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DIREITO
ADMINISTRATIVO
SEMANA ESPECIAL OAB
PROF. IGOR MACIEL
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
@ Prof. Igor Maciel
Igor Maciel
Advogado. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF.
profigormaciel@gmail.com 
@ Prof Igor Maciel
REVISÃO SEMANA ESPECIAL OAB
XXVI EXAME
@Prof Igor Maciel
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
❑ Para executar sua atividade administrativa de forma plena, o Estado utiliza os seguintes
meios:
❑ Órgãos;
❑ Entidades;
❑ Agentes públicos;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
❑ Órgãos
❑ Não possuem personalidade jurídica;
❑ Elementos despersonalizados;
❑ Integram a estrutura da Administração;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
Administração Pública
Órgãos
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
❑ Entidades
❑ Possuem personalidade jurídica;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
❑ Centralização
❑ Atuação do Estado de forma direta na prestação de atividades administrativas e serviços
públicos, por meio dos agentes públicos que estão vinculados à Administração Pública;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
❑ Descentralização e Desconcentração
❑ Na DESCENTRALIZAÇÃO o Estado outorga ou delega, alguma atribuição de sua competência
para que outra pessoa jurídica a execute;
❑ Passam a existir duas pessoas distintas, o Estado e a nova pessoa designada pra a execução
do serviço;
❑ Apesar de o Estado repassar determinada atribuição, NÃO EXISTE hierarquia na relação fruto
da descentralização. É verdade que há um vínculo entre essas duas pessoas, mas sem
subordinação (possibilidade de recurso hierárquico impróprio);
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
❑ Descentralização e Desconcentração
❑ Já na DESCONCENTRAÇÃO, não se fala em duas pessoas jurídicas, apenas uma organização
interna dentro de uma;
❑ Determinada entidade vai distribuir competências dentro da mesma pessoa, criando os
órgãos. Com essa repartição de competências, espera-se que a prestação de serviços fique
mais ágil e eficiente;
❑ Por ser apenas uma forma de organização interna, dentro de uma mesma pessoa jurídica,
EXISTE hierarquia e subordinação.
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
❑ Descentralização e Desconcentração – Como decorar?
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
DesCOncentração Cria Órgãos
SEM 
personalidade 
jurídica
DesCEntralização Cria Entidades
COM 
personalidade 
jurídica
Organização da Administração Pública
FGV - OAB UNI NAC/OAB/III Exame/2010 
É correto afirmar que a desconcentração administrativa ocorre quando um 
ente político 
a) cria, mediante lei, órgãos internos em sua própria estrutura para 
organizar a gestão administrativa. 
b) cria, por lei específica, uma nova pessoa jurídica de direito público para 
auxiliar a administração pública direta. 
c) autoriza a criação, por lei e por prazo indeterminado, de uma nova pessoa 
jurídica de direito privado para auxiliar a administração pública. 
d) contrata, mediante concessão de serviço público, por prazo determinado, 
uma pessoa jurídica de direito público ou privado para desempenhar uma 
atividade típica da administração pública. 
Organização da Administração Pública
FGV - OAB UNI NAC/OAB/III Exame/2010 
É correto afirmar que a desconcentração administrativa ocorre quando um 
ente político 
a) cria, mediante lei, órgãos internos em sua própria estrutura para 
organizar a gestão administrativa. 
b) cria, por lei específica, uma nova pessoa jurídica de direito público para 
auxiliar a administração pública direta. 
c) autoriza a criação, por lei e por prazo indeterminado, de uma nova pessoa 
jurídica de direito privado para auxiliar a administração pública. 
d) contrata, mediante concessão de serviço público, por prazo determinado, 
uma pessoa jurídica de direito público ou privado para desempenhar uma 
atividade típica da administração pública. 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
❑ Entende-se por Administração Direta o complexo de órgãos pertencentes à determinada
pessoa política;
❑ A execução das atividades na Administração Direta dar-se de forma centralizada;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
❑ Órgãos não possuem capacidade processual;
❑ Exceções: - Mandado de Segurança na defesa de suas prerrogativas e
competências.
❑ Classificação dos órgãos:
❑ Estrutura
❑ Simples – não possuem subdivisões.
❑ Compostos – diversos órgão menores.
❑ Atuação funcional
❑ Singulares – decisões dependem de um agente.
❑ Colegiados – decisões tomadas conjuntamente.
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
❑ A Administração Indireta é caracterizada pelo conjunto de pessoas jurídicas, sem autonomia
política, que exercem de forma descentralizada determinadas atividades administrativas.
❑ Autarquias;
❑ Empresas Públicas;
❑ Sociedades de Economia Mista;
❑ Fundações Públicas;
❑ Consórcios Públicos (associações públicas), também integram à Administração Pública.
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
❑ Supervisão Ministerial – vínculo da Administração direta com a indireta.
❑ As entidades que fazem parte da Administração Indireta, já citadas anteriormente, devem ser
instituídas para atender um finalidade específica.
❑ Criação por meio de lei específica;
❑ Personalidade jurídica própria;
❑ Patrimônio próprio;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
❑ Autarquias
❑ Pessoa jurídica de direito público;
❑ Criada por lei;
❑ Com capacidade de autoadministração;
❑ Desempenha serviço público descentralizado.
❑ Exemplos: INSS, Universidades Federais, Banco Central, DNIT (...);
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
❑ Autarquias
❑ Desenvolvem atividades próprias e típicas de Estado;
❑ Serviço prestado de forma técnica, especializada;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
Organização da Administração Pública
FGV - OAB UNI NAC/OAB/VIII Exame/2012 
Quanto às pessoas jurídicas que compõem a Administração Indireta, assinale 
a afirmativa correta. 
a) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei. 
b) As autarquias são pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei. 
c) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público, criadas por 
lei. 
d) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas 
para o exercício de atividades típicas do Estado. 
