Buscar

FASNE - Direito Civil II - AULA SOBRE OBRIGAÇÕES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 1 
 
Direito Civil II – FASNE 4º PERIODO 
 
Obrigação – é um vinculo entre duas pessoas juridicamente qualificadas, onde uma delas 
titulariza o direito e a outra tem o dever de cumprir o que foi acordado pelas partes ou pela lei. 
Execução da Obrigação: é o cumprimento da obrigação. 
 
 Quando o devedor cumpre espontaneamente e/ou voluntariamente é chamado de 
execução voluntária ou espontânea. Quando ninguém manda você cumprir seu dever. 
 Quando não se cumpre espontaneamente, o credor pode ir a juízo para que se cumpra o 
acordado, o que se dá como obrigação forçada. 
 O ideal é que cada um cumpra com as suas obrigações sem precisar que se entre com 
uma ação para exigir o cumprimento. Agir pela moral, pelos valores. 
 Há a obrigação forçada especifica, quando entrega o bem especificado no acordo, e há a 
obrigação forçada indenizatória, quando é dada uma indenização para sanar um bem que não 
pode ser mais entregue, terá que sanar o bem perdido ao credor, além de recebe multas, que tem 
um caráter punitivo. 
 
1 – Subjetivo (sujeito) 
 Partes envolvidas: credor, que é o sujeito ativo (titulariza o direito de exigir a obrigação) e o 
devedor, que é sujeito passivo (que tem a incumbência/dever que foi estabelecido entre as 
partes). 
 Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo ou passivo (Ex: pessoa física, pessoa jurídica, etc.). 
Até uma pessoa não identificada pode ser sujeito credor (Ex: uma pessoa que ganhou na mega-
sena e ainda não foi identificada, sabe-se somente que alguém possui um cartão premiado). 
 
2 – Objetivo (objeto) 
 Nós temos dois objetos: o mediato e o imediato. 
 Objeto imediato – é o dever de dar, fazer ou não fazer (Ex: marceneiro, fazer moveis). 
 Objeto mediato – é o próprio bem jurídico (Ex: carro, casa, dinheiro, emprestar 
determinado valor, etc.). 
 
Desde que os objetivos sejam lícitos, possível e tenham apreciação econômica. 
 
3 – Abstrato (vinculo) 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 2 
 
 Liame entre duas pessoas. Vinculo tem caráter de sujeição e patrimonialidade, ou seja, se 
não cumprir pode ser compelido a “ressarcir ou responder” com seus bens pessoais. 
Obs.: A obrigação é transitória e não permanente. Quando o devedor cumprir com a obrigação 
ela se extingue, por isso ela é temporária. 
 
 Para existir uma relação obrigacional tem que existir um intermediário, o devedor, ou seja, 
sujeito ativo, passivo e a obrigação. Um não existe sem o outro, o sujeito ativo não existe se não 
tiver o passivo. 
 
De onde surge a obrigação? A obrigação surge da vontade, o ato humano de fazer. 
 
 
Obrigações 
 Dar 
 Fazer 
 Não fazer 
 
Fontes: 
 Lei 
 Vontade humana: 
 Contratos 
 Atos Unilaterais: 
Promessa de recompensa (art.850 a 860, CC). 
Gestão de negócio alheio (art.861 a 875, CC). 
Pagamento indevido (art.876 a 883). 
Enriquecimento sem causa (884 a 886, CC). 
 
 Atos Ilícitos (art.186 e 187, CC). 
 Títulos de credito (art.887 a 926, CC). 
 
Modalidades das obrigações 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 3 
 
1- Quanto ao objeto 
a) Obrigação de dar: 
 Coisa certa 
 Coisa incerta 
b) Obrigação de fazer: 
 Infungivel 
 Fungível 
c) Obrigação de não fazer. 
 
2- Quanto aos seus elementos: 
 
a) Simples 
b) Compostas (Complexas) 
 Pela multiplicidade de objetos: Cumulativas, Alternativas e Facultativas 
 Pela multiplicidade do sujeito: Divisíveis 
 Indivisíveis 
 Solidárias: Ativa 
 Passiva 
 Mista 
3- Quanto ao conteúdo: 
a) Obrigação de meio 
b) Obrigação de resultado: Resultado Obrigação. 
c) Obrigação de garantia. 
Obrigação de meio é aquela em que o devedor se obriga tão-somente a usar de prudência e 
diligência normais na prestação de certo serviço para atingir um resultado, se, contudo, se 
vincular a obtê-lo; sua prestação não consiste num resultado certo e determinado a ser 
conseguido obrigado, mas tão-somente numa atividade prudente e diligente deste em beneficio 
do credor. 
Obrigação de resultado é aquela em que o credor tem o direito de exigir do devedor a 
produção de um resultado, sem o que se terá o inadimplemento da relação obrigacional; tem-se 
em vista o resultado em si mesmo, de tal sorte que a obrigação só se considerará adimplida com 
a efetiva produção do resultado colimado. 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 4 
 
Obrigação de garantia é a que tem por conteúdo a eliminação de um risco, que pesa sobre o 
credor; visa reparar as conseqüências de realização do risco; embora este não se verifique, o 
simples fato do devedor assumi-lo representará o adimplemento da prestação. 
 
4- Quanto à exigibilidade: 
a) Civis: exigível judicialmente. 
b) Naturais: Não é exigível. (Ex: Divida de jogo, a lei não permite). 
 
5- Quanto aos elementos acidentais: 
a) Puros: credor, devedor e obrigação a ser exigida, sem condições. 
b) Condicionais: evento futuro e incerto, “SE”. Tem expectativa de dar. 
c) A Termo: evento futuro e certo. 
d) Modais: subordinado a um ônus para a obrigação se concretizar. 
 
6- Quanto ao momento em que devem ser cumpridos: 
a) Obrigação de execução instantânea. (Ex.compra e venda). 
b) Obrigação de execução diferida, é a que também se exaure em um só ato, porém, a ser 
realizada em data futura e não no mesmo instante em que é contraída. 
c) Obrigação de execução continuada, a obrigação é sucessiva (Ex: compra de objeto 
parcelado). 
 
7- Quanto à liquidez: 
a) Liquida: certa na sua existência e determinada quanto ao seu valor (Ex: guarda chuvas, 
existe e é R$ 15,00). 
b) Ilíquida: não está certa na sua existência e não é determinada quanto ao seu valor (Ex: bater 
em um carro, o custo para reparar os danos causados terão que ser orçados posteriormente). 
 
8- Quanto à independência: 
a) Principais: é a obrigação existente por si, abstrata ou concretamente, sem qualquer sujeição 
a outras relações jurídicas. (Ex: contrato entre duas pessoas, existe por si só). 
b) Acessórias: é aquela cuja existência supõe a da principal. (Ex: Fiador, só existe porque 
existe o contrato, que é o principal). 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 5 
 
9- Obrigações hibridas (Ambulatória) 
Obrigação “Propter Rem” - é a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito 
real. (Ex: num objeto incide a obrigação, no apto de um condomínio, incide uma taxa 
condominial). 
 
10- Quanto ao lugar de pagamentos: 
Obrigação Quérable (Quesível) – o pagamento será feito no domicilio do devedor. 
 
 
Obrigação de Dar: 
Conceito: Entrega de uma prestação de sujeito passivo (devedor) para o sujeito ativo (credor). 
Categorias: 
a) de transmitir o domínio, 
b) de entregar, 
c) de restituir, 
 
Critério de determinação do objeto da prestação: 
I – Obrigação de dar coisa certa (Arts. 233 a 242, CC): prestação já está determinada, 
especifica quantidade, gênero e espécie. 
II – Obrigação de dar coisa incerta (Arts. 243 a 246, CC): indeterminada, mas determinada 
quantidade e gênero (Ex: 100 cabeças de gado nelore. Especificou quantidade e gênero, porém 
não individualizou os bois). 
 
