesma unidade de tempo. Por exemplo, uma aplicação rende juros de 2% ao mês e os rendimentos são creditados mensalmente. Neste caso, a regra básica é atendida, e pode-se efetuar, pois a taxa é mensal e os rendimentos também. Mas pode ocorrer, por exemplo, uma taxa anual para uma aplicação mensal. Como não há coincidências de prazos deve-se transformar a taxa anual para o período da aplicação. Portanto, só devem-se efetuar os cálculos financeiros quando o prazo e a taxa estejam na mesma unidade de tempo. Ex: 12% ao ano = 6% ao semestre = 4% ao trimestre = 3% ao quadrimestre e 1% ao mês Transformação de taxas juros em função do tempo MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Exemplo 1: Uma empresa toma emprestado a quantia de R$ 1.000,00 pelo prazo de 2 (dois) anos e taxa de 10% ao ano. Qual o valor a ser pago como juros ao final do período? C = 1.000,00 i = 10% a.a. n = 2 anos J = C x i x n J = 1.000,00 x 0,10 x 2 anos J = 200,00 Exemplo 2: Após somar todas as vendas, você verificou que o bazar beneficente de uma instituição rendeu R$ 1.000,00 e a obra que será empregada acontecerá daqui a 1 ano e 2 meses. Um banco está oferecendo 3% ao mês numa aplicação de juros simples, qual será o montante obtido se a instituição optar por aplicar esse valor? C = 1.000,00 i = 3% a.m. n = 1 ano e 2 meses = 14 meses J = C x i x n J = 1.000,00 x 0,03 x 14 meses J = 420,00 Montante (M) = Capital (C) + Juros (J) = 1.000,00 + 420,00 = R$ 1.420,00 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Montante e Capital Um determinado capital, quando aplicado a uma taxa periódica de juro por determinado tempo, produz um valor acumulado denominado de montante, e identificado em juros simples por M. Em outras palavras, o montante é constituído do capital mais o valor acumulado dos juros, isto é: Montante (M) = Capital (C) + Juros (J) MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves No entanto, sabe-se que: J = C x i x n Substituindo esta expressão básica na fórmula acima e colocando-se C em evidência: M = C + C x i x n M = C [ 1 + (i x n) ] Evidentemente que o valor de C(capital) desta fórmula pode ser obtido através de simples transformação algébrica: M C = ────────── [ 1 + (i x n) ] MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves A expressão [ 1 + (i x n) ] é definidacomo fator de capitalização (ou de valor futuro) dos juros simples. Ao multiplicar um capital por esse fator, corrige-se o seu valor para uma data futura, determinando o montante. O inverso, ou seja, 1 / [ 1 + ( i x n ) ] é denominado de fator de atualização (ou de valor presente). Ao se aplicar o fator sobre um valor expresso em uma data futura, apura-se o seu equivalente numa data atual. Fator de Capitalização e Fator de Atualização MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Utilizando o exemplo do tópico anterior, então teríamos: Exemplo: Após somar todas as vendas, você verificou que o bazar beneficente de uma instituição rendeu R$ 1.000,00 e a obra que será empregada acontecerá daqui a 1 ano e 2 meses. Um banco está oferecendo 3% ao mês numa aplicação de juros simples, qual será o montante obtido se a instituição optar por aplicar esse valor? C = 1.000,00 i = 3% a.m. = 0,03 n = 1 ano e 2 meses = 14 meses J = C x i x n J = 1.000,00 x 0,03 x 14 meses J = 420,00 Para calcular o Montante utilizando a fórmula: M = C [ 1 +( i x n )] M = 1.000,00 ( 1 + 0,03 x 14 meses ) = R$ 1.420,00 Para conferir o valor do Capital, utilizando a fórmula: M C = ────────── C = 1.420 / (1 + 0,03 x 14 meses) = R$ 1.000,00 [ 1 + ( i x n )] MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Taxa Proporcional e Taxa Equivalente Para se conhecer o significado dessas taxas deve-se reconhecer que toda operação envolve dois prazos: o prazo a que se refere a taxa de juros; o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. Como exemplo, admita um empréstimo bancário a uma taxa nominal de 24% ao ano. O prazo a que se refere especificamente a taxa de juros é anual. A seguir deve-se identificar a periodicidade de ocorrência dos juros. Ao se estabelecer que os encargos (juros) incidirão sobre o capital somente ao final de cada ano, os dois prazos considerados são coincidentes. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Taxa Equivalente Exemplo: Uma fatura foi paga com atraso de 12 dias. O banco cobra uma taxa de 13% ao mês nesses casos. Se o valor da fatura é de R$ 700,00, quanto deverá ser o valor da fatura paga por este atraso? Período: 12 dias Taxa: 13% ao mês 13% a.m. /30 dias = 0,43% ao dia = taxa equivalente ao dia de 13% ao mês M = C x [ 1 + (i x n)] = 700,00 x [ 1 + (0,43/100 x 12)] = 700,00 x 1,052 = M = R$ 736,40 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves No regime de juros simples, taxas proporcionais (nominais ou lineares) e taxas equivalentes são consideradas a mesma coisa, sendo indiferente a classificação de duas taxas de juros como proporcionais ou equivalentes. Por fim, é preciso encontrar a equivalência de taxas quando o período de capitalização informado não corresponde ao período em que a taxa está expressa. Por exemplo: A taxa está expressa em dias e você quer saber qual é a taxa mensal. O banco informa a taxa mensal cobrada e a empresa quer saber a taxa diária. A remuneração é informada ao trimestre e você quer saber qual é a remuneração mensal. A corretora de valores sugere uma aplicação para 60 dias, informa a taxa para o período e você quer saber quanto receberá por mês. A financeira afirma cobrar juros mensais e você quer saber quanto irá pagar de juros anuais. Em capitalização simples, basta multiplicar ou dividir a taxa informada pelo número de períodos da taxa procurada, como pode ser visto no quadro a seguir. Taxas Proporcionais e Taxas Equivalentes em Juros Simples MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Taxa informada em Taxa procurada Cálculo Dia Mês Multiplicar a taxa diária por 30 Mês Ano Multiplicar a taxa mensal por 12 Semana Mês Multiplicar a taxa semanal por 4,5 Trimestre Ano Multiplicar a taxa trimestral por 4 Mês Dia Dividir a taxa mensal por 30 Ano Mês Dividir a taxa anual por 12 Semana Dia Dividir a taxa semanal por 7 Quadrimestre Mês Dividir a taxa quadrimestral por 4 Taxas Equivalentes em Regime de Capitalização Simples MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Aplicando em alguns exemplos as taxas equivalentes: 1) A taxa cobrada é de 0,3% ao dia e você quer saber qual a taxa mensal? Fator de multiplicação = 30 (n° de dias em um mês) 0,3/100 = 0,003 x 30 = 0,09 x 100 = 9,0% ao mês 2) O banco informa que a taxa mensal cobrada é 12%, e a empresa quer saber a taxa diária? Fator de divisão = 30 (n° de dias do mês) 12/100 = 0,12 / 30 dias = 0,004 x 100 = 0,4% ao dia 3) A remuneração é informada como 2,4% ao trimestre, e você quer saber qual é a remuneração mensal? Fator de divisão = 3 (n° de meses do trimestre) 2,4/100 = 0,024 / 3 = 0,008 x 100 = 0,8% ao mês 4) A corretora de valores sugere uma aplicação para 60 dias e informa a taxa para o período como de 1,9%. Você quer saber quanto receberá por mês? Fator de divisão = 2 ( n° de meses em 60 dias) 1,9/100 = 0,019 / 2 = 0,0095 x 100 = 0,95% ao mês 5) A financeira afirma cobrar juros mensais de 3,5%, e você quer saber quanto irá pagar de juros anuais? Fator de multiplicação = 12 (n° de meses em um ano) 3,5/100 = 0,035 x 12 = 0,42 x 100 = 42% ao ano MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Juros Compostos O regime de juros compostos considera que os juros formados em cada período são acrescidos ao capital formando o montante (capital mais juros) do período. Este montante por sua vez, passará a render juros no período seguinte formando um novo montante (constituído do capital inicial, dos juros acumulados e dos juros sobre os juros formados em períodos anteriores), e assim por diante. Este processo de formação dos juros é diferente daquele descrito para os juros simples, onde unicamente o capital rende juros, não ocorrendo remuneração sobre os juros formados em períodos anteriores. Tecnicamente, o regime de juros compostos é superior ao dos juros simples, principalmente pela possibilidade de fracionamento dos prazos. No critério composto, a equivalência entre capitais pode ser apurada em qualquer data, retratando melhor a realidade das operações que o regime linear. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Fórmulas de Juros Compostos No regime de juros compostos, os juros são capitalizados, produzindo juros sobre juros periodicamente. Para melhor desenvolver este conceito e definir suas fórmulas de cálculo, admita ilustrativamente uma aplicação de $ 1.000,00 a taxa composta de 10% ao mês. Identificando-se por PV o Valor Presente (Capital) e FV o Valor Futuro (Montante), tem-se os seguintes resultados ao final de cada período: obs: a nomenclatura utilizada PV e FV é para familiarizar o usuário com as calculadoras financeiras e significam, respectivamente, Present Value (Valor Presente em inglês) e Future Value (Valor Futuro em inglês). MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Final do 1° mês: O capital de $ 1.000,00 produz juros de $ 100,00 (10% x $ 1.000,00) e um montante de $ 1.100,00 ( $ 1.000,00 + $ 100,00 ), ou seja: FV = 1.000,00 x ( 1 + 0,10 ) = $ 1.100,00 Final do 2° mês: O montante do mês anterior ( $ 1.100,00 ) é o capital deste 2° mês, servindo de base para o cálculo dos juros deste período, ou seja: FV = 1.000,00 x ( 1 + 0,10 ) x ( 1 + 0,10 ) FV = 1.000,00 x ( 1 + 0,10 )2 = $ 1.210,00 O montante do 2° mês pode ser decomposto assim: $ 1.000,00 capital aplicado $ 100,00 juros referentes ao 1° mês ( 10% x 1.000,00 ) $ 100,00 juros referentes ao 2° mês ( 10% x 1.000,00 ) $ 10,00 juros sobre os juros produzidos no 1° mês ( 10% x 100,00 ) MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Final do 3° mês: Dando sequência ao raciocínio de juros compostos: FV = 1.000,00 x ( 1 + 0,10) x ( 1 + 0,10 ) x ( 1 + 0,10 ) FV = 1.000,00 x ( 1 + 0,10 )3 = $ 1.331,00 Final do enésimo mês: Aplicando-se a evolução dos juros compostos exposta para cada um dos meses, o montante (valor futuro) acumulado ao final o período atinge: FV = 1.000,00 x ( 1 + 0,10 ) x ( 1 + 0,10 ) x ( 1 + 0,10 ) ... ( 1 + 0,10 ) FV = 1.000,00 x ( 1 + 0,10 )n MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Generalizando-se: Fórmulas do Valor Futuro (FV) e Valor Presente (PV) FV FV = PV ( 1 + i )n e PV = ──────── ( 1 + i )n Onde ( 1 + i )n é o fator de capitalização. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves ANO VALOR INICIAL JUROS OBTIDOS VALOR FINAL 1 $1.000,00 $100,00 $1.100,00 2 $1.100,00 $110,00 $1.210,00 3 $ 1.210,00 $121,00 $1.331,00 4 $1.331,00 $133,10 $1.464,10 5 $1.464,10 $146,41 $1.610,51 A tabela abaixo mostra a progressão dos juros compostos para uma aplicação financeira de $ 1.000,00, a taxa de 10% a.a. pelo período de 5 (cinco) anos: Obs: Total dos juros obtidos = $ 610,51 FV = PV x ( 1 + i )n FV = $ 1.000,00 x ( 1 + 0,10 )5 = $ 1.610,51 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Por outro lado sabe-se que o valor monetário dos juros ( J ) é apurado pela diferença entre o montante ( FV ) e o capital ( PV ), podendo-se obter o seu resultado também pela seguinte expressão: J = FV – PV Como: FV = PV ( 1 + i )n Colocando-se PV em evidência: J = PV . [ ( 1 + i )n – 1 ] Utilizando o exemplo da tabela anterior, teríamos: J = PV . [ ( 1 + i )n – 1 ] = $ 1.000,00 [ ( 1 + 0,10 )5 – 1 ] J = $ 610,51 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Por outro lado se quiséssemos saber o valor do capital ( PV ) aplicado para um montante ( FV ) de $ 1.610,51, teríamos então a expressão: PV = FV / (1 + i) n assim: PV = $1.610,51 / ( 1 + 0,10 )5 PV = $1.610,51 / 1,61051 PV = $1.000,00 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Fórmula Geral para Juros Compostos Valor Futuro VF = VP (1 + i )n Valor Presente VP = VF / (1 + i )n Taxa de Juros i = ( VF / VP)1/n - 1 Número de Períodos (Tempo) n = Ln (VF/VP) / Ln(1 + i ) Onde: VP = Valor Presente VF = Valor Futuro i = Taxa de juro n = N° de períodos (tempo) Ln = Logaritmo MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Exercícios exemplo de juros compostos: 1) Foi aplicado um valor de $ 40.000 a taxa de juros composta de 8,2% ao mês por um período de 6 meses. Calcular o valor do montante final desta operação. PV = $40.000,00 i = 8,2% a.m. n = 6 meses FV = ? VF = VP (1 + i )n FV = 40.000 x ( 1 + 0,082 )6 = 40.000 x 1,605 = $ 64.183,52 2) Uma aplicação financeira produz $900.000 de montante durante um período de 8 meses aplicados a uma taxa de juros composta de 4% ao mês. Determine o valor aplicado inicialmente neste operação. FV = $900.000,00 i = 4,0% a.m. n = 8 meses PV = ? VP = FV / (1 + i )n PV = 900.000 / ( 1 + 0,04 ) 8 = 900.000 / 1,368 = $ 657.621,18 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Exercícios propostos: 1) Uma empresa aplicou $ 8.000 a 5% ao bimestre de juros compostos, durante 1 ano e 10 meses. Qual o valor do capital acumulado? R: $ 13.682,71 2) A empresa Celta investiu $4.500 aplicados a juros compostos durante 5 anos a taxa de 8,5% ao ano. Calcule o montante produzido e os juros auferidos. R: $ 6.766,46 3) Um investimento de $ 480.000 foi aplicado a 5% ao mês de juros compostos. Calcule o valor do montante final após 8 meses de aplicação. R: $ 709.178,61 4) A empresa MSM aplicou $ 185.000.000 à taxa composta de 7% ao trimestre, durante 4 anos. Qual o valor do capital acumulado no final do período? R: $ 546.150.293,50 5) A empresa XYZ aplicou R$ 46.000.000 a uma taxa de 2% ao mês, e 2 meses depois aplicou $ 34.000.000 a uma taxa de 1,5%. Qual o montante das aplicações após um ano da primeira aplicação? R: $ 58.339.122,55 e $ 39.458.388,05 e M = $ 97.797.510,60. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Exemplos: 1) Suponha que você tenha $ 2.000,00 hoje e se investir em uma instituição financeira terá em dois anos $ 2.420,00. Qual é a taxa de juros compostos anual que a instituição está pagando pela sua aplicação? i = ( VF / VP)1/n - 1 então: i = (2.420 / 2.000)1/2 – 1 = 10,0% ao ano Comprovando pela fórmula geral : VF = VP ( 1 + i )n 2.420 = 2.000 ( 1 + 0,10 )2 2.420 = 2.000 (1,21) 2.420 = 2.420 2) Se você obteve $ 4.147,20 ao final de um período pela aplicação de $ 2.000,00 a juros compostos. Determine por quanto tempo o dinheiro ficou aplicado sabendo que a taxa de juros era de 20% a.a.? n = Ln (VF/VP) / Ln( 1 + i ) então: n = Ln (4.147,20/2.000) / Ln (1 + 20/100) = = Ln 2,0736 / Ln 1,2 = 0,729286 / 0,182321 = 4 anos Comprovando pela fórmula geral: VF = VP ( 1 + i )n 4.147,20 = 2.000 ( 1 + 0,20 )4 4.147,20 = 2.000 ( 1,20)4 4.147,20 = 2.000 (2,0736) 4.147,20 = 4.147,20 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Taxa Nominal e Taxa Efetiva A taxa efetiva de juros é a taxa dos juros apurada durante todo o prazo n, sendo formada exponencialmente através dos períodos de capitalização. Ou seja, taxa efetiva é o processo de formação dos juros pelo regime de juros compostos ao longo dos períodos de capitalização. É obtida através da seguinte expressão: • Onde n representa o número de períodos de capitalização dos juros. Por exemplo, uma taxa de 3,8% ao mês determina um montante efetivo de juros de 56,45% ao ano, ou seja: if = ( 1 + 3,8/100 ) 12 – 1 = (1,038)12 = 56,45% a.a. Taxa Efetiva ( if ) = ( 1 + i ) n – 1 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Quando se diz, por outro lado, que uma taxa de juros é nominal, geralmente é admitido que o prazo de capitalização dos juros (ou seja, período de formação e incorporação dos juros ao principal) não é o mesmo daquele definido para a taxa de juros. Por exemplo: Seja a taxa nominal de juros de 36% ao ano, capitalizada mensalmente. Os prazos não são coincidentes. O prazo de capitalização é de um mês e o prazo a que se refere a taxa de juros igual a 1 ano (12 meses). Assim 36% ao ano não representam uma taxa nominal de juros, expressa para um período inteiro, a qual deve ser atribuída ao período de capitalização. Quando se trata de taxa nominal é comum admitir-se que a capitalização ocorre por juros proporcionais simples. Assim, no exemplo, a taxa por período de capitalização é de: 36% / 12 = 3% ao mês (taxa proporcional ou linear). MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Ao se capitalizar essa taxa nominal, apura-se uma taxa efetiva de juros superior aquela declarada para a operação. Baseando-se nos dados do exemplo anterior, tem-se: Taxa nominal da operação para o período = 36% ao ano Taxa proporcional simples: (taxa definida para o período de capitalização) = 3% ao mês. Taxa efetiva de juros: if = [ 1 + (36/100)/12 ) 12 ] – 1 = (1,03)12 - 1 = 42,58% a.a. Observe que a taxa nominal não revela a taxa efetiva de juros da operação. Ao afirmar que os juros anuais são de 36%, mas capitalizados mensalmente, apura-se que a taxa efetiva de juros atinge 42,58% ao ano. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Para que 36% ao ano seja considerada a taxa efetiva, a formação mensal dos juros deveria ser feita a partir da taxa equivalente composta, ou seja: Taxa Equivalente Mensal de 36% a.a. in = n√(1+i) – 1 i12 = 12√ (1 + 0,36) - 1 = 12√ (1,36) - 1 = 2,6% ao mês Ao capitalizar exponencialmente esta taxa de juros equivalente mensal chega-se, evidentemente, aos 36% ao ano: Taxa Efetiva Anual: if = ( 1 + 2,6/100 ) 12 – 1 = (1,026)12 - 1 = 36% a.a. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Um empréstimo no valor de $ 11.000,00 é efetuado pelo prazo de um ano à taxa nominal (linear) de juros de 32% ao ano, capitalizados trimestralmente. Pede-se determinar o montante e o custo efetivo do empréstimo. (de acordo com a convenção, a taxa de juros pelo período de capitalização seja proporcional simples) Taxa nominal (linear) = 32% a.a. Descapitalização proporcional = 32% / 4 trimestres = 8% ao trimestre Montante do empréstimo: FV = PV ( 1 + i )n FV = 11.000,00 x (1,08)4 FV = $ 14.965,38 Taxa Efetiva: if = ( 1 + 0,08) 4 – 1 = (1,08)4 if = 36,0% ao ano Exemplo: MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves A Caderneta de Poupança no Brasil, paga juros anuais de 6% com capitalização mensal à base de 0,5%. Instituída por Lei