Organização da Administração Pública
FGV - OAB UNI NAC/OAB/VIII Exame/2012 
Quanto às pessoas jurídicas que compõem a Administração Indireta, assinale 
a afirmativa correta. 
a) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por 
lei. 
b) As autarquias são pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei. 
c) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito público, criadas por 
lei. 
d) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas 
para o exercício de atividades típicas do Estado. 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
❑ Fundações Públicas
❑ Pessoas jurídicas de direito público ou privado;
❑ Sem fins lucrativos;
❑ Criadas com autorização legislativa;
❑ Para executar atividades que não exijam execução por órgãosou entidades de direito
público;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
❑ Fundações Públicas
❑ Autonomia administrativa;
❑ Patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção;
❑ Funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
❑Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas;
❑ Pessoas Jurídicas de Direito Privado;
❑ Criadas por autorização legal, como sociedades anônimas (SEM), cujo controle
acionário pertença ao Poder Público ou qualquer tipo empresarial (EP);
❑ Exploram atividades de caráter econômico;
❑ Podem prestar serviços públicos;
❑ Exemplos: Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica Federal;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
❑ Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas;
❑ Constituição Federal:
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos 
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme 
definidos em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de 
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de 
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo 
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive 
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
EMPRESAS ESTATAIS
❑ Qual a diferença da empresa pública para a sociedade de economia mista?
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
Traços comuns Traços distintos 
▪ Criação e extinção autorizadas por lei. 
▪ Personalidade jurídica de direito privado. 
▪ Sujeição ao controle estatal. 
▪ Derrogação parcial do regime de direito 
privado por normas de direito público. 
▪ Vinculação aos fins definidos na lei 
instituidora. 
▪ Desempenho de atividade de natureza 
econômica e, em algumas ocasiões, a 
prestação de serviços públicos. 
▪ Forma de organização (EP = qualquer forma 
admitida em direito; SEM = sociedade 
anônima). 
▪ Composição do capital (EP = capital público; 
SEM = capital público e privado). 
EMPRESAS ESTATAIS
❑ Ambos possuem empregados públicos;
❑ Regime CLT;
❑ Necessário concurso público e tratamento isonômico nas demissões;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
Organização da Administração Pública
FGV - OAB UNI NAC/OAB/XVII Exame/2015 
Após autorização em lei, o Estado X constituiu empresa pública para atuação 
no setor bancário e creditício. Por não possuir, ainda, quadro de pessoal, foi 
iniciado concurso público com vistas à seleção de 150 empregados, entre 
economistas, administradores e advogados. 
A respeito da situação descrita, assinale a afirmativa correta. 
a) Não é possível a constituição de empresa pública para exploração direta 
de atividade econômica pelo Estado. 
b) A lei que autorizou a instituição da empresa pública é, obrigatoriamente, 
uma lei complementar, por exigência do texto constitucional. 
c) Após a Constituição de 1988, cabe às empresas públicas a prestação de 
serviços públicos e às sociedades de economia mista cabe a exploração de 
atividade econômica. 
d) A empresa pública que explora atividade econômica sujeita-se ao regime 
trabalhista próprio das empresas privadas, o que não afasta a exigência de 
concurso público. 
Organização da Administração Pública
FGV - OAB UNI NAC/OAB/XVII Exame/2015 
Após autorização em lei, o Estado X constituiu empresa pública para atuação 
no setor bancário e creditício. Por não possuir, ainda, quadro de pessoal, foi 
iniciado concurso público com vistas à seleção de 150 empregados, entre 
economistas, administradores e advogados. 
A respeito da situação descrita, assinale a afirmativa correta. 
a) Não é possível a constituição de empresa pública para exploração direta 
de atividade econômica pelo Estado. 
b) A lei que autorizou a instituição da empresa pública é, obrigatoriamente, 
uma lei complementar, por exigência do texto constitucional. 
c) Após a Constituição de 1988, cabe às empresas públicas a prestação de 
serviços públicos e às sociedades de economia mista cabe a exploração de 
atividade econômica. 
d) A empresa pública que explora atividade econômica sujeita-se ao 
regime trabalhista próprio das empresas privadas, o que não afasta 
a exigência de concurso público. 
EMPRESAS ESTATAIS
❑ STF e STJ – Lento processo de “autarquização” das estatais;
❑ Iniciado com a ECT;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
EMPRESAS ESTATAIS
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
O recorrente foi denunciado perante a Justiça comum estadual pela prática de 
receptação dolosa de uma balança de precisão furtada da Empresa de Correios e 
Telégrafos (ECT). (...) Primeiro, note-se que as empresas estatais (empresas 
públicas e sociedades de economia mista) são dotadas de personalidade jurídica de 
direito privado, mas possuem regime híbrido, a depender da finalidade da estatal: 
se presta serviço público ou explora a atividade econômica, predominará o regime 
público ou o privado. É certo que a ECT é empresa pública, pessoa jurídica de 
direito privado, prestadora de serviço postal, que, conforme o art. 21, X, 
da CF/1988, é de natureza pública e essencial, encontrando-se aquela 
empresa, por isso, sob o domínio do regime público. Ela é mantida pela União 
e seus bens pertencem a essa mantenedora, consubstanciam propriedade pública 
e estão integrados à prestação de serviço público. Daí que eles são 
insusceptíveis de qualquer constrição que afete a continuidade, 
regularidade e qualidade da prestação do serviço. Nesse contexto, vê-se que 
é plenamente justificada a tutela a bens, serviços e interesses da União diante do 
furto de bem pertencente à ECT, razão pela qual se atraiu a competência da Justiça 
Federal (art. 109, IV, da CF/1988), vista a conexão entre o furto (principal) e a 
receptação em questão (acessório). Também se acha albergada nessa tutela a 
incidência da referida majorante, não se podendo falar que foi dada, no caso, uma 
interpretação extensiva desfavorável ao conceito de bens da União. (...) 
Precedentes citados do STF: AgRg no RE 393.032-MG, DJe 18/12/2009; RE 
398.630-SP, DJ 17/9/2004, e QO na ACO 765-RJ, DJe 4/9/2009. REsp 894.730-
RS, Rel. originária Min. Laurita Vaz, Rel. para acórdão Min. Arnaldo Esteves 
Lima, julgado em 17/6/2010. (grifo nosso) 
EMPRESAS ESTATAIS
❑ O STF também reconheceu alguns direitos a Sociedades de Economia Mista;
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Constitucional. Sociedade de 
economia mista. Regime de precatório. Possibilidade. Prestação de serviço público 
próprio do Estado. Natureza não concorrencial. Precedentes. 1. A jurisprudência 
da Suprema Corte é no sentido da aplicabilidade do regime de precatório 
às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio 
do Estado e de natureza não concorrencial. 2. A CASAL, sociedade de economia 
mista prestadora de serviços de abastecimento de água e saneamento no Estado 
do Alagoas, presta serviço público primário e em regime de exclusividade, o qual 
corresponde à própria atuação do estado, haja vista não visar à obtenção de lucro 
e deter capital social majoritariamente estatal. Precedentes. 3. Agravo regimental 
não provido. 