 
Perecimento, deterioração ou melhoramento antes da tradição/Restituição da coisa. 
 Perecimento 
 Deterioração 
 Melhoramento 
 
Na obrigação de dar: 
 Perda(Art.234): 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 6 
 
 Coisa se perde + antes da tradição + sem culpa do devedor  resolve-se a obrigação 
 
Coisa se perde + antes da tradição + com culpa do devedor  responde pelo equivalente + 
Perdas e danos. 
 
Deterioração (Art.235): 
Coisa deteriora + antes da tradição + sem culpa do devedor o credor pode escolher: resolve-
se a obrigação ou aceita a coisa com abatimento. 
 
Deterioração (Art.236): 
Coisa deteriora + antes da tradição + com culpa do devedor  idem ao art.235 + direito de 
reclamar em um ou outro caso indenização pelos prejuízos. 
 
Melhoramento (Art.237): 
Coisa valoriza  pertence ao devedor que pode  exigir aumento no preço estabelecido “novo 
preço” ou resolve-se a obrigação. 
 
Frutos pendentes: pertencem ao credor 
Frutos percebidos: pertencem ao devedor 
 
 
Na obrigação de restituir: 
 
 Perda (Art.238): 
Coisa se perde + antes da tradição + sem culpa do devedor (possuidor)  resolve-se a 
obrigação. 
 
Perda (Art.239): 
Coisa se perde + antes da tradição + com culpa do devedor  responde pelo equivalente + 
perdas e danos. 
 
Deterioração (Art.240): 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 7 
 
Coisa deteriorada + antes da tradição + sem culpa do devedor  o credor é obrigado a aceitar 
o bem em seu estado sem direito a indenização. 
 
Coisa deteriorada + antes da tradição + com culpa do devedor  responde pelo equivalente + 
perdas e danos (igual ao Art.239). 
 
Melhoramento (Art.241): 
Coisa valoriza + antes da tradição + sem despesa do trabalho do devedor  pertencem ao 
credor independentemente de indenização. 
 
Melhoramento (Art.242): 
Coisa valoriza + antes da tradição + com investimento ou trabalho do devedor  regula-se 
pelas normas atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa fé (Art.1219) ou má-fé 
(Art.1220). 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias 
necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a 
levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de 
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias 
necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de 
levantar as voluptuárias. 
 
 
Obrigação de Dar coisa incerta (Arts. 243 a 246, CC): 
O bem que será objeto da entrega está determinável (ainda não está determinado, mas está 
caracterizado). O bem em questão é passível de determinação no momento do cumprimento da 
obrigação. Está regulada pelo art. 874, segundo o qual devem ser estipulados o gênero e a 
quantidade da coisa. Pela regra, o gênero não perece. 
 
Escolha da prestação 
Obrigação de dar dinheiro (Obrigação Pecuniária) 
 
Principio do nominalismo (Art.315, CC). 
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e 
pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes. 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 8 
 
 
Clausula de escala móvel (Art.316, CC). 
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. 
Teria da Imprevisão (Art.317, CC). 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor 
da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, 
de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
A obrigação de dar dinheiro está no rol das obrigações de dar. Essa modalidade de obrigação 
ocorre quando o objeto da obrigação for dinheiro em si, como no caso de um empréstimo, ou 
quando ocorrer perda ou deterioração no objeto de determinada obrigação, que enseje a 
conversão desta em dinheiro. 
 
 
Obrigação de fazer (Arts. 247 a 249, CC): 
Na obrigação de fazer o devedor está vinculado a uma prestação que consiste em fazer algo 
em benefício do credor. Ela consiste numa conduta por parte do devedor (Ex: o devedor tem que 
pintar um quadro para o credor). 
A obrigação de fazer divide-se em: Fungível e Infungivel. 
Obrigação de fazer coisa fungível - Uma coisa fungível pode ser substituída por outra, da 
mesma espécie, qualidade e quantidade. Nas obrigações de fazer coisa fungível, outra pessoa 
pode cumpri-la (realizar a tarefa) no lugar do devedor. A figura do devedor não é relevante para o 
cumprimento da obrigação. Por exemplo: um indivíduo se obriga a lavar o carro de outro. 
Obrigação de fazer coisa Infungivel - A figura do devedor é relevante para o cumprimento da 
obrigação de fazer coisa Infungivel. O devedor não pode transferir o cumprimento da obrigação 
para outra pessoa. Por exemplo: um indivíduo contrata um artista famoso para pintar um quadro. 
 
Art.247 
Inadimplemento (infungivel) 
O devedor se recusa a fazer  resolve-se a obrigação + perdas e danos. 
 
Art.248 
Impossível 
Obrigação impossível + sem culpa do devedor  resolve-se a obrigação 
Obrigação impossível + com culpa do devedor resolve-se a obrigação + perdas e danos. 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 9 
 
Art.249 
Inadimplemento (Fungível) 
Obrigação executada por terceiro com recusa ou mora do devedor  Resolve-se a obrigação + 
perdas e danos ou 
 Manda executar o fato por terceiro à custa do devedor + perdas e danos. 
 
Parágrafo único, Art.249. 
Caso de urgência, sem autorização judicial. 
 
 
 
 
 
Obrigação de não-fazer (Arts. 250 e 251). 
Na obrigação de não fazer o devedor está vinculado a uma prestação que consiste na 
abstenção se determinado ato (a não realização de determinada conduta) Ex: o devedor 
compromete-se a vender toda a sua produção para o credor, através de um contrato de 
exclusividade (ele se compromete a não vender a produção para mais ninguém), ou dois vizinhos 
pactuam que não irão construir um muro de mais de 2 metros entre as suas propriedades. 
Art. 250 
Impossibilidade 
Se o devedor, sem culpa pratica o ato  resolve a obrigação. 
 
Art. 251 
Inadimplemento 
Se o devedor, com culpa pratica o ao  o credor requer ao juiz um prazo para o devedor 
desfazer o efeito, sendo possível, havendo recusa ou mora  credor solicita ao juiz que o 
autorize a desfazê-lo pessoalmente ou por terceiros à custa do devedor + perdas e danos + 
Parágrafo único. 
 
E se for possível voltar ao estado anterior terá apenas perdas e danos (Art.643, parágrafo 
único, CPC). 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 10 
 
Art. 643 - Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande 
desfazer o ato à sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos. 
Parágrafo único - Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e 
danos. 
 
 
Obrigação Divisível e Indivisível (Arts. 257 a 263). 
Quanto aos elementos 
Simples 
Compostas: 
Multiplicidade de objetos: 
 - Cumulativas (E) 
 - Alternativas (OU) – Arts. 252 a 256 
 - Facultativas 
Cumulativas: Há duas ou mais prestações, e o devedor só se desobrigam quando realizar 
todas elas. As obrigações podem ser de diferentes modalidades (por exemplo, uma obrigação de 
dar e uma obrigação de fazer). 
Alternativas: Há duas ou mais prestações, e o devedor só se desobrigam quando cumprir uma 
delas. Numa obrigação complexa alternativa, faz-se necessário escolher qual prestaçãoserá 
cumprida. A partir da escolha, a obrigação deixa de ser alternativa, e torna-se simples. 
A regra geral é que a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. 
Facultativa: É aquela que se apresenta como obrigação simples quanto ao objeto (só tem uma 
prestação), mas o devedor possui a faculdade de se desobrigar realizando prestação diversa. 
 