Federal e praticada por todas as instituições financeiras autorizadas a operar com este instrumento de captação financeira. Calcular a rentabilidade efetiva desta aplicação financeira. Taxa Efetiva: if = (1 + i/n) n – 1 if = ( 1 + 0,06/12) 12 – 1 if = ( 1 + 0,005) 12 – 1 if = 6,17% ao ano MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Uma aplicação financeira promete pagar 42% ao ano de juros. Sendo de um mês o prazo da aplicação, pede-se determinar a sua rentabilidade efetiva considerando os juros de 42% ao ano, como: a) Taxa Efetiva b) Taxa nominal Taxa Efetiva: – A rentabilidade mensal é a taxa equivalente composta de 42% a.a. in = 12√(1 + 0,42) - 1 in = 12√(1,42) - 1 in = 2,97% ao mês Capitalizando-se exponencialmente os juros de 2,97% ao mês, chega-se, evidentemente, à taxa efetiva anual de 42% ao ano. ( 1 + 2,97/100)12 – 1 = 42,0% ao ano Taxa Nominal: A rentabilidade mensal de 42% ao ano é definida pela taxa proporcional simples, isto é: i = 42% / 12 = 3,5% ao mês Ao se capitalizar exponencialmente esta taxa para o prazo de um ano, chega-se a um resultado efetivo superior à taxa nominal dada de 42% a.a.: if = ( 1 + 3,5/100) 12 – 1 = 51,1% ao ano Logo, 51,1% é a taxa efetiva anual da operação, sendo de 42% a taxa nominal. Taxa Efetiva e Número de Períodos de Capitalização À medida que o número de períodos de capitalização de uma taxa nominal de juros aumenta, a taxa efetiva também se eleva. Em outras palavras, quanto maior a frequência de capitalização de uma mesma taxa nominal, mais alto é o rendimento acumulado. Para ilustrar, admita uma taxa nominal de 18% ao ano. A tabela a seguir apresenta a taxa efetiva anual para diferentes períodos de capitalização. Período de Capitalização Número de Períodos Taxa Efetiva Anual Anual 1 18,00% Semestral 2 18,81% Quadrimestral 3 19,10% Trimestral 4 19,25% Mensal 12 19,56% Diário (*) 360 19,72% Idiária = (1+0,18/360) 360 – 1 (1,0005)360 – 1 = 19,72% a.a. (*) MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Taxa Efetiva e Número de Períodos de Capitalização Observe que a taxa efetiva anual cresce conforme aumenta o número de períodos de incidência dos juros, produzindo um valor futuro maior. Para uma mesma taxa nominal, pode-se concluir que: maior número de períodos de capitalização são mais interessantes aos aplicadores de recursos (investimentos), pois produzem maior rendimento acumulado efetivo. para os tomadores de recursos (empréstimos), ao contrário, uma maior frequência na capitalização dos juros eleva o custo efetivo da operação. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Taxa Real de Juros – A Taxa Real de Juros é a taxa de juros nominal descontada a inflação do período observado. Inflação – É o fenômeno conhecido como o aumento persistente e generalizado dos preços de bens e serviços na economia. – Existem alguns fatores que provocam o fenômeno da inflação, entre eles: aumento dos custos de produção, aumento da demanda agregada, escassez de produtos, déficit público, emissão descontrolada de moeda, etc. – É medida pela média ponderada dos preços de alguns produtos (cesta básica). – No Brasil o índice oficial de inflação é medido pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo (até 40 s.m´s) e é calculado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (órgão oficial do Governo Federal). MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Taxa de Juros Real – Em virtude de a inflação corroer o poder aquisitivo da moeda, é de fundamental importância analisar a relação das taxas de juros com as taxas de inflação. – Em determinadas circunstâncias uma aplicação financeira produz resultados que não refletem efetivamente o ganho dos investidores. Neste caso, quando o investidor não leva em consideração a inflação observada no período, poderá estar incorrendo em possíveis perdas ou em ganhos menores, em razão da corrosão provocada pela inflação. – É o que realmente o investimento proporcionou de retorno, descontada a inflação do período. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Taxa Real de Juros São as taxas utilizadas nas aplicações pós-fixadas. A taxa de juros real não inclui a inflação estimada para o período. Ela pode ser calculada a partir de uma taxa nominal ou efetiva, excluindo-se a inflação nela embutida através da seguinte fórmula: iReal = [( 1 + i ) / ( 1 + F )] – 1 onde: iReal = Taxa de Juros Real i = Taxa de Juros Nominal F = Inflação no período Exemplo: Suponha um país onde a taxa de inflação mensal seja de 20% ao mês. Se um empréstimo tem uma taxa mensal nominal de 26%. Qual a taxa real de juros deste empréstimo? iReal = [( 1 + 0,26 ) / ( 1 + 0,20 )] – 1 iReal = 5,0% MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Exercícios: 1) Um investimento rendeu em um trimestre a taxa de juros nominal de 3,5%. Sabe-se que, neste período, a inflação apresentou o seguinte comportamento: 1° mês = 1,0%; 2º mês = 0,8% e no 3º mês = 0,9%. Determine a inflação acumulada no período e a taxa de juro real obtida no investimento. 