 
(RE 852302 AgR, Relator(a): Min.DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 
15/12/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-037 DIVULG 26-02-2016 PUBLIC 29-02-
2016) 
EMPRESAS ESTATAIS
❑ Quanto às Estatais:
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
RESUMO
Organização da Administração Pública
@Prof Igor Maciel
Entidade Natureza jurídica Aquisição de 
personalidade jurídica 
Autarquia Direito público Vigência da lei criadora 
Empresas públicas e 
Sociedades de 
economia mista 
Direito privado Registro do ato 
constitutivo* 
Fundações Direito público Vigência da lei criadora 
Direito privado Registro do ato 
constitutivo* 
BENS PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS
❑ Artigo 98, Código Civil
❑ Bens da União, Estados, Municípios e respectivas autarquias e
fundações.
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas 
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa 
a que pertencerem. 
BENS PÚBLICOS
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Pessoa Jurídica de Direito 
Público
Incluem-se no 
Conceito
União
Estados
Municípios
Distrito Federal 
e Territórios
Autarquia
Fundação 
Pública
Não se incluem no 
Conceito
Empresas 
Públicas
Sociedades 
de Economia 
Mista
BENS PÚBLICOS
❑ Características:
❑ Imprescritibilidade – não se pode adquirir um bem público por
usucapião.
❑ Impenhorabilidade – os créditos da Fazenda Pública devem ser
satisfeitos através de precatórios.
❑ Não onerabilidade – não podem ser dados em garantia.
❑ Inalienabilidade – bens afetados não podem ser alienados.
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS
❑ Classificação:
❑ Bens de uso comum do povo – utilização geral pelos indivíduos
Ex: ruas, praças, mares e rios.
❑ Bens de uso especial – destinados à execução de serviços
administrativos e dos serviços públicos em geral. Ex: prédios de
repartições pública, escolas públicas, hospitais públicos.
❑ Bens dominicais – sem destinação definida.
Ex: terras devolutas, prédios públicos desativados.
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS
Lembrem-se!
❑ Os imóveis públicos não podem ser adquiridos por usucapião. Não há exceções!
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
BENS PÚBLICOS
❑ Alienação
❑ Apenas os bens públicos dominicais podem ser alienados, observando as devidas
exigências legais;
❑ Código Civil
❑ As exigências são: demonstração de interesse público, prévia avaliação, licitação e no
caso de imóveis, prévia autorização legislativa (Lei 8.666/93, Artigo 17).
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei. 
AFETAÇÃO X DESAFETAÇÃO
❑ Afetação – destinação de um bem público à finalidade pública, determinando bem de
uso comum do povo ou bem de uso especial;
❑ Desafetação – fato administrativo que retira o destino público, deixando o bem de
servir a uma finalidade pública.
❑ E os bens das estatais?
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
EMPRESAS ESTATAIS
❑ Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas;
❑ Pessoas Jurídicas de Direito Privado;
❑ Bens Privados – Não se aplica o regime dos bens públicos;
❑ Constituição Federal:
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos 
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme 
definidos em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de 
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de 
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo 
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive 
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
EMPRESAS ESTATAIS
❑ STF e STJ – Lento processo de “autarquização” das estatais;
❑ Iniciado com a ECT;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
EMPRESAS ESTATAIS
❑ O STF também reconheceu alguns direitos a Sociedades de Economia Mista;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Constitucional. Sociedade de 
economia mista. Regime de precatório. Possibilidade. Prestação de serviço público 
próprio do Estado. Natureza não concorrencial. Precedentes. 1. A jurisprudência 
da Suprema Corte é no sentido da aplicabilidade do regime de precatório 
às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio 
do Estado e de natureza não concorrencial. 2. A CASAL, sociedade de economia 
mista prestadora de serviços de abastecimento de água e saneamento no Estado 
do Alagoas, presta serviço público primário e em regime de exclusividade, o qual 
corresponde à própria atuação do estado, haja vista não visar à obtenção de lucro 
e deter capital social majoritariamente estatal. Precedentes. 3. Agravo regimental 
não provido. 
 
(RE 852302 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 
15/12/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-037 DIVULG 26-02-2016 PUBLIC 29-02-
2016) 
EMPRESAS ESTATAIS
❑ Os bens das estatais estão afetados a um serviço público?
❑ Regime jurídico de bens públicos;
❑ Aplica-se a impenhorabilidade;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑ A Administração pode outorgar a determinados particulares o uso privativo dos bens
públicos, independente da categoria a que pertençam;
❑ Juízo de conveniência e oportunidade do Administrador;
❑ Artigo 103, Código Civil:
❑ Quais os instrumentos utilizados pela Administração?
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑Autorização de uso de bem público;
❑ Ato administrativo que consente ao particular a utilização de bem público de modo
privativo;
❑ Atendimento ao interesse privado;
❑ Ato discricionário e precário;
❑ Revogável sem direito de indenização;
❑ Desnecessidade de licitação;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑Autorização de uso de bem público;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Ato Discricionário
Precário
Sem prazo de duração
Sem prévia licitação
Revogável a qualquer tempo sem 
indenização
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑Permissão de uso de bem público;
❑ Ato unilateral, discricionário e precário.
❑ Autoriza ao individuo a utilização privada do bem público;
❑ Atende ao interesse público e privado;
❑ Revogável a qualquer tempo sem indenização ao particular;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑Permissão de uso de bem público;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Ato Discricionário
Precário
Sem prazo de duração
Necessária prévia licitação, apesar 
de se um ato administrativo
Revogável a qualquer tempo sem 
indenização
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑Concessão de uso de bem público;
❑ Contrato administrativo;
❑ Confere a pessoa determinada o uso privativo de bem público;
❑ Revogável a qualquer tempo;
❑ Possível indenização ao particular;
❑ Pode ser gratuita ou remunerada.
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑Concessão de uso de bem público;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Contrato Administrativo
Não Precário
Com prazo de duração
Necessária prévia licitação
Rescisão nas hipóteses legais com
indenização (se a causa não for 
imputada ao concessionário)UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑Concessão de Direito real de uso;
❑ Direito de natureza real;
❑ Para Carvalho Filho:
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Concessão de direito real de uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder 
Público confere ao particular o direito real resolúvel de uso de terreno público ou 
sobre o espaço aéreo que o recobre, para os fins que, prévia e determinantemente, 
o justificaram. 