Multiplicidade de sujeitos 
 Solidárias: 
 - Ativa 
 - Passiva 
 - Mista 
 
Art.253, CC 
Impossível uma das prestações + sem culpa do devedor + subsistirá o debito quanto à outra 
(irrelevante a quem cabia à escolha). 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 11 
 
Art.256, CC 
Impossível todas as prestações + sem culpa do devedor  resolve-se a obrigação (irrelevante 
a quem cabia à escolha). 
 
Art.254, CC 
Impossível todas as prestações + com culpa do devedor + com escolha do devedor  
obrigado a pagar o valor da que por ultimo se impossibilitou + perdas e danos. 
 
Art.255, CC 
Impossível todas as prestações + com culpa do devedor + com escolha do credor  credor 
pode exigir o valor de qualquer das prestações + perdas e danos. 
Art.255, CC 
Impossível uma das prestações + com culpa do devedor + com escolha do credor  credor 
terá direito de exigir a prestação subsistente ou valor da outra + perdas e danos. 
 
 Impossível todas as prestações + com culpa do devedor + com escolha do devedor  
“entende-se” que o credor poderá optar pelo valor de uma ou outra + perdas e danos. 
 Impossível uma das prestações + com culpa do devedor + com escolha do devedor  o 
devedor entrega a prestação subsistente. 
 Deterioração ou Melhoramento  lacuna da Lei  “Devem ser suprida pela interpretação 
analógica dos dispositivos atinentes à deterioração ou melhoramento da coisa certa”. 
 
 
Obrigações solidárias (Art.264 a 285, CC): 
Quando há mais de um credor ou mais de um devedor. 
Quando há mais de um credor, qualquer um deles pode exigir a dívida por inteiro. 
Quando há mais de um devedor, qualquer um pode ser compelido a pagar a dívida por inteiro. 
Espécies: 
 Obrigação solidária ativa - Uma obrigação, dois ou mais credores (Cada um dos 
credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação, por inteiro - Art. 
898). 
 Obrigação solidária passiva - Uma obrigação, dois ou mais devedores (O credor tem 
direito a exigir e receber de um ou alguns dos devedores, parcial, ou totalmente, a dívida comum. 
No primeiro caso, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto - 
Art. 904). 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 12 
 
 Mista A solidariedade mista é aquele que apresenta ao mesmo tempo a combinação dos 
efeitos da solidariedade ativa e da solidariedade passiva na mesma relação obrigacional. Tal 
solidariedade não encontra previsão expressa no CC, mas por força do princípio da autonomia da 
vontade a mesma pode ser criada pelas partes interessadas. 
 
Cessão de crédito 
Cessão de débito 
Cessão de posição contratual 
 
 
Modalidades das obrigações 
1 Quanto ao objeto 
a) Obrigação de dar (positiva), – nas obrigações de dar, segundo a propriedade e a posse da 
coisa objeto da prestação, pode ser classificadas em 3 categorias: no sentido transmitir o 
domínio, permitindo entregar o uso ou de restituir. Art. 104 CC - objeto lícito, possível e 
determinável (incerto) ou determinado com detalhes (certo): 
 Coisa certa – Ex. dar uma vaca Neloi; 
 Coisa incerta – Ex. Um bezerro que ainda vai nascer ou uma safra ainda não 
colhida. 
 
b) Obrigação de fazer (positiva) – praticar um ato que assumiu de fazer ou outro em seu 
nome. O objeto da prestação recai sobre a conduta do sujeito passivo e não sobre a coisa: 
 Infungível – não pode ser substituída – obrigação personalíssima – intuito persona. 
 Fungível – pode ser substituída, sem prejuízo a obrigação. 
 
c) Obrigação de não fazer (negativa) – assume o compromisso de não fazer. Ex. segredo 
industrial pressupõe a abstenção do ato que o sujeito passivo se obrigou a não praticar, assim, 
quando o ato se realiza o devedor descumpre a obrigação, tornando-se inadimplente. 
 
4- Quanto aos seus elementos: 
a) Simples – quando possui um só credor, um só devedor e uma única obrigação ou 
prestação; 
b) Compostas (Complexas) – pode ser composta entre os sujeitos ou entre os objetos 
quando um destes ou ambos são múltiplos. Ex. comprar um carro mais acessórios ou um carro 
que pertence a duas pessoas. 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 13 
 
B.(1) Pela multiplicidade de objetos: É quando possui uma multiplicidade de sujeitos ou de 
objetos. As complexas em razão da multiplicidade do objeto podem ser cumulativas ou 
alternativas 
I) Cumulativas ou conjuntivas – tem que entregar todos os móveis. O sujeito passivo deve 
entregar ao sujeito ativo todas as prestações referidas. Assim, há uma pluralidade de prestações 
e todas devem ser solvidas; 
(II) Alternativas ou disjuntivas – ganhar de prémio um carro ou uma viagem internacional. É 
alternativa quando corresponde a mais de uma prestação e o sujeito passivo não precisa entrega-
las todas para se liberar da obrigação, sendo escolhido pelo devedor ou pelo sujeito ativo- credor, 
conforme escolhido por eles; 
III) Facultativas – nem sempre é composta, só por lei ou contrato, permitindo ao devedor 
cumprir a obrigação de modo diverso, mas para o credor só recebe uma coisa. É aquela que, não 
tendo por objeto senão uma só prestação confere ao devedor à faculdade de substituí-la por 
outra. Tem em seu conteúdo UMA ÚNICA PRESTAÇÃO, mas concedesse ao devedor à 
faculdade de substituí-la por outra equivalente, pois a lei ou o contrato irá permitir ao devedor 
exonerar-se de vínculo obrigacional mediante, a entrega de outra prestação. (OU alternativa só 
para o devedor, já na facultativa é para os dois). O credor não terá escolha e só receberá uma 
coisa escolhida pelo devedor. 
 
B.(2) Pela multiplicidade do sujeito: 
I) Divisíveis – é considerado divisível quando seu objeto ou a prestação é suscetível de ser 
cumprido em parcelas ou em partes. Ex. sacas de café 
(II) Indivisíveis (calção de gratificação) – é quando o objeto não pode ser dividido. 
III) Solidárias: (Ativa, Passiva, Mista) se mais de um credor (ativa) ou mais de um devedor 
(passiva) nos dois ao mesmo tempo é mista, tem direito ou se obrigação na dívida toda. Tem que 
está prevista em contrato ou na lei. 
 
5- Quanto ao conteúdo: 
a) Obrigação de meio é quando o devedor promete empregar seus conhecimentos, meios, 
técnicas para obtenção de determinado resultado, sem, no entanto, responsabilizar-se por ele. 
Ex. advogado, médico. 
b) Obrigação de resultado: Resultado Obrigação. - é quando o devedor se exonera 
somente quando um fim prometido é alcançado. 
c) Obrigação de garantia – tem por finalidade a atenuação de riscos do credor destinando-se 
a assegurar o implemento da obrigação pessoal, por um instituto contratual. 
 
6 -Quanto à exigibilidade: 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 14 
 
a) Civis: exigível judicialmente a obrigação civil ou perfeita é quando estão presentes todos os 
sujeitos da obrigação: sujeito, objeto e vínculo. 
b) Naturais: Não é exigível. (Ex: Divida de jogo do bicho, a lei não permite, se pagou não pode 
exigir de volta). Também conhecida como imperfeita é o fato jurídico que apresenta 
características semelhantes à obrigação, isto é um vinculo entre os dois sujeitos, faltando-lhe, 
porém um dos elementos excenciais da obrigação, que é a sujeição do devedor ao credor. O 
sujeito ativo não temdireito a ação judicial contra o passivo para obter sua execução. 
 