2) Sabe-se que uma operação financeira rendeu em dois anos 21%. Durante este período foi registrada uma inflação medida pelo IPCA de 6,25% no primeiro ano e 5,78% no segundo ano. Defina a taxa de juro real desta aplicação financeira. 3) Um capital foi aplicado, por um ano, à taxa de juros igual a 22% a.a. No mesmo período, a taxa de inflação foi de 12%. Qual a taxa real de juros? 4) Um capital foi aplicado por seis meses a uma taxa de 7% a.s. No mesmo período, a taxa de inflação foi de 9%. Qual a taxa real da aplicação? 5) Durante dois semestres consecutivos, as taxas de inflação foram de 9% e 12%. Se um investidor aplicou seu dinheiro no mesmo período a uma taxa de juros de 19% a.a., qual sua taxa real de perda? 6) Calcule a taxa acumulada e a média das taxas de 5%, 2%, 1%, -3,5% e 4%. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves SÉRIES DE PAGAMENTOS UNIFORMES É a série que mostra o retorno do capital através de pagamentos ou recebimentos iguais e periódicos. Este retorno ou pagamento do capital pode ser de um empréstimo, aquisição de um bem ou de um recebimento de pagamento ao longo de um determinado período de tempo. Elementos: Notação Valor Presente ou Valor Financiado ............................PV Pagamento ou Prestação.............................................PMT Taxa de Juros............................................................... i Número de Pagamentos ou Recebimentos.................. n MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves É importante destacar que os pagamentos/recebimentos podem se apresentar de duas formas distintas: antecipadosou postecipados. Série de Pagamentos/Recebimentos Antecipados Neste sistema, os pagamentos/recebimentos são efetuados no início do período de referência. Um exemplo sobre esse tipo de pagamento/recebimento são os que são conceituados como sendo: pago para usar, ou seja, primeiro pago depois utilizo. Ex: taxa condominial. Série de Pagamentos/Recebimentos Postecipados Neste sistema, os pagamentos/recebimentos são efetuados no final do período de referência. Um exemplo sobre esse tipo de pagamento/recebimento são os que são conceituados como sendo: uso e pago, ou seja, primeiro utilizo depois pago. Ex: tarifa de energia elétrica. Série de Pagamentos/Recebimentos Antecipados e Postecipados MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Fórmula da Prestação: Para uma Série de N° de Pagamentos, periódicos, iguais e postecipados: (1 + i)n x i PMT = PV x (1 + i)n – 1 Exemplo: O preço à vista de um microcomputador é de $ 1.000,00. Entretanto o mesmo pode ser adquirido em 6 pagamentos mensais iguais, com o primeiro pagamento efetuado 30 dias após a compra. Se, nos financiamentos a loja cobra a taxa efetiva de 5% ao mês, determinar o pagamento mensal a ser efetuado. Dados: PV = $ 1.000,00; n = 6 pagamentos; i = 5% a.m.; PMT = ? PMT = 1.000 x [ (1 + 0,05)6 x 0,05 / (1 + 0,05)6 – 1 ] = = 1.000 x [ (1,34 x 0,05) / (1,34 - 1)] = 1.000 x [0,067 / 0,340] = $ 197,02 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Fórmula da Prestação: Para uma Série de N° de Pagamentos, periódicos, iguais e antecipados: (1 + i)n-1 x i PMT = PV x (1 + i)n – 1 Exemplo: O preço à vista de um microcomputador é de $ 1.000,00. Entretanto o mesmo pode ser adquirido em 6 pagamentos mensais iguais, com o primeiro pagamento efetuado como entrada. Se, nos financiamentos a loja cobra a taxa efetiva de 5% ao mês, determinar o pagamento mensal a ser efetuado. Dados: PV = $ 1.000,00; n = 6 pagamentos; i = 5% a.m.; PMT = ? PMT = 1.000 x [ (1 + 0,05)6-1 x 0,05 / (1 + 0,05)6 – 1 ] = = 1.000 x [ (1,2763 x 0,05) / (1,34 - 1)] = 1.000 x [0,0638 / 0,340] = $ 187,64 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Série de Pagamentos Uniformes Fórmulas genéricas para obtenção de Valor Presente (VP), Valor Futuro (VF), Prestações ou pagamentos (PMT): a) Dado PMT achar FV: FV = PMT x [ (1 + i)n - 1 / i ] b) Dado FV achar PMT: PMT = FV x [ i / (1 + i)n – 1] c) Dado PMT achar PV: PV = PMT x [ (1 + i)n - 1 / (1 + i)n x i ] d) Dado PV achar PMT: PMT = PV x [ (1 + i)n x i / (1 + i)n – 1] MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Utilizando os dados do exemplo anterior para o teste das fórmulas, teremos: O preço à vista de um microcomputador é de $ 1.000,00. Entretanto o mesmo pode ser adquirido em 6 pagamentos mensais iguais, com o primeiro pagamento efetuado 30 dias após a compra. Se, nos financiamentos a loja cobra a taxa efetiva de 5% ao mês, determinar o valor futuro que será pago. Dados: n = 6 pagamentos; i = 5% a.m.; PMT = 197,02; FV = ? a) Dado PMT achar FV FV = PMT x [ (1 + i)n - 1 / i ] FV = 197,02 x [ (1 + 0,05)6 - 1 / 0,05 ] = 197,02 x [ 1,34 -1 / 0,05 ] = 197,02 x (0,34/0,05) = 197,02 x 6,80 = $ 1.340,11 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Utilizando os dados do exemplo anterior para o teste das fórmulas, teremos: O preço à vista de um microcomputador é de $ 1.000,00. Entretanto o mesmo pode ser adquirido em 6 pagamentos mensais iguais, com o primeiro pagamento efetuado no ato da compra. Se, nos financiamentos a loja cobra a taxa efetiva de 5% ao mês, determinar o valor futuro (com pagto. antecipado) que será pago. Dados: n = 6 pagamentos; i = 5% a.m.; PMT = 197,02; FV = ? (antecipado) a) Dado PMT achar FV (antecipado) FV = PMT x [ (1 + i)n - 1 / i x (1 + i) ] FV = 197,02 x [ (1 + 0,05)6 - 1 / 0,05 x (1 + 0,05) ] = 197,02 x [ 1,34 -1 / 0,05 ] = 197,02 x (0,34/0,05 x 1,05) = 197,02 x 7,14 = $ 1.407,12 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Utilizando os dados do exemplo anterior para o teste das fórmulas, teremos: O preço à vista de um microcomputador é de $ 1.000,00. Entretanto o mesmo pode ser adquirido em 6 pagamentos mensais iguais, com o primeiro pagamento efetuado 30 dias após a compra. Se, nos financiamentos a loja cobra a taxa efetiva de 5% ao mês, determinar o valor da prestação. Dados: n = 6 pagamentos; i = 5% a.m.; PMT = ?; FV = 1.340,11 b) Dado FV achar PMT PMT = FV x [ i /(1 + i)n – 1 ] PMT = 1.340,32 x [ 0,05 / (1 + 0,05)6 - 1] = 1.340,32 x [ 0,05 / 0,34 ] = 1.340,32 x 0,147017 = $ 197,02 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Utilizando os dados do exemplo anterior para o teste das fórmulas, teremos: O preço à vista de um microcomputador é de $ 1.000,00. Entretanto o mesmo pode ser adquirido em 6 pagamentos mensais iguais, com o primeiro pagamento efetuado 30 dias após a compra. Se, nos financiamentos a loja cobra a taxa efetiva de 5% ao mês, determinar o valor presente. Dados: n = 6 pagamentos; i = 5% a.m.; PMT = 197,02; PV = ? c) Dado PMT achar PV PV = PMT x [ (1 + i)n – 1 / (1 + i)n x i ] PV = 197,02 x [ (1 + 0,05)6 - 1 / (1 + 0,05)6 x 0,05] = 197,02 x [ 0,34 / 0,067 ] = 197,02 x 5,0757 = $ 1.000,00 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Utilizando os dados do exemplo anterior para o teste das fórmulas, teremos: O preço à vista de um microcomputador é de $ 1.000,00. Entretanto o mesmo pode ser adquirido em 6 pagamentos mensais iguais, com o primeiro pagamento efetuado 30 dias após a compra. Se, nos financiamentos a loja cobra a taxa efetiva de 5% ao mês, determinar o valor da prestação. Dados: n = 6 pagamentos; i = 5% a.m.; PV = 1.000,00; PMT = ?; d) Dado PV achar PMT PMT = PV x [ (1 + i)n x i / (1 + i)n - 1 ] PMT = 1.000 x [ (1 + 0,05)6 x 0,05 / (1 + 0,05)6 - 1] = 1.000 x [ 0,067 / 0,34 ] = 1.000 x 0,19702 = $ 197,02 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Exemplo com pagamento de valor de entrada diferente das prestações: O preço à vista de um televisor de 20 polegadas é de $ 700,00. Entretanto o mesmo pode ser adquirido da seguinte forma: entrada correspondente a 25% do preço à vista e o restante financiado em 4 pagamentos mensais iguais. Se para esse financiamento a loja cobra a taxa efetiva de juros de 6% ao mês, determinar o pagamento mensal a ser efetuado. Dados: PV = 700 – 25%(entrada) = (700 – 175) = $ 525,00 (valor financiado) n = 4 pagamentos mensais i = 6% a.m. PMT = PV x [ (1 + i)n x i / (1 + i)n – 1] PMT = 525,00 x [ (1+0,06)4 x 0,06 / (1+0,06)4 – 1] PMT = 525,00 x [ 1,2625 x 0,06 / 1,2625 – 1 ] PMT = 525,00 x [ 0,07575 / 0,2625 ] PMT = 525,00 x 0,2886 = $ 151,51 MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Exemplo com pagamento de valor de entrada igual ao das prestações: Uma empresa adquiriu um determinado equipamento e para liquidar a dívida comprometeu-se a efetuar 18 pagamentos mensais iguais de $ 645,62, e o primeiro pagamento dado como entrada. Sabendo-se que a taxa efetiva de juros da operação é de 4% ao mês, calcule o valor financiado. Dados: PMT = $ 645,62 n = 18 pagamentos mensais