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑Concessão de Direito real de uso;
❑ Exclusivo para a União e está previsto no DL 271/67:
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Art. 7o É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares 
remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real 
resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse 
social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, 
aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das 
comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras 
modalidades de interesse social em áreas urbanas. (Redação dada pela Lei nº 
11.481, de 2007) 
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑Concessão de Uso Especial para fins de moradia;
❑ Previsto no Estatuto das Cidades;
❑ Objetivo de Regularização Fundiária;
❑ Concessão de terrenos públicos a pessoas de baixa renda, já que não possuem direito
a adquirir a propriedade por usucapião;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
UTILIZAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
❑Concessão de Uso Especial para fins de moradia;
❑ Previsto na MP 2.220/2001:
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Art. 1º Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco 
anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros 
quadrados de imóvel público situado em área com características e finalidade 
urbana, e que o utilize para sua moradia ou de sua família, tem o direito à concessão 
de uso especial para fins de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde 
que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel 
urbano ou rural. 
§ 1o A concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma 
gratuita ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 
§ 2o O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo 
concessionário mais de uma vez. 
§ 3o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, na 
posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da 
sucessão. 
 
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
❑ Particular ocupa irregularmente bem público;
❑ Se o poder público retira particular que ocupa imóvel público irregularmente, caberá
direito a indenização por benfeitorias realizadas?
❑ Código Civil, artigo 1.219:
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias 
necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a 
levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de 
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
❑ Para o STJ, contudo:
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
nos casos em que o bem público foi ocupado irregularmente, a pessoa não tem 
direito de ser indenizada pelas acessões feitas, assim como não tem direito à 
retenção pelas benfeitorias realizadas, mesmo que fique provado que estava 
de boa-fé. 
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
❑ A ocupação irregular de bem público não pode ser caracterizada como posse, mas
mera detenção;
❑ Natureza precária;
❑ Possuidor é aquele que exerce de fato algum dos poderes inerentes à propriedade
(artigo 1.196, Código Civil), sendo a posse adquirida desde o momento em que se
torna possível o exercício em nome próprio destes poderes (artigo 1.204, Código
Civil).
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não,
de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em
nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
❑ Apenas pode ser reconhecida a posse a quem se comporta como proprietário do bem;
❑ Contudo, os bens públicos jamais serão adquiridos por usucapião;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Artigo 183. 
 
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
 
Artigo 191. 
 
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.’ 
 
Código Civil 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
❑ É característica dos bens públicos a imprescritibilidade;
❑ O particular não se comporta como posseiro pois jamais obterá a propriedade;
❑ Assim, a ocupação de área pública, quando irregular, não pode ser reconhecida como
posse, mas como mera detenção, eis que seu titular não exerce quaisquer dos
poderes inerentes à propriedade;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de 
dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento 
de ordens ou instruções suas. 
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
❑ Poderá o ente público proceder à desocupação do bem ocupado pelo particular
irregularmente instalado independentemente o pagamento de qualquer benfeitoria
feita no imóvel;
❑ Não enseja enriquecimento sem causa (administração terá um custo para demolir);
❑ Eventual omissão do governante não pode afastar a aplicação da norma legal,
devendo ensejar a responsabilização dos agentes públicos e não a aquisição de
direitos por parte dos particulares;
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
OCUPAÇÃO IRREGULAR DE BEM 
PÚBLICO
❑ Segundo o STJ:
Bens Públicos
@Prof Igor Maciel
PROCESSUAL E ADMINISTRATIVO. OMISSÃO. VÍCIO NÃO CONFIGURADO. BEM 
PÚBLICO. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. OCUPAÇÃO IRREGULAR. INDENIZAÇÃO POR 
MELHORIAS. DESCABIMENTO. 
1. Não há violação do art. 535 do CPC/1973 quando o acórdão recorrido fundamenta 
claramente seu posicionamento de modo a prestar a jurisdição que lhe foi 
postulada. 
2. A ocupação irregular de imóvel público, que caracteriza simples 
detenção, e não posse, não gera direito à indenização de supostas 
melhorias executadas no bem. Precedentes. 
3. Recurso especial provido em parte. 
(REsp 1403126/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
26/09/2017, DJe 29/09/2017) 
INTERVALO
@ Prof. Igor Maciel
Igor Maciel
Advogado. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF.
profigormaciel@gmail.com 
@ Prof Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVIL 
DO ESTADO
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVIL
❑ Responsabilidade Civil Objetiva x Responsabilidade Civil Subjetiva (diferenças);
❑ Teoria do Risco Administrativo X Teoria do Risco Integral
❑ Estado poderá alegar causas de redução ou exclusão de sua responsabilidade;
❑ Responsabilidade Civil Objetiva;
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVILConstituição Federal 
Art. 37. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa. 
Código Civil 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente 
responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem 
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do 
dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
Responsabilidade Civil
@Prof IgorMaciel
Item Verdadeiro.
CESPE – PGE/AM - 2016
Acerca de direitos da personalidade, responsabilidade civil objetiva e prova de fato jurídico,
julgue o item seguinte.
A teoria da responsabilidade civil objetiva aplica-se a atos ilícitos praticados por agentes de
autarquias estaduais.
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
Item Verdadeiro.
CESPE – PGM/FOR - 2017
A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o item.
Situação hipotética: Um veículo particular, ao transpassar indevidamente um sinal vermelho,
colidiu com veículo oficial da Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza, que trafegava na
contramão.
Assertiva: Nessa situação, não existe a responsabilização integral do Estado, pois a culpa
concorrente atenua o quantum indenizatório.
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO 
LÍCITO
❑ Possível;
❑ Dano precisa ser anormal e específico;
❑ Exceder o limite do razoável;
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
ATOS COMISSIVOS X OMISSIVOS
❑ Responsabilidade Civil Subjetiva;
❑ Exceções?
❑ Dever de guarda;
❑ Presídio, Hospitais Psiquiátricos, Creches;
❑ Suicídio, assassinato, lesões;
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
ESTADO X PRESÍDIO
❑ Deve o Estado indenizar o presidiário sujeito a condições degradantes?
❑ Tradicionalmente, não;
❑ Contraditório;
❑ Opinião do STJ;
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
ESTADO X PRESÍDIO
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
Responsabilidade civil do Estado: superpopulação carcerária e dever de 
indenizar – 4 
Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em 
seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento 
jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a 
obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos 
detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de 
encarceramento. 
RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, 
julgamento em 16.2.2017. (RE-580252) 
PRESTADORES DE SERVIÇOS
PÚBLICOS
❑ Responsabilidade objetiva;
❑ E se o particular não for usuário do serviço?
❑ Exemplos: Choque, Atropelado por motorista de ônibus;
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
Constituição Federal 
Art. 37. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa. 
PRESTADORES DE SERVIÇOS
PÚBLICOS
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se orienta no sentido de 
que as pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de serviço 
público, respondem objetivamente pelos prejuízos que causarem a 
terceiros usuários e não usuários do serviço. 
VÍTIMA E AÇÃO CONTRA O 
AGENTE
❑ De acordo com o artigo 37, parágrafo 6º, da CF:
❑ Responsabilidade Civil do Agente: subjetiva;
❑ STF e a dupla garantia;
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
Constituição Federal 
Artigo 37. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa. 
VÍTIMA E AÇÃO CONTRA O AGENTE
STF e dupla garantia:
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
a) Uma em favor do particular lesado, considerando que a 
Constituição assegurou que ele poderá ajuizar ação de 
indenização contra o Estado sem ter que provara 
eventual conduta culposa ou dolosa do agente público; 
 
b) Já a segunda garantia é em favor do agente que causou 
o dano, visto que o artigo 37, parágrafo 6o, 
implicitamente teria afirmado que a vítima não poderá 
ajuizar a ação diretamente contra o servidor público que 
praticou o ato. Este só seria responsabilizado em caso de 
eventual ação regressiva após o Estado ter ressarcido o 
dano ao ofendido; 
Gabarito letra D.
FGV/OAB XIX EXAME - 2016
Um paciente de um hospital psiquiátrico estadual conseguiu fugir da instituição em que estava internado, ao
aproveitar um momento em que os servidores de plantão largaram seus postos para acompanhar um jogo
de futebol na televisão. Na fuga, ao pular de um viaduto próximo ao hospital, sofreu uma queda e, em razão
dos ferimentos, veio a falecer. Nesse caso,
a) o Estado não responde pela morte do paciente, uma vez que não configurado o nexo de causalidade entre
a ação ou omissão estatal e o dano.
b) o Estado responde de forma subjetiva, uma vez que não configurado o nexo de causalidade entre a ação
ou omissão estatal e o dano.
c) o Estado não responde pela morte do paciente, mas, caso comprovada a negligência dos servidores, estes
respondem de forma subjetiva.
d) o Estado responde pela morte do paciente, garantido o direito de regresso contra os servidores no caso
de dolo ou culpa.
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
Gabarito letra D.
FGV/OAB XXI EXAME - 2016
José, acusado por estupro de menores, foi condenado e preso em decorrência da execução de sentença
penal transitada em julgado. Logo após seu recolhimento ao estabelecimento prisional, porém, foi
assassinado por um colega de cela. Acerca da responsabilidade civil do Estado pelo fato ocorrido no
estabelecimento prisional, assinale a afirmativa correta.
a) Não estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque está
presente o fato exclusivo de terceiro, que rompe o nexo de causalidade, independentemente da
possibilidade de o Estado atuar para evitar o dano.
b) Não estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque não existe
a causalidade necessária entre a conduta de agentes do Estado e o dano ocorrido no estabelecimento
estatal.
c) Estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque o ordenamento
jurídico brasileiro adota, na matéria, a teoria do risco integral.
d) Estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque o poder público
tem o dever jurídico de proteger as pessoas submetidas à custódia de seus agentes e estabelecimentos.
@Prof Igor Maciel
Gabarito letra B.
FGV/OAB I EXAME - 2010
Manoel estava no interior de um ônibus da concessionária de serviço público municipal, empresa não
integrante da administração pública, quando o veículo derrapou em uma curva e capotou. Em razão desse
acidente, Manoel sofreu dano material e moral. Nessa situação hipotética, a responsabilidade será
a) objetiva e da concessionária, com prazo de prescrição de cinco anos, conforme previsto em lei especial.
b) subjetiva e da concessionária, com prazo de prescrição de cinco anos, conforme previsto no Código Civil.
c) objetiva e do município, com prazo prescricional de três anos, conforme previsto em lei especial.
d) subjetiva e do município, com prazo prescricional de três anos, conforme previsto no Código Civil.
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
Gabarito letra B.
FGV/OAB VI EXAME - 2011
Ambulância do Corpo de Bombeiros envolveu-se em acidente de trânsito com automóvel dirigido por
particular, que trafegava na mão contrária de direção. No acidente, o motorista do automóvel sofreu grave
lesão, comprometendo a mobilidade de um dos membros superiores. Nesse caso, é correto afirmar que
a) existe responsabilidade objetiva do Estado em decorrência da prática de ato ilícito, pois há nexo causal
entre o dano sofrido pelo particular e a conduta do agente público.
b) nãohaverá o dever de indenizar se ficar configurada a culpa exclusiva da vítima, que dirigia na contramão,
excluindo a responsabilidade do Estado.
c) não se cogita de responsabilidade objetiva do Estado porque não houve a chamada culpa ou falha do
serviço. E, de todo modo, a indenização do particular, se cabível, ficaria restrita aos danos materiais, pois o
Estado não responde por danos morais.
d) está plenamente caracterizada a responsabilidade civil do Estado, que se fundamenta na teoria do risco
integral.
Responsabilidade Civil
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS
CARGOS PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Brasileiros e Estrangeiros
❑ Todo brasileiro nato ou naturalizado poderá ter acesso aos cargos públicos;
❑ Os estrangeiros na forma da lei também poderão;
❑ Existem cargos privativos de brasileiros natos (Presidente, Vice Presidente, Ministro do
STF, Ministro da Defesa, dentre outros – artigo 12, parágrafo 3º, CF);
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Requisitos de acesso aos cargos públicos
❑ Requisitos previstos em lei;
CF. Art. 37.
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Requisitos de acesso aos cargos públicos
❑ Requisitos previstos em lei;
❑ O edital do concurso deve conter apenas exigências previstas em lei;
❑ Não pode a Administração impor restrições com base apenas em atos infralegais;
STF, Súmula 14 - Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade,
inscrição em concurso para cargo público.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Requisitos de acesso aos cargos públicos
❑ Possível estabelecer limite de idade em concurso público?
❑ Sim, desde que se justifique pela natureza do cargo (policial militar, por exemplo);
❑ Necessária previsão em lei e não apenas no edital;
Súmula 683 – STF – O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima
em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Requisitos de acesso aos cargos públicos
❑ E em que momento deve se comprovado o requisito idade? Na inscrição do concurso ou
na posse?