7 Quanto aos elementos acidentais: 
a) Puros: credor, devedor e obrigação a ser exigida, sem condições. É a obrigação em que a 
entrega da prestação pelo sujeito passivo não se encontra sujeito a condições. Ela é por isso 
exigível pelo sujeito ativo tão logo constituído ou se for o caso, desde que decorrido o tempo 
contatado. 
b) Condicionais (SE): evento futuro e incerto, “SE”. Tem expectativa de dar. É quando a 
entrega da prestação pelo Sujeito Passivo está sujeita ao implemento de condição. 
c) A Termo (QUABNDO): evento futuro e certo. É aquela em que as partes subordinam o 
efeito dos negócios a um evento futuro e certo. 
d) Modais: subordinado a um ônus para a obrigação se concretizar. É a obrigação que se 
encontra onerada por clausula assessória, que impõe um ônus ao beneficiário de uma relação 
jurídica. 
 
 
11- Quanto à liquidez: 
a) Liquida: certa na sua existência e determinada quanto ao seu valor (Ex: guarda chuvas, 
existe e é R$ 15,00). 
b) Ilíquida: não está certa na sua existência e não é determinada quanto ao seu valor (Ex: 
bater em um carro, o custo para reparar os danos causados terá que ser orçados 
posteriormente). 
 
12- Quanto à independência: 
a) Principais: é a obrigação existente por si, abstrata ou concretamente, sem qualquer 
sujeição a outras relações jurídicas. (Ex: contrato entre duas pessoas existe por si só). 
b) Acessórias: é aquela cuja existência supõe a da principal. (Ex: Fiador, só existe porque 
existe o contrato, que é o principal). 
 
13- Quanto ao momento que devem ser cumplidas: 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 15 
 
A. De execução instantânea – que se consome imediatamente, num só ato. Ex.: Compra e 
venda a vista; 
B. De execução diferida – se consuma num só ato, mas em momento futuro. Ex: compra 
para entrega futura; 
C. De execução continuada – que se cumpre por meio de atos reiterados. Ex. compra a 
prazo. 
14- Obrigação hibrida (Ambulatória) 
Obrigação “Propter Rem” - é a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito 
real. (Ex: num objeto incide a obrigação, no apto de um condomínio, incide uma taxa 
condominial). 
 
15- Quanto ao lugar de pagamentos: 
Obrigação Quérable (Quesível) – o pagamento será feito no domicilio do devedor. 
 
Modalidades das obrigações de DAR: 
Conceito: Entrega de uma prestação de sujeito passivo (devedor) para o sujeito ativo (credor). 
Categorias: 
a) de transmitir/tradição – dar o domínio em definitivo, 
b) de entregar – permite o uso temporário, quando o proprietário empresta, 
c) de restituir – permite o uso temporário, nunca terá a propriedade, pois estará devolvendo 
ao dono, 
 
Critério de determinação do objeto da prestação: 
I – Obrigação de dar coisa certa (Arts. 233 a 242, CC): prestação já está determinada, 
especifica quantidade, gênero e espécie. 
II – Obrigação de dar coisa incerta (Arts. 243 a 246, CC): indeterminada, mas determinada 
quantidade e gênero (Ex: 100 cabeças de gado nelore. Especificou quantidade e gênero, porém 
não individualizou os bois). 
Critério de determinação do objeto da prestação: 
I – Obrigação de dar coisa certa (Arts. 233 a 242, CC): prestação já está determinada, 
especifica quantidade, gênero e espécie. 
II – Obrigação de dar coisa incerta (Arts. 243 a 246, CC): indeterminada, mas determinada 
quantidade e gênero (Ex: 100 cabeças de gado nelore. Especificou quantidade e gênero, porém 
não individualizou os bois). 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 16 
 
Perecimento, deterioração ou melhoramento antes da tradição/Restituição da coisa. 
 Perecimento – perda total da coisa, destruída de tal nível que deixa de ter utilidade 
ou valor para o sujeito ativo. 
 Deterioração – perda parcial, que passa a ter menos utilidade ou valor para o 
sujeito ativo; 
 Melhoramento – a coisa tem sua utilidade ou valor aumentado sob a perspectiva do 
sujeito passivo. 
 
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA 
 
Na obrigação de dar: 
 Perda (Art.234): Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do 
devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para 
ambas às partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e 
mais perdas e danos. 
 
>>>Coisa se perde + antes da tradição + SEM culpa do devedor  resolve-se a obrigação sem 
indenização. 
 
>>>Coisa se perde + antes da tradição + COM culpa do devedor  responde pelo equivalente 
+ Perdas e danos, irá indenizar o comprador. 
 
Deterioração (Art.235): Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o 
credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
 
>>>Coisa deteriora + antes da tradição + SEM culpa do devedor o credor pode escolher: 
resolve-se a obrigação ou aceita a coisa com abatimento. 
 
Deterioração (Art.236): Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o 
equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em 
outro caso, indenização das perdas e danos. 
 
>>>Coisa deteriora + antes da tradição + com culpa do devedor  idem ao art.235 + direito 
de reclamar em um ou outro caso indenização pelos prejuízos. 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 17 
 
Melhoramento (Art.237): Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor à coisa, com os seus 
melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não 
anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. 
 
>>>Coisa valoriza até a tradição  pertence ao devedor que pode  exigir aumento no preço 
estabelecido “novo preço” ou resolve-se a obrigação. (res perit domínio) 
 
REGRA GERAL: COM CULPA INDENIZAÇÃO E SEM CULPA NÃO CABE INDENIZAÇÃO. 
 
Na obrigação de restituir: 
 
 Perda (Art.238): Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do 
devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverão, 
ressalvados os seus direitos até o dia da perda. 
 
>>>Coisa se perde + antes da tradição + sem culpa do devedor (possuidor)  resolve-se a 
obrigação. 
 
Perda (Art.239): Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo 
equivalente, mais perdas e danos. 
>>>Coisa se perde + antes da tradição + com culpa do devedor  responde pelo equivalente + 
perdas e danos. 
 
Deterioração (Art.240): Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, 
recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, 
observar-se-á o disposto no art. 239. 
 
>>>Coisa deteriorada + antes da tradição + sem culpa do devedor  o credor é obrigado a 
aceitar o bem em seu estado sem direito a indenização. 
 
Coisa deteriorada + antes da tradição + com culpa do devedor  responde pelo equivalente + 
perdas e danos (igual ao Art.239). 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 18 
 
Melhoramento (Art.241): Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou 
acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de 
indenização. 
>>>Coisa valoriza + antes da tradição + sem despesa do trabalho do devedor  pertencem ao 
credor independentemente de indenização. 
 
Melhoramento (Art.242): Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o 
devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às 
benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé oude má-fé. Parágrafo único. Quanto aos frutos 
percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de 
boa-fé ou de má-fé. 
>>>Coisa valoriza + antes da tradição + com investimento ou trabalho do devedor  
regula-se pelas normas atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa fé (Art.1219) 
ou má-fé (Art.1220). 
 
SITE CONFIÁVEL: WWW.LFG.COM.BR 
 
Seção II 
Das Obrigações de Dar Coisa Incerta 
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. 
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao 
devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem 
será obrigado a prestar a melhor. 
Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. 
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda 
que por força maior ou caso fortuito. 
II – Obrigação de dar coisa incerta (Arts. 243 a 246, CC): indeterminada, mas determinada 
quantidade e gênero (Ex: 100 cabeças de gado nelore. Especificou quantidade e gênero, porém 
não individualizou os bois). Alguns autores dizem que a coisa é parcialmente indeterminada, pois 
tem que especificar o género e a quantidade. No silencio do credor o devedor escolhe o que irá 
entregar, mas o bem não pode ser o pior e não necessariamente o melhor. Depois da 
concentração ocorre a cientificacão. 
Caso a obrigação for pecuniária terá que ser entregue outra de mesmo valor, mesmo tendo 
sido roubado, atentando ao princípio do nominalismo (moeda nacional e corrente não se 
permitindo em moeda estrangeira). Caso concorde receber outra coisa será pagamento indireto 
na forma em dação em pagamento. 
Concentração é a escolha feita pelo credor do objeto do negócio, quando o normal é o devedor 
escolher e dá ciência ao credor de sua escolha. 
 
