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SEMANA 10

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À 1ª VARA DA COMARCA DE CAMPINAS – SÃO PAULO 
PROCESSO N º ...
5 linhas JULI ANA FLORES , + qualificação, nos autos da AÇÃO DE ANULAÇÃO D E NEGÓCIO JURÍDICO, pelo rito comum, movida por SU ZAN A M ARQUES , já qualificada nos autos, vem por seu advogado com endereço profissional ... apresentar tempestivamente: 
 CONSTESTAÇÃO 
Breve resumo da lide 
Pelos fatos e fundamentos expostos a seguir 
DAS PRELIMINARES 
I. I - DA COISA JULGADA A autora já propôs outra ação em face da Ré, cujo trâmite se deu na 2ª Vara Cível da Comarca de Campinas, sendo julgado improcedente o pedido, com trânsito em julgado da decisão, em conformidade com o que preceitua o Art. 337, V.II, e §4° do NCPC Assim, tendo em vista a impossibilidade de se propor recurso, requer o reconhecimento da preclusão do pedido da autora, por ser mandamento expresso no código de processo civil a vedação a rediscussão de matéria já preclusa pela ocorrência do trânsito em julgado.
I. II - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA Verifica-se também que a Ré não deve figurar no polo passivo, uma vez que não foi beneficiária. Trata-se, assim, de relação jurídica que foi travada entre a autora e a pessoa jurídica Orfanato Semente do Amanhã, ocorrendo, portanto, ilegitimidade passiva e carência da ação, conforme elencamos artigos 337, XI, e 485 do CPC , bem como o artigo 339 CPC. 
II - PREJUDICIAL DE MÉRITO II. I - D A D E C AD ÊN CI A Conforme se verifica, a autora alega que sofrera coação para que doasse o imóvel à instituição de caridade. Contudo, se faz necessário, inicialmente, trazer a informação de que a mesma pedira demissão do cargo que obtinha no mês de abril do ano de 2012. Portanto, se realmente existira a coação por parte da Ré, resta-se verificado que tal ação fora sanada no ato do seu desligamento, se não bem antes desse acontecimento , possivelmente no dia em que se deu a efetivação do negócio jurídico em questão, isto é, no dia 18 de março de 2012.
A autora entrou com a presente de manda em 2017 , como se nota, com quase cinco anos depois do estabelecimento da avença, sendo certo que a doação se deu em 2012. Destarte, houve a decadência do direito da autora para pleitear a anulação do negócio jurídico, restando-se decaído o pedido da autora, não tendo como se anular um negócio jurídico já atingido pelo prazo decadencial. Sendo assim, o pedido da autora deve ser extinto com resolução de mérito, artigo 487, II, CPC
IV - DOS PEDIDOS Diante do exposto, o réu requer a esse Juízo : 
A) O acolhimento das preliminares peremptórias aludidas, devendo ser declarado a extinção do presente feito com resolução do mérito, nos termos do artigo 485, I I, em razão da ocorrência de rediscussão de matéria já decidida em sentença transitada em julgado e também da ilegitimidade passiva B) O reconhecimento da prejudicial de mérito, em razão da intempestividade da ação inicial, e a extinção do processo com julgamento do mérito; C) O reconhecimento da improcedência do pedido autoral no mérito da questão, visto a inexistência de qualquer coação e vício de consentimento na parte autora, e por explicitamente tratar-se de liberalidade da mesma, se não simples temor reverencial; D) A condenação da autora ao pagamento das custas e dos honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa.
V - DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguinte s do CPC, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. 
Pede deferimento. 
Nova Friburgo , segunda- feira, 23 de outubro de 2017. 
ADVOGADO OAB / UF 
DA IMTEPESTIVIDADE 
A autora alega que sofrera coação para que doasse o imóvel à instituição de caridade. O código civil brasileiro, traz em seu artigo 178, caput e no inciso I, o prazo decadencial de 4 anos para que se pleiteei a anulação do negócio jurídico.

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