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO
EM 7.6.2017. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CURSO DE FORMAÇÃO DE
OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. LIMITE DE IDADE. PREVISÃO EM LEI.
MOMENTO DA COMPROVAÇÃO. INSCRIÇÃO NO CERTAME. 1. A idade estabelecida em lei e no
edital do certame deve ser comprovada no momento da inscrição no concurso. 2. Agravo
regimental a que se nega provimento, com previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021,
§ 4º, do CPC. Inaplicável o artigo 85, § 11, CPC, porquanto não houve fixação de honorários
anteriormente.
(ARE 979284 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 16/10/2017,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-247 DIVULG 26-10-2017 PUBLIC 27-10-2017)
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Requisitos de acesso aos cargos públicos
❑ E os demais requisitos para investidura no cargo?
Súmula 266 – STJ - O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido
na posse e não na inscrição para o concurso público.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Requisitos de acesso aos cargos públicos
❑ E limite de altura de candidatos, pode ser cobrado em concursos?
❑ Sim, desde que haja previsão em lei e no edital (STF – RE 640.284);
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Requisitos de acesso aos cargos públicos
❑ E o exame psicotécnico? Pode ser cobrado em concursos?
❑ Sim, desde que haja previsão em lei;
Súmula Vinculante 44 – STF - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação
de candidato a cargo público.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Requisitos de acesso aos cargos públicos
❑ Edital do concurso – Lei entre as partes;
❑ Edital pode ser alterado após a publicação?
❑ Não, por agredir o princípio da impessoalidade (aumentar a restrição ou facilitar o
acesso);
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Requisitos de acesso aos cargos públicos
MANDADO DE SEGURANÇA. PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO. CONSELHO NACIONAL DE
JUSTIÇA. CONCURSO PARA A MAGISTRATURA DO ESTADO DO PIAUÍ. CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO PARA AS
PROVAS ORAIS. ALTERAÇÃO DO EDITAL NO CURSO DO PROCESSO DE SELEÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM
DENEGADA. (...) 2. Após a publicação do edital e no curso do certame, só se admite a alteração das regras do
concurso se houver modificação na legislação que disciplina a respectiva carreira. Precedentes. (RE 318.106,
rel. min. Ellen Gracie, DJ 18.11.2005). (...) 4. A pretensão de alteração das regras do edital é medida que
afronta o princípio da moralidade e da impessoalidade, pois não se pode permitir que haja, no curso de
determinado processo de seleção, ainda que de forma velada, escolha direcionada dos candidatos
habilitados às provas orais, especialmente quando já concluída a fase das provas escritas subjetivas e
divulgadas as notas provisórias de todos os candidatos.
(MS 27160, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 18/12/2008, DJe-043 DIVULG
05-03-2009 PUBLIC 06-03-2009 EMENT VOL-02351-02 PP-00285 RSJADV maio, 2009, p. 41-46)
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
FGV - OAB UNI NAC/OAB/XVII EXAME/2015
O Estado X publicou edital de concurso público de provas e títulos para o cargo de analista administrativo. O
edital prevê a realização de uma primeira fase, com questões objetivas, e de uma segunda fase com questões
discursivas, e que os 100 (cem) candidatos mais bem classificados na primeira fase avançariam para a
realização da segunda fase. No entanto, após a divulgação dos resultados da primeira fase, é publicado um
edital complementar estabelecendo que os 200 (duzentos) candidatos mais bem classificados avançariam à
segunda fase e prevendo uma nova forma de composição da pontuação global.
Nesse caso,
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
FGV - OAB UNI NAC/OAB/XVII EXAME/2015
a) a alteração não é válida, por ofensa ao princípio da impessoalidade, advindo da adoção de novos critérios de
pontuação e da ampliação do número de candidatos na segunda fase.
b) a alteração é válida, pois a aprovação de mais candidatos na primeira fase não gera prejuízo aos candidatos e
ainda permite que mais interessados realizem a prova de segunda fase.
c) a alteração não é válida, porque o edital de um concurso público não pode conter cláusulas ambíguas.
d) a alteração é válida, pois foi observada a exigência de provimento dos cargos mediante concurso público de
provas e títulos.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
Letra A. 
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Concurso Público, prazo de validade e ordem de classificação
❑ Segundo o artigo 37, da CF:
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma
vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, nacarreira;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Concurso Público, prazo de validade e ordem de classificação
❑ Candidato aprovado dentro do número de vagas do edital, possui direito subjetivo a ser
nomeado;
❑ Em que prazo?
❑ Durante o prazo de validade do concurso;
❑ Ato discricionário do administrador dentro daquele prazo;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Concurso Público, prazo de validade e ordem de classificação
❑ Candidato aprovado fora do número de vagas do edital, possui mera expectativa de
direito a ser nomeado;
❑ Não possui este candidato direito subjetivo a ser nomeado;
❑ Existindo quebra na ordem de classificação, surge o direito do candidato preterido;
Súmula 15 – STF - Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem
direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Concurso Público, prazo de validade e ordem de classificação
❑ Além disso, terá direito subjetivo também o candidato aprovado quando surgirem novas
vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a
preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e imotivada por
parte da administração nos termos acima;
❑ Realização de novo concurso com certame anterior ainda vigente;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
FGV - OAB UNI NAC/OAB/XX EXAME/2016
Apolônio foi aprovado em concurso público para o provimento do cargo de auditor fiscal da receita federal,
alcançando a sexta colocação na classificação geral. O edital prevê a existência de cinco vagas, a serem
preenchidas ao longo do prazo de validade do concurso, que é de dois anos, prorrogável por igual período.
Sobre o caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) Apolônio tem direito subjetivo a ser nomeado para o cargo em questão.
b) A prorrogação do prazo de validade do concurso público é ato discricionário da administração.
c) O prazo de validade estabelecido para o concurso viola os limites estabelecidos na Constituição da República.
d) Caso venha a ser investido no cargo, Apolônio se submeterá ao regime celetista até que se expire o prazo de
validade do concurso.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
Letra B. 
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Concurso Público, prazo de validade e ordem de classificação
❑ No exemplo da questão, se o 5º colocado fosse nomeado e desistisse da vaga?
❑ Haveria direito subjetivo à nomeação do 6º colocado?