Principio do nominalismo (Art.315, CC). 
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e 
pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes. 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 19 
 
 
Clausula de escala móvel (Art.316, CC) – para acompanhar a inflação. 
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. 
 
Teria da Imprevisão (Art.317, CC). 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor 
da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, 
de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
A obrigação de dar dinheiro está no rol das obrigações de dar. Essa modalidade de obrigação 
ocorre quando o objeto da obrigação for dinheiro em si, como no caso de um empréstimo, ou 
quando ocorrer perda ou deterioração no objeto de determinada obrigação, que enseje a 
conversão desta em dinheiro. 
 
Obrigação de fazer (Arts. 247 a 249, CC): 
Na obrigação de fazer o devedor está vinculado a uma prestação que consiste em fazer algo 
em benefício do credor. Ela consiste numa conduta por parte do devedor (Ex: o devedor tem que 
pintar um quadro para o credor). 
A obrigação de fazer divide-se em: Fungível e Infungível (intuitu personae). 
Obrigação de fazer coisa fungível - Uma coisa fungível pode ser substituída por outra, da 
mesma espécie, qualidade e quantidade. Nas obrigações de fazer coisa fungível, outra pessoa 
pode cumpri-la (realizar a tarefa) no lugar do devedor. A figura do devedor não é relevante para o 
cumprimento da obrigação. Por exemplo: um indivíduo se obriga a lavar o carro de outro. 
Obrigação de fazer coisa Infungivel - A figura do devedor é relevante para o cumprimento da 
obrigação de fazer coisa Infungivel. O devedor não pode transferir o cumprimento da obrigação 
para outra pessoa. Por exemplo: um indivíduo contrata um artista famoso para pintar um quadro. 
 
Art.247 
Inadimplemento (infungivel) 
O devedor se recusa a fazer  resolve-se a obrigação + perdas e danos. 
 
Art.248 
Impossível 
Obrigação impossível + sem culpa do devedor  resolve-se a obrigação 
Obrigação impossível + com culpa do devedor resolve-se a obrigação + perdas e danos. 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 20 
 
Art.249 
Inadimplemento (Fungível) 
Obrigação executada por terceiro com recusa ou mora do devedor  Resolve-se a obrigação + 
perdas e danos ou 
 Confere ao credor a possibilidade de manda executar o fato por terceiro à custa do devedor 
sem prejuízo da indenização cabível+ perdas e danos. 
 
Parágrafo único, Art.249 - Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de 
autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. Caso de 
urgência, sem autorização judicial. 
 
Obrigação de não-fazer – negativa (Arts. 250 e 251). 
Na obrigação de não fazer o devedor está vinculado a uma prestação que consiste na 
abstenção de determinado ato (a não realização de determinada conduta) Ex: o devedor 
compromete-se a vender toda a sua produção para o credor, através de um contrato de 
exclusividade (ele se compromete a não vender a produção para mais ninguém), ou dois vizinhos 
pactuam que não irão construir um muro de mais de 1 metro entre as suas propriedades. 
 
Art. 250 
Impossibilidade 
Se o devedor, sem culpa pratica o ato  resolve a obrigação. 
 
Art. 251 
Inadimplemento: 
1) Se o devedor, com culpa pratica o ato  o credor requer ao juiz um prazo para o devedor 
desfazer o efeito, sendo possível, havendo recusa ou mora. 
2) Credor solicita ao juiz que o autorize a desfazê-lo pessoalmente ou por terceiros à custa do 
devedor + perdas e danos + Parágrafo único. 
O credor pode exigir do devedor que o desfaça, sob pena de desfazer a custa do devedor, 
ressarcindo o culpado as perdas e danos. 
 
E se for possível voltar ao estado anterior terá apenas perdas e danos (Art.643, parágrafo 
único, CPC). 
Art. 643 - Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande 
desfazer o ato à sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos. 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 21 
 
Parágrafo único - Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e 
danos. 
 
CAPÍTULO II 
Das Obrigações de Fazer 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação 
a ele só imposta, ou só por ele exeqüível. 
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a 
obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar a 
custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização 
judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
CAPÍTULO III 
Das Obrigações de Não Fazer 
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne 
impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele 
que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, 
independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. 
Obrigação Divisível e Indivisível (Arts. 257 a 263). 
Quanto aos elementos 
a) Simples 
b) Compostas: 
c) Multiplicidadede objetos: 
1. - Cumulativas (E) 
2. - Alternativas (OU) – Arts. 252 a 256 
3. - Facultativas 
 
Cumulativas: Há duas ou mais prestações, e o devedor só se desobrigam quando realizar 
todas elas. As obrigações podem ser de diferentes modalidades (por exemplo, uma obrigação de 
dar e uma obrigação de fazer). 
Alternativas: Há duas ou mais prestações, e o devedor só se desobrigam quando cumprir uma 
delas. Numa obrigação complexa alternativa, faz-se necessário escolher qual prestação será 
cumprida. A partir da escolha, a obrigação deixa de ser alternativa, e torna-se simples. 
A regra geral é que a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. 
Facultativa: É aquela que se apresenta como obrigação simples quanto ao objeto (só tem uma 
prestação), mas o devedor possui a faculdade de se desobrigar realizando prestação diversa. 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 22 
 
Multiplicidade de sujeitos - Solidárias: 
 - Ativa 
 - Passiva 
 - Mista 
 
Art.253, CC 
Impossível uma das prestações + sem culpa do devedor + subsistirá o debito quanto à outra 
(irrelevante a quem cabia à escolha). 
 
Art.256, CC 
Impossível todas as prestações + sem culpa do devedor  resolve-se a obrigação (irrelevante 
a quem cabia à escolha). 
 
Art.254, CC 
Impossível todas as prestações + com culpa do devedor + com escolha do devedor  
obrigado a pagar o valor da que por ultimo se impossibilitou + perdas e danos. 
 
Art.255, CC 
Impossível todas as prestações + com culpa do devedor + com escolha do credor  credor 
pode exigir o valor de qualquer das prestações + perdas e danos. 
Impossível uma das prestações + com culpa do devedor + com escolha do credor  credor 
terá direito de exigir a prestação subsistente ou valor da outra + perdas e danos. 
 
DOUTRINA NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL: 
 Impossível todas as prestações + com culpa do devedor + com escolha do devedor  
“entende-se” que o credor poderá optar pelo valor de uma ou outra + perdas e danos. 
 Impossível uma das prestações + com culpa do devedor + com escolha do devedor  o 
devedor entrega a prestação subsistente. 
 Deterioração ou Melhoramento  lacuna da Lei  “Devem ser suprida pela interpretação 
analógica dos dispositivos atinentes à deterioração ou melhoramento da coisa certa”. 
CAPÍTULO IV 
Das Obrigações Alternativas 
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se 
estipulou. 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 23 
 
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. 
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser 
exercida em cada período. 
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o 
juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. 
§ 4o Se o título deferir à opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao 
juiz à escolha se não houver acordo entre as partes. 
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada 
inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra. 
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não 
competindo ao credor à escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se 
impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. 
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornarem-se impossível 
por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, 
com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, 
poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. 
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á 
a obrigação. 
 
OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL E INDIVISIVEL 
 
 
CAPÍTULO V 
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis 
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta se 
presume dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. (C1 
+ C2 > D1 +D2) 
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não 
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada à razão 
determinante do negócio jurídico. 
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será 
obrigado pela dívida toda. (D1 + D2 + D3 > C1) 
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação 
aos outros coobrigados. 
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas 
o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: (C1 + C2 + C3 > D1). 
I - a todos conjuntamente; 
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. 
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá 
o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. 
Art. 262. Se um dos credores remitir (PERDOAR) a dívida, a obrigação não ficará extinta para 
com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. 
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação (CONTRATO), 
novação (NOVA OBRIGAÇÃO), compensação (ENCONTRO DE CONTAS) ou confusão 
(COINCIDÊNCIA, POIS Os CREDORES SE CONFUNDEM COM O DEVEDOR EX. HERDEIRO 
DEVEDOR PASSA COM A MORTE DE O PAI SER CREDOR). 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 24 
 
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos (QUE 
SEMPRE SERÁ EM DINHEIRO, PASSA A SER DIVISÍVEL). COMPARAR COM O ART. 271. 
§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão 
todos por partes iguais. 
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas 
e danos. A MAIORIA DA DOUTRINA ENTENDE QUE SERIAM POR TODA A DÍVIDA E NÃO 
SÓ PELO BEM PRICIPAL MAIS TAMBÉM AS PERDAS E DANOS. 
Obrigações solidárias (Art.264 a 285, CC) – OBRIGAÇÃO DOS 3 MOSQUETEIROS UM 
POR TODOS E TODOS POR UM: 
Quando há mais de um credor ou mais de um devedor. 
Quando há mais de um credor, qualquer um deles pode exigir a dívida por inteiro. 
Quando há mais de um devedor, qualquer um pode ser compelido a pagar a dívida por inteiro. 
Espécies: 
 Obrigação solidária ativa - Uma obrigação, dois ou mais credores (Cada um dos 
credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação, por inteiro - Art. 
898). (C1 + C2 = D1) 
 Obrigação solidária passiva - Uma obrigação, dois ou mais devedores (O credor tem 
direito a exigir e receber de um ou alguns dos devedores, parcial, ou totalmente, a dívida comum. 
No primeiro caso, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto - 
Art. 904). (C1 = D1 +D2) 
 Mista (C1 + C2 = D1 +D2) 
 
A solidariedade mista é aquele que apresenta ao mesmo tempo a combinação dos efeitos da 
solidariedade ativa e da solidariedade passiva na mesma relação obrigacional. Tal solidariedade 
não encontra previsão expressa no CC, mas por força do princípio da autonomia da vontade a 
mesma pode ser criada pelas partes interessadas. 
 
CAPÍTULO VI 
Das Obrigações Solidárias 
Seção I 
Disposições Gerais 
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais 
de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da leiou da vontade das partes. Ex. 
um idoso pode cobrar de qualquer filho seu sustento. 
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-
devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. 
Seção II 
Da Solidariedade Ativa 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da 
prestação por inteiro. 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a 
qualquer daqueles poderá este pagar. 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 25 
 
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do 
que foi pago. 
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá 
direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se 
a obrigação for indivisível. 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os 
efeitos, a solidariedade. COMPARAR COM O ART. 263 – Caso a dívida seja indivisível se 
torna solidária, porém ao se tornar perdas e danos, neste caso é divisível. 
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros 
pela parte que lhes caiba. 
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais 
oponíveis aos outros. 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o 
julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção (DEFESA) pessoal ao 
credor que o obteve. C1 ENTROU COM AÇÃO, MAS A SENTENÇA FOI DESFAVORÁVEL NÃO 
ATINGE OS DEMAIS, MAS SE FOI FAVORÁVEL OS DEMAIS TERÃO DIREITO, A MENOS 
QUE HÁJA UMA EXCEÇÃO OU MEIO DE DEFESA PESSOAL. 
Seção III 
Da Solidariedade Passiva 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou 
totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores 
continuam obrigados solidariamente pelo resto. 
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade à propositura de ação pelo credor 
contra um ou alguns dos devedores. 
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será 
obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a 
obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em 
relação aos demais devedores. 
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não 
aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. 
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos 
devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento 
destes. 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste 
para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. 
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido 
proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida. 
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as 
comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor (D1 E D2 SÃO 
CO-DEVEDORES DE D3). 
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os 
devedores. 
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a 
dos demais. 
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-
devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, 
presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores. D1 é insolvente C1 vai 
cobrar a dívida toda de D2 e de D3. 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 26 
 
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da 
solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente. D1 é insolvente 
C1 vai cobrar a dívida toda de D2 e de D3, porém a todos irão pagar pelo insolventes. 
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este 
por toda ela para com aquele que pagar. É quando um fiador paga por um locatário 
inadimplente e depois tem direito de cobrar do mesmo. 
1 PROVA ART. 233 A 303 – OBRIGAÇÕES, DEVER, RESPONSABILIDADE, FONTES, 
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO, CLASSIFICAÇÕES, MODALIDADES, EVENTOS, 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 27 
 
II UNIDADE 
 
AULA 22/03/2013 
 
CESSÃO: 
i. Cessão de crédito (art. 286 a 298 CC) É um negócio jurídico celebrado entre o credor e o 
terceiro no qual o credor transfere os direitos dentro de uma relação contratual, independente da 
anuência do devedor. Tem que haver notificação. Ex. Factorim. 
ii. Cessão de débito (art. 299 a 303 CC) transfere débitos ao cedente. Ex. o pai que paga a 
dívida de um filho; 
iii. Cessão de posição contratual – transfere todo débito e crédito ao cedente. Ex. Contratos 
atípicos, como contrato de gaveta do SFH. 
 
Partes: cedente, cessionária, cedido, 
Pode ser as formas CONVENCIO, LEGAL OU JUDICIAL. 
Quanto à espécie: onerosa ou gratuita. 
Quanto à responsabilidade: pro soluto e pro solvendo. 
TÍTULO II - Da Transmissão das Obrigações - CAPÍTULO I - Da Cessão de Crédito 
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a 
lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao 
cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação. Ex.: direitos de alimento, 
direito a personalidade: ao nome, 
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus 
acessórios. 
Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se 
mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1o do art. 
654. (Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante instrumento 
particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante. § 1o O instrumento particular 
deve conter a indicação do lugar onde foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a 
data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos. § 2o O 
terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir que a procuração trouxesse a firma 
reconhecida.). 
Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro 
do imóvel. 
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este 
notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou 
ciente da cessão feita. 
Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a 
tradição do título do crédito cedido. 
Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor 
primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 28 
 
apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura 
pública, prevalecerá a prioridade da notificação. 
Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário 
exercer os atos conservatórios do direito cedido. 
Art. 294.O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as 
que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente. 
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica 
responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma 
responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé. PRO 
SOLVENDO 
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor. É 
PRO SOLUTO. 
Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por 
mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da 
cessão e as que o cessionário houver feito com a cobrança. 
Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver 
conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica 
exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro. 
 
QUSTÕES DE PROVA: 
 
1) Imagine que Raul e Samuel venderam a Carlos o último frasco disponível de semem de um 
famoso cavalo de corrida já falecido e obrigaram-se solidariamente pela entrega. O preço foi 
totalmente pago de forma antecipada, porém a coisa se perdeu antes da execução da obrigação 
por culpa exclusiva de Raul. Diante desta situação: 
De quem Carlos poderá cobrar o valor da prestação perdida? 
Caberá indenização e se couber contra quem será? 
Fundamente sua resposta na legislação pertinente os conceitos envolvidos. 
RESPOSTA: 
Carlos poderá cobrar o valor da prestação perdida de ambos os devedores, pois eles são 
solidariamente obrigados a cumprirem a obrigação paga antecipamente sem transmissão da 
posse. 
A Raul caberá indenização por perdas e danos, que deu causa a perda do bem. 
 
