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Agentes que causam lesão nos microtúbulos

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1 
FARMACOLOGIA 
Geovana Silveira MED XI As Bases Farmacológicas da Terapêutica – 12° edição 
 
Agentes que causam lesão nos microtúbulos 
Alcaloides da vinca 
 Extraídos de uma planta 
 São agentes específicos do ciclo celular, bloqueiam as células em mitose 
 Se ligam a beta tubulina e bloqueiam sua polimerização com a alfa tubulina → interfe na formação do 
fuso mitótico 
 Tem resistência cruzada 
 Metabolizados pelo fígado e excretados na bile 
Vimblastina 
 Administrado por via intravenosa 
 Meia-vida de 23h 
 É vesicante 
 Usada para tumores testiculares metastáticos, linfomas Hodgkin, neuroblastoma e carcinoma de mama 
 Efeitos adversos → manifestações neurológicas discretas, alterações no TGI, secreção anormal do 
hormônio antidiurético, queda de cabelo, estomatite e dermatite 
Vincristina 
 Mais bem tolerada por crianças 
 Meia-vida de 20h 
 Usada para leucemia e sarcomas infantil 
 É vesicante 
 Efeitos adversos → toxicidade neurológica, constipação grave, alopecia, trombocitopenia, cólica, anemia, 
secreção anormal do hormônio antidiurético 
Vinorelbina 
 Meia-vida de 24h 
 Toxicidade hematológica, reações alérgicas e alterações nas enzimas hepáticas 
 Usada para carcinoma de pulmão de células não pequenas 
Taxanos 
 Inibe a mitose, formando microtúbulos mutados e em excesso, que não conseguem se desmontar 
 Paclitaxel → hidrossolubilidade limitada, promove hipersensibilidade, pacientes que recebem esse 
medicamento fazem um tratamento prévio (corticoesteroides, antagonistas H1,...), administrado como 
infusão, meia-vida de 10h-14h, tem mielossupressão, neuropatia periférica, mucosite 
 Nab-paclitaxel → mais seguro que o paclitaxel, administrado por via intravenosa, meia-vida de 12h, 
metabolizado pelo fígado, mais neuropatia que os outros 
 Docetaxel → o mais seguro de todos, mais mielossupressão que os outros, provoca também retenção 
hídrica 
 Todos possuem interações medicamentosas 
 Usados para câncer de ovário, mama, pulmão, TGI, geniturinário, cabeça e pescoço metastáticos 
2 
FARMACOLOGIA 
Geovana Silveira MED XI As Bases Farmacológicas da Terapêutica – 12° edição 
 
Antibióticos 
Dactinomicina 
 Se liga ao DNA de dupla hélice, gerando instabilidade no complexo formado e a transcrição pela RNA-
polimerase é bloqueada 
 Inibe as células em rápida proliferação 
 Administração intravenosa 
 Metabolismo mínimo 
 Excretado na bile e na urina 
 Meia-vida de 36h 
 Não atravessa BHE 
 Usada para rabdomiossarcomas, tumor de Wilms, sarcomas e coriocarcinomas 
 Efeitos adversos → relacionados ao TGI, meilossupressão, glossite, queilite, ulcerações da mucosa oral, 
manifestações dermatológicas 
Antraciclinas e antracenedionas 
 Intercalam-se com o DNA, afetando a transcrição e inibem a religação do DNA por inibição da 
topoisomerase II 
 Produzem radicais livres 
 Idarrubicina → meia-vida de 15h, se acumula no plasma, apresenta a menor cardiotoxicidade, produz 
mielossupressão, estomatite, alopecia, distúrbios no TGI e exantema 
 Doxorrubicina → administrada por via intravenosa, metabolismo hepático, excreção biliar, meia-vida de 
30h, pode deixar a urina vermelha, usado para linfomas, sarcomas e carcinoma de mama, pode dar 
mielossupressão, estomatite, mucosite, diarreia, alopecia, estrias eritematosas, rubor facial e conjuntivite 
 Não atravessam a BHE 
Epipodofilotoxinas 
 Se ligam a topoisomerase II e inibem o reparo da quebra do DNA 
 Fase S e G2 são mais sensíveis 
Etopósido 
 Administração oral, com absorção de 50% 
 Meia-vida de 6h-8h 
 Excreção renal 
 Usado para câncer testicular, carcinoma de pulmão de pequenas células, mielossupressão, sintomas do 
TGI, alopecia e hepatotoxicidade 
 Pode acontecer hipotensão, broncoespasmos, linfomas, leucemias e sarcomas 
Tenipósido 
 Administrado por via intravenosa 
 Excretado na urina 
 Metabolizado pelo fígado 
3 
FARMACOLOGIA 
Geovana Silveira MED XI As Bases Farmacológicas da Terapêutica – 12° edição 
 