❑ Sim;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Concurso Público, prazo de validade e ordem de classificação
❑ Para o STJ:
(...) 2. Ademais, o entendimento dessa Corte é de que o candidato inicialmente aprovado
em colocação além do número de vagas previstas no edital, tem direito subjetivo a
nomeação ante a desistência de candidato classificado dentro do número de vagas previsto,
que permita a inclusão do candidato excedente seguinte nesse rol. (...)
(AgInt no REsp 1576096/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 20/02/2018, DJe 08/03/2018)
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Reserva de Vagas para Deficientes
❑ De acordo com o artigo 37, da CF:
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Reserva de Vagas para Deficientes
❑ Deficientes farão o concurso público normalmente;
❑ Um percentual das vagas será aos deficientes destinados;
❑ O STF exige a reserva de vagas, ainda que se trate de um cargo que, em tese, não seria
possível de ser exercido por um deficiente;
Súmula 377 – STJ - O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso
público, às vagas reservadas aos deficientes.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Cargos em comissão
❑ Exercício de funções de chefia, direção e assessoramento;
❑ Ocupados em caráter provisório;
❑ Podem ser preenchidos por qualquer pessoa, independentemente de concurso público.
❑ Escolha baseada na confiança;
❑ Cargos de livre nomeação e exoneração;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Cargos em comissão
Artigo 37, CF:
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Cargos em comissão
❑ Nepotismo – o que é?
❑ É possível?
❑ Qual o fundamento para a proibição? Princípio da moralidade;
❑ Não exige lei formal para tanto;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Cargos em comissão
Súmula Vinculante 13 – STF - A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou
de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de
função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Cargos em comissão
❑ Para o STF, vedado também o nepotismo cruzado;
Ao se editar a Súmula Vinculante nº 13, embora não se tenha pretendido esgotar todas as
possibilidades de configuração de nepotismo na Administração Pública, erigiram-se critérios
objetivos de conformação, a saber: i) ajuste mediante designações recíprocas, quando
inexistente a relação de parentesco entre a autoridade nomeante e o ocupante do cargo de
provimento em comissão ou função comissionada; ii) relação de parentesco entre a pessoa
nomeada e a autoridade nomeante; iii) relação de parentesco entre a pessoa nomeada e o
ocupante de cargo de direção, chefia ou assessoramento a quem estiver subordinada e iv)
relação de parentesco entre a pessoa nomeada e a autoridade que exerce ascendência
hierárquica ou funcional sobre a autoridade nomeante.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Cargos em comissão
❑ Apenas será vedada a nomeação de parentes se a pessoa puder influenciar
objetivamente na escolha;
❑ Ex: Copeira que pede a nomeação da filha como assessora;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Cargos em comissão
EMENTA Constitucional e Administrativo. Súmula Vinculante nº 13. Ausência de
configuração objetiva de nepotismo. Reclamação julgada improcedente. Liminar
anteriormente deferida cassada. (...). 2. Em sede reclamatória, com fundamento na SV nº
13, é imprescindível a perquirição de projeção funcional ou hierárquica do agente político
ou do servidor público de referência no processo de seleção para fins de configuração
objetiva de nepotismo na contratação de pessoa com relação de parentesco com ocupante
de cargo de direção, chefia ou assessoramento no mesmo órgão, salvo ajuste mediante
designações recíprocas. 3. Reclamação julgada improcedente. Cassada a liminar
anteriormente deferida. (Rcl 18564, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Relator(a) p/
Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgadoem 23/02/2016, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-161 DIVULG 02-08-2016 PUBLIC 03-08-2016)
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Cargos em comissão
❑ SV 13 - Não se aplica a cargos de provimento efetivo;
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACESSIBILIDADE AOS CARGOS 
PÚBLICOS
❑ Cargos em comissão
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. INCISO VI DO ART. 32 DA CONSTITUIÇÃO DO
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. SERVIDOR PÚBLICO. NEPOTISMO. VEDAÇÃO AO EXERCÍCIO DE FUNÇÕES
SOB A DIREÇÃO IMEDIATA DE CÔNJUGE OU PARENTE ATÉ O SEGUNDO GRAU CIVIL. VIOLAÇÃO AO
INCISO II DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. INEXISTÊNCIA.
PROIBIÇÃO QUE DECORRE DO CAPUT DO ART. 37 DA CF. PROCEDÊNCIA PARCIAL PARA EMPRESTAR
INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO. INCIDÊNCIA EXCLUSIVA SOBRE CARGOS DE
PROVIMENTO EM COMISSÃO, FUNÇÃO GRATIFICADA E CARGOS E DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO.
(ADI 524, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 20/05/2015, DJe-151 DIVULG 31-07-2015 PUBLIC 03-08-
2015 EMENT VOL-03992-01 PP-00001)
AGENTES PÚBLICOS
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ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
❑ Acumulação de Cargos Públicos
❑ Regra: Vedada, inclusive quanto à aposentadoria;
❑ Há exceções?
❑ Sim.
AGENTES PÚBLICOS
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ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
❑ Vedada apenas a acumulação remunerada de cargos públicos;
❑ Para Carvalho Filho, o intuito da regra é não prejudicar a eficiência dos servidores:
em virtude da ampliação das hipóteses de vedação não mais poderão subsistir eventuais
situações de acúmulo anteriormente permitidas, sendo incabível a alegação de direito
adquirido por se tratar de situação jurídica com efeitos protraídos no tempo. A regra
constitucional tem aplicabilidade imediata.
AGENTES PÚBLICOS
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ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
❑ Exceção: Compatibilidade de Horários;
a) Dois cargos de professor;
b) Um cargo de professor e outro técnico ou científico;
c) Dois cargos de profissionais de saúde.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
❑ Exceção: Compatibilidade de Horários;
CF, artigo 37.
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;
AGENTES PÚBLICOS
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ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
❑ Exceção: Compatibilidade de Horários;
CF, artigo 37.
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
❑ Cargo privativo de saúde não alcança servidores de áreas administrativas que estejam
lotados em órgãos onde se presta serviço de saúde, como hospitais, clínicas e ambulatórios;
❑ Apenas médicos, enfermeiros, odontólogos;
❑ E o que seriam os cargos técnicos ou científicos?
❑ Seriam apenas os cargos de nível superior?