antecipados i = 4% a.m. PV = ? PV = PMT x [ (1 + i)n - 1 / (1 + i)n-1 x i ] PV = 645,62 x [ (1 + 0,04)18 – 1 / (1 + 0,04)18-1 x 0,04 ] PV = 645,62 x [ (2,0258 – 1) / 1,9479 x 0,04 ] PV = 645,62 x [1,0258 / 0,0779 ] PV = 645,62 x 13,1657 = $ 8.500,00 Séries Uniformes – Regime de Perpetuidade Valor Presente de Prestações Perpétuas dado o Valor das Prestações: VP = PMT x 1 / i Ex: PV = 1.000,00 x 1 / 0,5%/100 = PV = R$ 200.000,00 Valor das Prestações Perpétuas dado o Valor Presente: PMT = PV x i Ex: PMT = 200.000,00x 0,5%/100 = PMT = R$ 1.000,00 Onde: VP = Valor Presente PMT = Valor das Prestações/Pagamentos i = Taxa de Juros MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves 1) Determinar o valor de seis depósitos mensais, iguais e sucessivos, capazes de produzir um montante de $ 5.000,00 no final do 6º mês, imediatamente após a realização do 6º depósito, sabendo-se que esses depósitos são remunerados a uma taxa de juros de 12% ao ano, capitalizados mensalmente. 2) Um indivíduo precisa efetuar cinco pagamentos anuais de $ 8.000,00. Sabendo-se que para esses pagamentos são cobrados uma taxa de juros efetiva de 10% ao ano, no regime de juros compostos, determinar o valor acumulado por esse indivíduo no final de cinco anos, nas seguintes situações: a) pagamentos postecipados; b) pagamentos antecipados. 3) Determinar o valor das prestações anuais de um financiamento realizado com a taxa efetiva de 8% ao ano, no regime de juros compostos, sabendo-se que o valor do principal é de $ 1.000,00 e que o prazo da operação é de quatro anos. 4) Determinar o valor do investimento necessário para garantir um recebimento anual de $ 10.000,00 no final de cada um dos próximos oito anos, sabendo-se que esse investimento é remunerado com uma taxa efetiva de 10% ao ano, no regime de juros compostos. MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves 1) Você gostaria de se aposentar daqui a trinta anos e de ter acumulado ao final deste tempo a quantia de R$ 1.000.000,00. Sabendo-se que a taxa de remuneração que você conseguirá obter mensalmente é de 0,7% ao mês. Calcule o valor mensal dos depósitos que você deverá efetuar ao longo deste período. (R: R$ 618,38) 2) Utilizando o exercício anterior, imagine que você gostaria de receber em regime de aposentadoria de forma perpétua a partir do final do período o valor de R$ 5.000,00. Qual deverá ser a taxa de juros de remuneração para alcançar seu objetivo? (R: 0,5% a.m.) 3) Adotando como referência a sua idade hoje, planeje a sua aposentadoria: a) determine com quantos anos você deseja parar de trabalhar. b) imagine que a taxa de juros que você deverá considerar seja de 0,7% a.m. c) estabeleça qual o valor que você gostaria de receber de aposentadoria mensal. d) calcule o valor dos depósitos que você deverá fazer mensalmente para conseguir o que você planejou. (simulação: jovem com 25 anos e deseja se aposentar aos 60 anos com uma renda de R$ 10.000,00 por mês) = (R: PMT=$ 564,24 e VF=$ 1.428.571,43) MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Séries Uniformes – COM PERÍODOS DE CARÊNCIA Valor Presente de Prestações com períodos de carência: VP = PMT x [ (1+i)n - 1 / (1+i)n + m x i ] Valor das Prestações com períodos de carência: PMT = VP x [ (1+i) n + m x i / (1+i)n - 1 ] onde: m = período de carência MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Um empréstimo de R$ 50.000,00 deverá ser liquidado em 12 pagamentos mensais Iguais, à taxa efetiva de juros de 3% a.m. Sabendo-se que está estipulado para a operação o período de carência de 5 meses, calcular o pagamento mensal a ser efetuado. Dados: VP = 50.000 ; n = 12 ; i = 3% a.m. ; m = 5 meses ; PMT ? PMT = VP x [ (1+i) n + m x i / (1+i)n - 1 ] PMT = 50.000 x [ (1+0,03)12+5 x 0,03 / (1+0,03)12 - 1 ] PMT = 50.000 x [ 0,049585429 / 0,425760887 ] PMT = 50.000 x 0,116463091 PMT = R$ 5.823,15 Exercícios: MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves Determinada dívida deverá ser liquidada em 18 pagamentos iguais de R$ 2.998,55. Sabendo-se que está envolvido na operação o período de carência de 6 meses e que a taxa de juros é de 4% a.m., calcular o valor da dívida. Dados: PMT = R$ 2.998,55 ; n = 18 ; i = 4% a.m. ; m = 6 meses ; VP = ? VP = PMT x [ (1+i)n - 1 / (1+i)n + m x i ] VP = 2.998,55 x [ (1+0,04)18 - 1 / (1+0,04)18+6 x 0,04 ] VP = 2.998,55 x [ 1,025816515 / 0,102532167 ] VP = 2.998,55 x 10,00482628 PMT = R$ 30.000,00 Exercícios: MATEMÁTICA FINANCEIRA Antonio Gonçalves CALCULADORA FINANCEIRA HP 12C
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