 Usado para leucemias 
 Efeitos adversos → mielossupressão, náuseas e vômitos 
Fármacos com mecanismos de ação diversa 
Bleomicina 
 Clivam o DNA 
 Usado para linfomas de Hodgkin e tumores testiculares 
 Efeito mielossupressor é mínimo 
 Efeitos adversos → efeitos cutâneos incomuns, fibrose pulmonar 
 Promove acúmulo de células na fase G2, com aberrações cromossômicas 
 Gera radicais livres 
 Degrada por uma hidrolase específica, tendo baixa concentração no pulmão e na pele 
 Pode ser administrada por via intravenosa, subcutânea, intramuscular e diretamente na bexiga 
 Atravessa um pouco a BHE 
 Meia-vida de 3h 
 Excretado na urina 
 Pouca mielossupressão, mas muitos efeitos tóxicos cutâneos, toxicidade pulmonar, hipertermia, náuseas, 
vômitos, cefaleia, hipotensão e colapso cardiorrespiratório 
Mitomicina 
 Agente alquilante bi/trifuncional 
 Inibe a síntese e DNA e estabelece ligações cruzadas 
 Administrada por via intravenosa 
 Meia-vida d 25min-90min 
 Metabolismo hepático 
 Excretado na bile e urina 
 Usada para câncer e patologias oftálmicas 
 Mielossupressão, náuseas, vômitos, estomatite, diarreia, exantema, febre e mal-estar, síndrome 
hemolítico-urêmica, insuficiência renal, anormalidades neurológicas, fibrose pulmonar e ICC 
Enzimas 
L-asparaginase 
 Antileucêmica 
 Leucemias precisam da asparagina em grande quantidade e a L-asparaginase cliva essa proteína, levando 
à morte celular 
 Administrada via intramuscular ou intravenosa 
 Meia-vida de 24h 
 Em pacientes hipersensíveis, os anticorpos podem neutralizar essa enzima 
 Produz reações de hipersensibilidade, inibição da síntese da proteínas em tecidos normais (leva a 
hiperglicemia, hipertrigliceridemia, dificuldades na coagulação) e rebaixamento do sistema imune 
Hidroxiureia 
4 
FARMACOLOGIA 
Geovana Silveira MED XI As Bases Farmacológicas da Terapêutica – 12° edição 
 
 Inibe crescimento de leucemias e tumores sólidos 
 É radiossensibilizante e indutor da hemoglobina fetal 
 Inibe uma enzima importante em uma etapa limitadora da velocidade na biossíntese do DNA 
 Específica da fase S → ela para a fase G1-S 
 Potencializa efeitos antiproliferativos de agentes que lesam o DNA e facilita a incorporação de 
antimetabólitos 
 Degrada o p21 
 Biodisponibilidade oral chega a 100% 
 Meia-vida de 4,5h 
 Atravessa a BHE e aparece no leite 
 Raramente usada em monoterapia 
 Produz mielossupressão, pneumonite intersticial descamativa, distúrbios GI, reações dermatológicas 
leves, estomatite, alopecia e alterações neurológicas 
 É teratógeno

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