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
❑ Para Carvalho Filho:
Cargos técnicos são os que indicam a aquisição de conhecimentos técnicos e práticos necessários
ao exercício das respectivas funções. Já os cargos científicos dependem de conhecimentos
específicos sobre determinado ramo científico. Normalmente, tal gama de conhecimento é
obtida em nível superior; essa exigência, porém, nem sempre está presente, sobretudo para os
cargos técnicos.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
❑ Para o STJ:
1. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria de servidores civis ou
militares com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os acumuláveis
na atividade, os cargos eletivos ou em comissão, segundo o art. 37, § 10, da Constituição
Federal.
2. O Superior Tribunal de Justiça tem entendido que cargo técnico ou científico, para fins de
acumulação com o de professor, nos termos do art. 37, XVII, da Lei Fundamental, é aquele
para cujo exercício sejam exigidos conhecimentos técnicos específicos e habilitação legal, não
necessariamente de nível superior. (...)
(RMS 20.033/RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em
15/02/2007, DJ 12/03/2007, p. 261)
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
FGV - OAB UNI NAC/OAB/IX EXAME/2012
Orlando, advogado de uma empresa pública federal há quase 10 anos, resolve prestar concurso público
para Fiscal de ISS de um município. Caso seja aprovado, Orlando deverá adotar o seguinte procedimento:
a) Poderá cumular o emprego com o cargo na administração municipal e tal cumulação não estará sujeita
ao limite remuneratório constitucional.
b) Poderá cumular o emprego com o cargo na administração municipal, mas tal cumulação estará sujeita
ao limite remuneratório constitucional.
c) Não poderá cumular o emprego e o cargo, uma vez que tal cumulação somente seria permitida caso
houvesse compatibilidade de horários.
d) Não poderá cumular o emprego e o cargo, mesmo em se tratando de um ente federal e de um
município.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
FGV - OAB UNI NAC/OAB/IX EXAME/2012
Orlando, advogado de uma empresa pública federal há quase 10 anos, resolve prestar concurso público
para Fiscal de ISS de um município. Caso seja aprovado, Orlando deverá adotar o seguinte
procedimento:
a) Poderá cumular o emprego com o cargo na administração municipal e tal cumulação não estará
sujeita ao limite remuneratório constitucional.
b) Poderá cumular o emprego com o cargo na administração municipal, mas tal cumulação estará
sujeita ao limite remuneratório constitucional.
c) Não poderá cumular o emprego e o cargo, uma vez que tal cumulação somente seria permitida caso
houvesse compatibilidade de horários.
d) Não poderá cumular o emprego e o cargo, mesmo em se tratando de um ente federal e de um
município.
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
TETO REMUNERATÓRIO
❑ E se a cumulação for permitida?
❑ Como deve ser analisada a remuneração para fins de teto remuneratório?
❑ Objetivo: evitar supersalários;
❑ A análise deve ser feita de forma global ou individual?
AGENTES PÚBLICOS
@Prof Igor Maciel
PODER DE POLÍCIA
Poder de Polícia
@Prof Igor Maciel
PODER DE POLÍCIA
❑ Conceito
❑ Faculdade que a Administração Pública tem para condicionar ou restringir o uso de
bens, o exercício de direitos e a prática de atividades privadas, com o intuito de proteger
interesses gerais da coletividade.
❑ Supremacia do interesse público.
Poder de Polícia
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PODER DE POLÍCIA
❑ Espécies
❑ Preventivo – particular necessita de anuência prévia da Administração para utilizar
determinados bens ou exercer determinadas atividades que possam interferir na
coletividade. Exemplos: Licença (ato vinculado e definitivo) e autorização (ato
discricionário e precário).
❑ Repressivo – diz respeito à aplicação de sanções administrativas à particulares pelo
descumprimento de normas de ordem pública. Exemplos: Multas administrativas,
interdição de estabelecimentos comerciais, suspensão do exercício de direitos,
demolição de construções, apreensão de mercadorias.
Poder de Polícia
@Prof Igor Maciel
PODERDE POLÍCIA
❑ Atributos
❑ Discricionariedade
❑ Pode o Administrador escolher uma dentro das sanções possíveis;
❑ Autoexecutoriedade e Coercibilidade;
❑ Pode a Adminsitração executar diretamente, sem necessidade de recorrer ao
Judiciário;
❑ Exemplos: interdição de estabelecimentos, apreensão de mercadorias;
Poder de Polícia
@Prof Igor Maciel
PODER DE POLÍCIA
❑ Possível a delegação do poder de polícia?
❑ Para o STJ, existem 4 ciclos do Poder de Polícia. Estes ficam evidentes no Código de Trânsito
Brasileiro:
i. Legislação ou ordem – Legislação que disciplina o trânsito (CTB);
ii. Consentimento – anuência prévia da Administração (verificação e entrega de carteiras de
motorista, por exemplo);
iii. Fiscalização – verificação de cumprimento da legislação (radares de trânsito);
iv. Sanção – aplicação de medida repressiva (aplicação e julgamento das multas);
Poder de Polícia
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PODER DE POLÍCIA
❑ Possível a delegação do poder de polícia?
❑ Possível delegar→ consentimento e fiscalização;
❑ Não é possível delegar→ legislação e sanção;
Poder de Polícia
@Prof Igor Maciel
PODER DE POLÍCIA
❑ Para o STJ:
❑ ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. TRÂNSITO. SANÇÃO PECUNIÁRIA APLICADA POR SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA. IMPOSSIBILIDADE. 2. No que tange ao mérito, convém assinalar que, em sentido
amplo, poder de polícia pode ser conceituado como o dever estatal de limitar-se o exercício da
propriedade e da liberdade em favor do interesse público. A controvérsia em debate é a possibilidade de
exercício do poder de polícia por particulares (no caso, aplicação de multas de trânsito por sociedade de
economia mista). 3. As atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser
sumariamente divididas em quatro grupo, a saber: (i) legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e
(iv) sanção. 4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da liberdade no trânsito, esses
grupos ficam bem definidos: o CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira
Nacional de Habilitação (legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público
(consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à
velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração sanciona aquele que não guarda
observância ao CTB (sanção).
Poder de Polícia
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PODER DE POLÍCIA
❑ Para o STJ:
5. Somente o atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à
legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público. 6. No que tange aos atos de sanção, o
bom desenvolvimento por particulares estaria, inclusive, comprometido pela busca do lucro - aplicação de
multas para aumentar a arrecadação. 7. Recurso especial provido.
(REsp 817.534/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/11/2009,
DJe 10/12/2009)
Poder de Polícia
@Prof Igor Maciel
OBRIGADO
Prof. Igor Maciel
Igor Maciel
Advogado. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF.
profigormaciel@gmail.com 
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