A fundamentação legal para tal afirmativa se encontra nos artigos baixo do Novo Código Civil: 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou 
totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores 
continuam obrigados solidariamente pelo resto. 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para 
todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 29 
 
2) Imagine que Antônio colecionador de veículos antigos vendeu a Evaristo também colecionador 
um determinado voksvagem de modelo 1965 ou uma específica Harley Davidson 1970, podendo 
entregar qualquer uma dessas coisas certas, em cumprimento do contrato. 
Imaginem também que os 2 veículos estavam na oficina de Antônio para reparos e se perderam 
na oficina, provocado por um empregado da referida oficina, que se encontrava sob a 
responsabilidade dele, Antônio. 
Diante dessa situação responda: 
Como se resolve a obrigação caberá indenização? 
E se a escolha do bem coubesse ao credor? 
Fundamente sua resposta com a legislação pertinente. 
RESPOSTA: 
Na obrigação alternativa: Há duas ou mais prestações, e o devedor só se desobriga quando 
cumprir uma delas. Numa obrigação complexa alternativa, faz-se necessário escolher qual 
prestação será cumprida. A partir da escolha, a obrigação deixa de ser alternativa, e torna-se 
simples. A regra geral é que a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. 
No caso acima citado os dois bens se perderam por culpa do empregado de Antônio, por isso o 
devedor Antônio ficará obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as 
perdas e danos que o caso determinar. 
Caso a escolha coubesse ao credor e ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o 
Evaristo reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. 
 
A fundamentação legal para tal afirmativa se encontra nos artigos baixo do Novo Código Civil: 
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. 
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não 
competindo ao credor à escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se 
impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. 
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por 
culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com 
perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, 
poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. 
 
3) Comente decorrendo a cerca da assertiva abaixo, analisando sua correção ou incorreção: 
Explique o tipo de obrigação envolvendo os conceitos envolvidos: 
Na obrigação solidária passiva, o devedor poderá alegar benefício da divisão caso o credor não 
exija o pagamento por parte dos demais devedores. 
RESPOSTA: 
Solidariedade passiva 
O avalista que assina uma nota promissória declara-se solidariamente responsável com o 
devedor principal. Trata-se de um tipo de solidariedade passiva em que os devedores encontram-
se coobrigados solidariamente a pagar ao credor a quantia prevista pelo título. Segundo Carvalho 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 30 
 
Santos, “cada um responde in totum et totaliter como se fosse um só devedor”. 8 Assim, o credor 
poderá exigir de qualquer dos dois devedores toda a quantia devida. 
O princípio da solidariedade passiva, entre devedores, faz com que cada devedor responda pela 
prestação na sua totalidade. 
Ao credor não importa quem pague. Interessa-lhe que seja pago por qualquer um dos devedores. 
Dá-se a solidariedade passiva quando, na mesma relação obrigacional com pluralidade de 
devedores, cada um deles está obrigado ao cumprimento da prestação por inteiro, como se fosse 
o único devedor. Conseqüentemente, o credor tem a faculdade de exigir e obrigar de um ou de 
alguns ou ainda, de todos conjuntamente, o cumprimento parcial ou total da dívida comum. 
Se o credor escolher para acionar apenas um dos devedores solidários e não for bem sucedido 
ou não conseguir receber a totalidade do seu crédito, poderá acionar os demais, visto que o 
recebimento parcial ou a demanda contra um não quebra a solidariedade, ou seja, ela continua 
subsistindo. “O credor tem o direito a exigir e receber de um ou alguns dos devedores, parcial ou 
totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, - finaliza o art. 275 do CC - todos 
os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto”. Medite-se, a propósito, 
sobre a lição do saudoso Prof. Orlando Gomes: “Cabe a escolha ao credor. A pretensão pode ser 
exercida, no entanto, contra todos os devedores ou contra alguns, se o credor não quiser dirigi-la 
apenas contra um. A escolha não implica, de modo algum, concentração de débito. Se o 
escolhido não satisfizer o pagamento integral da dívida, o credor tem direito a voltar-se contra os 
outros, conjunta ou isoladamente”. 
Se um dos devedores pagar a dívida, terá direito de regresso contra os demais, isto porque, como 
ensina novamente o Prof. Orlando Gomes, “na relação interna, a solidariedade passiva rege-se 
pelo princípio de que o devedor, que paga, tem direito regressivo contra os demais, para haver, 
de cada qual, a parte que lhe corresponde na obligatio. A lei presume a igualdade de quotas. 
Opera-se, desse modo, uma espécie de sub-rogação, pleno jure. Justifica-se o direito de regresso 
pela idéia de fim comum, que preside a constituição da solidariedade passiva. Qualquer que seja, 
porém,o fundamento desse direito de reversão, é por todos reconhecido e participa da essência 
da solidariedade passiva, tal como a concebe o direito moderno”.89 Elucidativo, por oportuno, o 
art. 80 do CPC, in verbis: “A sentença, que julgar procedente a ação, condenando os devedores, 
valerá como título executivo, em favor do que satisfizer a dívida, para exigi-la, por inteiro, do 
devedor principal, ou de cada um dos co-devedores a sua quota, na proporção que lhes tocar”. 
Em conclusão, o devedor que satisfaz a dívida, tem direito de exigir, de cada um dos demais 
coobrigados, a sua cota. Se, por acaso, um dos co-devedores encontrar-se em insolvência, a 
parte deste é dividida entre todos os demais. Todas essas situações estão previstas pelo art. 283 
do Código Civil, nos seguintes termos: 
“O devedor que satisfez a dívida por inteiro, tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a 
sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, 
no débito, as partes de todos os co-devedores” . 
O artigo seguinte completa: 
“No caso de rateio, entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade 
pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente”. 
A lei ainda oferece solução para a hipótese da prestação se impossibilitar, por culpa de um dos 
devedores solidários: todos continuam a dever o pagamento pelo equivalente, “mas pelas perdas 
e danos só responde o culpado” (CC, art. 279). 
Havendo juros de mora, a responsabilidade é comum, respondendo todos por seu pagamento, 
mesmo se a ação for proposta somente contra um deles. Contudo, se a culpa pelo atraso couber 
a um dos co-devedores, responde o culpado, pelos outros, pela obrigação acrescida (CC, art. 
280). 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 31 
 
Ao tratar das causas modificativas ou extintivas da solidariedade, a lei focaliza o caso de um dos 
co-devedores morrer, deixando herdeiros: Cada um destes só será obrigado a pagar a quota 
correspondente ao seu quinhão hereditário, exceto se a prestação for indivisível. “Se um dos 
devedores solidários falecer - diz o art. 276 do CC - deixando herdeiros, nenhum destes será 
obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a 
obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em 
relação aos demais devedores”. 
Um exemplo esclarece melhor e, para tanto, recorremos do exemplo fornecido por Levenhagen: 
“Augusto, Rafael e Fernando devem, solidariamente, a João a quantia de R$ 18.000,00 reais. 
Augusto vem a falecer, deixando como seus únicos herdeiros três filhos: Gabriel, Orlando e 
Álvaro. Esses não serão obrigados a pagar senão R$ 2.000,00 reais cada um. Não ficarão 
obrigados a pagar a totalidade da dívida solidária (R$ 18.000,00 reais) como competia a Augusto 
seu pai”. 
 
CESSÃO DE DÉBITO 
1) Assunção de dívida 
Conceito – arts. 299 a 303 do CC 
Espécies: Expromissão e Delegação (terá que haver a anuência do credor). 
Pode ser: liberatória ou cumulativa 
Partes: cedente x cessionário x terceiro (assuntor e adquirente) (terceiro – delegatário) x 
(delegado – credor) x (delegante - cedente) 
Ex.: Pai que assume dívida de filho. 
Caso o CREDOR não se manifesta ocorrerá à cessão, isto é, não o silêncio NÃO importa 
anuência. 
CAPÍTULO II 
Da Assunção de Dívida 
Art. 299. É facultado à terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso 
do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era 
insolvente e o credor o ignorava. (DELEGSAÇÃO) 
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na 
assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa. 
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir 
da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor. 
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas 
garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que 
inquinava a obrigação. 
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao 
devedor primitivo. 
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito 
garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, 
entender-se-á dado o assentimento. (se calar perde o direito) A regra geral é com anuência 
do cedido. 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 32 
 
CESSÃO DE POSIÇÃO CONTRATUAL – sem previsão legal: 
Cessão de contrato – transmitir a posição no contrato seja na posição de credor ou de devedor. 
Sempre com a anuência do credor. 
PARTES: Cedente, cessionário e cedido. 
 
Cessão de crédito, de débito e de contrato. 
 
 
PAGAMENTO DIRETO 
CONCEITO - forma de extinção da obrigação, através do adimplemento. Não se refere apenas 
em dinheiro, pois na obrigação de não fazer também ocorre pagamento. 
PRINCÍPIOS: O da boa fé (todos seriam presumidamente corretos) ou diligência normal, da 
Pontualidade (no tempo e nos moldes corretos). 
PAGAMENTO: direto (na forma prevista ou acordada entre as partes) e indireto (de forma 
diferente do previsto ou também com compensação); 
REQUISITOS DA VALIDADE: 
A) A existência de um vínculo obrigacional – entre o credor e o devedor; 
B) A intenção de solvê-lo (animus solvendi) – vontade de cumprir com a obrigação; 
C) O cumprimento da prestação; 
D) A pessoa que efetua o pagamento (SOLENS) – devedor ou terceiro; 
E) A pessoa que o recebe (ACIPIENDI) - credor. 
 
ELEMENTO SUBJETIVO: 
1) SOLVENS – devedor, terceiro interessado, terceiro sem interesse: pagamento em seu 
próprio nome e pagamento em nome e em conta do devedor. 
2) ACCIPIENS – credor, representante e credor putativo. 
 
ELEMENTO OBJETIVO: 
1) Objeto prestação 
2) Prova da quitação 
 
LUGAR DO PAGAMENTO: 
1) Obrigação quesível – no domicílio do devedor; 
2) Obrigação portável – no domicílio do credor 
 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 33 
 
TEMPO DE PAGAMENTO: 
1) Obrigação instantânea 
2) Obrigação de execução diferida 
3) Obrigação de execução continuada 
 
ART. 304 A 333 – PAGAMENTO DIRETO 
ART. 334 A 388 – PAGAMENTO INDIRETO 
 
TERCEIRO INTERESSADO: (ART. 304, cc)O INTERESSADO: (PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 
304,CC) – o interesse é normalmente de um fiador, de um avalista, fica caracterizado o interesse 
(a sub rogação é legal): 
Paga em nome e por conta do devedor, com consentimento e anuência do devedor, não tem 
direito ao reembolso; 
 
TERCEIRO SEM INTERESSE – (art. 305 CC) – só pode pagar em nome próprio com a anuência 
do devedor e do credor; direito do reembolso, porém só pode cobrar o que pagou, só teria 
acréscimos se tiver interesse na dívida; 
 
TERCEIRO SEM INTERESSE (art. 306 CC) paga em nome próprio sem conhecimento ou com 
oposição do devedor não tem direito a reembolso, pois o devedor tinha condições de ilidir a 
obrigação (Ex. dívida prescrita). 
 
QUEM DEVE PAGAR (ART. 304 A 307 CC) : 
1) Devedor (art. 304 cc); 
2) Pessoa interessada (art. 304 CC) – tem direito a sub rogar em todos os direitos do credor; 
3) Pessoa não interessada (público art. 304); 
4) Pagamento efetivado mediante transmissão de propriedade (art. 307). 
 
PAGAMENTO DIRETO: 
A quem se deve pagar (art. 308 a 312 )? 
 Pagamento efetuado diretamente ao credor (art. 308); 
 Pagamento efetuado ao representante (CONVENCIONAL, LEGAL, CONVENCIONAL, 
JUDICIAL) do credor; 
 Validadedo pagamento a terceiro que não é o credor; 
 Pagamento efetuado ao credor putativo – PUTATIVO = TEM APARÊNCIA, mas não é o 
credor é válido. Ex.: alguém que aparenta ser herdeiro, mas não é de fato (art. 309); 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 34 
 
 Pagamento efetuado do credor cujo crédito foi penhorado (art. 312) 
 
Se o SOLVENS + ciência da incapacidade = pagamento inválido ou prove que o pagamento 
reverteu em proveito do incapaz; 
Se o SOLVENS + NÃO TINHA ciência da incapacidade = pagamento válido 
TÍTULO III 
Do Adimplemento e Extinção das Obrigações 
CAPÍTULO I 
Do Pagamento 
Seção I 
De Quem Deve Pagar 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se 
opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. 
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do 
devedor, salvo oposição deste. 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a 
reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. 
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. 
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não 
obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. 
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por 
quem possa alienar o objeto em que ele consistiu. (só pode alienar quem tem a propriedade da 
coisa, se o devedor pagou a dívida com um bem de terceiros fungível e consumível o 
pagamento será válido, se o credor agiu de boa fé. O devedor vai cobrar de terceiro) 
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor 
que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la. 
Seção II 
Daqueles a Quem se Deve Pagar 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só 
valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. 
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que 
não era credor. 
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não 
provar que em benefício dele efetivamente reverteu. 
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as 
circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante. 
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, 
ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão 
constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor. 
Seção III 
Do Objeto do Pagamento e Sua Prova 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que 
mais valiosa. 
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser 
obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou. 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 35 
 
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo 
valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes. 
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da 
prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de 
modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como 
para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos 
previstos na legislação especial. 
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto 
não lhe seja dada. 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e 
a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do 
pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus 
termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. 
Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o 
devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido. 
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até 
prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores. 
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos. 
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. 
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta 
dias, a falta do pagamento. 
Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se 
ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida. 
Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das 
partes, que aceitaram os do lugar da execução. 
Seção IV 
Do Lugar do Pagamento 
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem 
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles. 
Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, 
far-se-á no lugar onde situado o bem. 
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, 
poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. 
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor 
relativamente ao previsto no contrato. (SUPRESSIO – supressão do direito do credor pela 
renuncia tácidata, pois local acordado em contrato pela repetição. O Devedor passa a ser 
SURRECTIO – SURREÇÃO surge um novo local de pagamento) 
Seção V 
Do Tempo do Pagamento 
Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, 
pode o credor exigi-lo imediatamente. 
Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo 
ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor. (SÓ PODE SER EXIGIDA NA DATA 
EM QUE A CONDIÇÃO FOR IMPLEMENTADA) 
VALDIRENE CINTRA ALUNA DA FASNE – 4º PERIODO DE DIREITO9 jul. 12 Página 36 
 
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no 
contrato ou marcado neste Código: 
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; 
II - se os bens, hipotecados (IMÓVEIS) ou empenhados (MÓVEIS), forem penhorados em 
execução por outro credor; 
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias (FIANÇA 
E AVAL GARANTIA PESSOAL), ou reais (HIPOTECA E PNHOR), e o devedor, intimado, se 
negar a reforçá-las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva (VÁRIOS 
DEVEDORES), não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes. 
CAPÍTULO II 
Do Pagamento em Consignação 
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em 
estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.

Outros materiais